:: ‘Pará’
Pará e Bahia terão museus do chocolate
Marco Lessa e Pedro Araújo viajaram aos dois estados para
negociar a construção de museus inspirados no The Chocolat Story, do Porto
Marco Lessa e Pedro Araújo viajaram muito a trabalho no último mês e o resultado pode estar para breve. O CEO do Chocolat Festival e o fundador do Museu do Chocolate em Portugal fizeram várias reuniões no Brasil com um objetivo na cabeça: transformar ainda mais a cultura do cacau e chocolate no país. Para isso, eles negociam a construção de dois museus: em Altamira (Pará) e Ilhéus (Bahia), duas das maiores cidades produtoras de cacau.
“Foram reuniões muito proveitosas no Pará e na Bahia. São os estados que mais produzem cacau no Brasil e tiveram recentemente duas edições grandiosas do Chocolat Festival que levaram mais de 220 mil pessoas. As conversas avançaram muito e estamos mais próximos de conseguir fechar esse negócio que vai fazer expandir ainda mais o turismo de Altamira e Ilhéus”, contou Marco Lessa, que está a trabalhar no Chocolat Amazônia Flor do Pará, que acontecerá de 26 a 29 de setembro, em Belém, e na quarta edição portuguesa do Chocolat Festival, que será realizada entre os dias 24 e 27 de outubro.
O Museu do Chocolate do Porto, que é uma inspiração para os que serão criados no Brasil, foi conceitualizado por Pedro Araújo após muitas viagens e pesquisas. No Chocolate Story, o visitante descobre a história do chocolate, desde a fava do cacau até o derretimento na boca, um pouco da história do produto, embalagens, publicidade e uma visita até uma verdadeira fábrica, já que os chocolates Vinte Vinte são produzidos ali.
Amêndoas de cacau da Bahia e do Pará estão entre as melhores do mundo
Um produtor de cacau de Ilhéus, sul da Bahia, e uma cacauicultora de Medicilândia, no Pará, ganharam medalhas de ouro no Cacao of Excellence Awards (CoEx), premiação que elege as melhores amêndoas de cacau do mundo e que é dividida por regiões. A cerimônia que anunciou o resultado da edição 2023 foi realizada ontem (8), durante a Semana do Cacau de Amsterdã (Amsterdan Cocoa Week), na Holanda. Luciano Ramos de Lima, da Bahia, e Miriam Federicci, do Pará, receberam a honraria mais alta da premiação para a América do Sul. Já o produtor Robson Brogni, também do Pará, ganhou a medalha de prata para a mesma região.
O Cacao of Excellence é considerado a premiação de maior prestígio do mundo ao reconhecer produtores de cacau excepcionais pela qualidade superior e diversidade de sabores de todos os cantos do planeta. Para a edição de 2023, o CoEx recebeu 222 amostras de amêndoas de cacau de 52 origens diferentes provenientes de quatro grandes regiões: África e Oceano Índico; Ásia e Pacífico; América Central e Caribe; e América do Sul.
“O Brasil disputa em uma região muito competitiva, pois a América do Sul reúne os principais players de cacau fino do mundo. Concorremos com Equador, Peru, Colômbia e Venezuela, origens mundialmente consolidadas de cacau de qualidade”, destaca Adriana Reis, gerente de qualidade do Centro de Inovação do Cacau (CIC), sediado em Ilhéus.
Oitava edição do Chocolat Festival em Belém deve receber 50 mil visitantes
O tradicional desenlace de fitas anunciou a abertura do Chocolat Amazônia e Flor — VIII Festival Internacional do Chocolate e Cacau, em Belém, no Pará. O festival, que reúne 150 expositores de 250 marcas nacionais e internacionais no Hangar — Centro de Convenções e Feiras da Amazônia, deve receber 50 mil visitantes até o domingo (20).
Com o tema “O Pará na Bioeconomia da Amazônia”, o maior evento de chocolate e cacau da América Latina também proporciona ao público acesso gratuito ao Flor Pará, que reúne agricultores familiares e comerciantes de flores, plantas, chocolate e cacau, genuinamente amazônicos. Como de costume, a cerimônia de abertura foi marcada pelo prestígio por parte de diversas autoridades.
Entre os presentes, estiveram os secretários Giovanni Queiroz, de Desenvolvimento da Agropecuária e da Pesca do Pará (Sedap); Carlos Goulart, de Defesa Agropecuária, pasta vinculada ao Ministério da Agricultura e Pecuária (SDA/Mapa); e Cássio Pereira, de Agricultura Familiar do Pará, além do prefeito do município de Altamira, Claudomiro Gomes da Silva (PSB).
O festival é realizado pelo Governo do Estado do Pará, através da Sedap, com recursos do Fundo de Desenvolvimento da Cacauicultura (Funcacau). Ele conta ainda com o apoio das secretarias estaduais de Turismo (Setur) e de Desenvolvimento Econômico, Mineração e Energia (Sedeme), além da Adepará, Ceplac, Faepa, Senar Pará, Fiepa, Sebrae e Unama Universidade. A organização é da MVU Eventos, empresa do Grupo M21, detentora da marca para o Brasil e exterior.
Segundo Marco Lessa, CEO do Grupo M21 e idealizador do festival, o Chocolat Amazônia e Flor é muito mais que um evento setorial ou uma feira de produtos. “O festival é um motor que impulsiona o desenvolvimento sustentável, estimula a preservação da floresta em pé e gera emprego e renda para produtores e empreendedores, além de valorizar os produtos de origem e promover as marcas, para que elas façam mais negócios”, afirmou ele.
Chocolat Amazônia e Flor reune 120 expositores
Com início às 14h desta quinta-feira (17), o Chocolat Amazônia e Flor — VIII Festival Internacional do Chocolate e Cacau, em Belém, no Pará, terá 120 expositores de 250 marcas nacionais e internacionais. Além dos stands, quem for ao Hangar — Centro de Convenções e Feiras da Amazônia prestigiar o maior evento de chocolate e cacau da América Latina terá acesso gratuito ao Flor Pará, que reúne agricultores familiares e comerciantes de flores e plantas genuinamente amazônicas.
A cerimônia de abertura, sempre marcada pela presença de autoridades, será às 19h. Cortada a fita, paraenses e turistas poderão, até o domingo (20), das 14h às 22h, desfrutar experiências sensoriais únicas, bem como apreciar exposições históricas e artísticas e participar de aulas de culinária, palestras, debates e rodas de conversa sobre temas relevantes do setor.
Pará leva maior número de prêmios de qualidade de cacau e Rondônia desponta no mercado
O IV Concurso Nacional de Qualidade de Cacau Especial do Brasil premiou na última sexta-feira (25), durante cerimônia realizada em Belém do Pará, as oito melhores amêndoas produzidas no país e distribuiu R$ 50 mil em prêmios. Figurando entre os vencedores desde o ano passado, o estado de Rondônia começa a despontar no mercado de qualidade e este ano levou o primeiro lugar na categoria varietal (cacau de variedade única).
Com pouco menos de três hectares de cacau em sua pequena propriedade no município de Jarú, há dois anos Deoclides Pires da Silva aposta nas amêndoas de qualidade graças à assistência técnica do Senar (Serviço Nacional de Aprendizagem Rural). “Foi muito gratificante receber essa notícia, pois a variedade CCN51 é muito plantada aqui em Rondônia, porém pouco procurada pelos produtores de chocolate fino”, ressalta o cacauicultor.
Além de Rondônia, todos os outros estados produtores de cacau do Brasil foram contemplados com prêmios na categoria varietal. A Bahia dividiu o segundo lugar com o Pará e o Espírito Santo ficou com a terceira posição. Já a categoria Mistura (blend de variedades) foi dominada pelo estado do Pará e também contou com empate técnico no segundo lugar.
Vejam o texto completo em
Chocolat Festival Amazônia gera 15 milhões de negócios
Região do Xingu recebe pela primeira vez o maior evento de cacau e chocolate da América Latina
Cravado às margens do Rio Xingu, o município de Altamira recebe pela primeira vez uma edição do maior evento de cacau e chocolate da América Latina, o Chocolat Festival. Batizado de Chocolat Xingu, o festival acontece entre os dias 30 de junho e 3 de julho no Centro de Eventos de Altamira, reunindo especialistas, produtores e consumidores de cacau e chocolate de origem.
“A região da Transamazônica, com Medicilândia, e os municípios banhados pelo Xingu formam um imenso polo produtor de cacau de origem brasileira de qualidade. Já tivemos seis edições do Chocolat em Belém, nada mais justo levarmos o evento até a fonte de toda a sua riqueza”, comenta o empresário Marco Lessa, CEO do Chocolat Festival.
A programação começa na quinta-feira (30), a partir das 19h, com a abertura da Feira do Chocolate. Às 19h30 tem a aula de abertura do Cozinha Show com o chef Lucas Corazza, jurado no programa Que Seja Doce, do GNT, especialista em chocolate e formado na França. Na sequência, no Auditório Sustentabilidade, às 21h, acontece a coletiva de imprensa de lançamento do evento com as presenças da prefeitura de Altamira, governo do Estado do Pará e Marco Lessa, CEO do festival.
Programação de sexta-feira
Pará, Bahia e Rondônia são destaques no III Concurso Nacional de Qualidade do Cacau Especial
Na noite desta segunda-feira (22), foram reveladas as melhores amêndoas de cacau do Brasil durante premiação do III do Concurso Nacional de Qualidade do Cacau Especial. Ao todo foram 94 amostras inscritas nas categorias Mistura (blend) e Varietal, das quais 22 seguiram para a segunda etapa da disputa pelo título e pelos prêmios, que somavam R$ 24 mil. Nesta edição, o estado do Pará liderou o ranking, conquistando todos os lugares do pódio da categoria de blends, incluindo um empate técnico na terceira posição.
De Medicilândia (PA), o produtor Robson Brogni foi o grande destaque da categoria, ficando em primeiro lugar. “Estamos há alguns anos trabalhando na qualidade do nosso cacau para estar entre os finalistas, mas o primeiro lugar foi realmente incrível”, celebrou o paraense.
Já na categoria de variedade única, o estado da Bahia garantiu as duas primeiras posições, com Cláudia Sá, da Agrícola Cantagalo, Itabuna, em primeiro lugar. “O que faz a gente chegar até aqui é o amor pelo que a gente faz. Faz 10 anos que comecei a ‘namorar’ o cacau e há 3 estou completamente apaixonada. Estou muito emocionada e muito feliz porque isso é fruto de muito trabalho e muita dedicação”, destacou Cláudia, ao agradecer à equipe de colaboradores, família e organização do evento.
O terceiro lugar na categoria Varietal foi uma revelação. Em seu primeiro ano de participação no concurso, o estado de Rondônia já emplacou um vencedor. O produtor Mauro Tauffer, de Buritis, foi o terceiro premiado na categoria. “Por sermos mais novos na produção de cacau, sinto uma responsabilidade muito grande em representar o meu estado. Nem estava imaginando ganhar esse prêmio e agora estou muito feliz”, resumiu o cacauicultor, bastante emocionado.
Série retrata o cotidiano de catadores de lixo
A série ‘Aurá – Eu Sou de Lá’, retrata a trajetória de cinco catadores que trabalharam no Aurá, o segundo maior lixão a céu aberto do país, localizado em Belém no Pará. Com cinco episódios, a produção estreia no dia 13 de janeiro, na TVE, e será exibida de segunda a sexta-feira, às 20h30.
A série conta a história de vida de cinco catadores e acompanha, ao longo de dois anos, o cotidiano de trabalho dessas pessoas sobre as montanhas de lixo, o protesto de 24 horas que adiou o fechamento do Aurá e, principalmente, o desafio de reconstruir a vida sem o local de acolhimento social, base fundamental para o sustento das famílias.
Dirigida por Úrsula Vidal e Homero Flávio, a série ‘Aurá – Eu Sou de Lá’ foi financiada pelo programa Brasil de Todas as Telas, da Agência Nacional de Cinema (Ancine), e poderá ser acompanhada pelo Portal www.tve.ba.gov.br/tveonline
Cacau pode reflorestar 557 mil hectares no Pará
Vito Gemaque
O potencial da cacau para reflorestar áreas degradadas na Amazônia localizadas somente no Pará é gigantesca. O Estado possui 557,5 mil hectares de áreas desmatadas e degradadas que podem ser restauradas com o Sistema Agroflorestal (SAF) do cacau, o que corresponde a 750 mil campos de futebol, segundo dados da maior Organização Não-Governamental (ONG) de conservação mundial – The Nature Conservancy (TNC). Atualmente, o Pará possui 170 mil hectares com plantio de cacau. Essas informações levam em consideração apenas os municípios que já possuem produção de cacau, ou seja, o potencial em todo o Estado é ainda maior. Os dados foram expostos durante o último painel no Fórum do Cacau, atividade que aconteceu no VI Chocolat Amazônia – Festival Internacional do Chocolate e Cacau.
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Atualmente, a agricultura familiar é responsável por aproximadamente 35% do desmatamento de áreas no Pará, que são voltadas para a criação de pasto para gado. Por outro lado, a cacauicultura não precisa derrubar árvores. O cultivo do cacau alia a produção do fruto com a existência de outras árvores frutíferas e espécies da região amazônica. Por ser uma planta natural da Amazônia, o cacau (Theobroma cacao) está totalmente adaptado ao clima, à região e à vida com as outras espécies de plantas e insetos. Esses sistemas agroflorestais ainda formam zonas de microclimas com temperaturas mais amenas. O novo Código Florestal respalda o produtor para utilizar o SAF de Cacau para recuperar as áreas que foram degradadas.