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Daniel Thame, jornalista no Sul da Bahia, com experiência em radio, tevê, jornal, assessoria de imprensa e marketing político danielthame@gmail.com

junho 2023
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:: ‘Daniel Thame’

Brasil, arme-o ou deixe-o

Aviso à minha meia dúzia de quatro ou cinco leitores: uma crise de asma, fruto desses longos meses de trincheira, impede que o blogueiro atualize o blog.

Voltaremos quando o ar voltar.

De Itabuna, para Jorge, com amor?

Daniel Thame

 daniel flicaItabuna celebra 108 anos de emancipação neste 28 de Julho e está mais do que na hora de ´fazer as pazes` com seu filho mais ilustre, Jorge Amado, algo que infelizmente não pôde ser feito enquanto o escritor estava vivo.

O descaso (desprezo talvez seja a palavra mais correta) de Itabuna para com Jorge é algo palpável, embora não faça qualquer sentido.

Se é verdade que boa parte da fase cacau da literatura de Jorge Amado esteja centrada em Ilhéus, onde ele passou parte da infância e da adolescência, e que  na sua semi-autobiografia “Navegação de Cabotagem”, tenha se referido ao local em que nasceu, Ferradas (mais por molecagem típica de suas brincadeiras do que por ofensa) como o “cú do mundo”, não é menos verdade que em qualquer parte do planeta em que se faça uma busca pelo nome do escritor, lá está Itabuna como sua cidade natal.
Jorge Amado é, portanto, um grapiúna de Itabuna, por mais do que os ilheenses lhe dediquem zelo, amor e devoção.

jorge amadoSe Ilhéus soube capitalizar a figura de Jorge, a ponto de tê-lo como referência turística e ´embaixador informal` da recém descoberta indústria chocolateira, mérito dos ilheenses.

Lembro-me que quando o escritor morreu, na então gestão de Geraldo Simões, cheguei a sugerir que o nome de Jorge Amado fosse dado à atual avenida do Cinquentenário, que  cá pra nós já não fazia e faz menos sentido hoje numa cidade com quase chegando nos 110 anos.

 

Antes que a proposta chegasse a cruzar o gabinete do prefeito, tocaias grandes, pequenas e (não tão) invisíveis, fizeram com que a idéia morresse antes de chegar na página dois.

Jorge se quisesse que se contentasse com o nome de um bairro popular (de gente honesta, batalhadora, diga-se) nos confins da periferia e um busto na entrada de Ferradas que, alvejado por tiros, foi repousar seguro e semiescondido na Universidade Federal do Sul da Bahia- UFSB, que só pra confirmar a exceção à regra, deu a seu campus em Itabuna o nome do escritor.

capa Jorge100anosAmadoJorge Amado ignorou Itabuna e priorizou Ilhéus em seus livros? Leiam Tocaia Grande. Ou melhor, leiam e se deleitem com o livro “A Descoberta da América pelos Turcos” escrito especialmente para as comemorações dos 500 anos do descobrimento (ocupação?) da América, que  foi considerado pelo autor, Jorge Amado, como um romancinho.

O diminutivo deve ser visto como algo carinhoso, porque o livro mantém a genialidade, e escrita leve e a ironia fina de Jorge. As aventuras e desventuras dos árabes (na época chamados genericamente de turcos) Raduan Murad, Jamil Bichara e  Ibrahim Jafet, este último viúvo e pai de três lindas filhas (Samira, Jamile e Fárida), mas que não consegue desencalhar a feiosa Adma,  compõem um cenário delicioso dos primeiros anos da Itabuna do início do século passado, uma cidade aberta, hospitaleira, empreendedora, características que formam base de sua identidade.

Igualmente deliciosa é a solução para o drama de Ibrahim, poupando Jamil da tentação do diabo, mas revelando em Adma  um encanto divino, a que Jorge se refere com a língua afiada de sempre. Um tal b… de anjo, ou de b… chupeta.

O resgate do livro, que na época em que foi lançado não  teve a devida repercussão por essas plagas, bem que poderia marcar o reencontro da cidade com Jorge Amado, pondo fim (ah, Gabo, perdão pelo trocadilho infame), a mais de 100 anos de solidão.

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Daniel Thame é paulista por acidente, baiano por opção, itabunense de coração; jornalista e autor do livro “Jorge100anosAmado, tributo a um eterno Menino Grapiúna”

Seleção ou Seleneymar?

O silêncio dos indecentes

Pais do futebol? Nem tanto,nem tanto…

Repórter-Torcedor

Daniel Thame

 

Foi gol do nosso time!!!

O ano era 1985. O São Paulo, treinado por Cilinho, decidia o Campeonato Paulista com a Portuguesa, no estádio do Morumbi. Sãopaulino até a medula, fazia reportagem de campo para a Radio Difusora Oeste, emissora modesta, mas briosa, de Osasco.

O São Paulo tinha um timaço, com Falcão, Silas, Muller, Careca, Sidney e Cia, mas a Lusa endurecia o jogo. E eu não sabia se reportava os lances ou se torcia. O São Paulo fez 1×0 no primeiro tempo com Careca e levava um sufoco até a metade do segundo tempo, quando Sidney fez 2×0.

A comemoração dos jogadores aconteceu ao lado do gramado, justamente onde eu estava. Foi quando minhas dúvidas acabaram. Larguei o microfone no chão e fui comemorar com os jogadores.

Quando o narrador Silva Neto, tão sãopaulino quanto eu,  pediu a descrição do lance, silêncio total.

De cara, lá do estúdio da rádio,  cortaram a minha linha de transmissão, um trambolho com um fio quilométrico acoplado a uma caixinha e ao microfone que a gente tinha que desenrolar e enrolar antes e depois de cada partida, e passei o resto do jogo apenas assistindo, até invadir o gramado para comemorar, desta vez o título em meio a torcedores e jogadores.

Como eram tempos românticos, levei apenas uma suspensão de três dias.

E, pior dos castigos, não me escalaram mais para os jogos do São Paulo.

 

E segue o Surubão do Jucá…

Os inúteis campeonatos estaduais

O que valem um Paulistinha, um Baianinho, um Carioquinha? Nada!

2018 será do jeito que a gente quer que ele seja…

Um ano do tamanho da nossa capacidade de transformar sonhos em realidade.





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