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Daniel Thame, jornalista no Sul da Bahia, com experiência em radio, tevê, jornal, assessoria de imprensa e marketing político danielthame@gmail.com

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:: ‘Walmir Rosário’

Cacau, o cultivo queridinho do Brasil

Walmir Rosário

 

Muito cuspe e giz já foi gasto para explicar as nuances do cultivo do cacau e a cultura dos cacauicultores do Sul da Bahia. O cacauicultor era odiado e amado em livros, reportagens
de jornais, rádios, televisões, passando pelos workshops e congressos, com os prós e contras explícitos em acalorados e exaustivos debates. Ora os produtores eram elogiados
pela proteção da Mata Atlântica, outras vezes execrados pela monocultura e destruição.

Em cada um desses debates era comum alguém citar trechos de livros do itabunense
Jorge Amado, mostrando o cacauicultor como um criminoso contumaz na eliminação da
floresta, acredito que por desconhecer o tema. Agora se descobre ser a cacauicultura a
avalista na manutenção da nossa rica Mata Atlântica. Que ninguém leve isso a sério, pois
os pioneiros não sabiam que os pés de cacau também produziam a pleno sol.

Hoje, passado muito tempo dedicado à pesquisa, o cacau brasileiro pode ser plantado de
norte a sul, leste a oeste, independente de clima e altitude, com comprovações científicas
e a recomendações técnicas pertinentes. Há alguns anos, era considerado impossível, e
seria considerado louco quem tentasse plantar cacau já nas chamadas áreas de transição.

Muitos se aventuraram e colheram bons resultados. Os 100 milímetros de chuvas mensais
foram solucionados com a irrigação e fertirrigação.

Em meados da década de 1960, com a erradicação do café na região de Ubaíra, Santa
Inês, Mutuípe e boa parte do Recôncavo, a Ceplac, de forma corajosa, substituiu muitas
dessas áreas com o plantio de cacau. Renovou as esperanças dos produtores rurais em
fazendas de apenas terras nuas. Era a ciência rural chegando na hora certa para iniciar, na

Bahia, o Brasil do agro vencedor de hoje.

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Juca Alfaiate, um craque que jamais será esquecido

 

Walmir Rosário

Durante um jogo no Maracanã estreava na arquibancada do maior estádio do mundo um
itabunense. Acostumado a assistir aos jogos no acanhado campo da Desportiva, a todo o
ataque dos times cariocas, levantava, fazia muitos gestos, o que perturbava os torcedores
localizados logo atrás. E eis que num determinado momento, ouve os torcedores gritando
“Fica quieto, Juca Alfaiate”. Olha ele pra trás e pergunta: “Você também é de Itabuna?”, e
o carioca responde: “Não sei onde é isso, mas é o nome que está estampado na sua
bunda”.

Alfaiate de mão cheia, José Correia da Silva, ou melhor Juca, ainda é considerado o maior
craque de Itabuna. E durante toda a minha vida nunca vi ou ouvi ninguém discordar, o
que nos faz crer que seja verdade firmada. Magro, educado, bem falante em tom médio,
foi quem vestiu os elegantes da cidade por muitos anos. E o seu marketing era estampado
por uma fina etiqueta em todas calças, paletós e camisas por ele confeccionadas.

Mas nessa crônica não nos vale muito a refinada profissão de Juca Alfaiate, e sim o seu
desempenho no futebol. Se na alfaiataria deixava os clientes elegantes, nas quatro linhas
do campo da Desportiva ou estádios alheios, o elegante era ele. Nos anos 1940/50 era
quem mandava nos jogos pelos clubes em que jogou, a exemplo do São José, São
Cristóvão, Grêmio, Associação e Flamengo, todos de Itabuna.

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Guerra e paz entre papa-jacas e papa-caranguejos

 

Walmir Rosário

Guardo muitas recordações dos tempos de menino, entre elas as boas brigas por apelidos,
gentílicos, etnônimos, topônimos, principalmente os vistos como depreciativos. E não era
pra menos, imagine um itabunense ser chamado taboquense, por ser Tabocas o nome do
distrito que deu origem a Itabuna. Pior, ainda, e totalmente sem cabimento, o nascido em
Itabuna ser chamado de papa-jaca pelos ilheenses. Por pouco não é declarada uma
guerra, finalmente, pacificada agora por Afonso Dantas.

Eu mesmo já sofri muito com os preconceituosos gentílicos por ter nascido em Ibirataia,
nomeada de Tesouras quando ainda distrito de Ipiaú (também papa-jaca). Em 1960,
finalmente, Ibirataia ganha sua “carta de alforria” e passa a ser cidade, município. Para
fazer a população e os “de fora” se acostumarem com o novo nome, o prefeito teria tido
uma conversa de pé de ouvido com o delegado, que proibiu Ibirataia ser chamada de
Tesouras. E as ameaças não eram poucas, inclusive com a permanência de uns dias de
xilindró.

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O Hexampeonato da Seleç,ão de Itabuna

 

 

Walmir Rosário*

Atesto e dou fé que o que agora passo a narrar é rigorosamente verdade, daí não retirar ou mudar uma só vírgula do assunto em questão, o futebol amador baiano. Está nos anais da história que a Seleção Amadora de Itabuna se consagrou hexacampeã (em títulos seguidos) do Campeonato Intermunicipal Baiano, feito que até os dias de hoje se encontra tremulando nos píncaros do futebol amador da Bahia.

Tudo começou no ano de 1957 – embora o campeonato seja relativo a 1956 – em 27 de outubro, com um empate em 3X3, em casa, no campo da Desportiva, numa partida cheia de emoções. É que até os 45 minutos do segundo tempo, a Seleção de Itabuna perdia por para a Seleção de Belmonte. Aí, um chute de Tertu marca o gol salvador da pátria. Do meio de campo ele consegue colocar a bola na gaveta superior, onde as corujas dormem.

Bastava caprichar no próximo jogo, na casa adversária, e tomar a dianteira. Não deu outra, Itabuna venceu por 3X1 e deu início a um próspero período de vitórias e títulos. A próxima vítima foi a Seleção de Ubaitaba, vencida por 2X1, na Desportiva e por 4X0 em Ubaitaba. E a partida foi bastante tumultuada, com a expulsão do goleiro itabunense Asclepíades, substituído pelo atacante Santinho, ainda com 20 anos de idade.

Daí pra frente Itabuna venceu Valença em sua casa por 4X3 e repetiu a vitória na Desportiva por 4X1. Para finalizar o campeonato, ganhou da Seleção de Salvador – no campo da Graça – por 2X1 e liquidou a fatura contra os soteropolitanos por 3X1, em Itabuna. Era uma equipe pra ninguém botar defeito, que já tinha mostrado seu potencial ao vencer o Torneio Antônio Balbino em abril de 1957.

No Bicampeonato não foi diferente e a Seleção de Itabuna, mesmo tendo que esperar por três anos para o reinício do campeonato, em 1961. Pra começo de conversa, ganhou da Seleção de Itajuípe, em sua casa, por 3X1, com 2 gols de Zé Reis e um de Florizel. No jogo de volta, em Itabuna, ganhou pelo placar de 3X2, todos marcados por Florizel, considerado o maior centroavante que já atuou em Itabuna.

Nas quartas de final, a Seleção de Itabuna vence o Jequié em sua casa por 3X2, e no jogo de volta abate o selecionado da Cidade do Sol por 4X0, no campo da Desportiva. Na semifinal empata com a Seleção de São Félix em 0X0, na casa adversária, e aplica 1X0 em casa, num gol magistral de Santinho. Com essa vitória Itabuna tinha tudo para colocar a mão da taça, mas o adversário na final seria a Seleção de Feira de Santana.

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Um homem que se fez Jeep em carne e osso

Walmir Rosário

Em todas as cidades, não importa o tamanho, existem figuras de destaque na sociedade. É verdade que algumas delas são vista de forma jocosa, em função de alguma deficiência física ou mental. Mesmo hoje, com o império do politicamente correto, essas pessoas ainda são motivos de risos, gozações, muitas das vezes respondendo com palavrões os chistes a eles dirigidos, muitas das vezes atirando pedras, paus, o que tiver às mãos.

No meu tempo de menino – e já vão muitos anos – Itabuna convivia com seus personagens, muitos deles tinham as ruas como residência e em locais fixos, em baixo de marquises seguras ou local melhor para mendigarem. Outros, vinham diariamente de cidades próximas, e outro grupo residiam com seus familiares, mas ganhavam as ruas e também eram motivos de gozações.

Um deles era o Jipe, com certidão de nascimento e batizado com o nome de Afrânio Batista Queiroz, que se caracterizava de Jeep Willys. Sim, isso mesmo, e com o que tinha de melhor entre os acessórios para equipar esses veículos, que eram os mais vendidos por ter estrutura para enfrentar as piores estradas. E revestido intelectualmente por dentro, e acessoriamente por fora de jeep, percorria ruas e estradas de Itabuna e região.

Na cidade em que estivesse Jipe visitava os pontos de táxis, geralmente aqueles carrões americanos das marcas Hudson, Ford, Chevrolet, Desoto, Oldmosbile, Rurais e Jeeps, estes em grande maioria. Conversava pouco e ouvia muito. Era observador por natureza, por ser circunspeto, calado, até. Ninguém sabia o que ele realmente pensava e qual a comparação que faria entre um verdadeiro jeep e o que pensava ser, pois não externava. Um simples sonho ou uma incorporada realidade…

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Lua Riela, meio campista veloz e driblador

 

Walmir Rosário

Pode considerar que não abro essa crônica com nenhuma apelação, apenas exponho o sublime ditado conhecido de todos: “O que é bom já nasce feito”. E me refiro ao craque Lua Riela, que ainda aos 13 anos já era titular do quadro aspirante do Flamengo de Itabuna. E com o aval do presidente do dito Flamengo, Oswaldo Benevides do Rosário, que o considerava um jogador diferenciado, um craque, sem tirar nem pôr.

E tinha razão o cartola grapiúna, pois aos domingos, além de jogar a partida preliminar, ainda era convocado para ficar no banco do time titular, com amplas possibilidades de entrar em campo no jogo principal. E não era pra menos, pois os que tiveram a oportunidade e felicidade de vê-lo jogar futebol de salão – hoje futsal – tinham certeza de que seria um futuro craque do futebol de campo. E acertaram em cheio.

Também pudera! Lua, ou Luiz Raimundo Riela da Costa, nascido em Itabuna, ali no bairro da Conceição, em 1946, ostentava o DNA da família Riela. Com os irmãos e craques Fernando, Carlos e Leto, formavam os quatro superastros do futebol itabunense nos anos 1960 e 70, encantaram a Bahia e o Brasil. A dúvida entre os torcedores seria quem deles era o melhor, embora com sua modéstia Lua sempre sustentava que seria o irmão Fernando. Páreo duro.

Como era flamenguista (carioca), jogar no Flamengo (mesmo o de Itabuna), lhe fazia feliz. Porém, por imposição de seu Astor, seu pai, deixou o Flamengo para jogar no Fluminense de Itabuna. E não chegou sozinho, desembarcou com os seus três irmãos, o também meio-campista Carlos, o lateral-esquerdo Leto e ponta-esquerda Fernando. Não deu outra, o Fluminense foi campeão itabunense.

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A efemeridade do Itabuna na Série A

Walmir Rosário

Tinha prometido a mim mesmo que não mais escreveria sobre o futebol da atualidade.
Motivos não faltam: não acompanhar o dia a dia dos times, especialmente o Itabuna
Esporte Clube, em campo e extracampo; as ações da diretoria; o apoio recebido de
instituições públicas e privadas; a convivência com sua apaixonada torcida. Por si só essas
alegações bastariam e poderia cometer pecados pelo simples desconhecimento.

O certo é que a má fase fez com que o “time lascasse em bandas”, como se diz, e voltasse
à Série B do Campeonato Baiano. Já sua ascensão à Copa do Brasil e à Série D do
Campeonato Brasileiro, foi e deverá ser efêmera, respectivamente. E o que é pior: todo o
planejamento é desmontado e um novo deverá ser elaborado, para que possa cair nas
boas graças para os investimentos da iniciativa privada, que sabe uma SAF.

O itabunense é um apaixonado por futebol, e esse centenário amor passa de geração em
geração, mesmo quando a cidade não tem uma equipe para tornar feliz os torcedores. E
Itabuna já colocou duas equipes profissionais no Campeonato Baiano, para atender às
predileções e preferência dos esportistas. Mas por pouco tempo. O Estádio Luiz Viana
Filho, que hoje atende por Fernando Gomes, se transformou num elefante branco.

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A paródia do Bi do Brasil e do Tri da Seleção de Itabuna

Tricampeonato da Seleção de Itabuna 1963

Walmir Rosário

O ano da graça de 1962 foi uma glória para o futebol brasileiro. Em Santiago, no Chile, a Seleção Brasileira se sagrou bicampeã mundial, aplicando o placar de 3X1 contra a então Tchecoslováquia, com gols de Amarildo, Zito e Vavá. O receio de jogarmos a Copa do Mundo sem Pelé foi superado ainda no primeiro jogo, após o rei do futebol sofrer uma fortíssima contusão, justamente contra a Tchecoslováquia.

No Rio de Janeiro, mais exatamente no Gigante do Maracanã, como era chamado pelos locutores de rádio, o Botafogo triunfa sobre o Flamengo e ganha mais um título de Campeão Carioca, pelo placar de 3X0. Neste jogo, Garrincha humilhou o Flamengo e ainda fez dois gols. O outro foi de Vanderlei, contra. No nosso estado, o Esporte Clube Bahia ganhou os dois turnos do campeonato e se tornou campeão baiano de profissionais.

Mas o que nos interessa mesmo é falar da Seleção de Amadores de Itabuna, a que entrava em campo para ganhar. Nossos torcedores não perguntavam se a esquadra azul e branco ganharia, mas, sim, de quanto seria o placar. Claro que a nosso favor. Para tanto, mais de 22 craques convocados estavam sempre prontos para dar aquele baile de bola nas seleções adversárias. Dentro e fora de casa.

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A epopeia futebolística de Juca Alfaite

 

Walmir Rosário

O garoto José Correia da Silva, ou simplesmente Juca, como chamado, era um apaixonado por futebol. Mas também pudera, sabia tudo de bola e desde pequeno fazia gato e sapato dos colegas nos babas em que jogava. “Nasceu para jogar bola”, comentavam. Seus pais eram quem não gostavam nada disso, pois preferiam ver seu filho estudado, formado e estabelecido numa boa profissão.

Assim que parou os estudos, sua mãe, uma exímia costureira, combinou com ele que poderia continuar a jogar bola, mas tinha que dividir o horário com o aprendizado de uma profissão. E assim continuou sua vida dividindo seu tempo entre a alfaiataria em que aprendia a profissão e os campos de futebol. A formação foi mais rápida do que esperava e já se notabilizava no meio de tesouras, linhas, agulhas e máquinas.

Como tinha uma namorada em Santa Rosa – hoje Pau Brasil –, foi tentar a vida por lá. Abriu uma alfaiataria e continuou sua vida na nova localidade, embora não perdesse o vínculo com Itabuna. Por aqui parara de jogar pelo São José e jogava esporadicamente pelo São Cristóvão, embora fosse seduzido pelo Grêmio, um time maior, o segundo mais conceituado de Itabuna.

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Ilha do Rato, só para quem tem as manhas

Walmir Rosário

Em várias cidades que conheço – e são mais de uma centena – existe um local denominado de ilha ou praça dos Ratos. Geralmente é povoada por comerciantes especializados em produtos e serviços de vendas e trocas. Em sua maioria abrigam corretores de veículos, mas podem ser de artigos variados, até mesmo de produtos de origem duvidosa, mas a que neste momento me refiro é de pedras preciosas, ou não.

E a chamada praça dos Ratos, em Campo Formoso, famosa por seus vendedores de pedras preciosas, com oportunidade de lhe tornar milionário num piscar de olhos, e para tanto basta ajustar o preço. Como sempre, assim que aborda um possível cliente – ou um simples incauto, o pedrista, como é chamado, tira do bolso ou de uma mochila um saquinho repleto de pedras, na maioria esmeraldas, embora, também, poucos diamantes.

Sempre vou a Campo Formoso visitar parentes e amigos. No início deste mês de fevereiro, fui comemorar os 93 anos de minha mãe, que reside com minha irmã Iracy. Na oportunidade em que estive na praça os pedristas já tinha saído, pois o relógio já marcava depois do meio-dia, horário mais apropriado às comemorações etílicas, exceto o amigo Toncar (Antônio Carlos), que bate sino para o início dos trabalhos às 11 horas das sextas-feiras, com muita propriedade para que goza da sonhada aposentadoria.

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