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Daniel Thame, jornalista no Sul da Bahia, com experiência em radio, tevê, jornal, assessoria de imprensa e marketing político danielthame@gmail.com

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:: ‘jorge amado’

Na FLI, Mia Couto relembra quando fez Caetano chorar com homenagem a Jorge Amado

No encerramento da 7ª Festa Literária de Ilhéus, nesta sexta-feira (15), o escritor Mia Couto falou da influência da literatura brasileira nos países lusófonos da África, a exemplo de Moçambique, sua terra Natal. Por duas vezes, fez deferência à obra de Jorge Amado, autor que deu nome ao espaço das mesas principais da FLI. Na primeira, arrancou gargalhadas da plateia relembrando quando levou Caetano Veloso às lágrimas com homenagem ao escritor grapiúna.

No Brasil para o lançamento do seu novo livro, A cegueira do rio, editado no País pela Companhia das Letras, Mia Couto recordou o episódio em que a mesma editora reeditou toda a obra amadiana e reuniu autores para a cerimônia de lançamento, em 2008, na cidade de São Paulo. Entre os convidados, ele, Chico Buarque e Caetano Veloso.

“No avião, eu pensei: eu leio tão maleu com esse sotaque mais português do que brasileiro”, contou o moçambicano. Ao invés da leitura, decidiu explicar como Jorge Amado atravessou o Atlântico para ser um parteiro na África:

– Ele influenciou a criação de uma literatura que estava a querer nascer, em processo de parto, em Angola, São Tomé, Guiné Bissau, Moçambique e Cabo Verde. Então, colecionei depoimentos de escritores desses países que diziam quanto Jorge Amado os ajudou a encontrar um caminho.

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Arte com ´alma grapiúna`: Carlos Santal retrata o universo do cacau e celebra Jorge Amado

Artista produz painéis  em praça de Itabuna

Cantor, compositor, cineasta  e artista plástico, radicado em Portugal desde 2007, o grapiúna Carlos Santal retornou a Itabuna, desta vez para uma estadia mais demorada, onde além de rever familiares e amigos, pretende mostrar sua arte em exposições que retratam a estreita ligação com o universo do cacau no Sul da Bahia, celebrizado mundialmente por Jorge Amado.

 

Recentemente, Santal participou da Festa Literária de Itacaré, onde exibiu oito  obras, na exposição com o tema Cacau. “Foi uma experiência fascinante mostrar  meu trabalho numa cidade que recebe milhares de turistas e poder abrir espaço para minha música e minha arte”.

 

ARTE NA PRAÇA

Convidado pela Prefeitura de Itabuna, Carlos Santal produziu dois painéis para a nova Praça Camacã (Otávio Mangabeira), que passa por um processo de requalificação, com previsão de inauguração em dezembro, e que deve se transformar num cartão postal da cidade.

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Festa Literária de Ilhéus divulga programação completa da 7ª edição

A Festa Literária de Ilhéus divulgou, nesta quarta-feira (30), a programação completa de sua sétima – e maior – edição, que vai ocupar o Centro de Convenções da cidade de 13 a 15 de novembro. Com o tema “A Princesinha do Sul no Mundo da Literatura”, a 7ª FLI vai transformar a Terra da Gabriela num palco Literário-Cultural-Turístico-Artístico-Acadêmico.

O evento reunirá grandes autores, palestrantes e intelectuais, com a expectativa de forte presença de visitantes de Ilhéus e de outras cidades da região, a exemplo de Itabuna, Itacaré, Itajuípe, Una e Uruçuca. Um dos públicos-alvo é formado por estudantes de todas as idades. A Festa também deve atrair turistas de outros estados e países, especialmente devido à presença de grandes nomes confirmados.

O filósofo e escritor Ailton Krenak, membro da Academia Brasileira de Letras, participará de dois dos três espaços da Festa. O escritor moçambicano Mia Couto e a escritora Emília Nuñez, vencedora do Prêmio Jabuti 2023, também confirmaram presença.

A edição deste ano terá suas atividades distribuídas em três espaços: o Jorge Amado, com as mesas principais; o Flizinha, para as crianças; e o Juventudes FLI, voltado para a faixa etária de 14 a 24 anos, além da programação artística que promete grandes nomes ainda. A Coordenação Geral é assinada pela Jornalista, especialista em Gestão da Comunicação e Gerenciamento de Projetos, Vanessa Dantas.

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Ilheenses devolvem Jorge Amado a Itabuna

Walmir Rosário

Há dias passados me encontrava em Itabuna visitando amigos nos bares mais frequentados da cidade, oportunidade que tive de rever o amigo e vereador Ronaldo Geraldo dos Santos, o Ronaldão. Após os cumprimentos de praxe, me prometeu um presente: a garantia de que Jorge Amado nasceu em Itabuna, mimo esse de papel passado, assinado em cartório.

Por si só, a notícia não teria nada de interessante, pois o próprio Jorge Amado garantiu e jurou de pés juntos que era itabunense, declarando em todas as entrevistas ser um Papa-jaca autêntico. Mas isso aconteceu muitos anos após Ilhéus ter se apropriado, não só do escritor, como também da figura humana e seus personagens, sem qualquer documento comprobatório.

Para os ilheenses, o que importava era o tempo em que Jorge Amado morou em Ilhéus, escreveu sobre a cidade, suas figuras humanas, muitas das quais estereotipadas, a exemplo dos cacauicultores, tudo registrado em livros. Foi uma expropriação violenta, sem respeitar os documentos oficiais, a exemplo da certidão de nascimento guardada em livro apropriado em cartório.

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Chocolat Festival em Ilhéus oferece visita a fábricas de cacau e chocolate, praias paradisíacas e ´magia´ de Jorge Amado

Evento único do mundo vai além da exposição no Centro de Convenções

O Festival Internacional do Cacau e Chocolate de Ilhéus-Chocolat Festival, que acontece de quinta a domingo (18 a 21 de julho), com o apoio do Governo da Bahia, reunindo mais de 200 expositores e cerca 100 marcas de chocolate de origem, é um evento que vai além  das atividades no Centro de Convenções.

?As milhares de pessoas que devem visitar a cidade durante o festival, irão vivenciar um evento único no mundo, onde além de conhecer as tendências do mercado do cacau e chocolates e experimentar produtos com a magia do Sul da Magia, poderão  conhecer fazendas encravadas em plena Mata Atlântica, fábricas processadoras de chocolate, uma grande indústria, um porto de exportação e o Quarteirão Jorge Amado, um espaço mítico presente nos romances do escritor, em que se incluem o Bataclan, a Catedral de São Sebastião, o Bar Vesúvio, a Casa-Memorial onde Jorge escreveu seu primeiro romance, “O País do Carnaval”. Um atrativo a mais é a belíssima Ponte Jorge Amado, cenário da novela ´Renascer`, que se tornou um dos cartões postais da cidade.

 

TURISMO

A Estrada do Chocolate, primeira estrada temática da Bahia, oferece opções de turismo rural na Fazenda Almada, Fazenda Capela Velha, Fazenda Riachuelo, Fazenda Provisão, Fazenda Ilha Bela, Fazenda Conduru-Dengo Origem Experience e Fazenda Independência. Na Rodovia Jorge Amado (Ilhéus-Itabuna), as opções são a Fazenda Yrerê e Colina Benevides Experiência.

 

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Sul da Bahia entra na era das corridas temáticas

 

Os amantes de  corridas no Sul da Bahia preparem-se para uma nova era: as Corridas Temáticas. Mais do que superar limites físicos, essas provas trazem a oportunidade de se conectar com causas relevantes, celebrar a história e colecionar memórias inesquecíveis.

Em agosto, a região será palco de dois grandes eventos que prometem agitar o calendário esportivo: a Ferradas Run – Nosso Filho Amado e a Corrida Bote a Esclerose Múltipla para Correr e ainda   no segundo semestre acontecerá a Rio do Engenho Adventure onde a história da Revolta do Santana comandada pelo escravo Gregório Luiz será o principal motivo de atração do evento.

Ferradas Run: Homenagem à Terra Natal de Jorge Amado.

 

 

Em agosto, a região será palco de dois grandes eventos que prometem agitar o calendário esportivo: a Ferradas Run – Nosso Filho Amado e a Corrida Bote a Esclerose Múltipla para Correr e ainda   no segundo semestre acontecerá a Rio do Engenho Adventure onde a história da Revolta do Santana comandada pelo escravo Gregório Luiz será o principal motivo de atração do evento.

 

No dia 11 de agosto, a Ferradas Run homenageia o ilustre filho de Itabuna, o escritor Jorge Amado. Com o tema “Nosso Filho Amado”, a prova convida os participantes a um percurso que celebra o o local do nascimento do autor no Distrito de Ferradas. Mais do que uma corrida, a Ferradas Run é um movimento que celebra a vida e obra de um dos maiores nomes da literatura brasileira.

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Feira da Agricultura Familiar e Economia Solidária atrai turistas de navios de cruzeiro em Ilhéus e impulsiona comercialização

Maria das Graças

Chocolates de origem se destacam pela qualidade e sabores inovadores

A temporada de navios de cruzeiro em Ilhéus foi encerrada nesta semana com o navio MSC Preziosa. Durante o verão 2023-2024, a cidade sulbaiana, celebrizada mundialmente nas obras de Jorge Amado, recebeu cerca de 100 mil visitantes do Brasil e do Exterior, em 37 embarcações.

Na chegada a Ilhéus, os turistas tiveram a oportunidade de saborear e adquirir produtos da agricultura familiar, especialmente chocolates de origem e derivados, doces e licores, além do artesanato local.

Os produtos foram comercializados na área de receptivo, no Centro de Convenções de Ilhéus, numa iniciativa do Governo da Bahia, através do Centro Público de Economia Solidária-Cesol Litoral Sul.

Uma das expositoras é Maria das Graças Silva Reis, que comercializa chocolates da agricultura familiar e está aprendendo inglês para atender turistas da Europa e Estados Unidos. “Esse espaço é muito importante pra gente comercializar os nossos produtos, porque são milhares de visitantes que desembarcam dos navios e eu preciso falar outro idioma para me comunicar melhor com eles sem precisar de um tradutor”, disse.

 

Emilia Ormeno

Emilia Ormeno, da Chocolates Natucoa, da Cooperativa de Serviços Sustentáveis da Bahia (Coopessba), que já é comercializado em vários estados brasileiros e na Europa, destaca que “os turistas ficam encantados com a qualidade e a variedade de sabores dos nossos chocolates, produzidos com cacau premium e a feira é importante não apenas para a comercialização como para a divulgação da marca”. Uma das novidades no estande da Natucoa foi a cerveja Cabruca, produzida com nibs.

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Eu, André Rosa, Jorge Amado e o Cú do Mundo

Daniel Thame

André Rosa partiu para a Morada dos Homens Bons. Professor, pesquisador, escritor, grande ser humano, sua morte deixa uma imensa lacuna no setor cultural de Ilhéus e toda a região.

 

Alvo de merecidas homenagens de seus amigos, instituições e academias literárias, André Rosa agora é saudade e exemplo de vida.

 

Minha convivência com ele foi esparsa, um ou dois encontros ocasionais em Ilhéus.

 

Mas, vivemos juntos, ainda que de forma involuntária, um momento marcante, pelo inesperado e inusitado.

 

É com bom  humor que quero homenageá-lo.

 

Em 2018 participamos juntos de uma  mesa na Festa Literária de Itabuna, a Felita, para falar sobre a obra de Jorge Amado.

 

Ele por seu vasto conhecimento acadêmico.

 

Eu, ex-jornalista em atividade e escritor extemporâneo,  por ter me atrevido a escrever um livro, Jorge100anosAmado-Tributo a um eterno Menino Grapiuna, homenagem ao centenário do escritor.

 

Cerca de 100 pessoas na platéia, boa parte delas composta de estudantes, levados quase à força por professores, para que os escritores não falassem para ninguém.

 

André esbanjando conhecimento.

 

Eu, cultura que não enche um pires, usando o empirismo que me permite estar beirando os 50 anos de jornalismo e já r com cinco livros publicados.

 

André falava com a bagagem de um estudioso  sobre a obra de Jorge e eu indo pelo lado sarcástico do escritor, com seus personagens que são a cara do povo. Tipo ´toca a bola e se livra logo dela´.

 

Tudo ia bem, até que alguém na platéia pergunta porque o povo de Ferradas rejeitava Jorge.

 

André Rosa, do alto de sua sabedoria, craque que era, mata a bola no peito e responde:

 

-Um dos motivos é que em algumas de suas obras Jorge Amado se refere a Ferradas como o cú do mundo.

 

E eu, sutileza de zagueiro de time de roça, vou na canela:

 

-E cá pra nós, ele tinha razão. Ferradas é o cú do mundo mesmo.

 

O que eu não sabia e nem tinha como saber é que a maior parte daquele grupo de estudantes no Centro de Cultura veio de uma escola de… adivinhem, Ferradas!

 

Se tivesse algum jagunço na platéia, e felizmente não tinha, era tocaia, e das grandes.

 

Avisado pelo organizador da Felita, Gustavo Felicíssimo,  tentei consertar, mas não havia o que consertar.

 

Lesse eu pensamentos e certamente captaria nada amadianas homenagens a senhora minha mãe.

 

Fecha o livro.

 

Longa vida eterna a André Rosa!

Festa Literária de Ilhéus tematiza contribuição dos povos originários para formação social do país


A abertura oficial da 6ª edição da Festa Literária de Ilhéus (FLI) reuniu escritores e entusiastas de diversas formas artísticas para refletir sobre literatura, artes e suas relações com educação, inclusão e liberdade. O público marcou presença no Teatro Municipal, na noite da última quarta-feira (8). A iniciativa é promovida pela Universidade Estadual de Santa Cruz (UESC), por meio da editora universitária da Pró-Reitoria de Extensão e da Academia de Letras de Ilhéus (ALI), com o apoio da Fundação Pedro Calmon (FPC) e da Prefeitura.

A FLI 2023 segue até sexta-feira (10) e traz como tema central “Os povos originários e o Bicentenário da Independência do Brasil na Bahia”.

Representando o prefeito Mário Alexandre, o secretário de Desenvolvimento Econômico e Inovação, Marcos Flávio Rhem, destacou a relevância da abordagem dentro da perspectiva histórica do município, que é um reduto de grandes escritores.

“No processo de Independência do Brasil, a Bahia foi uma grande resistência. Então, é gratificante sediar um evento dessa magnitude, com o apoio maciço da gestão do prefeito Mário Alexandre e das pessoas que acreditaram na importância da cultura para a valorização da nossa história. Quero parabenizar a UESC e a Academia de Letras por realizarem um encontro extremamente exitoso, que irá movimentar a cultura e a literatura do nosso município nos próximos dias”.

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Jorge Amado, Menino Sergipano?

Daniel Thame

livro DT 1A seca de 1909 dizimou a pequena cidade de Estância, no sertão sergipano. A seca e suas consequências – fome, miséria e morte – não eram novidade para os sertanejos, conformados com os desígnios de Deus naquela natureza morta que sugava gente viva, ano a ano, como se castigo divino fosse.

E era castigo mesmo, não necessariamente divino, mas os homens e mulheres humildes se apegavam à fé, à crença inabalável de um mundo melhor, depois da morte, lá bem acima do céu.

E, no céu, o que eles enxergavam a olhar para o alto não eram os santos, anjos, arcanjos e querubins da fé cega, mas o sol a queimar como chama do inferno. Ironia e heresia.

O sertanejo sempre foi, antes de tudo, um forte, diz o adágio popular.

Mas como não fraquejar vendo a plantação minguar, o gado mirrar, o solo se transformar numa massa disforme e sem vida?

Como não entrar em desespero vendo a fome se aproximar, os filhos pequenos a clamar por um pouco de farinha, um feijão ralo, um copo de água?

Jorge.Amado_Como não sentir uma dor no peito vendo a mulher, antes formosa, se transformar num fiapo de gente, agarrada à Bíblia e à devoção aos santos que, apesar de tantas orações, tanta penitência, não mandavam uma mísera gota de água do céu? Ao contrário, empurravam as nuvens e a chuva para bem longe, lá pro mar distante, onde uma água a mais, uma água a menos não faria falta.

-Não dá mais, a gente vai morrer aqui, vendo tudo se acabar, disse o marido à esposa…

-Deus vai prover na hora certa. Temos que ter fé, respondeu a esposa, como se nascer, sofrer e morrer fosse a ordem natural das coisas.

No colo da mulher, o filho do casal, de um ano de idade, mais um na loteria de vida e morte, com imensas chances de morrer antes de dar os primeiros passos na terra arrasada.

-Não adianta esperar por Deus. A gente tem que ir embora daqui. Chega de tanto sofrimento. A fala do marido agora era de resolução.

-E a gente vai pra onde? Pobre é pobre aqui ou em qualquer lugar do mundo, a mulher era pura resignação.

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