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Daniel Thame, jornalista no Sul da Bahia, com experiência em radio, tevê, jornal, assessoria de imprensa e marketing político danielthame@gmail.com

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:: ‘cacau’

Parque Científico e Tecnológico do Sul da Bahia fortalece cacau e chocolate

parque tecAcontecerá no próximo dia 10 de março de 2017, no Auditório Paulo Souto, no Campus da Universidade Estadual de Santa Cruz (UESC), às 14 horas, o lançamento do Parque Científico e Tecnológico do Sul da Bahia – PCTSul e a inauguração do Centro de Inovação do Cacau, primeira iniciativa do empreendimento, que surge para corroborar com o fortalecimento da região cacaueira.

O PCTSul é uma iniciativa do Comitê de Instituições Públicas de Ciência, Tecnologia e Inovação do Estado da Bahia, formado em 2013, por cinco instituições: UFSB, UESC, CEPLAC, IFBA e IFBaiano. Seu objetivo principal consiste na concepção, estruturação e gestão sustentável de um ambiente de negócios capaz de integrar o mercado empresarial com o poder público e a comunidade científica, de forma a estimular o desenvolvimento de produtos, processos e serviços tecnológicos e inovadores que proponham ideias e soluções criativas para o mercado nacional e internacional, de forma a estimular o desenvolvimento regional e a valorização da matriz produtiva do Sul da Bahia.

cacau ouroAs primeiras operações do PCTSul terão como foco a cadeia produtiva do cacau, através de um Centro Integrado de Inteligência e Inovação que se dedicará a realização de análises físico-químicas, com foco na melhora da produtividade, qualidade e rastreabilidade das amêndoas, viabilizando o fortalecimento da inserção do cacau baiano nos circuitos produtores de chocolates finos e de origem. Segundo Cristiano Villela, Secretário Executivo do PCTSul, está previsto um volume de investimento inicial de R$ 2,6 milhões de reais, que serão distribuídos em três fases de implementação das ações.

chocA UESC além de sócia-fundadora, colabora com o desenvolvimento organizacional do PCTSul através do Programa de Incubação da Broto Incubadora de Biotecnologia – BROTO, iniciativa bi-institucional da UESC e UEFS, que fornece suporte gerencial, orientação tecnológica e consultoria econômico-financeira a empreendimentos de base tecnológica. A UESC também apoia a iniciativa através do fornecimento da infraestrutura que abrigará o Centro de Inovação do Cacau, que funcionará no Instituto de Análises Físico-Químicas (IPAF) no Campus da Universidade, a ser apresentado à comunidade após o evento de lançamento.

O evento reunirá autoridades políticas, empresários, representantes da comunidade científica e cacauicultores. A programação prevê uma palestra de abertura com Dr. Guilherme Ary Plonki, que abordará “O papel de um parque científico e tecnológico para o desenvolvimento regional”. Na sequência, está prevista a realização de uma mesa redonda com representantes das instituições fundadoras do PCTSul e produtores de cacau, que vão apresentar à comunidade a iniciativa do empreendimento e os seus desafios.

O poder do cacau

Katya Delimbeuf,  no blog expresso.sapo

katia o sapoDiz  a sabedoria popular que o chocolate é o melhor antidepressivo. E todos conhecemos pessoas “viciadas” em chocolate. A verdade é que o cacau é um alimento com elevados benefícios para a saúde. O único senão é que isto se aplica apenas ao chocolate negro com mais de 70% de cacau, e não ao chocolate de leite ou ao branco, que são sucedâneos com adição de leite e de açúcar.

Não é de agora que se conhecem os benefícios do chocolate. Napoleão Bonaparte comia um pedaço sempre que precisava de um reforço de energia. Do ponto de vista nutricional, o cacau tem tantos benefícios que é considerado nutracêutico, ou seja, um produto nutricional com valor terapêutico. Prova disso é que é usado em alguns tratamentos, inclusive na luta contra o cancro. Vamos por partes.

Classificado como “superalimento”, a semente de cacau ocupa um destacadíssimo primeiro lugar numa tabela comparativa de alimentos ricos em antioxidantes (medido em valores ORAC — Capacidade de Absorção de Radicais Livres — por 100 gramas), à frente do açaí e do chocolate negro. Para se ter uma noção dos valores, a semente de cacau regista 26 mil ORAC, seguida do açaí com 18.500 e do chocolate negro com 13.120. Porque é os antioxidantes são tão importantes? “Quando há oxidação no nosso organismo, produzimos radicais livres, que por sua vez dão origem a processos de reação em cadeia, o que pode levar ao dano das células que se deveriam renovar e no final, conduzir à morte”, explica Paula Mouta, naturopata, nutricionista funcional e membro do Cell-Wellbeing Senior Medical Advisory Board. “Os alimentos de grande poder antioxidante possuem uma molécula que inibe a oxidação das outras moléculas”.

cacau (3)Isto não é novo para Paula Mouta, que desde 2014 recebe pacientes de cancro da mama, cujo tratamento passa pelo cacau. Ela esclarece: “Os flavonoides do cacau atuam na recuperação das células cancerígenas. Os alcaloides dos grãos de cacau têm um efeito estimulante no cérebro, que auxilia na prevenção das doenças degenerativas.” Além disso, “quando se tem cancro, precisamos de reduzir ou eliminar por completo o consumo de açúcar. Como este é um vício quase comparável às drogas pesadas, é difícil obter resultados imediatos”, continua a naturopata de 52 anos. “Ao recomendar o consumo de 2 a 3 vezes por dia de um quadrado de cacau acima dos 70%, conseguimos modificar os comportamentos e gerar uma substituição saudável. Quando comemos chocolate amargo, estamos a ingerir uma percentagem elevada de fibra natural concentrada. Essa fibra é aliada no combate às doenças do intestino, como é o caso do cancro do cólon”.

A naturopatia enquanto “prática de saúde integral”, que olha para o ser como um todo, encaixa-se no campo da epigenética, a herança transmitida de pais para filhos através das experiências, e não só do ADN. O que isto vem dizer é que “no nosso biótipo nem tudo está programado — e atos como a alimentação, o exercício físico e o comportamento podem influenciar a maneira como os nossos genes se organizam”. O mesmo é dizer que “a alimentação pode ser o medicamento mais poderoso para reduzir o risco de doenças”. Cuidar-se, através do que come e do seu estilo de vida, pode ser a melhor política de saúde.

 

 

Bahia Produtiva fortalece lavoura cacaueira

cacau

Estão abertas as inscrições para o edital de apoio à cadeia produtiva da fruticultura, que do total de R$26 milhões, destinará R$10 milhões para fortalecer a cacauicultura nos Territórios de Identidade Médio Rio de Contas, Litoral Sul e Baixo Sul.

O edital é uma iniciativa do projeto Bahia Produtiva, executado pela Companhia de Desenvolvimento e Ação Regional (CAR), empresa vinculada à Secretaria de Desenvolvimento Rural. As inscrições seguem até o dia 7 de março, no site da CAR (www.car.ba.gov.br).

Governo apresenta parque para desenvolvimento do cacau e chocolate no Sul da Bahia

ceplac 10A apresentação do Parque Científico e Tecnológico do Sul da Bahia, que vai funcionar dentro da Universidade Estadual Santa Cruz (Uesc), na rodovia Ilhéus-Itabuna, marcou as comemorações dos 60 anos da implantação da Comissão Executiva da Lavoura Cacaueira (Ceplac). O evento foi realizado da manhã desta segunda-feira (20), na sede regional da instituição, e contou com as presenças dos secretários estaduais de Agricultura, Vitor Bonfim; Ciência e Tecnologia, José Vivaldo Mendonça; Meio Ambiente, Geraldo Reis; e Desenvolvimento Rural, Jerônimo Rodrigues.

ceplac 11Articulado pela secretaria estadual de Ciência e Tecnologia e a Uesc, o Parque vai funcionar dentro da Uesc com foco na criação e inovação da cadeia produtiva do cacau e chocolate no Sul da Bahia. Foram três anos de estudos para o desenvolvimento do projeto do Parque que irá auxiliar, ainda, na qualificação dos ensinos Técnico e Superior da região. O Parque tem previsão de investimentos de R$ 6,5 milhões até 2019 e possui ainda como metas o desenvolvimento de sistemas de gestão ambiental, produtividade e competitividade do cacau e do chocolate, fomento à produção agroindustrial, agroecologia e agricultura familiar e manejo e conservação dos recursos florestais.

A primeira estrutura do Parque Científico e Tecnológico do Sul da Bahia será inaugurada no mês de março. Trata-se do Centro de Inovação do Cacau, instalado em uma área dentro do Instituto Nacional de Pesquisa e Análises Físico-quimicas da Uesc.

ceplac 13De acordo com José Vivaldo Mendonça, “a Ceplac é uma referência mundial em pesquisa de cacau. Com o apoio do Governo do Estado, atuando em parceria com a Ceplac, a Universidade Estadual de Santa Cruz, e a Universidade Federal do Sul da Bahia, vamos ampliar o processo de geração de tecnologia voltada para o desenvolvimento regional, que passa pelo fortalecimento da cadeia produtiva do cacau”.

O superintendente regional da Ceplac, Antonio Zugaib, destacou que “a parceria com o Governo do Estado é importante porque envolve não apenas recursos, mas difusão do conhecimento entre as instituições, tendo o Parque Científico e Tecnológico como agente catalizador para o desenvolvimento regional”.

Para o secretário Jerônimo Rodrigues, “o grande desafio é adotar um modelo que garanta a retomada econômica do cacau e, para isso, o Governo do Estado tem estabelecido parcerias que fortaleçam a cadeia produtiva do chocolate e programas de diversificação como agroindústria e fruticultura”.

O secretário Geraldo Reis afirmou que haverá investimentos em técnicas de produção que permitam a conservação ambiental, já que o cacau, por suas características de cultivo, contribui para a preservação da Mata Atlântica.

Ampliação da produção

ceplac 12Já o secretário Vitor Bonfim disse que o Governo está trabalhando em conjunto com a Ceplac para ampliar a produção de cacau e reduzir a dependência da importação de amêndoas da África e da Ásia, que oferecem riscos de introdução de pragas.

Para o presidente da Associação dos Municípios da Região Cacaueira e do Consórcio Intermunicipal Litoral Sul, Antônio de Anízio, “a Ceplac e o Governo do Estado são fundamentais nesse processo em que se busca agregar valor ao  cacau, através da produção de amêndoas de  qualidade e da fabricação de chocolate gourmet, ampliando a geração de emprego e renda”.

cacau e chocolate 2A comemoração dos 60 anos da Ceplac foi encerrada com a entrega de placas homenagens a funcionários e de uma palestra sobre a história da instituição, criada por Juscelino Kubitschek e que nas décadas de 1970 e 1980 elevou a produção de cacau na Bahia para 400 mil toneladas/ano. Atualmente, em processo de retomada, a produção é de cerca de 130 mil toneladas/ano e, além das amêndoas, estão sendo feitos investimentos na produção de chocolate, com a criação de cerca de 20 marcas, que já atingem os mercados nacional e internacional de chocolates finos.

Cacau tem queda de produção e preço no Sul da Bahia

cacau-13

As consequências da longa estiagem que atingiu o sul da Bahia entre o segundo semestre de 2015 e o primeiro de 2016 ainda se refletem na produção de cacau.

Segundo analistas de mercado, a queda na produção pode ser ainda maior que a esperada. Na última semana de dezembro, os armazéns receberam pouco mais de 29 mil sacos de cacau, número considerado muito pequeno.

O analista Thomas Hartmann observou que já se esperava um nível baixo da atividade nesse período, mas o tamanho da redução surpreendeu. Em outros estados também foi registrada queda nas entradas de cacau.

Também o preço da arroba teve queda se comparado com o do ano passado. Em janeiro de 2016, ela era comprada por R$ 142. O preço desta quinta-feira era R$ 117.

A nova Ceplac esperada, após 30 anos de crise

 

Juvenal Maynart

juvenalQuando a Ceplac foi criada, a revolução verde se baseava em agrotóxicos, as bibliotecas usavam somente papel, a genômica ainda não existia, computadores só eram vistos no seriado O túnel do tempo, e as redes eram apenas instrumentos de pescadores ou de balanço para um bom descanso. A Bahia tinha uma única universidade e apenas dois doutores em ciências agrárias.

O mundo mudou; a Ceplac, idem. Se o mundo e a nossa instituição mudaram, o que estaria errado para que se justifique uma nova Ceplac? A resposta está no tempo do verbo. Sim, o mundo não mudou – o mundo muda a cada instante, todos os dias. A Ceplac, não. Ela mudou, mas parou de mudar. E isso é um atraso imensurável, na era da Tecnologia da Informação e Comunicação,  mesmo que a última mudança tenha ocorrido há dez dias ou há dez anos.

cacau-13A Ceplac que estamos buscando, em parcerias com o mundo da ciência, inovações e academia hodiernas, terá na Tecnologia da Informação e Comunicação (TIC) e na e-agricultura as ferramentas da instantaneidade. Estão aí a GigaSul e a Rede Nacional de Educação e Pesquisa – RNP, do MCTI, para proverem o fazer científico em altíssima velocidade.

Sim, queremos uma ciência viabilizada por meio de redes digitais, a transparência e soluções instantâneas dos editais pautando suas demandas, e extensão por aplicativos. Queremos respostas imediatas, visto que o produtor não tem porquê esperar uma visita “in loco”. O custo tempo nas presenças físicas serão exceções.

A Ceplac tem inserção produtiva nos dois principais biomas de mata e floresta do país – a Mata Atlântica e a Floresta Amazônica. Tanto numa região como noutra, o espaço produtivo será o definidor das necessidades. A roça de cacau cederá lugar a um espaço produtivo, complexo, que tanto produzirá amêndoa quanto chocolate, madeira certificada em casos específicos, ou turismo rural. Com tecnologia e informação em tempo real, surgirá um novo produtor, consciente das potencialidades de seu espaço. Um produtor que perseguirá a sustentabilidade de seu negócio e terá na Ceplac o agente fomentador e o suporte tecnológico de que necessita para gerar riquezas.

O Brasil possui uma vasta legislação que busca zero trabalho escravo e uma legislação trabalhista (CLT) que garante ao trabalhador o respeito aos seus direitos. Tem uma indústria consolidada. Uma rede de educação ampliada e inclusiva – hoje, um índio concluindo o curso de Medicina não choca, estimula.

Não podemos pensar em criar e incentivar apenas produtores de commodity cacau. Podemos, devemos e seremos dominadores de toda cadeia produtiva. Em rede, com informação, inovação e tecnologia. Teremos chocolateiros e muito mais. O PCTSul (Parque Científico e Tecnológico do Sul-baiano) será estímulo ao empreendedorismo local. Afinal, segundo Schumpeter, “o capitalismo – para vingar – só precisa de crédito e empreendedorismo”.

Para encerrar, fragmento de Tabacaria, do mestre Fernando Pessoa:

Come chocolates, pequena;
Come chocolates!
Olha que não há mais metafísica no mundo senão chocolates.
Olha que as religiões todas não ensinam mais que a confeitaria.
Come, pequena suja, come!
Pudesse eu comer chocolates com a mesma verdade com que comes!
Mas eu penso e, ao tirar o papel de prata, que é de folhas de estanho,
Deito tudo para o chão, como tenho deitado a vida.

Juvenal Maynart é diretor-geral da Ceplac.

Painel na parede externa do Edifício  Cidade de Ilhéus, na Avenida Estados Unidos, Cidade Baixa, Salvador, mostra os Maias tratando o cacau e o chocolate como divindades gastronômicas. O tempo veio comprovar que eles estavam certos em sua adoração pelos frutos de ouro e pelo chocolate, atualmente duas das principais delícias do Sul da Bahia.
Painel na parede externa do Edifício Cidade de Ilhéus, na Avenida Estados Unidos, Cidade Baixa, Salvador, mostra
os Maias tratando o cacau e o chocolate como divindades gastronômicas.
O tempo veio comprovar que eles estavam certos em sua adoração pelos frutos de ouro e pelo chocolate, atualmente duas das principais delícias do Sul da Bahia.

Fruto de ouro?

Cacau é vendido à R$ 11,86 a unidade num hipermercado no Jardim Armação, em Salvador. Pra quem já foi chamado de `fruto de ouro`, faz sentido...

Cacau é vendido à R$ 11,86 a unidade num hipermercado no Jardim Armação, em Salvador. Pra quem já foi chamado de `fruto de ouro`, faz sentido…

Na França, Rui diz que Bahia quer ser referência no Brasil para produção de chocolates finos

franca-2O governador Rui Costa chegou nesta quarta-feira (26), em Paris. Seu primeiro compromisso foi um almoço com empresários da cadeia do cacau e do chocolate do Brasil que estão na capital francesa para participar do 22º Salon du Chocolat, maior evento do mundial do setor. Durante a reunião foram discutidas ações relacionadas ao desenvolvimento da cadeia. Em seguida, o governador Rui Costa participou de um encontro com representantes dos trades turísticos baiano e francês, na Embaixada do Brasil na França.

No encontro com os empresários da cadeia do cacau e do chocolate, Rui reforçou que é preciso agregar mais valor ao produto feito tanto por grandes cacauicultores como por agricultores familiares.

Presente ao evento, o coordenador do Stand da Bahia no Salon du Chocolat, o produtor de cacau e chocolate Marco Lessa, classificou o encontro como muito produtivo. “Foram discutidos pontos que consideramos estratégicos e fundamentais para atingirmos metas importantes até 2020. Entre esses pontos estão o investimento em tecnologia e a divulgação do nosso produto que vão contribuir para o desenvolvimento do cacau e chocolate de origem da Bahia conquistar o mundo”, afirmou Lessa.

Turismo e chocolate

franca-3Na Embaixada brasileira, que vem dando suporte às ações do Governo da Bahia na França, o enfoque foi a divulgação do Destino Bahia, com destaque para a Costa do Cacau. Durante o evento, o governador concedeu uma entrevista à Rádio França Internacional (RFI). Os temas abordados foram os setores cacau e turismo, principais destaques da viagem de Rui.

Ele ressaltou que na Bahia, turismo e chocolate formam um casamento perfeito. “Falar de cacau na Bahia é falar da história, do processo de desenvolvimento e urbanização da região sul do nosso estado. Estamos aqui para apoiar esse produto tão importante para a economia baiana que já sustentou o estado e hoje se recupera. Nossa meta é verticalizar a cadeia produtiva do cacau, com produção de chocolate fino”, disse à emissora francesa.

franca-4Antes do encontro de Rui com o trade, o Governo do Estado promoveu, na Embaixada, uma capacitação para cerca de 40 operadoras francesas sobre as atrações do turismo na Bahia, em especial da Costa do Cacau. O objetivo é atrair um público cada vez maior de franceses que já formam um dos principais grupos turistas a visitar todos os anos o estado.

Na rota do cacau

O secretário estadual de Turismo, José Alves, que faz parte da comitiva do governador, disse que um evento voltado à cadeia do chocolate é uma grande oportunidade para divulgar o estado e atrair visitantes franceses.

“O Salon du Chocolat é uma porta de entrada para nós divulgarmos a Costa do Cacau. Temos famílias que produzem amêndoas selecionadas, de alta qualidade. A cada colheita o produto vem ganhando mais qualidade. Isso é importante porque vai gerar um chocolate melhor ainda”, disse o secretário.

Ele destacou que, além do chocolate, a Costa do Cacau dispõe de belas praias e da cultura divulgada na França pelo escritor Jorge Amado. “Na rota do cacau que passa por diversos municípios o turista pode visitar antigas fazendas, degustar e comprar o chocolate. Estamos divulgando esse roteiro e todo o estado, que é pródigo em belezas naturais”.

 

Ouça a entrevista de Rui à Radio França Internacional

Rui viaja à França em busca de novos investimentos para setores do cacau e do turismo no Sul da Bahia

Buscando atrair novos projetos e investimentos para o Estado, o governador Rui Costa viaja nesta semana para a França, onde vai se reunir com empresários da indústria do chocolate e da área do turismo. Um dos compromissos de Rui será uma visita ao Salon du Chocolat Paris, principal evento mundial do setor, que vai reunir 500 expositores da França e de outros países.

ruio-cacau-2O governador chegará à capital francesa na quarta-feira (26) quando se reunirá com empresários do chocolate da Bahia e do exterior para discutir ações voltadas para o setor. Ainda neste mesmo dia, Rui Costa estará na Embaixada do Brasil para participar do evento Divulgação Bahia Destino – Rota do Cacau.

Na quinta-feira (27), o governador se encontra com dirigentes da Egis Group, um grupo internacional de consultoria, engenharia, estruturação de projetos e serviços de operação. Na pauta, está a viabilidade técnico-econômico e ambiental de linhas de teleféricos que funcionarão como ligação entre as estações de Metrô de Salvador e bairros situados nas suas proximidades.

Fazem parte da comitiva do governador o secretário de Turismo, José Alves, o diretor de Promoção Nacional e Internacional da Bahiatursa, Celso Cotrim, e o chefe de gabinete da Secretaria de Desenvolvimento Rural (SDR), Jeandro Ribeiro.

Salão do Chocolate
1O Salon du Chocolat Paris está na programação de sexta-feira (28), último dia da agenda do governador na França. O Salon du Chocolat está na sua 22ª edição e será realizado entre os dias 28 de outubro e 1º de novembro, em uma área de 20 mil metros quadrados do centro de exposições de Porte de Varsailles. Entre os expositores franceses e estrangeiros estão chocolatiers, chefes pasticeiros e países produtores de cacau, junto com os maiores cozinheiros, confeiteiros, designers e especialistas.

Rui participa do evento a convite dos expositores brasileiros. Trata-se de uma oportunidade para que a Bahia, principal referência para a produção de cacau do Brasil, possa apresentar todo seu potencial para fabricação de produtos da cadeia do chocolate e outros derivados da planta. Em 2012, Salvador sediou uma edição do evento que é promovido em diferentes países e continentes.

Salon du Chocolat Paris é o mais importante entre as demais edições do evento realizadas em outros países, pela tradição francesa em relação à fabricação e consumo de chocolate e por ter sido o local inicial de criação do salão. O evento procura estabelecer a ligação entre as diferentes partes que compõem a cadeia produtiva do cacau ao chocolate.

Revitalização do cacau

rui-cacau-1Depois de anos de crise e incertezas, a cultura do cacau na Bahia vem encontrando novos caminhos, com destaque para o cultivo orgânico e a produção de chocolates finos.  A recuperação do setor é resultado de anos de trabalho dos produtores que contaram com apoio do Governo do Estado, através de ações como a busca por mudas mais resistentes a pragas, desenvolvidas pelo Instituto Biofábrica, gerido pelo Estado e instalado na região sul.

Atualmente, a Bahia é o mais importante produtor nacional de cacau, com grande potencial para exportação. O estado vive momento de retomada da produção e investe cada vez mais em qualidade das amêndoas, matéria-prima que tem atraído chocolateiros da Europa. No segundo semestre de 2015, a Bahia quebrou jejum de 20 anos sem exportar, com envio de 6,4 mil toneladas de amêndoas de cacau, avaliadas em R$ 19,4 milhões, para a Europa, o que deu novo ânimo aos cacauicultores do estado. O Brasil possui 490 mil hectares cultivados com cacaueiros em diferentes regiões, e três principais zonas distintas de produção dos biomas Amazônia e Mata Atlântica, sendo um deles o sul da Bahia.

 

A Bahia, além de ser o maior produtor nacional, dispõe de condições para o fornecimento de cacau de alta qualidade, inclusive para o mercado voltado a produção de chocolates gourmet. A região produtora, Ilhéus e Itabuna, possui três empresas:  Olam, Cargill e Barry Callebault, com capacidade de 250.000 toneladas, produzindo Liquor, Torta e Manteiga, operando em sua plenitude. Já existem mais de 40 empresas produtoras de chocolate que dão ênfase a um mercado de chocolate com maior teor de cacau, segmento que vem crescendo gradativamente.

O Brasil já vende cacau fino para Europa, Estados Unidos, Japão e no mercado interno. Fazendeiros chegam a vender 97% da sua produção como cacau fino a preços especiais. Destaca-se também que indústrias de chocolates renomadas no Brasil e do Japão lançaram marcas de chocolates exclusivas com cacau brasileiro. No caso do Japão, que prioriza o apelo ambiental, uma grande empresa lançou uma linha de chocolate exclusiva com o cacau do Brasil, chamada “ecochoco”.

No mercado brasileiro, indústrias que importavam “cacau de origem” para confecção de chocolates finos, criaram uma linha de produção exclusiva com cacau brasileiro, chamada “chocolate pratigi” e “chocolate serra do conduru”. Na Europa, o cacau brasileiro já entrou na linha de produção de empresas renomadas.

Rota turística do cacau

No sul do estado, principalmente em Ilhéus, estão concentradas as maiores plantações de cacau do país. Muitas das grandes fazendas permitem visitas guiadas, nas quais todo o ciclo do fruto é apresentado ao turista. Conhecido como Rota do Cacau, o tour mostra todo o processo de plantação, coleta e transformação do fruto. No final, é claro, o turista pode degustar os mais variados alimentos derivados do cacau, desde sucos até chocolates caseiros.

Cidades históricas, como Ilhéus, pontuam este roteiro e oferecem, além de ótimos serviços, atrativos que contam a saga da capitania, do cacau, da religiosidade popular, de seu rico folclore e os recantos descritos pelo seu mais ilustre escritor, Jorge Amado, criador de Gabriela.





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