:: ‘chocolate’
Como Pode?
Eulina Lavigne
Além de terapeuta sou, também, agricultora e busco honrar os meus ancestrais que foram pioneiros na lida com o cacau na região do Sul da Bahia. E sendo uma apaixonada pelo cacau e pelo chocolate, em 2013, quando morava em Salvador, adquiri uma minifabriqueta de fazer chocolates. Queria fazer algo diferente.
Conheci o finado Adeir Boida, também produtor, que na época era o representante da Cocoatown, empresa americana, que fabricava esta máquina de elaboração caseira de chocolates. Passei seis meses, após a compra do que parecia para mim um “bicho papão”. Não sabia como mexer e tinha medo de quebrar algo muito desconhecido para mim.
Na época estava fazendo parte de encontros promovidos pelo SEBRAE sobre o planejamento estratégico do cacau, onde encontrei o Adeir Boida e outros produtores. Empolgada com a máquina de fazer chocolates, a recomendei a outro produtor que imediatamente comprou e na reunião seguinte trouxe os seus chocolates para saborearmos.
Assistindo ao meu movimento, Adeir me perguntou se eu não tinha vergonha de recomendar a máquina e nunca ter usado a minha sob risco de não funcionar mais visto o seu desuso. Foi então que me apavorei e pedi que me fornecesse alguns grãos de cacau de qualidade já que ele havia sido premiado no festival de Paris.
O nosso primeiro chocolate jamais esquecemos. Saiu maravilhoso, recebi elogios do meu grande incentivado, o Adeir, que foi quem me orientou desde o início.
Parecia que estava cuidando de uma criança. Aprendendo a lidar com a máquina a cada dia, e tinha noites que não dormia com medo da máquina parar. Para fazer um chocolate de qualidade a máquina fica em funcionamento cerca de 24h.
Chocolat Bahia 2019 consolida polo chocolateiro e impulsiona economia
O maior evento de cacau e chocolate da América Latina. Assim pode ser definido o Chocolat Festival 2019, encerrado neste domingo (21), em Ilhéus. Realizado com o apoio do Governo do Estado, o festival reuniu cerca de 60 mil pessoas e movimentou aproximadamente R$ 15 milhões em negócios, reunindo 170 expositores e mais de 70 marcas de chocolate.
O festival possui características únicas como produção de chocolate, mel de cacau, nibs, cauchaça, creme de, cacau caramelizado, sabonetes de cacau, etc; e uma estrada temática, a Estrada do Chocolate, com fazendas centenárias, fábricas de chocolate, natureza exuberante.
O coordenador do Chocolat Festival 2019, Marco Lessa, destacou que “os resultados superaram todas as expectativas, numa demonstração de que os consumidores passam a valorizar o chocolate de origem. Tivemos muitos lançamentos de produtos, com diversidade e inovação, que atraíram pessoas da região e de outros estados”. Ainda para Marcos, “é importante conscientizar os cerca de 30 mil produtores de cacau, que sustentaram a economia sulbaiana durante décadas, de que eles podem se restabelecer dentro de um novo conceito, que é o chocolate de origem. Dessa maneira, iremos retomar, em bases sólidas e sustentáveis, o caminho do desenvolvimento”.
O Governo do Estado também marcou presença no festival com os estandes do Centro Público de Economia Solidária (Cesol) Litoral Sul,com produtos de empreendimentos solidários e destaque para o lançamento do creme de cacau Cacauela; a Bahia Cacau, uma cooperativa que já que comercializa chocolate e derivados no mercado paulista, a fábrica-escola do Chocolate do Centro Estadual de Educação Profissional Nelson Schau, com a instalação de uma planta industrial em que os alunos produziram chocolates e derivados de cacau, além da retomada as atividades da Câmara Setorial do Cacau, que define de ações conjuntas para o desenvolvimento da cadeia produtiva do cacau.
Chocolate e retomada do desenvolvimento
A empreendedora Marly Brito destacou que “a cada ano, o festival abre a possibilidade de novos negócios e incentiva a criação de novos produtos derivados de cacau”. Gerson Marques, que produz chocolates e também atua na área de turismo rural, ressaltou que “as vendas diretas aumentaram e também os acordos comerciais com parceiros da Bahia e de outros estados, consolidando a qualidade e o potencial do chocolate, além de criar um novo atrativo para o setor turístico”.
Para Leo Maia, que aproveitou o evento para lançar o chocolate branco com nibs de cacau, “esse é um mercado que exige sempre inovações capazes de cativar e atrair novos consumidores. As vendas foram ótimas”. Fernando Modaka, um dos pioneiros na produção de chocolate de origem, disse que “esse movimento que estamos vivendo no Sul da Bahia é fantástico, agrega valor o nosso principal produto, o cacau, tornando a região conhecida pelo chocolate de qualidade”.
A difusão de novas tecnologias também tem sido uma das tônicas do festival. O diretor executivo do Centro de Inovação do Cacau, da Universidade Estadual de Santa Cruz, Cristiano Vilela destacou que “o Sul da Bahia passa por um processo de modernização e valorização do cacau e na qualidade do chocolate”. O vice-presidente da Federação da Agricultura do Estado da Bahia-FAEB, Guilherme Moura, avaliou que “o Festival do Chocolate já se tornou uma referência no Brasil com sua característica única de unir produção de cacau e de chocolate, além de impulsionar toda a revitalização cadeia produtiva e movimentar a economia”.
Além da comercialização de chocolate e outros produtos o festival contou com eventos como Cozinha Show, ChocoDay, Ateliê do Chocolate, Cozinha Kids, Espaço Cutural do Cacau, com apresentação de artistas regionais, exposição História do Cacau, palestras, workshops e o Fórum Brasileiro do Cacau, com foco na sustentabilidade e avanços tecnológicos.
O Chocolat Bahia – 11 ° Festival Internacional do Chocolate e Cacau contou com a parceria do Governo da Bahia, através das secretarias do Turismo, do Desenvolvimento Econômico, da Agricultura, do Desenvolvimento Rural, CAR, e apoio financeiro do Fundo de Cultura, Secretaria da Fazenda e Secretaria de Cultura, assim como da Prefeitura Municipal de Ilhéus, Sebrae, Governo do Pará, Banco do Nordeste, Bahiagás, Sicredi e Chocolates Harald. O evento também tem apoio institucional da CEPLAC, Instituto Biofábrica, UESC, GAP, entre outras instituições. O Chocolat Bahia é uma realização da MVU Eventos.
Industrialização do cacau baiano movimenta R$ 1,3 bilhão em investimentos
O cacau da Bahia vai além das 123 mil toneladas produzidas por ano e lidera nacionalmente também no setor industrial. No estado, os cinco empreendimentos do setor, incentivados pelo Governo do Estado, por meio da Secretaria de Desenvolvimento Econômico (SDE), já injetaram cerca de R$ 1,3 bilhão em investimentos e geram juntos 1,2 mil empregos diretos. O forte da industrialização do cacau é a região sul, mas também tem presença marcante na capital e já exportou até loja artesanal para Paris.
Reinventado, o segmento cacaueiro tem visibilidade nacional com o Chocolat Bahia Festival, cuja 11ª edição começou na quinta-feira (18), em Ilhéus. Os números positivos se refletem ainda no processamento das amêndoas de cacau. A indústria moageira produz 270 mil toneladas por ano. Dados da SDE revelam a diversidade da cadeia produtiva baiana, que vai do cacau em pó aos chocolates gourmet, com nibs de cacau.
“A Bahia ocupa espaço importante no cultivo do fruto e no desenvolvimento econômico, especialmente no sul e extremo sul. O cacau se reinventou depois da vassoura de bruxa e temos uma nova oportunidade de crescimento territorial, com grandes variedades e com potencialidade sustentável do cultivo. A industrialização vem como reforço e essa cadeia tem movimentado a economia baiana, gerado empregos e tornado o estado referência mundial, seja no cacau ou no chocolate”, afirma o vice-governador e titular da SDE, João Leão.
Documentário mostra cacau como um dos alimentos brasileiros que correm risco de extinção
(Instituto Cabruca)-Não são apenas os animais que correm risco de extinção, muitos alimentos também, como o buriti, a castanha do Brasil, a baunilha do cerrado, a tainha, entre outros. A série documental “SEMENTES DO AMANHÔ tem o objetivo de resgatar a história dessas espécies alimentícias brasileiras, por meio de um olhar contemporâneo, mostrando a teia de relações humanas e ambientais que há por trás da sua cadeia produtiva.
Com 13 episódios que mostram um panorama geral de cada item nas comunidades onde são produzidos, a série apresentada por Nanda Barreto investiga a origem da extinção e guia o telespectador na descoberta da biodiversidade brasileira. Com isso, pretende provocar a conscientização das pessoas e buscar caminhos para a preservação das culturas alimentares e humanas, numa perspectiva de sustentabilidade. :: LEIA MAIS »
Bahia Cacau, exemplo a ser seguido
Josias Gomes
A Bahia Cacau gerida pela COOPFESBA (Cooperativa da Agricultura Familiar e Economia Solidário da Bacia do Rio Salgado e Adjacências) é a primeira fábrica de chocolate da Agricultura Familiar no Brasil e vem revolucionando a indústria do chocolate.
O fomento do Governo do Estado, através da SDR e o Programa Bahia Produtiva, foi decisivo para o desenvolvimento e expansão desse promissor mercado. Até o momento, foram feitos investimentos de R$877 mil com foco na qualidade da amêndoa, oriundas do plantio ao chocolate no município R$ 1,9 milhão no acesso ao mercado e mais de R$ 642 em assistência técnica.
A maneira como a Cooperativa realiza o seu cultivo merece destaque. É a famosa “cabruca”, feita sob a sombra das imensas florestas de Mata Atlântica da região Sul da Bahia, seguindo os saudáveis processos de controle agroflorestais. Este controle de qualidade é um diferencial de mercado. Os consumidores estão dispostos a pagar mais por produtos que tenham compromisso socioambiental e valores agregados. Pensando no mercado externo, este valor agregado sobe consideravelmente.
A Bahia Cacau tem em seu portfólio barras de chocolate com 35%, 50%, 60% e 70% cacau, amêndoas torradas e processadas em nibs e bombons recheados com frutas. Tanto potencial reunido só poderia resultar em um show de vendas na Naturaltech.
Parabéns companheiros e companheiras da Bahia Cacau, um dos stands mais saborosos da exposição!
Josias Gomes – Deputado Federal (licenciado) do PT/Bahia e atualmente titular da Secretaria de Desenvolvimento Rural (SDR). Se concorda, compartilhe
Produção de cacau no Sul da Bahia é reinventada e estado lidera ranking no país
(do G1, com Rede Bahia)-Com mais de 200 mil toneladas produzidas entre 2017 e 2018, a Bahia tem liderado a produção de cacau no Brasil, em uma disputa concorrida com o Pará, que é o segundo maior produtor do país. E, neste ano, a previsão é de que o estado seja destaque nacional novamente.
A TV Bahia exibiu a oitava reportagem do projeto “Avança”, que trata sobre o desenvolvimento econômico do estado, e mostra segmentos que são destaque, setores com alta produtividade, exemplos de negócios e utilização de tecnologia. A produção de cacau no sul do estado foi tema da reportagem.
Em 2017, a Bahia teve 88,6 mil toneladas do fruto, enquanto o Pará somou cerca de 57 mil. Em 2018, a produção baiana chegou a 122,6 mil toneladas e a paraense ficou perto em 116,1 mil. Neste ano, a previsão é que o Pará chegue a 113 mil toneladas e a Bahia mantenha a produção perto de 120 mil.
A maior parte do cacau baiano sai do litoral sul, que ainda lida com a devastação da praga conhecida como vassoura de bruxa. Por lá, os produtores tiveram que reinventar as fazendas e apresentaram bons resultados com as mudanças.
Produtos baianos da agricultura familiar para o segmento FIT conquistam consumidores na Naturaltech 2019
A agricultura familiar da Bahia se mostra cada vez mais diversa, promissora e atenta às novidades. No que diz respeito à gastronomia Fit, o segmento apresenta sua potencialidade na Naturaltech 2019, feira especializada em alimentos e produtos naturais, que acontece até este sábado (8), no Anhembi, na capital paulista.
Entre os alimentos que contribuem para o ganho de massa muscular, fortalecem os músculos ou dão energia estão o nibs de cacau, mel, chocolates, castanha de caju, guaraná, licuri, pólen e café, produzidos por cooperativas baianas. Os produtos estão expostos no estande Bahia Produtiva, instalado em uma área de 100 m², totalmente ambientado para receber o público visitante da Naturaltech. O estande está localizado na rua F-E/10-11.
Carine Assunção, representante da Cooperativa de Serviços Sustentáveis da Bahia (Coopessba), do município de Ilhéus, tem recebido os visitantes destacando a qualidade dos produtos que levou para comercializar durante a Naturaltech: “Na linha Fit, nós temos o cacau em pó, que é 100% cacau, sem nenhum aditivo químico e sem açúcar. Temos também o chocolate com açúcar demerara, que vem com 35% de cacau. Esse é um produto natural, também sem nenhum aromatizante, sem conservantes, super natural e super fit”.
No total, 17 empreendimentos da agricultura familiar, contam com apoio do Governo da Bahia, por meio da Companhia de Desenvolvimento e Ação Regional (CAR), vinculada à Secretaria de Desenvolvimento Rural (SDR), para expor e comercializar seus produtos na maior feira de produtos sustentáveis da América Latina.
Produção de cacau para chocolate fino aumenta no Brasil
(Valor Econômico)- Todos os alimentos têm histórias e sabores particulares, e, exceto por uma lista restrita de produtos como vinho, cachaça e alguns queijos, raramente os consumidores conectam as duas pontas. Essa distância existe no mundo do chocolate, mas, no Brasil, uma nova leva de empreendedores quer trocar esse disco e “reconectar” a produção nacional de cacau com a capacidade de produção de chocolates finos e de qualidade.
“Hoje você não sabe qual a origem do cacau, se é brasileiro, baiano, africano. Mas é possível ter um chocolate de origem se tiver rastreabilidade, quando você pode identificar de onde vem a amêndoa, e, principalmente, se tiver um percentual elevado de cacau na sua composição”, diz o empresário Marco Lessa.
Fundador da ChOr, que fabrica chocolates com alto teor de cacau produzido na Bahia, Lessa também é um dos principais expoentes da nova “cena chocolateira” brasileira. Já organizou festivais com empresas como a sua em Ilhéus, Belém e, no último mês, também em São Paulo.
Olhares mais atentos e bolsos mais cheios já notaram que as prateleiras de lojas em grandes centros urbanos como São Paulo estão começando a ser ocupadas por esses chocolates, que muitas vezes não têm só mais cacau, mas também a identificação da região de produção e até do agricultor responsável.
Trata-se, como reconhecem os próprios empreendedores, de um mercado de nicho. Mas eles acreditam que essa pode ser a solução para uma nova fase de crescimento da cacauicultura no Brasil, que perdeu o posto de maior produtor do mundo na década de 1990 ante os estragos causados pela vassoura-de-bruxa.
Chocolate e vinho tinto ajudam a combater rugas e manter a pele jovem
Quem tem o hábito de apreciar uma boa taça de vinho tinto acompanhada de um pedaço de chocolate tem bons motivos para celebrar a combinação de sabores. Um estudo realizado pela Universidade de Exeter, Inglaterra, descobriu que o doce e a bebida ajudam a combater rugas e manter a pele jovem.
De acordo com a pesquisa, tanto o vinho tinto quanto o chocolate contribuem para o rejuvenescimento de células antigas, fazendo com que elas se comportem mais como células jovens.
O segredo estaria nos flavonoides, compostos presentes em ambos e conhecidos por seus efeitos antioxidantes e anti-inflamatórios. acordo com a pesquisa, tanto o vinho tinto quanto o chocolate contribuem para o rejuvenescimento de células antigas, fazendo com que elas se comportem mais como células jovens.
O segredo estaria nos flavonoides, compostos presentes em ambos e conhecidos por seus efeitos antioxidantes e anti-inflamatórios.
Fonte: A Soma de Todos os Afetos