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Daniel Thame, jornalista no Sul da Bahia, com experiência em radio, tevê, jornal, assessoria de imprensa e marketing político danielthame@gmail.com

setembro 2024
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:: ‘Daniel Thame’

A Mulher Caridosa

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Os dois amigos chegaram à pensão modesta na cidade do interior paulista no domingo à noite.

Radialistas em início de carreira e, portanto,  escalados para as piores coberturas, iriam fazer reportagens sobre um encontro de prefeitos e vereadores.

Tanta atenção para uma baboseira daquelas, que desde todo o sempre serviu de fachada para que os políticos tivessem diversão garantida bancada pelos cofres públicos, só se justificava porque o prefeito era também o dono da rádio onde eles trabalhavam.

O dinheiro contado mal dava para as despesas. “Luxos”, só mesmo algumas doses de “fogo paulista”, uma mistura horrenda de pinga vagabunda com groselha, e uma visitinha ao puteiro local, ainda assim  contando com a generosidade de uma moçoila mais em conta, mais rodada e em, digamos, fim de carreira.

Porque as putas que valiam a pena, preferiam prefeitos, vereadores, assessores mais graduados e mesmo os caipiras com aqueles “errrrrrrrrrrrrrrrrrres” intermináveis, mas com dinheiro  no bolso.

Daí que, a dona de pensão, uma velhota lá pelos seus 65 anos, viúva contrita, que era um trombolho repugnante na noite de domingo, passou a ser uma pessoa legal na segunda-feira, simpática na terça-feira, agradável na quarta-feira e atraente na quinta-feira.

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TV Cabrália, Hotel Comandatuba e “rico come cada coisa”

Daniel Thame

TV Cabrália, início da década de 90. O recém inaugurado Hotel Transamérica, na paradisíaca (que certa feita um repórter da emissora confundiu com afrodisíaca, sabe-se lá porque) Ilha de Comandatuba, recebia famosos e endinheirados de São Paulo, Rio e Brasília.

A gente tinha um esquema lá que sempre  que chegava alguém famoso era avisado. Para uma tevê regional, era uma festa entrevistar personalidades que só apareciam na então monopolista Rede Globo.

Os vips sentiam a nossa empolgação e quase sempre colaboravam, dando entrevistas para a Cabrália como se estivessem falando para o mundo. A gente fazia a gravação e ia almoçar no continente, porque a grana da diária não dava pra encarar um copo de água mineral no hotel, quanto mais um almoço.

Até que certa feita, fomos entrevistar o então governador de São Paulo, Orestes Quércia, que descansava no hotel com a família.

Político não pode ver um microfone, seja ele a BBC, seja ele do serviço de alto falante de Potiraguá.
Ele  deu uma longa entrevista, que a gente poderia usar durante uma semana nos telejornais.

Encerrada a gravação, Quércia convidou a equipe para almoçar.

Para quem iria pegar um rango mulambento, aquilo era o que se pode chamar de convite irrecusável.

Não recusamos. O almoço, como se previa, era um banquete. Todo tipo de saladas, pratos frios, pratos quentes, sobremesas. De se lamber os beiços.

Na equipe, havia um auxiliar de cinegrafista (função que hoje nem existe mais), meio tabaréu (caipira em baianês), que  ficou observando como as pessoas se serviam, pra não passar vergonha.

O excesso de cuidados não evitou que ele, na hora de colocar a salada no prato, pegasse um vistoso pedaço de samambaia, que obviamente foi colocada na mesa como decoração. A gente percebeu, mas ninguém teve coragem de falar nada. Foi um milagre conter o riso.

O almoço estava uma delícia e todo mundo se fartou. Quércia foi muito simpático e fez questão de convidar a gente pra voltar outro dia, o que era apenas gentileza, não era pra valer.

Quando a equipe entrou na balsa pra pegar o carro e voltar pra Itabuna, o companheiro auxiliar  de cinegrafista, exibindo o ar de felicidade de quem acabara de ser apresentado ao paraíso, saiu-se com essa:

-Almoço bom da porra! Só não gostei daquela salada. Rico tem cada gosto estranho…

 

Itabuna: liderada pelo Centro Cultural Teosópolis, campanha envia milhares de livros para bibliotecas escolares do Rio Grande do Sul

Liderada em Itabuna pelo Centro Cultural Teosópolis (CCT), a campanha “A Ponte”, de arrecadação de livros para a reconstrução das bibliotecas escolares do Rio Grande do Sul, enviou milhares de obras destinadas ao acervo literário dos gaúchos.

Agenor Gasparetto

A campanha atendeu a um apelo do escritor gaúcho Eliandro Rocha, que, apoiado pela Câmara Rio Grandense do Livro, pediu o apoio dos brasileiros para a recuperação do acervo literário do Rio Grande do Sul, atingido pelas chuvas.

Em Itabuna a campanha contou com o apoio de várias instituições, como o Colégio Batista de Itabuna (CBI), Igreja Batista Teosópolis, Centro Integrado Oscar Marinho Falcão (CIOMF), Setorial de Literatura do Conselho de Cultura de Itabuna, Projeto Alvorecer e Editora Via Literarum.

Foram enviadas 80 caixas de livros doados pela comunidade itabunense, que demostraram solidariedade com os irmãos gaúchos.

Daniel Thame

Pessoas anônimas e outros ligados a literatura participaram da campanha. Dos exemplos o escritor e jornalista Daniel Thame, que doou cerca de 200 livros. E um gaúcho radicado há 30 anos em Itabuna, o sociólogo Agenor Gasparetto, escritor e professor aposentado da Universidade Estadual de Santa Cruz (UESC).

 

Ele doou mil livros do seu catálogo, por meio da sua editora, a Via Litterarum, para ajudar a reconstrução das bibliotecas gaúchas destruídas pelas chuvas. “Estamos cumprindo nossa função social e cultural”, afirmou Gasparetto sobre a doação.

 

A professora Janete Macedo, coordenadora do Centro Cultural Teosópolis e articuladora da campanha em Itabuna, expressou sua satisfação com o sucesso da iniciativa.

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Um petista, um mendigo e um jantar que, literalmente, acabou em pizza

Daniel Thame

 

Santo André. São Paulo, ano 2001. Nomeado secretário de Comunicação em Itabuna, fui passar uma semana conhecendo a estrutura da Secom da cidade do ABC, uma espécie de grife das administrações petistas.

Lá conheci o prefeito Celso Daniel, excepcional figura humana. Um ano depois, durante o Carnaval Antecipado de Itabuna,  por uma dessas trapaças do destino, com o telefone do então prefeito Geraldo Simões em mãos, recebi  uma ligação de José Dirceu, e coube a mim comunicar a Lula, que estava participando da festa, o sequestro e posterior assassinato do seu provável coordenador da enfim vitoriosa campanha presidencial. Mas isso é outra história.

 

Uma noite,  eu e mais três companheiros da Secretaria de Comunicação fomos comer uma pizza e zerar o estoque de chopp num restaurante italiano. Muita conversa jogada fora, eles me perguntando de sacanagem como é que alguém deixa Sunpolo pra vir  morar na Bahia e eu respondendo que sacanagem é não deixar São Paulo pra morar na Bahia, até que vejo um mendigo batendo na janela de vidro do restaurante, ao lado da nossa mesa, fazendo o clássico sinal de que estava com fome.

Como se sabe a tendência alambiquista do PT, na qual integro com pompa e zelo,   bebe muito e come pouco e ai sobraram vários pedaços de pizza.

Chamei o garçom e no melhor estilo de ternura guevarista disse:

-Por favor, embrulhe essa pizza e leva para aquele rapaz aí do lado de fora, que ele está com fome.

Foi como se eu sugerisse que ele desfilasse na Avenida  Paulista com a camisa do Palmeiras num dia de festa de comemoração de título do Corinthians.

– Senhor a casa não permite esse tipo de procedimento

Ai baixou meu lado guevarista duro;

-Ou você embrulha essa pizza e leva para o rapaz lá fora ou eu levanto da mesa e vou buscá-lo  pra jantar aqui com a gente e ainda peço mais uma pizza pra demorar bastante. Isso você não pode impedir né?

E ele, quase engasgando:

-Isso eu não posso impedir, senhor…

Paredón!

-Então escolha, ou leva a pizza e entrega pra ele no meu campo de visão ou o mendigo entra como cliente.

Nem precisa dizer a opção que  ele escolheu

Enquanto meu lado petista se comovia com a alegria com que  mendigo recebeu aqueles pedaços de pizza, meu lado Mochileiro das Américas (isso também é outra história) não resistiu em pensar no garçom dizendo no melhor (ou pior) estilo paulista chato:

-Senhor mendigo, o cavalheiro daquela mesa solicitou que lhe entregasse essa pizza. Bom apetite e boa noite!

(Pensamento real do garçom: “petista filho da puta, da próxima vez que vier aqui e espero que nunca mais venha, vou colocar Lacto Purga na pizza pra você se borrar de merda”)

E desce um chopps, porque eu dispenso os dois pastel!

 

Rio de Contas, Rio de Isaquias

 

Isaquias Queiroz (Foto: Miriam Jeske / COB)

Daniel Thame

 

Rio de Contas

No passado, o cacau fruto de ouro

rumo ao mar e rumo ao mundo

Rio de Contas

o menino rema, rema e rema

O espírito guerreiro de seus ancestrais

Força indomável da natureza

Rio de Janeiro, Tóquio e Paris.

O mundo

Rio de Contas, Rio de Bronze, Rio de Prata, Rio de Ouro

Rio de Isaquías Queiroz

TV Cabrália, Barbosinha e as “férias coletivas”

Daniel Thame

Gerente de Jornalismo da TV Cabrália durante 13 anos, fui responsável por oferecer oportunidade para o surgimento de grandes profissionais de comunicação, hoje espalhados pela Bahia e pelo Brasil.

 

Pronto, autoelogio devidamente feito, vamos ao cerne dessas bem traçadas linhas.

 

Apaixonado por esportes e tendo atuado como repórter nas rádios Iguatemi e Difusora Oeste de Osasco e comentarista nas rádios   Clube e Difusora de Itabuna, não resisti em dar as caras na telinha, mesmo com o sotaque paulista cheios de “errrrrrrrres” que não consigo perder nem com quase quatro décadas na Bahia, atuando como comentarista no Programa Cabrália Esportiva, apresentado por Barbosa Filho, o Barbosinha, um dos mais completos profissionais surgidos no Sul da Bahia e que depois foi ser dono de sua própria emissora, a TVI Itabuna, deixando o programa por minha conta.

 

O fato é que com times profissionais disputando o Campeonato Baiano aos trancos e barrancos, muitas vezes brigando (e quase sempre apanhando) da bola, a gente fazia o programa com muita descontração, a ponto de ter criado um “monstrinho” que secava o Itabuna e que, após uma inesperada vitória do Itabuna sobre o Bahia, foi “assassinado” a pontapés pelos torcedores no Terminal Rodoviário,  quando tentava fugir para Sunpolo.

 

Tudo devidamente filmado e exibido no programa, que  tinha uma audiência tão grande que hoje, quase 25 anos depois de ter saído da tevê, algumas pessoas ainda me abordam na rua, lembrando do Cabrália Esportiva.

 

 

Já disse aqui que Barbosinha era um profissional completo.

 

E bota completo nisso.

 

Tanto é que numa sexta-feira, ao encerrar o programa, ele perpetrou:

-Quero comunicar que a partir de segunda-feira entrarei em férias coletivas e Daniel Thame comandará o programa.

 

Como eu sabia que não perderia o amigo por causa de uma brincadeira, matei a bola no peito e chutei para o gol,   antes do operador  encerrar o programa:

 

-Como Barbosinha faz reportagens, produz, edita e apresenta o programa, são férias coletivas mesmo…

 

E vamos aos nossos comerciais…

Bar das Putas

Daniel Thame

Ano de 1981. O Diário de Osasco finalmente trocava as velhas impressoras e linotipos e passava a ser impresso em off-set. Era como pular da Idade da Pedra para o futuro, sem escalas.

O Diário também  deixava de ser temporariamente diário para se tornar semanal, embora continuasse ostentando o título Diário.

Para o Vrejhi Sanazar, dono do jornal, era um salto de qualidade e a oportunidade de atrair anunciantes. Fazer dinheiro, enfim.

Para mim e para o Giovanni Palma, que tocávamos a redação, era o passaporte para a modernidade, poder ousar nos textos, nas fotos, no formato da primeira página.

Mais do que isso: como o jornal seria diagramado e impresso no prédio do Estadão (O Estado de São Paulo) na marginal Pinheiros, era a chance de viver o clima de grande imprensa, cruzar com o pessoal que fazia aquele que na época era o mais influente jornal brasileiro, até ser ultrapassado pela Folha de São Paulo e hoje ter se tornado um porta voz da direita paulista.

Era também uma oportunidade para manter contato com grandes jornalistas, não apenas do Estadão, mas também de outros veículos, já que após o fechamento das edições (naquele tempo os jornais fechavam de madrugada e não eram essa coisa pasteurizada e insossa de hoje, decadentes e superados pela agilidade da internet), o pessoal se dirigia a um ´pé sujo´ na avenida da Consolação, centro velho da capital paulista, onde um churrasquinho ou uma batata frita honestos eram oferecidos a preço justo. Obviamente acompanhados de uma cervejinha, uma batidinha, uma cachacinha.

Ou tudo junto!

O local era chamado de Bar das Putas, porque além dos companheiros jornalistas, as companheiras operárias do amor também batiam ponto lá, fechando a noite de trabalho duro (ops!). Uma convivência harmoniosa, num local que marcou época numa São Paulo ainda sem crack e sem tanta violência.

Foi no Bar das Putas, enquanto entornava uma dose tamanho família de batida de limão e comemorava com o Palma mais uma bela edição do nosso “Diário semanal”, que ouvi a seguinte frase de uma das distintas freqüentadoras:

-O cara quando quer uma puta só pra ele, tem que pagar bem. Se não pagar, vai ter que dividir com os outros e se contentar com as sobras.

Num país onde, diz a lenda, cafetão se apaixona, puta goza, traficante cheira e político honesto é mais raro do que trevo de cinco folhas, a moçoila perpetrou um comentário de antologia.

(Abre parantênses: esse dinossauro da imprensa é de um tempo em que a primeira pergunta que se fazia quando um novato aportava na redação era “você bebe?”.

Se a resposta fosse sim era como se dissesse: “sim eu escrevo bem”. E estava devidamente enturmado porque escrever e beber eram indossociáveis. Fecha parentêses).

E desce mais uma!

Desta feita uma divina batidinha do ABC da Noite, baiano que me tornei, jornalista que sempre foi e, per supuesto, bom bebedor que sempre serei….

 

O pastor, as ovelhas e ´el Mensajero del Diablo´…

 

Daniel Thame

 

1981, Radio Difusora Oeste, Osasco. Nas emissoras do interior, a Equipe de Esportes é uma espécie de faz tudo. Cobre de eleição a velório. Carnaval, então, é quase uma obrigação.

E lá estávamos nós cobrindo o Carnaval, que em São Paulo é (ou era) nos clubes e não ao ar livre, como na Bahia.

Se já é um porre cobrir carnaval de rua, imagine-se nos clubes fechados, transmitindo aquela barulheira insuportável e entrevistando bêbados que não diziam nada com nada.
A transmissão começava as 10 da noite, parava as 11 e retornava meia-noite, avançando pela madrugada.
A parada de uma hora nada tinha a ver com descanso. Naquela época, as igrejas evangélicas já viam no rádio um excelente veículo para difundir a fé cristã e aumentar o rebanho. E aquele horário era comprado por uma dessas igrejas.
Ocorre que, não contente em divulgar a palavra de Deus, o pastor simplesmente esculhambava a cobertura do carnaval, que por acaso era feita na mesma emissora em que ele estava falando.
O mínimo que dizia no ar era que a gente atuava como mensageiros do diabo. E, ao final do programa, ainda sugeria que as pessoas desligassem o rádio.
Eram cinco noites de carnaval, cinco noites de cobertura, detonando hectolítros de Fogo Paulista, uma mistura horrenda de pinga vagabunda com groselha, que era o que a nossa grana curta dava pra beber..
Na terceira noite, deu um problema no equipamento e fui até a sede da emissora fazer a substituição. Eis que, ao me dirigir à sala da técnica, que ficava nos fundos do prédio, deparo com o tal pastor encostado no muro, fazendo uma oração, digamos, mais íntima com uma de suas fiéis. Quase a tradução literal do “crescei-vos e multiplicai-vos”.
Uma chance daquelas, caída dos céus (ops!) não era para ser desperdiçada. E eu não desperdicei:
-Pastor, se nós somos mensageiros do diabo o senhor é o que, devorador de ovelhas?
Nos dias seguintes, se não fez elogios à nossa equipe pela brilhante cobertura da maior festa popular do Brasil (radialista adora uma frase pomposa!), o pastor pelo menos nos deixou em paz.
E certamente passou a ter mais cuidado em suas pegações, perdão, pregações para as ovelhinhas dadivosas.

No São João de Potiraguá, ALAMBIQUE promove ´imortaalcolizações` e entrega de comendas

Com Adelson Teles Pinto

Potiraguá, bucólica cidade (pqp!, “bucólica cidade”, os adjetivos começaram cedo) localizada entre o Sul e o Sudoeste da Bahia viveu, nos festejos de São João,  um momento ímpar de sua rica história.

Durante o ´licor tour` do grupo junino “Óia Nóis Aqui Travéiz!”,  que está completando trinta anos e percorre as principais ruas da cidade, sendo recebido  nas residências com deliciosos comes e bebes da época, a  Academia de Letras, Artes, Música, Birita, Inutilidades, Quimeras, Utopias, Etc., ALAMBIQUE, com sede no ABC da Noite-Beco do Fuxico, Itabuna, promoveu exclusivíssimas imortaalcooalizações, além da entrega da Comenda Dedé do Amendoim.

Com o rigor que é peculiar à nobilíssima academia, o presidente vitalício, imortalício e ditatorialício da Alambique, Daniel Thame, nomeou seletíssimos 11.113 novos imortais   e entregou igualmente seletíssimas 8.113 (ah, essa mal disfarçada predileção pelo 13) comendas.

Como a acolhedora (pqp, de novo o adjetivo!) Potiraguá possui menos de dez mil habitantes, moradores de cidades vizinhas como Itarantim, Maiquinique e Maracari, que passavam pela cidade durante as festas juninas,  incrédulos e embevecidos, também se tornaram imortais e comendadores.

Com Isis Thame e Ricardo Oliveira

Entre os homenageados (impossível se torna nomear a todos), destacam-se  os professores Levi Souza  Nascimento e  Robson Luiz de Oliveira Freitas (Robinho), os também professores Ricardo Oliveira e Isis Thame, a professora aposentada Helena Thame e o embaixador informal de Potiraguá Adelson Teles Pinto.

Com Robson Luiz de Oliveira Freitas (Robinho)  e Livi Souza Nascimento

Antes que as más línguas protestem contra a profusão de Thames, sem delongas: Helena é mãe e Isis é irmã do presidente da ALAMBIQUE.

Nepotismo é a mãe! Ou a irmã!

Com Helena Thame

A caminhada comerística e beberistica foi encerrada  com um memorável regabofe  na residência do presidente da Câmara, Gegel, com direito a música ao vivo  e  uma cachacinha de se beber de joelhos.

Com Gegel e uma cachacinha divina

Se bem que depois de cinco horas caminhando e bebendo (não necessariamente nessa ordem) beber de joelhos não é mera figura de linguagem.

Alvissaras com fogos de artifício  aos novos imortais e comendadores da ALAMBIQUE!!!

PS- Na Alambique, todos tem direito de ter opiniões próprias ou mesmo divergir das decisões presidenciais-ditatoriais. Com o adendo de que a estes é reservado o direito do paredón, posto que Don Ernesto, também conhecido como Che, é um dos patronos da academia.

TV Cabrália e o desabamento que construiu um repórter

eduardo lins (1)

Daniel Thame

Durante meus 13 anos no comando do jornalismo da TV Cabrália, de sua fundação em 1987, até o ano 2000, pude contribuir com o surgimento de grandes profissionais para a televisão baiana e- porque não?- brasileira.

 

Com mais sorte do que talento/juízo, algumas vezes contei com a ajuda do doutor acaso, o que na verdade apenas antecipou o que já era óbvio. O cara era bom, faltava uma oportunidade de colocar no ar.

 

O cara bom em questão era Eduardo Lins, então um  meninote de Buerarema, sobrinho do grande apresentador Linsmar Lins, da TV Aratu.

Colocado na TV Cabrália à pedido do tio, obviamente. Pedido prontamente atendido por Nestor Amazonas, talentoso ao extremo, gênio diria eu, mas no quesito juízo, dava empate técnico comigo.

E já que era na base do QI (Quem Indicou), vai lá ficar como estagiário da produção do Cabrália Esportiva, o que era a mesma coisa que “rapaz, fica aí e não me enche o saco`.

Ah, mas esse trapaceiro chamado destino…

Uma tarde chega a informação do desabamento terrível de um prédio em Jequié, com mortos e feridos. Tragédia das grandes,

Com nenhum repórter na casa, chamei Eduardo e disse:

-Vai lá com o cinegrafista, faz umas entrevistas, pega boas imagens, informações e chegando aqui eu faço o texto pro repórter gravar.

E  -aí era Daniel Thame em estado bruto (naqueles tempos, bota bruto nisso!)-  falei quase por instinto:

-Já que você tá lá mesmo, grava uma passagem na frente do desabamento…

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