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Daniel Thame, jornalista no Sul da Bahia, com experiência em radio, tevê, jornal, assessoria de imprensa e marketing político danielthame@gmail.com

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:: ‘Wagner Moura’

Começa em Cuba a filmagem de “Wasp Network”, baseado no livro “Os últimos soldados da Guerra Fria”

soldados

(do Nocaute) – Começou a filmagem em Cuba de “Wasp Network”, baseado na história dos cinco agentes cubanos capturados nos Estados Unidos, sob a direção do laureado cineasta francês Olivier Assayas.

Inspirado no livro Os últimos soldados da Guerra Fria, do escritor e jornalista brasileiro Fernando Morais, o filme conta com um elenco de atores de primeiro time, como o mexicano Gael García Bernal, a espanhola Penélope Cruz, o venezuelano Edgar Ramírez, o brasileiro Wagner Moura, o argentino Leonardo Sparaglia e a cubana Ana de Armas, que vem desenvolvendo uma notável carreira em Hollywood.

soldados 2Na produção atuam também os atores cubanos René de la Cruz, Iris Pérez y Omar Alí, junto a uma extensa equipe de produção da Ilha.

O filme começou a ser rodado em Varadero, na província de Matanzas, e também se rodará em diversas locações de Havana e outras regiões da Ilha.

A realização deste filme desperta expectativas tanto pela equipe internacional que a realiza quanto pelo êxito do livro de Morais, que se converteu em um best seller internacional.

O produtor Rodrigo Teixeira comentou que “levar Wasp Network ao cinema é um sonho transformado em realidade” e elogiou a equipe de “Olivier e este grupo de atores fantásticos”.

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Marighella, Tiradentes e a apropriação indébita

A0 PÉ DA GOIABEIRA lopes

bddepd@gmail.com Barão de Pau d´Alho

Escultura de bronze, de Décio Vilares, pertencente ao Museu Mariano Procópio, de Juiz de Fora

Escultura de bronze, de Décio Vilares, pertencente ao Museu Mariano Procópio, de Juiz de Fora

Dentre os ditos heróis brasileiros, o que mais me fascina é o mineiro Tiradentes . Não o Tiradentes de quem a elite se apropriou, depois de repaginá-lo como  Jesus Cristo (Na foto, escultura de bronze, de Décio Vilares, pertencente ao Museu Mariano Procópio, de Juiz de Fora), mas  o Tiradentes libertário, compromissado com sua gente e sua Pátria, o grande mártir sacrificado pela sanha vingativa do colonizador. Joaquim José era um revolucionário, com visão de futuro, não um reformador transitório e oportunista. Creio que, dentre as contradições que lhe criaram, a mais notória tenha sido fazê-lo patrono da PM,: Ele era o anti-Sistema, pregou contra o Sistema e pelo Sistema foi destruído, de maneira vil e cruel, enquanto polícias são o braço armado do agente opressor, e a este dão sustentação. Portanto, “vender” Tiradentes como patrono da defesa das elites é agredir a figura heroica desse grande brasileiro.

É Oiliam José (da Academia Mineira de Letras), no seu ótimo Tiradentes (Editora Itatiaia), quem nos alerta: “As palavras têm, em certa fase de sua existência,  força de expressão ampliada, ocasião em que se carregam de sugestão avassaladora e são capazes de conduzir multidões – e até de abalar instituições, destruir civilizações, sepultar culturas que parecem tocadas pelo condão da perenidade.”

O revolucionário de Vila Rica foi conhecido também como O República e O Liberdade – apelidos que parecem óbvios, considerando-se que tais palavras carregavam, no século XVIII, a tal “sugestão avassaladora”, na feliz denominação do acadêmico Oiliam José.

Estes nossos dias, quando os agentes da gestão federal se comportam, se não em estado de babárie total,  ao menos no mais completo desprezo ao intelectualismo, uma palavra surge na mídia com  força avassaladora: Marighella, título do filme de Wagner Moura.

A partir do furor provocado no Festival de Cinema de Berlim, Wagner Moura, trazendo à  baila o nome de Carlos  Marighella, dá importante contribuição ao movimento de resistência ao retrocesso que se tenta impor ao Brasil – o que muitos chamam de fascismo, ainda que haja dúvidas sobre se o Capitão reformado, absolutamente subletrado, sabe o significa fascismo.

Moura, em sua primeira experiência como diretor de cinema, resgata um símbolo que estava fazendo falta ao Brasil, num momento em que a resistência precisa de inspiração. E, pelo ódio que o filme despertou nas hostes da extrema-direita, os robôs bolsonarianos destilam ódio nas redes sociais contra Marighella, Wagner Moura e quem mais não apoie assassinos como Brilhante Ustra e Sérgio Fleury, heróis dessa gente malvada.  Essa pregação do ódio, paradoxalmente, nos dá uma certeza:  tão cedo, o revolucionário baiano não será vítima  da apropriação indébita ocorrida com Joaquim José. Marighella e Tiradentes são patrimônio do preto, pardo e pobre povo brasileiro, não dos poderosos brancos, ricos e privilegiados.

(Bddepd)

PERFIL DO BARÃO

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“Estou preparado para a porrada”, diz Wagner Moura sobre o filme ‘Marighella’

w mora

Do Brasil de Fato – “‘Cuidado que o Marighella é valente’, alertou um agente da repressão antes de umas das muitas tentativas de captura do líder revolucionário durante a ditadura militar”. A passagem da biografia de Carlos Marighella, escrita por Mário Magalhães, retrata uma das principais facetas do protagonista do filme dirigido por Wagner Moura, que estreia na 69ª edição do Festival de Berlim, na Alemanha, entre os dias 7 e 17 de fevereiro.

Essa é a primeira vez que Wagner Moura, mais conhecido por seu papel como Capitão Nascimento no filme “Tropa de Elite”, trabalha como diretor. De cara, ele assumiu como desafio reconstruir parte da trajetória de Marighella: poeta, militante comunista desde a juventude, deputado federal e fundador do maior grupo armado de oposição à ditadura, a Ação Libertadora Nacional (ALN).

O filme, que vai do drama à ação, conta justamente sobre o período mais conturbado e radical da vida do baiano como guerrilheiro. “A minha escolha por esse recorte também atende a vontade de que o filme seja popular, que muita gente veja, sobretudo as pessoas pelas quais Marighella lutava, o que é uma questão quando você pensa que o cinema é um divertimento elitizado no Brasil”, explica, em entrevista exclusiva ao Brasil de Fato.

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Quem tem medo de artista?

wagner m

Wagner Moura, na Folha de São Paulo

 

Artistas são seres políticos. Pergunte aos gregos, a Shakespeare, a Brecht, a Ibsen, a Shaw e companhia -todos lhe dirão para não estranhar a participação de artistas na política.

A natureza da arte é política pura. Numa democracia saudável, artistas são parte fundamental de qualquer debate. No Brasil de Michel Temer, são considerados vagabundos, vendidos, hipócritas, desprezíveis ladrões da Lei Rouanet.

Diante de tamanha estupidez, fico pensando: por que esses caras têm tanto medo de artistas, a ponto de ainda precisarem desqualificá-los dessa maneira?

Faz um tempo, dei muita risada ao ver uma dessas pessoas, que se referia com agressividade a um texto meu, dizer que todo bom ator é sempre burro, pois sendo muito consciente de si próprio ele não conseguiria “entrar no personagem”.

Talvez essa extraordinária tese se aplicasse bem a Ronald Reagan, rematado canastrão e deus maior da direita “let’s make it great again”. De minha parte, digo que algumas das pessoas mais brilhantes que conheci são artistas.

Esse medo manifestado pelo status quo já fez com que, ao longo da história, artistas fossem censurados, torturados e assassinados. Os gulags de Stálin estavam cheios de artistas; o macarthismo em Hollywood também destruiu a vida de muitos outros. A galera incomoda.

Uma apresentadora de TV fez recentemente sua própria lista de atores a serem proscritos. Usou uma frase atribuída a Kevin Spacey, possivelmente dita no contexto de seu papel de presidente dos EUA na série “House of Cards”.

A frase era a seguinte: “a opinião de um artista não vale merda nenhuma”. Certo. Vale a opinião de quem mesmo? Invariavelmente essas pessoas utilizam o chamado argumento “ad hominem” para desqualificar os que discordam de suas opiniões.

É a clássica falácia sofista: eu não consigo destruir o que você pensa, portanto tento destruir você pessoalmente. Um estratagema ignóbil, mas muito eficaz, de fácil impacto retórico. Mais triste ainda tem sido ver a criminalização da cultura e de seus mecanismos de fomento, cruciais para o desenvolvimento do país.

Aliás, todos os projetos sérios de Brasil partiram de uma perspectiva histórico-cultural, como os de Darcy Ribeiro, Caio Prado Jr., Sérgio Buarque de Holanda e Gilberto Freyre.

Ver o ministro da Cultura dando um ataque diante do discurso de Raduan Nassar só faz pensar que há algo mesmo de podre no castelo do conde Drácula. Mesmo acostumado a esse tipo de hostilidade, causou-me espanto saber que o ataque, na semana passada, partiu de uma peça publicitária oficial da Republica Federativa do Brasil.

Sempre estive em sintonia com a causa do MTST (Movimento dos Trabalhadores Sem Teto); fiz com eles um vídeo que tentava explicitar o absurdo dessa proposta de reforma da Previdência.

O governo ficou incomodado e lançou outro vídeo, feito com dinheiro público, no qual me chama de mentiroso e diz que eu fui “contratado” -ou seja, que recebi dinheiro dos sem-teto brasileiros para dar minha opinião. O vídeo é tão sem noção que acabou suspenso, assim como toda a campanha publicitária do governo em defesa da reforma da Previdência, pela Justiça do Rio Grande do Sul.

Um governo atacar com mentiras um artista, em propaganda oficial, é, até onde sei, inédito na história, considerando inclusive o período da ditadura militar.

Mas o melhor é o seguinte: o vídeo do presidente não conseguiu desmontar nenhum dos pontos levantados pelo MTST.

O ex-senador José Aníbal (PSDB) escreveu artigo em que me chama de fanfarrão e diz que a reforma só quer “combater privilégios”. Devo entender, então, que o senhor e demais políticos serão também atingidos pela reforma e abrirão mão de seus muitos privilégios em prol desse combate? E o fanfarrão ainda sou eu?

Se o governo enfrentasse a sonegação das empresas, as isenções tributárias descabidas e não fosse vassalo dos credores da dívida pública, poderíamos discutir melhor o que alardeiam como rombo da Previdência.

Mas eles não querem discutir nada, nem mesmo as mudanças demográficas, um debate válido. O governo quer é votar logo a reforma, acalmar os credores, passar a conta para o trabalhador e partir para a reforma trabalhista antes que o povo se dê conta.

Tenho uma má notícia: no último dia 15, havia mais de um milhão de pessoas nas ruas do país. Parece que não é só dos artistas que eles deverão ter medo.

WAGNER MOURA é ator. Protagonizou os filmes “Tropa de Elite” (2007) e “Tropa de Elite 2” (2010). Foi indicado ao prêmio Globo de Ouro, no ano passado, pela série “Narcos” (Netflix)

Wagner Moura desvenda a Reforma da Previdência

Wagner Moura repudia ataque ao MST

Wagner Moura: “o pior ainda está por vir”

 wagner moura

“Escrevi essa resposta-texto para jornalistas do Estado e da Zero Hora que queriam minha opinião sobre a extinção do Minc. O Zero Hora vai dar. O Estado se recusou: 

 A extinção do Minc é só a primeira demonstração de obscurantismo e ignorância dada por esse Governo ilegítimo. 

O pior ainda está por vir. 

Vem aí a pacoteira de desmonte de leis trabalhistas, a começar pela mudança de nossa definição de trabalho escravo, para a alegria do sorridente pato da FIESP, que pagou a conta do golpe. 

Começaram transformando a Secretaria de Direitos Humanos num puxadinho do Ministério da Justiça. 

Igualdade Racial e Secretaria da Mulher também: tudo será comandado pelo cara que no Governo Alckmin mandou descer a porrada nos estudantes que ocuparam as escolas e nos manifestantes de 2013. 

Sob sua gestão, a PM de São Paulo matou 61% a mais. 

Sabe tudo de direitos humanos o ex-advogado de Eduardo Cunha, o senhor Alexandre de Moraes. 

Mas claro, a faxina não estaria completa se não acabassem com o Ministério da Cultura, que segundo o genial entendimento dos golpistas, era um covil de artistas comunistas pagos pelo PT para dar opiniões políticas a seu favor (?!!!). 

Conseguiram difundir essa imbecilidade e ainda a ideia de que as leis de incentivo tiravam dinheiro de hospitais e escolas e que os impostos de brasileiros honestos sustentavam artistas vagabundos. 

Os pró-impeachment compraram rapidamente essa falácia conveniente e absurda sem ter a menor noção de como funcionam as leis (criadas no Governo Collor!) e da importância do Minc e do investimento em Cultura para o desenvolvimento de um país. É muito triste tudo. 

Ontem vi um post em que Silas Malafaia comemorava a extinção “do antro de esquerdopatas”, referindo-se ao Minc. Uma negócio tão ignóbil que não dá pra sentir nada além de tristeza. Predominou a desinformação, a desonestidade e o obscurantismo. 

Praticamente todos os filmes brasileiros produzidos de 93 para cá foram feitos graças à lei do Audiovisual. Como pensar que isso possa ter sido nocivo para o Brasil?! 

Como pensar que o país estará melhor sem a complexidade de um Ministério que cuidava de gerir e difundir todas as manifestações culturais brasileiras aqui e no exterior? 

Bradar contra o Minc e contra as leis (ao invés de contribuir com ideias para melhorá-las) é mais que ignorância, é má fé mesmo. 

E agora que a ordem é cortar gastos, o presidente que veio livrar o Brasil da corrupção e seu ministério de homens brancos, com sete novos ministros investigados pela Lava Jato, começa seu reinado varrendo a Cultura da esplanada dos Ministérios… Faz sentido. 

Os artistas foram mesmo das maiores forças de resistência ao golpe. Perdemos feio. 

Acabo de ler que vão acabar também com a TV Brasil. 

Ótimo. Pra que cultura? 

Posso ouvir os festejos nos gabinetes da Câmara, nos apartamentos chiques dos batedores de panela, na Igreja de Malafaia e na redação da Veja: 

“Acabamos com esse antro de artistazinhos comprados pelo PT! Estão pensando o que? Acabamos a mamata da esquerda caviar! Chega de frescura! Viva o Brasil!” 

Trevas amigo… E o pior ainda está por vir.”

Pela legalidade

Wagner Moura

wagner mouraSer legalista não é o mesmo que ser governista, ser governista não é o mesmo que ser corrupto. É intelectualmente desonesto dizer que os governistas ou os simplesmente contrários ao impeachment são a favor da corrupção.

Embora me espante o ódio cego por um governo que tirou milhões de brasileiros da miséria e deu oportunidades nunca antes vistas para os pobres do país, não nego, em nome dessas conquistas, as evidências de que o PT montou um projeto de poder amparado por um esquema de corrupção. Isso precisa ser investigado de maneira democrática e imparcial.

Tenho feito inúmeras críticas públicas ao governo nos últimos 5 anos. O Brasil vive uma recessão que ameaça todas as conquistas recentes. A economia parou e não há mais dinheiro para bancar, entre outras coisas, as políticas sociais que mudaram a cara do país. Ninguém é mais responsável por esse cenário do que o próprio governo.

O esfacelamento das ideias progressistas, que tradicionalmente gravitam ao redor de um partido de esquerda, é também reflexo da decadência moral do PT, assim como a popularidade crescente de políticos fascistas como Jair Bolsonaro.

É possível que a esquerda pague por isso nas urnas das próximas eleições. Caso aconteça, irei lamentar, mas será democrático. O que está em andamento no Brasil hoje, no entanto, é uma tentativa revanchista de antecipar 2018 e derrubar na marra, via Judiciário politizado, um governo eleito por 54 milhões de votos. Um golpe clássico.

O país vive um Estado policialesco movido por ódio político. Sergio Moro é um juiz que age como promotor. As investigações evidenciam atropelos aos direitos consagrados da privacidade e da presunção de inocência. São prisões midiáticas, condenações prévias, linchamentos públicos, interceptações telefônicas questionáveis e vazamentos de informações seletivas para uma imprensa
controlada por cinco famílias que nunca toleraram a ascensão de Lula.

Você que, como eu, gostaria que a corrupção fosse investigada e políticos corruptos fossem para a cadeia não pode se render a esse vale-tudo típico dos Estados totalitários. Isso é combater um erro com outro.

Em nome da moralidade, barbaridades foram cometidas por governos de direita e de esquerda. A luta contra a corrupção foi também o mote usado pelos que apoiaram o golpe em 1964.

Arrepio-me sempre que escuto alguém dizer que precisamos “limpar” o Brasil. A ideia estúpida de que, “limpando” o país de um partido político, a corrupção acabará remete-me a outras faxinas horrendas que aconteceram ao longo da história do mundo. Em comum, o fato de todos os higienizadores se considerarem acima da lei por fazerem parte de uma “nobre cruzada pela moralidade”.

Você que, por ser contra a corrupção, quer um país governado por Michel Temer deve saber que o processo de impeachment foi aceito por conta das chamadas pedaladas fiscais, e não pelo escândalo da Petrobras. Um impeachment sem crime de responsabilidade provado contra a presidente é inconstitucional.

O nome de Dilma Rousseff não consta na lista, agora sigilosa, da Odebrecht, ao contrário dos de muitos que querem seu afastamento. Um pedido de impeachment aceito por um político como Eduardo Cunha, que o fez não por dever de consciência, mas por puro revide político, é teatro do absurdo.

O fato de o ministro do STF Gilmar Mendes promover em Lisboa um seminário com lideranças oposicionistas, como os senadores Aécio Neves e José Serra, é, no mínimo, estranho. A foto do juiz Moro com o tucano João Doria em evento empresarial é, no mínimo, inapropriada.

E se você também achar que há algo de tendencioso no reino das investigações, não significa que você necessariamente seja governista, muito menos apoiador de corruptos. Embora a TV não mostre, há muitos fazendo as mesmas perguntas que você.

WAGNER MOURA, 39, é ator. Protagonizou os filmes “Tropa de Elite” (2007) e “Tropa de Elite 2” (2010). Foi indicado ao prêmio Globo de Ouro neste ano pela série “Narcos” (Netflix)

Cinema e Audiovisual pela Democracia

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Nós, cineastas, roteiristas, atores, produtores, distribuidores e técnicos do audiovisual brasileiro, nos manifestamos para defender a democracia ameaçada pela tentativa de impeachment da Presidente Dilma Rousseff.

Entendemos que nossa jovem democracia, duramente reconquistada após a ditadura militar, é o maior patrimônio de nossa sociedade. Sem ela, não teríamos obtido os avanços sociais, econômicos e culturais das últimas décadas. Sem ela, não haveria liberdade para expressarmos nossas distintas convicções, pensamentos e ideologias. Sem ela, não poderíamos denunciar o muito que falta para o país ser uma nação socialmente mais justa. Por isso, nos colocamos em alerta diante do grave momento que ora atravessamos, pois só a democracia plena garante a liberdade sem a qual nenhum povo pode se desenvolver e construir um mundo melhor.

Como nutrimos diferentes preferências políticas ou partidárias, o que nos une aqui é a defesa da democracia e da legalidade, que deve ser igual para todos. Somos frontalmente contra qualquer forma de corrupção e aplaudimos o esforço para eliminar práticas corruptas em todos os níveis das relações profissionais, empresariais e pessoais. Nesse sentido, denunciamos aqui o risco iminente da interrupção da ordem democrática pela imposição de um impeachment sem base jurídica e provas concretas, levado a cabo por um Congresso contaminado por políticos comprovadamente corruptos ou sob forte suspeição, a começar pelo presidente da casa, o deputado federal Eduardo Cunha.

Manifestamos a nossa indignação diante das arbitrariedades promovidas por setores da Justiça, dos quais espera-se equilíbrio e apartidarismo. Da mesma forma, expressamos indignação diante de meios de comunicação que fomentam o açodamento ideológico e criminalizam a política. Estas atitudes colocam em xeque a convivência, o respeito à diferença e a paz social.

Repudiamos a deturpação das funções do Ministério Público, com a violação sistemática de garantias individuais, prisões preventivas, conduções coercitivas, delações premiadas forçadas, grampos e vazamentos de conversas íntimas, reconhecidas como ilegais por membros do próprio STF. Repudiamos a contaminação da justiça pela política, quando esta desequilibra sua balança a favor de partidos ou interesses de classes ou grupos sociais.

Nos posicionamos firmemente a favor do estado de direito e do respeito à Constituição Brasileira de 1988. Somos contrários à irracionalidade, ao ódio de classe e à intolerância.

Como construtores de narrativas, estamos atentos à manipulação de notícias e irresponsável divulgação de escutas ilegais pelos concessionários das redes de comunicação.

Televisões, revistas e jornais, formadores de opinião, criaram uma obra distorcida, colaborando para aumentar a crise que o país atravessa, insuflando a sociedade e alimentando a ideia do impeachment com o objetivo de devolver o poder a seus aliados. Tal agenda envolve desqualificar as empresas nacionais estratégicas, entre as quais se insere a emergente indústria do audiovisual.

Por todos esses motivos, nos sentimos no dever de denunciar essa enganosa narrativa e de alertar nossos pares do audiovisual em outros países sobre este assombroso momento que vivemos.

Usaremos todos os instrumentos legais à nossa disposição para impedir um retrocesso democrático.

Assinam:
Luiz Carlos Barreto – Produtor (RJ)
Rui Guerra – Cineasta (RJ)
Orlando Senna – Cineasta (RJ)
Wagner Moura – Ator (BA)
Sara Silveira – Produtora (SP)
Anna Muylaert – Cineasta (SP)
Kleber Mendonça Filho – Cineasta (PE)
Karim Ainouz – Cineasta (CE/SP)
Jorge Furtado – Cineasta (RS)
Sergio Machado – Cineasta (BA/SP)
Rosemberg Cariry – Cineasta (CE)
Tata Amaral – Cineasta (SP)
Walter Carvalho – Cineasta e fotógrafo (RJ)
Gregório Duvivier – Ator e cronista (RJ)
Maurice Capovilla – Cineasta (SP)
Laís Bodansky – Cineasta (SP)
Marcelo Gomes – Cineasta (PE)
Alê Abreu – Cineasta (SP)
José Roberto Torero – Roteirista e escritor (SP)
Toni Venturi – Cineasta (SP)
Lucia Murat – Cineasta (RJ)
Gabriel Mascaro – Cineasta (PE)
Daniel Ribeiro – Cineasta (SP)
Roberto Gervitz – Cineasta (SP)
Murilo Salles – Cineasta (RJ)
Fabiano Gullane – Produtor (SP)
Marina Person – Cineasta (SP)
Lírio Ferreira – Cineasta (PE)
Tizuka Yamasaki – Cineasta (RJ)
José Joffly – Cineasta (RJ)
Leticia Sabatella – Atriz (SP)
Jorge Duran – Cineasta e Roteirista (RJ)
Silvia Buarque – Atriz (RJ)
Hermano Penna – Cineasta (SP)
Wolney Oliveira – Cineasta e curador – (CE)
Eryck Rocha – Cineasta (RJ)
Hilton Lacerda – Roteirista e Cineasta (PE/SP)
Paulo Caldas – Cineasta (PE)
Luiz Bolognesi – Cineasta e Roteirista (SP)
Marco Dutra – Cineasta (SP)
Vania Catani – Produtora (RJ)
Vicente Ferraz – Cineasta (RJ)
André Klotzel – Cineasta (SP)
Petra Costa- Cineasta (sp)
Chico Diaz – Cineasta e ator (RJ)
Ricardo Calil – Cineasta (SP)
Rubens Rewald – Cineasta (SP)
Tereza Trautman – Cineasta e produtora (RJ)
Gustavo Rosa de Moura – Cineasta (SP)
Manfredo Caldas – Cineasta (DF)
Julia Resende – Cineasta (RJ)
Fernando Coimbra – Cineasta (SP)
Silvio Tendler – Cineasta (RJ)
Giba Assis Brasil – Cineasta (RS)
Antonio Pitanga – Ator e Cineasta (RJ)
Helena Ignez – Cineasta (SP)
Anita Rocha da Silveira – Cineasta e Roteirista (RJ)
Aly Muritiba – Cineasta (PR)
Felipe Bragança – diretor (RJ)
Ricardo Elias – Cineasta (SP)
Gustavo Spolidoro – Cineasta (RJ)
Petrus Cariry – Cineasta (CE)
Paula Maria Gaitán – Cineasta (RJ)
Dandara Ferreira – Cineasta (SP)
Fernando Fraiha – Cineasta e Produtor (SP)
Reinaldo Pinheiro – Cineasta e produtor (SP)
Fernando Alves Pinto – Ator (SP)
Silvio Da-Rin – Cineasta (RJ)
Monique Gardenberg – Cineasta (SP)
Isabela Cribari – Produtora (PE)
Dira Paes – Atriz (RJ)
Mariana Lima – Atriz (RJ)
Jesuíta Barbosa – Ator (PE)
Maeve Jinkings – Atriz (PE)
Johnny Massaro – Ator (RJ)
Jordana Berg – montadora
Alfredo Manevy – Gestor cultural (SP)
Beto Rodrigues – Cineasta (RS)
Clélia Bessa – produtora
Vinicius Reis – Cineasta (RJ)
Paulo Betti – Ator e cineasta (RJ)
Diana Almeida – Produtora (SP)
Hálder Gomes – Cineasta e produtor (CE)
Theresa Gessouroun – Cineasta e produtora (RJ)
Tito Ameijeiras – Cineasta (CE)
Henrique Dantas – Cineasta (BA)
Maria do Rosário Caetano – Crítica e jornalista (SP)
Luís Zanin – Crítico e jornalista (SP)
Edna Fuji – Produtora (SP)
Eduardo Valente – Cineasta e gestor (RJ)
Celso Sabadin – Critico (SP)
Neusa Barbosa, Critica (SP)
Marcelo Miranda, Critico (MG)
Sara Antunes – Atriz (SP)
Frederico Cardoso – Cineasta e Presidente do CBC – (RJ)
Daniela Capellato – Produtora (SP)
Angelo Defanti – Cineasta (RJ)
Cesar Charlone – Fotógrafo (SP)
Edgard Navarro – Cineasta (BA)
Maria Farkas – Assistente direção (SP)
André Montenegro – Produtor (SP)
Geraldo Moraes – Cineasta (BA)
José Araripe Jr. – Cineasta e gestor (BA)
Solange Souza Lima – Produtora (BA)
Jorge Alfredo – Cineasta (BA)
Marcos Pedroso – Diretor de arte (SP)
Afonso Gallindo – Produtor (PA)
Virginia Cavendish – Atriz e produtora (RJ)
João Vieira Jr. – Produtor (PE)
Eric Laurence – Cineasta (PE)
Emile Lesclaux – Produtora (PE)
Margarita Hernandez Pascual – Cineasta (CE)
Lia Bahia – Gestora, pesquisadora e professora (RJ)
Antonia Pellegrino – Roteirista (RJ)
Julia Levy – Produtora e pesquisadora (RJ)
Emilio Domingos – Cineasta (RJ)
Diogo Dahl – Produtor (RJ)
Joana Nin – Cineasta (RJ)
Ruy Gardnier – Crítico (RJ)
Felipe Rodrigues – cineasta (RJ)
Carlos Azambuja – Fotógrafo e professor (RJ)
Flavio Botelho – Cineasta (SP)
Doug de Paula – Produtor (CE)
Caren Abreu – Cineasta (MG)
Marco Aurélio Ribeiro – Cineasta (MG)
Carla Francine – Produtora (PE)
Ilda Santiago – Produtora Cultural e Curadora (RJ)
Leyda Napoles – Editora (SP)
Daniella Elery – Cineasta e antropóloga (RJ)
Bárbara Cariry – Cineasta e produtora (CE)
Firmino Holanda – Cineasta e historiador – (CE)
Andrea Cals – Jornalista, Curadora (RJ)
Walter Lima – Cineasta (BA)
Antonio Olavo – Cineasta (BA)
Pedro Semanovsky – Cineasta (BA)
Amaury Cândido Bezerrra – Produtor (CE)
Tiago Therrin – Cineasta e montador (CE)
Cibele Amaral – Cineasta (DF)
Fabio Audi – Ator (SP)
Angelo Paes Leme – Ator (RJ)
Caco Monteiro – Ator (BA)
João Atala – Fotógrafo (RJ)
Heitor Martinez – Ator (SP)
Maria Rezende – Montadora (SP)
Rodrigo Gueron – Cineasta (SP)
Cristian Chinen – Montador (SP)
Moara Passoni – Cineasta(SP)
Mariana Oliva – Cineasta (SP)
Martha Kiss Perrone – Cineasta (SP)
Silvio Guindane – Ator (RJ)
Claudio Yosida – Roteirista (RJ)
Kaue Zilli – Diretor Fotografia (SP)
Humberto Carrão – Ator (RJ)
Marina Santos – Pesquisadora (SP)
Uira dos Reis – diretor (CE)
Marina Meliande – diretora (RJ)
Conceição Senna – atriz e documentarista
Marcelle Darrieux – Produtora e gestora
Waldyr Xavier – montador de som (RJ)
Flavia Castro – diretora (RJ)
Juilane Peixoto – diretora de fotografia (CE)
Mariana Lima – atriz (RJ)
Ivi Roberg – cineasta (SP)
Cris Aziz – diretor (MG)
Marcio Pons – diretor (MA)
Quito Ribeiro – Montador (RJ)
Bernard Atal – Cineasta (BA)
Tatiana Vilella
Tereza Seiblitz
Gabriela Amaral Almeida
Ana Cecilia Costa
Daniel Azevedo Greco
Rodrigo Magoo
Rita Careli
Anderson Quack
Leticia Simões
Flavio Rocha
Lula Oliveira
Diego Hoefel
Ana Cecilia Costa
Sofia Frederico
Sofia Midian
Pedro Perazo
Eva Pereira
Flavio Rocha
Jeronimo Soffer
Rodrigo Magoo
Paula Mercedes
Ducca Rios
Breno Cesar
Luciana Caruso
Breno Baptista
Ticiana Augusto Lima
Priscila Avilla
Anderson Quaq
Julia Cartier Bresson
Marcia Farias
Yasmin Rocha
Neco Tabosa
Keren HakermanR

Para assinar o manifesto e ver a lista atualizada: https://docs.google.com/forms/d/1BRgNhEKoGeGRBY7QmhG9YdOMNUdG_NIZAV0epW5_Q88/viewform

Wagner Moura recebe apoio do governador Rui Costa para filme sobre Marighella

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O premiado ator baiano Wagner Moura está com um projeto novo. Depois de se consagrar nas telonas com atuações brilhantes, vai se aventurar na função de diretor. A ideia é fazer um filme sobre um dos principais personagens da luta armada contra a ditadura militar no Brasil, o soteropolitano Carlos Marighella.

rui moura 2 O projeto, que está na fase de planejamento, foi apresentado nesta terça-feira (11) ao governador Rui Costa, que se comprometeu em apoiar e disse que quer ver imagens da Bahia na película. “É uma passagem importante da luta contra a ditadura, que vai ser contada com um personagem baiano e imagens da Bahia. Será sucesso sem dúvida e vamos apoiar”, garantiu Rui.

“Nossa proposta é fazer um filme de ação, que atraia o público, que atraia as pessoas para conhecer a história desse baiano. É muito bom ter o apoio do governo do Estado e espero que possamos fazer um grande filme”, explicou Wagner Moura.

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