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Sessão especial na Câmara de Itabuna debate impacto na escala 6×1 na vida das trabalhadoras

Wilmaci de Oliveira
No próximo dia 20 de março, a Câmara de Vereadores de Itabuna será palco de um importante debate sobre os desafios enfrentados pelas mulheres no mercado de trabalho. Por iniciativa da vereadora Wilmaci de Oliveira, será realizada às 18h30, no Plenário Raymundo Lima, uma sessão especial em homenagem ao mês das mulheres. O evento terá como tema central os impactos da jornada 6×1 na vida das trabalhadoras.
A jornada 6×1, na qual se trabalha seis dias e descansa apenas um, impõe desafios diários para mulheres que precisam equilibrar suas carreiras com a vida familiar, cuidados domésticos e outras responsabilidades. O encontro irá discutir questões fundamentais: como essa carga horária afeta a saúde física e mental das mulheres? Quais medidas podem ser tomadas para garantir mais direitos e condições dignas para todas?
Mesa de debate
Mulheres são maioria e representam mais de 70% do quadro de colaboradores do Hospital de Base
O papel das mulheres no Hospital de Base Luiz Eduardo Magalhães – HBLEM de Itabuna, que terá suas obras de ampliação inauguradas nesta sexta-feira (14) pelos ministros da Casa Civil, Rui Costa, da Saúde, Alexandre Padilha, do governador Jerônimo Rodrigues e do prefeito Augusto Castro, merece destaque não só pela sua competência e profissionalismo, mas também pela relevância de elas somarem cerca de 70% do quadro de colaboradores, entre contratados e efetivos.
Atualmente, dos quase mil colaboradores, cerca de 647 mulheres se destacam em diversas funções da área médica, assistencial e administrativa, com muita dedicação e competência. São médicas, enfermeiras, técnicas de enfermagem, coordenadoras, auxiliares de serviços gerais, recepcionistas, fisioterapeutas, psicólogas, assistentes sociais, nutricionistas, cozinheiras, auxiliares de cozinha, fonoaudióloga, advogadas, contadoras, secretárias, entre outras funções, que juntas contribuem de forma relevante para a qualidade no atendimento, a promoção da saúde e o bem-estar dos pacientes da unidade hospitalar e no bom andamento da prestação dos serviços em saúde da instituição.
Muitas dessas profissionais atuam na unidade hospitalar desde a fundação e estão vivenciando o grande momento do novo Hospital de Base, como Ana Flávia Ribeiro Santos. Ela está na unidade há 26 anos, onde começou como técnica de enfermagem, depois se tornou enfermeira e há cinco anos atua como coordenadora de enfermagem do Centro Cirúrgico. “O novo Hospital de Base contará com seis salas cirúrgicas. É uma grande conquista que está trazendo mais recursos e conforto para os pacientes de Itabuna e região”, declarou.
A auxiliar administrativa, Cláudia Pereira Nascimento, que trabalha há mais de 20 anos no HBLEM, diz que “é uma emoção muito grande ver o hospital renovado, todo equipado para oferecer um atendimento melhor para os pacientes. É isso que a população precisa e merece”, celebrou.
Eleger mais mulheres segue como desafio para o eleitorado itabunense
Auriana Bacelar
Nos próximos quatro anos, Itabuna terá apenas uma mulher ocupando cadeira na Câmara de Vereadores. Mesmo sendo a maioria do eleitorado, serão 20 homens e só uma representante feminina na composição do legislativo itabunense. A vaga será ocupada pela vereadora Wilma de Oliveira, do PCdoB, reeleita com expressivos 2.770 votos, que a colocaram em terceiro lugar entre os mais votados.
De acordo com o Tribunal Superior Eleitoral (TSE), o número de mulheres eleitas para as câmaras municipais de vereadores no país cresceu 13% entre as eleições de 2020 e de 2024. Em Itabuna não houve avanço nesse sentido, Wilma continua sendo a única mulher.
Mas chama a atenção que neste pleito ela obteve mais que o triplo de votos do anterior, obtendo uma das 5 maiores votações para a Câmara Municipal na história de Itabuna, a maior entre as mulheres. Também se tornou a primeira vereadora reeleita no município desde a redemocratização. Vale ressaltar que a segunda candidata com maior número de votos ficou na 32ª posição entre os mais votados deste ano.
Mandato solitário
Mulheres poderão concorrer em igualdade de condições no próximo concurso da Polícia Militar e Corpo de Bombeiros da Bahia
Acompanhando o entendimento do Supremo Tribunal Federal (STF) em diversas ações, o próximo concurso público do Estado da Bahia para ingresso na Polícia Militar e no Corpo de Bombeiros Militar garantirá às mulheres o direito de concorrer livremente e em igualdade de condições com os homens.
O tema, dentre outros, foi discutido em uma reunião preparatória de ajustes do edital de concurso realizada nesta quinta-feira (26), com a participação de representantes da Procuradoria Geral do Estado da Bahia (PGE), da Universidade do Estado da Bahia (Uneb), da Polícia Militar (PMBA) e do Corpo de Bombeiros (CBMB).
A nova norma tem como principal objetivo assegurar o direito isonômico de acesso das mulheres a cargos públicos nas corporações militares, permitindo que todas as vagas sejam acessíveis às candidatas aprovadas e classificadas, sem restrições de gênero.
Mulheres , acolham-se!
Cleide Léria Rodrigues
Uma das coisas que mais digo as minhas pacientes/ clientes é:
“ Se acolha , olhe pra você, se ponha em primeiro lugar , seja gentil com sua história…
Nossas ações estão baseadas nos nossos aprendizados . Desde a infância aprendemos uma forma de “ ver” a vida e lidar com situações mais diversas.
Para isso utilizamos alguns padrões comportamentais que podem ser disfuncionais…
Por meio das nossas feridas e traumas emocionais criamos defesas , pensamentos e comportamentos que podem ser distorcidos como uma forma de nos proteger da dor…
Mas ao não acessar nossas feridas e traumas , não é possível a transformação de fato da sua forma de viver a vida , de “Perceber “ a Si mesmo, aos Outros , ao Mundo !
Sendo assim! Você precisa decidir e olhar mais para você mulher ! Enxergar a mulher que você é , suas potencialidades, qualidades e fortalecer sabendo que você merecer mais do que tem.
Então ! Eí mulher! Seja livre pra ser quem você quer ser , livre pra sentir o frio na barriga, livre dos seus próprios rótulos ou dos diversos sociais que fomos impostos , livre pra se aventurar nos seus sentimentos, nos seus desejos e sonhos, nas suas ideias .
Vista suas assas de coragem, e se joga na pista da Vida !
Seja livre pra ser essa mulher incrível que tem aí dentro , não poupe o mundo da preciosidade que sua alma tem .
Complexo Eólico no Território do Sisal será operado 100% por mulheres; investimento é de R$ 1,5 bilhão
Reduzir os gases de efeito estufa em 57,6 mil toneladas por ano é uma das metas do Complexo Eólico Tucano, localizado nos municípios de Tucano, Biritinga e Araci, inaugurado nesta terça-feira (3), em cerimônia realizada em Salvador, com a presença do governador Jerônimo Rodrigues e do vice-governador Geraldo Júnior. Este será o primeiro do país a ter uma equipe de operação e manutenção 100% composta por mulheres. Investimento é de R$ 1,5 bilhão.
O começo das operações conta com 52 aerogeradores, um ganho de 322 MW de energia renovável para a matriz energética brasileira. Posteriormente, o Complexo será ampliado com a construção de mais cinco empreendimentos, que devem outorgar mais 160 MW de potência instalada. Segundo previsto pela AES Brasil, responsável pelo projeto e que, desde 2017, também opera o Complexo Eólico Alto Sertão II, na Bahia, o Parque Eólico de Tucano deve gerar mais de três mil empregos diretos e indiretos em toda sua cadeia produtiva.
“A formação de mulheres para a operação desse parque é uma iniciativa pioneira. Acreditamos que seria um marco ter um projeto desse operado 100% por mulheres formadas nas comunidades locais, gerando renda e melhorias de infraestrutura”, destacou Rogério Jorge, CEO AES Brasil. Ele ainda ponderou que, como investidores de longo prazo, a intenção é de que a região se desenvolva cada vez mais, para atrair cada vez mais investimentos.
As mulheres merecem e devem ser respeitadas!
Sione Porto
Em nome das marias, quitérias, da penha silva Empoderadas, revolucionárias
Ativistas, deixem nossas meninas serem super heroínas! Pra que nasça uma joana d’arc por dia!
Como diria frida: “eu não me kahlo! ”
Junto com o bonde saio pra luta e não me abalo
O grito antes preso na garganta já não me consome É pra acabar com o machismo
E não pra aniquilar os homens
Quero andar sozinha porque a escolha é minha Sem ser desrespeitada e assediada a cada esquina.”
As crescentes discussões sobre direitos, garantias e representatividade das minorias sociais revelam novos conceitos e denominações, que surgiram com o intuito de explicar as origens do tratamento desigual que certos indivíduos recebem. No que tange às questões de gênero, a misoginia é um termo oriundo da Grécia antiga que voltou à luz para conceituar as relações nocivas que ocorrem entre homens e mulheres.
Em uma breve análise do material artístico e intelectual produzido ao longo dos anos, é possível observar a forte influência dos tracos culturais misóginos, machistas e sexistas na civilização ocidental. Conforme pontuado pelo historiador e professor Leandro Karnal, durante uma palesoa realizada em 2017 pela comemoração ao dia da mulher, as estatuetas de Vênus de Willendorf e Vênus de Milo ou a pintura Vênus e Marte de Botticelli demonstram que os artistas supervalorizavam o corpo e a estética feminina, uma ideia que foi construída durante a antiguidade.
As bases sociais, políticas e econômicas ocidentais foram estabelecidas na Grécia antiga, cujo sistema sócio-político delegava à mulher uma posição secundária. No período Homérico, a unidade básica da sociedade grega era o genos, um sistema familiar que se caracterizava pela máxima autoridade concedida ao pater (patriarca) da família, que ao falecer, tinha seus poderes político, social, religioso e econômico õansmitidos ao filho mais velho.
Entretanto, no fim deste período, a população cresceu e a economia, essencialmente agrícola, decair. Houve, assim, a desintegração das comunidades gentílicas e o surgimento das cidades-Estados (ou pólis gregas), onde foi reiterada a ideia da soberania masculina.
Número de mulheres que adotam o sobrenome do marido no casamento na Bahia cai mais de 85%
Passados 21 anos desde a publicação do Código Civil de 2002, que permitiu aos noivos adotarem o sobrenome do outro no matrimônio, caiu 86,7% o número de mulheres que passaram a incluir o sobrenome do marido no casamento. Símbolo de uma sociedade cada vez mais igualitária e da praticidade da vida moderna, a escolha preferencial dos futuros casais tem sido pela manutenção dos sobrenomes de família, que hoje representam 89,56% das opções no momento da habilitação para o casamento.
Em 2002, época em que o atual Código Civil foi publicado, o percentual de mulheres que adotavam o sobrenome do marido no casamento representava 63,53% dos matrimônios. A partir de então iniciou-se uma queda paulatina desta opção. Na primeira “década” desta mudança – 2002 a 2010 –, a média de mulheres que optavam por acrescer o sobrenome do marido passou a representar 57,1%. Já na segunda “década” de vigência da atual legislação – 2011 a 2020 – este percentual passou a ser de 15,7%.
“A igualdade entre os gêneros está cada dia mais presente em nossa sociedade civil. No casamento não vem sendo diferente, as mulheres podem optar por terem ou não o sobrenome do marido, e os seus companheiros também podem ter a opção por adotarem o sobrenome da esposa. Os dados recolhidos pelos Cartórios de Registro Civil, nos mostra em como os cidadãos baiano, principalmente as mulheres, estão escolhendo em seguir com os seus nomes de registro”, diz o presidente da Arpen Bahia, Carlos Magno.
Comissão de Mulheres do Sinjorba participa de Marcha 8M e fortalece luta contra violência de gênero
A Comissão de Mulheres do Sinjorba no Dia Internacional da Mulher da Marcha 8M, em Salvador. Representantes de organizações, movimentos sociais e coletivos de mulheres se encontraram no Largo da Lapinha e saíram em caminhada até o Pelourinho protestando contra a violência de gênero, desigualdade salarial, assédio moral e sexual, racismo e todas as formas de opressão contra mulheres. O percurso realizado simbolizou a trajetória de luta das mulheres pela Independência da Bahia.
As jornalistas levaram à caminhada das mulheres uma faixa cobrando da Universidade Estadual do Sudoeste Baiano (UESB) que investigue as denúncias de assédio moral contra a direção do Sistema UESB de Rádio e TV e na Assessoria de Comunicação. A denúncia foi feita por quatro profissionais, sendo três mulheres. A mesma cobrança aconteceu no evento promovido pelas mulheres em Vitória da Conquista, sede da instituição.
A vice-presidente do Sinjorba, Fernanda Gama, destaca a importância da manifestação coletiva contra as diversas formas de violência contra mulher e acredita que as mulheres jornalistas podem contribuir com essa luta. “O 8 de março é um dia simbólico de luta, mas devemos lembrar que mulheres são vítimas de violência todos os dias, portanto, essa luta deve ser diária. Nós jornalistas sofremos uma série de violações à nossa condição de gênero no exercício profissional e não podemos naturalizar os assédios e ataques machistas contra nenhuma trabalhadora, que está ali exercendo seu trabalho que é fundamental para manutenção da democracia. Lute como uma jornalista e junte-se ao combate à violência de gênero”, ressalta Fernanda.
88% das mulheres têm participação nas finanças da casa
Está definitivamente sepultado o estereótipo da mulher gastadora e dependente da figura masculina, conforme atesta a inédita pesquisa Relevância das Mulheres nas Finanças das Famílias Brasileiras, produzida pela Serasa. O levantamento aponta que as mulheres assumiram o comando dos recursos dentro de casa e participam de maneira mais assertiva do orçamento e da construção do patrimônio da família. Agora elas lideram a pontualidade das contas do lar e impedem, com senso de responsabilidade e muita informação, um endividamento ainda maior das famílias brasileiras.
O indicador que mais chama atenção na pesquisa é que 88% das mulheres têm participação nas finanças das famílias, sendo que 38% delas são as principais responsáveis pelo provimento da casa. O perfil das mulheres provedoras revela que, em geral, elas têm entre 30 e 49 anos, ensino superior completo, um ou dois filhos, são casadas e empregadas no regime CLT.
“A pesquisa reflete a mulher brasileira atual, mais empoderadas, cada vez mais dispostas a gerir as despesas da casa e a formar novos arranjos familiares. Afinal, independência financeira é pré-requisito para a independência feminina”, diz Patricia Camillo, Gerente da Serasa. Apenas 12% das mulheres ainda não contribuem financeiramente no lar. Em geral, estão na faixa de 18 e 29 anos, têm somente ensino médio completo, não têm filhos, são solteiras, estão ainda desempregadas ou são donas do lar. “Ou seja, são mais jovens, com menor nível de escolaridade e sem emprego”, diz Patrícia.