:: ‘Amazonia’
Mari Bueno, Arte Sacra de Sinop para o mundo
Juraci Masiero Pozzobon
Mari Bueno regressou com seus pais em 1971 de Marechal Cândito Rondon para Sinop, Mato Grosso, onde reside até hoje. Ela é artista plástica muralista na arte contemporânea. Especialista em Arte Sacra e espaço litúrgico celebrativo pelo Instituto de Teologia de Santa Catarina. Na Europa fez cursos de desenho, pintura, mosaicos e iconografia. Nas pinturas usa técnica “Alla Prima”.
Mari Bueno buscou em suas criações as características da região amazônica com a temática indígena, entre eles a fauna e a flora. Com técnicas variadas busca o cotidiano rural e urbano, mas se especializou em Arte Sacra que é seu forte. Hoje está executando pinturas murais, mosaicos e muitos adereços. Seus trabalhos se encontram em varias igrejas de todo o Brasil e leva a reciprocidade entre o cristianismo de países onde a fé Cristã é praticada. Assim suas obras cruzaram os oceanos até a Europa.
Sua cidade é a sua Amazônia
Cleber Isaac Filho
Leio muito sobre o tema “Economia Verde” e recentemente deparei com artigo do Professor Georges Humbert; um dos fundadores do Instituto Brasileiro de Direito e Sustentabilidade e me inspirei nele para escrever a coluna dessa semana.
Acaba sendo homenagem pelo trabalho que ele e a Diretoria da Associação Comercial da Bahia vem fazendo na área de sustentabilidade; em especial com a produção do segundo Fórum de Direito e Sustentabilidade que vai ocorrer em julho.
Vamos ao texto :
“ Sustentabilidade é um tripé: ecologia, economia e social. O Brasil tem 60% de mata nativa preservada, mas milhões de pessoas sem emprego, sem habitação ou morando em áreas de risco, sem água encanada e esgoto, com lixão a céu aberto.
Portanto, com todos os problemas com desmatamentos e incêndios irregulares, nosso maior déficit na equação e no equilíbrio sustentável é social e econômico “
Posto isso comento :
Como podemos falar de camada de ozônio como prioridade se a pessoa está desempregada ? Se tem esgoto a céu aberto e um lixão como vizinho?
A corrida entre o cacau da Bahia e a Amazônia
Walmir Rosário
Por muitos e longos anos o cacau produzido na Amazônia era visto como de qualidade inferior. E realmente foi. Mas essa realidade faz parte do passado e a cada dia a lavoura cacaueira amazonense nos surpreende, principalmente nos estados do Pará e Rondônia. E o chocolate produzido lá pelas bandas do norte brasileiro vem ganhando prêmios e mais prêmios nos eventos internacionais.
E essa mudança não surpreende os que veem a cacauicultura brasileira com um olho no padre e outro na missa, como se diz. É verdade que ainda existe aquele cacau nativo e de qualidade inferior, cercado de vassoura de bruxa por todos os lados, mas estamos falando das novas plantações, incentivadas pela Ceplac e tão combatida pelos cacauicultores do Sul da Bahia.
Pra começo de conversa, o pé de cacau plantado na ponta do facão hoje só pode ser visto nos livros do conterrâneo Jorge Amado e essa nova cultura é cercada de conhecimento científico. A genética foi revirada pelo avesso, a clonagem é o assunto do momento, a produtividade é a marca a ser batida. Porém, a qualidade do produto final, o chocolate, é a galinha dos ovos de ouro dos bons produtores.
Quem é do negócio chocolate não se surpreendeu quando a revista Forbes estampou que Rondônia produz o melhor e mais espetacular cacau especial do Brasil. E o anúncio foi feito justamente em Ilhéus, por ocasião do Concurso Nacional de Cacau Especial do Brasil – Sustentabilidade e Qualidade, nesta sexta-feira (24). Na terra do maior concorrente.
Um dos prêmios foi concedido ao produtor Robson Tomaz de Castro Calandrelli, do sítio Três Irmãos, no município de Nova União, em Rondônia, vencedor na categoria mistura. Já na categoria varietal (única variedade genética de cacau), o vencedor foi Deoclides Pires da Silva, da Chácara Tiengo, em Jaru, em Rondônia, cuja lavoura foi implantada pelos seus pais em 1970.
Outros produtores de Rondônia e do Pará também foram premiados. Da Bahia, especificamente, Ilhéus, subiu ao pódio, como disse a Forbes, a produtora Marina Paraíso. Ao que parece, na cacauicultura, o sol já nasce para todos, desde que o produtor busque o seu lugar com os conhecimentos científicos disponíveis e os que ainda estão por vir.
Mazé Torquato conversa com Rafaela Tillier sobre remédios, Amazônia, alimentação, e crenças.
Naturopata formada na França, Rafaela Tillier foi buscar nos conhecimentos de sua avó e nas plantas da Amazônia fontes de saberes para escrever seu livro 30. Cacau, açaí, mandioca, cupuaçu, sementes, frutas e outros superalimentos que desempenham um papel fundamental na medicina tradicional brasileira e que ela compartilha agora no seu livro.
Nesta conversa com Mazé Torquato ela fala sobre o livro e suas experiências.
Veja:
‘Frans Krajcberg: Manifesto`, em tempos sombrios
Dois anos depois de sua morte, um dos maiores defensores da natureza é tema de um documentário que acaba de estrear, ‘Frans Krajcberg: Manifesto’.
O artista plástico polonês passou quase 70 anos no Brasil, boa parte em Nova Viçosa no Sul da Bahia, onde construí um memorial a céu aberto reconhecido em todo o mundo, morreu sem ver a explosão do desmatamento da Amazônia e as manchas de óleo que poluem o litoral nordestino, verdadeiras agressões à Natureza.
Nelson Leal diz que que questão amazônica requer reação rápida do governo brasileiro
“A Amazônia, hoje, é a principal pauta do mundo. O governo brasileiro tem que agir muito rápido para conter essa forte reação, principalmente dos países europeus, contra os desmatamentos e as queimadas na floresta amazônica. Caso não estanque essa sangria, o Brasil vai sofrer duras consequências no comércio internacional, com prejuízos diretos ao agronegócio, comprometendo principalmente a exportação de alimentos, como carne, frutas e grãos”, criticou hoje (23.08), em Andaraí, o presidente da Assembleia Legislativa da Bahia – ALBA, Nelson Leal, onde, à noite, participa do Festival de Igatu, na Chapada Dimantina.
Para Leal, o estrago já é irreversível e pode ser pior. “A fatura, por tanta inabilidade do governo brasileiro no xadrez da diplomacia internacional, começa a chegar. E, como produtor de frutas, posso assegurar: será uma conta cara. A Finlândia, por exemplo, já fala abertamente em proibir a importação de carnes brasileiras. O acordo comercial entre o Mercosul e a União Europeia poderá ser também alvejado, dada as tensões já vividas entre a posição brasileira e os governos da Inglaterra, Irlanda, França, Noruega e Alemanha”, disse o chefe do Legislativo da Bahia.
Nelson Leal diz que reavivar o discurso de que a “Amazônia é nossa” não seduz mais ninguém. “Nos anos 1970, diziam que outros países do mundo queriam invadir a floresta e tomá-la do Brasil. Passou meio século e ninguém invadiu nem tomou nada. Reativar esse discurso é querer fazer os outros de trouxas. A Amazônia é, sim, nossa, mas pertence ao mundo inteiro, porque ela intacta significa que o planeta está a salvo. A defesa do meio ambiente, a preservação das florestas do mundo, é coletiva, é obrigação de todos, não de uma pessoa ou de apenas um grupo”, defendeu Leal.
“Vamos seguir resistindo”: o recado dos povos da floresta

Lideranças indígenas, quilombolas e ribeirinhas nas filmagens da campanha em Presidente Figueiredo (AM), em fevereiro.ISA / DIVULGAÇÃO
(El Pais)- “Vamos seguir resistindo”. Essa é a principal mensagem que a campanha #PovosDaFloresta pretende passar. Por meio de um vídeo veiculado na internet, TV e cinemas, 25 lideranças indígenas, quilombolas e ribeirinhas tentam chamar atenção para a luta pela proteção ambiental e em defesa dos direitos dessas comunidades. A iniciativa é do Instituto Socioambiental (ISA), que completa 25 anos neste ano.
No vídeo, dirigido por Daniel Klajmic da Prodigo Films, com criação da agência J. Walter Thompson, estão no alvo os garimpeiros, grileiros e demais invasores de terra. “Se a floresta, ou a natureza de maneira geral, é nosso passaporte enquanto país para algum futuro, os povos que vivem nela são seus verdadeiros guardiões”, diz André Villas-Bôas, secretário-executivo do ISA. “Temos que valorizar a enorme contribuição dessas comunidades para o equilíbrio ecológico do planeta”.
Galeria do TMI recebe lançamento do livro de arte “Amazônia, a Natureza em Destaque”
A Galeria do Teatro Municipal de Ilhéus sedia, no dia 14 de setembro, o lançamento do livro de arte “Amazônia, a Natureza em Destaque” – Editora Capella, 2017 – de autoria de Jair Gabriel da Costa. O evento que terá entrada franca, acontece às sete da noite e registra parte da produção do artista, nascido em 1950, em Porto Velho, Rondônia.
Beleza, mistério e encanto estão presentes nas telas de Jair Gabriel. A temática que aborda, retratando plantas, bichos, aves, sons da floresta, lendas e figuras carregadas de misticismo, lembram histórias de selva, e são compostas em cores, ora vibrantes, ora contidas.
Um chamado sobre a Amazônia – Ermanna Cavazzoli da Costa, curadora de sua obra, e organizadora do livro, explica que “mais do que uma alusão à temática do autor, o título da obra “Amazônia, a Natureza em Destaque”, é um chamado para um mergulho em uma Amazônia que vai além da grande reserva da fauna, flora e dos recursos naturais que o país possui. É uma imersão em uma Amazônia mitológica, rica de signos e de significados.
Filho de seringueiro, Jair Gabriel passou a infância e parte da juventude na Floresta Amazônica, tendo, entretanto, iniciado sua carreira artística há cerca de duas décadas, aos 45 anos de idade, quando já residia na cidade de Salvador. No dia 05 de maio último o livro foi colocado no mercado, com um concorrido lançamento no Palacete das Artes (Graça, Salvador, Bahia). A publicação traz, além das imagens das pinturas, informações sobre mostras realizadas e textos de análise da obra, escritos por outros artistas e especialistas, como Antonia Herrera, doutora em teoria da literatura e literatura comparada, e o jornalista e escritor Carlos Ribeiro.
Estilo – Autodidata, a pintura de Jair Gabriel é primitivista ou naif, estilo que, por definição, caracteriza-se pela “expressão espontânea, desamarrada de método, livre de convenções e, não raro, envolta em uma aura de certa ingenuidade”. Com características muito próprias e marcantes, suas pinturas são realizadas com a técnica do pontilhismo – “na qual em
Cacau volta às verdadeiras terras do sem fim
O investidor tcheco Dennis Melka, uma espécie de barão do cacau do século XXI, quer se lambuzar de Brasil. Dono de plantações que não têm mais fim na África e na América Central, Melka costura uma parceria entre sua empresa, a United Cocoa, e a suíça Barry Callebaut – maior processadora de chocolate do mundo, com faturamento na casa dos US$ 5 bilhões. Em pauta, a criação de uma joint venture para o cultivo de cacau na Região Amazônica – além do Brasil, o projeto se estenderia também por áreas do Peru e da Colômbia.
Melka já mapeou cerca de 500 mil hectares de terras com grande potencial para a plantação do produto nos estados do Pará, Amazonas e Acre. O investimento tem algo de épico. Além de sua extensão, o negócio representaria o retorno da indústria cacaueira nacional às suas origens.
Jorge Amado enraizou as plantações do sul da Bahia no imaginário coletivo do brasileiro, mas foi na Amazônia que tudo começou. Vêm de lá, mais precisamente das margens do Rio Amazonas, os primeiros registros de cacau em terras brasileiras.
Dennis Melka e a própria Barry Callebaut esperam colher no Brasil o cacau que está faltando no resto do mundo. Há uma crescente escassez da matéria-prima. Para este ano, o gap entre produção e demanda deverá bater na casa das 100 mil toneladas. O pior ainda está por vir: a projeção é que este déficit chegará a um milhão de toneladas em cinco anos. (do Relatório Reservado/Negócios & Finaças)
Responsável por dois terços da produção mundial, a África Ocidental sofre seguidamente com secas e pragas agrícolas. A própria Barry Callebaut está entrando no projeto com o objetivo de
garantir o suprimento de matéria-prima para as suas unidades de produção, incluindo duas processadoras de cacau na Bahia e uma fábrica de chocolate em Extrema/MG. . (do Relatório Reservado/Negócios & Finanças)
- 1