:: ‘Juraci Masiero Pozzobon’
Mari Bueno, Arte Sacra de Sinop para o mundo
Juraci Masiero Pozzobon
Mari Bueno regressou com seus pais em 1971 de Marechal Cândito Rondon para Sinop, Mato Grosso, onde reside até hoje. Ela é artista plástica muralista na arte contemporânea. Especialista em Arte Sacra e espaço litúrgico celebrativo pelo Instituto de Teologia de Santa Catarina. Na Europa fez cursos de desenho, pintura, mosaicos e iconografia. Nas pinturas usa técnica “Alla Prima”.
Mari Bueno buscou em suas criações as características da região amazônica com a temática indígena, entre eles a fauna e a flora. Com técnicas variadas busca o cotidiano rural e urbano, mas se especializou em Arte Sacra que é seu forte. Hoje está executando pinturas murais, mosaicos e muitos adereços. Seus trabalhos se encontram em varias igrejas de todo o Brasil e leva a reciprocidade entre o cristianismo de países onde a fé Cristã é praticada. Assim suas obras cruzaram os oceanos até a Europa.
Rimaro e a simplicidade da vida no campo
Juraci Masiero Pozzobon
Maria das Dores Vidal seu nome artístico Rimaro, Mineira de Cajuri/MG, iniciou sua carreira no inicio de sua adolescência. Há anos ficou residência em Cuiabá/MT, onde construiu sua carreira já tem o “Titulo de Cidadã Mato Grossense”.
Rimaro artista Naif autodidata, suas criações são trabalhadas com tinta acrílica/tela, sem formação acadêmica, porém recebeu orientação do mestre Nilson Pimenta.
Rimaro mostra seus trabalhos ingênuo com o cotidiano simples do povo rural, suas pescarias, colheitas, carro de bois, as festas juninas e suas crenças religiosas.
A imaginação das máquinas de Godá
A imaginação das máquinas de Godá
Juraci Masiero Pozzobon
Rodrigo Godá, nascido em Goiânia, leva guardada sua adolescência, suas lembranças do artesanato brasileiro, desde a arte indígena, as festas populares, folia de reis, as cavalgadas e também não sai de sua mente os tecidos coloridos pela sua mãe.
Em toda essa passagem mora com ele todos seus trabalhos, no hábito observador por onde passar vê máquinas engenhosas, plantas e animais… “Requer que seja visto em conjunto, tudo ali reunido. A natureza, a vida urbana, todos com seus dilemas, suas angústias e vem também a esperança que permeia meu trabalho”. Também “posso dizer que labuto em cima dessa busca de identidade desde os primeiros experimentos gráficos, o que permite meu processo criativo”. Rodrigo Godá.
Rodrigo Godá é um artista dedicado a arte, com vasta imaginação do lúdico da sua maneira de brincar configurando o mundo da arte, e com o lírico com a poesia é o modo de falar mais comum, que são duas coisas: a arte que ensina e a obra feita com arte onde deixa o apreciador entrar na sua vida cotidiana.
Também o desenho um pouco despojado na sua pratica artística de liberdade.
Godá tem trabalhos diversificados, como pintura, desenhos feitos com uso de canetas de tinta preta sobre tela os desenhos de maneira chapada. Seus traços ora fina, ora espessa, que a espessura e o espaço irão dar o sombreamento no colorido ou na cor preta, ele faz seus trabalhos de uma maneira peculiar.
O artista quer na verdade, é trazer o domínio do invisível, com a intervenção de uma máquina maluca que prova a imaginação da arte contemporânea, onde o homem enfrentou a industrialização que está incomodando o mundo.
Amomm de Deus, arte em família
Juraci Masiero Pozzobon
Amomm Hebrom de Deus, conhecido artisticamente como Amomm de Deus. Nascido em São Paulo mais precisamente em Osasco em 1978, ainda com 8 anos de idade começou a pintar e com 11 fez sua primeira exposição individual no Museu Dimitri Sensuad de Lavaud, em Osasco e aí em diante várias delas e participações em salões de artes e bienais. Sempre foi orientado pelo pai que a obra de um artista valoriza na parede do colecionador, por isso Amomm sempre vendia para o seu incentivo.
Seria muito fácil dizer que Amomm de Deus tem tinta em vez de sangue nas veias. A influência é inegável por ser filho de um mega artista contemporâneo, Waldomiro de Deus e também da artista Lourdes de Deus. Porém a mistura de talentos em um só lar é caracterizada pela autenticidade e identidade única de cada um deles. As obras de Amomm são comprometidas com a vida sertaneja que se vê no campo na roça, nos carrosséis e parques que assim permitem uma poesia cheia de fantasias.
A lua muito presente em seus trabalhos manifestando os inconscientes, uma indagação constante a desafiar seja de noite ou de dia e faz lembrar independente de suas intenções claras… Embora Amomm seja naif, insere nas telas corpos esculturais clássicos que nos faz admirar e interagir numa bela releitura, com seus atributos particulares nos personagens surrealistas com harmonia em degrade no horizonte.
Amomm casado com Kelen tem 4 filhos, mora em um aconchegante ranchinho na beira da serra do Japi em Cajamar, São Paulo. Ele é apaixonado pela vida, onde percebe que as coisas mais simples e verdadeiras encontra a felicidade. A música é sua inspiração para suas obras.
Amomm diz: “Quanto mais a vida fica corrida, individualista e cinzenta nas grandes metrópoles, a arte continuara sendo um momento de alegria, de poesia e de felicidade através de minhas pinceladas sertanejas.”
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Juraci Masiero Pozzobon, Bacharel em Artes plásticas na UNIC – Cuiabá,
Graduada em Ensino da Arte pela FASIPE e Arte Terapia pela Cândido Mendes, RJ.
Doutoranda em Epistemologia e História da Ciência pela Instituição Iesla/UNTREF – Buenos Aires, Argentina.
O mundo Naif
Juraci Masiero Pozzobon
Juraci Masiero Pozzobon
A arte Naif é a arte mais antiga, pura, ingênua, anti naturalista é originada na Arte Plástica Pré-História. Vindo a ser substituído pelas artes do estilo acadêmico, impressionismo, expressionismo, surrealismo e cubismo. A arte Naif veio para romper a estética da arte europeia.
Foi no século XX com a Renascença que Henri Rouseau, pintor francês que com 49 anos começou a pintar, depois de se aposentar como o coletor de impostos. Henri era um autodidata naif, mesmo sendo ironizado pelos críticos contemporâneos, mas ganhou o respeito de artistas modernos, revelando assim a sua simplicidade. Não se preocupava em representar fielmente a realidade. Assim, surgiram tantos outros artistas naifs.
No Brasil, há desenhos e pinturas ruprestes em rochas e a pintura indígena, surgindo vários pintores primitivistas com trabalhos de reconhecimento.
Marcelo Schimaneski, exemplo de superação
Juraci Masiero Pozzobon
Marcelo Schimaneski natural de Ponta Grossa, Paraná. Nasceu e cresceu e não sabia que já era um artista, o mesmo trabalhava numa empresa de ônibus para seu sustento um funcionário normal. Enquanto isso fazia desenho artístico no Senac com isso lhe deu experiência a um trabalho como serigrafista em Curitiba. Desempregado novamente volta a Ponta Grossa e fez algumas viagens de assistência para maquinas de cerrarias em outros estados, junto com um vizinho, nesse tempo fez amizade e teve conhecimentos de vida. Ao retornar numa viagem teve a contratação da empresa. Feliz com o trabalho e com o salário quando de repente aos 22 anos teve uma mudança brusca em sua vida, quando de repente Marcelo sofre um acidente, é internado no hospital sem saber da gravidade e foi informado sobre uma lesão grave na cervical. Marcelo manteve-se calmo e fez um tratamento e recuperou alguns movimentos. Hoje é impossibilitado de locomover-se com as pernas, mas com as mãos Deus lhe deu a habilidade do desenho e da pintura.
Com estimulo de pessoas próximas começou a fazer uso de tinta acrílica sobre tela.
Encontramos trabalhos lindos, sem constrangimentos de vários artistas sem instrução acadêmicos na área artística. Marcelo tem um trabalho espontâneo, de sua própria convivência ou mesmo de lugares por onde passa, retratando a vida com liberdade deixando a vida cabocla e interiorana natural criando com autenticidade e destreza.
Para o espectador, Marcelo apresenta um colorido que evidencia a interação de leitura, mesmo sem nenhuma palavra.
A Dama da Flores
Juraci Masiero Pozzobon
Já com maturidade, o desenho e a pintura afloraram em Lourdes de Deus. O meio em que vive, vejo então, o interesse maior pela arte. Com seu estilo naif, Lourdes abraçou todo esse pensamento e colocou em prática sobre tela nua. Foi com total liberdade e rigor próprio, que vinha em sua mente toda a produção artística.
Todo esse manifesto interior colorido surgiu em Goiânia em 1991, sua primeira participação foi em Piracicaba com uma obra na Bienal com Pierrôs, entrou como selecionada no grupo.
Lourdes começou a pintar sozinha com traçados curtos e finos, com geometrias desconsertadas, sem o óbvio.
O brilho do observador, mesmo não tendo o formalismo dos personagens deixa a clareza de uma linda história, ele procura dominar a leitura desconhecida para o real.
Lourdes de Deus é autodidata e obedece aos olhos e o coração do espectador, dando cores, detalhes abundantes e total autonomia emocional.
Inspirada quase sempre em grupos, multidão é uma marca registrada nos trabalhos, como suas delicadas flores, levando o nome de “A Dama das Flores”.
Os temas de Lourdes têm historia variadas, festas juninas, carnaval, futebol, procissões, danças regionais, política e crenças. Destaca também em suas criações, vilarejos, com casas, igrejas, vendinhas, animais para o trabalho do homem, o trem ou Maria – fumaça, ruas sinuosas repletas de personagens religiosos e ao mesmo tempo um colorido que faz as orações se vigorarem.
Quando pinta ela se entusiasma relembrando a menina lá do interior de Pernambuco, provando a sensibilidade que permanece dentro do coração, o seu delírio de infância e a vida campesina.
Lourdes de Deus tem um currículo farto de exposições individuais, coletivas, nacionais, internacionais e participações em Bienais. Muitas de suas obras estão nas mãos de amigos colecionadores e editores para a didática educativa.
Juraci Masiero Pozzobon, Bacharel em Artes plásticas na UNIC – Cuiabá,
Graduada em Ensino da Arte pela FASIPE e Arte Terapia pela Cândido Mendes, RJ.
Doutora em Epistemologia e História da Ciência pela Instituição Iesla/UNTREF – Buenos Aires, Argentina
As cores e luzes de Almira Reuter
Juraci Masiero Pozzobon
Almira Reuter nasceu em 1946 em Nanuque no interior de Minas Gerais. Auto didata, expressionista, começou as suas criações artística em 1986. Almira Reuter trabalha suas criações focando se na trajetória de sua vida de sua terra natal e a sua vida no campo.
Foi para o Mato Grosso, onde tudo começou com uma vida simples, mudou-se para Cárceres e depois para Cuiabá, onde se destacou como uma grande artista. No início fez trabalhos regionais matogrossenses, memórias de Cuyabá, Chapada dos Guimarães, Pantanal sua história com o fermento e o tempo, com o mesmo título lançou um livro de sua próprio autoria, onde tem abusado e registrados o seu tempo em telas.Hoje Almira Reuter reside em Salvador, cidade capital que escolheu para dar continuidade de sua vida artística, onde inova, trazendo as cores vibrantes e luz. Almira experimentou diversas técnicas e materiais, como em estopa, seda, chitão papel entre outras, também trabalhou na escultura.
Almira já participou de inúmeras exposições coletivas e individuais, tanto no Brasil como no exterior, a artista destacou-se com vários prêmios em salões, um dele da Funarte com o título “Obras primas” que contemplou uma exposição na Funarte em Brasília, Almira Reuter está sempre reinventando sem perder sua identidade, sendo fiel aos seus sentimentos.
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Juraci Masiero Pozzobon, Bacharel em Artes plásticas na UNIC – Cuiabá,
Graduada em Ensino da Arte pela FASIPE e Arte Terapia pela Cândido Mendes, RJ.
Doutoranda em Epistemologia e História da Ciência pela
Instituição Iesla/UNTREF – Buenos Aires, Argentina.
Artes & Artistas
Helena Vasconcelos e as manifestações populares
Juraci Masiero Pozzobon
Helena Vasconcelos é uma pesquisadora em artes plásticas. Ela é natural de Uberaba, MG. Hoje Helena reside em Goiânia onde faz parte de exposições individuais e grupos, organiza e participa de Bienais.
Helena apresenta seus trabalhos em acrílico sobre tela, apresentando diversas manifestações populares da região em passa, como Folia de Reis, a cavalhadas, congadas, procissões religiosas assim como todas as festas regionais.
Helena expressa um mundo de cores vibrantes da maneira de sua imaginação, todos os espaços são tomados de cores e personagens diversos. Helena como historiadora que contempla os detalhes para uma criação duma tela para que o telespectador se sinta à vontade para interagir nas belas histórias. A historia de Goiás já transformou Helena com estilo Goiana, abraçou com muitos carinho a terra da poesia Cora Coralina.
Helena fragmenta uma poesia naqueles que cria. Sua solução é juntar retalhos e ligar à cultura popular desde o rural ao urbano, de calça remendada ao vestido de chita, a força essa da harmoniosa poética que Helena constrói.
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Juraci Masiero Pozzobon, Bacharel em Artes plásticas na UNIC – Cuiabá,
Graduada em Ensino da Arte pela FASIPE e Arte Terapia pela Cândido Mendes, RJ.
Doutoranda em Epistemologia e História da Ciência pela Instituição Iesla/UNTREF – Buenos Aires, Argentina.
Artes & Artistas
A natureza viva de Tânia Pardo
Juraci Masiero Pozzobon
Tânia Pardo nasceu em Arco Iris, São Paulo. A artista é bacharel em letras pela Universidade de Marília, hoje com uma carreira traçada no Brasil e no exterior.
Tânia conta que no início da carreira artista, criava especialmente como hobby para a família, era assim mesmo que gostaria para a vida…
Até que um dia despertou num estalar de dedo e foi fazer um curso, na época em Bauru/SP (onde residia) visitando exposições observava as técnicas e admirava a forma rebuscada, despojado, assim Tânia buscou a técnica certa quando foi numa exposição da artista Ludmila Machado e realizou seu sonho criando algo dela, ela mesma descobriu seu potencial.
Mudou-se para Cuiabá/MT por quatro anos. Lá também trabalhou com artesanato, mas que não era muito sua praia, porém queria fazer algo e transmitir o que sabia para as crianças. Com seu talento aflorado foi para Sinop lá permanecendo por 10 anos. Estudou, pesquisou e trabalhou, quando marca residência até hoje em Rondonópolis/MT (tudo novo, tudo desconhecido) sentiu-se presa, ela resolveu colocar a mão na massa…
A partir dali então, tudo mudou tudo livre, tudo fluiu, com nova identidade na arte com estilo próprio e se viu solta na natureza e na flora, sua fonte de inspiração onde estava presa e não sabia, disse: ali brotou meus dedos.
Tânia usa as mãos, como instrumento de pintura e com o auxilio de pincel borracha para dar a luz arrebatando a tinta, assim consegue atingir efeitos visuais incríveis em seus trabalhos.
Com as mãos esparrama as tintas acrílicas, criando efeitos naturais, resalta que: “É fantástica a sensação. Tenho que ser perspicaz é rápida, pois executo com essa tinta que seca muito rápido”.
Como todo artista tem seus sonhos o dela era também era pintar uma performance…em tempo hábil, sem saber o certo, simplesmente interagindo com o personagem ou musical.
Sua primeira performance foi na exposição da riqueza mato grossense com seus três biomas, o cerrado, a Floresta Amazônica e o Pantanal.
Com essa técnica Tânia expôs em diversas cidades do mundo, como Roma, Paris, Dubai e Londres, uma premiação com medalha de bronze. Diz ela que: “O mais importante dessa experiência é o intercâmbio cultural, com a oportunidade de levar as belezas do Mato Grosso, para pessoas de outros países”. Destaca ainda que seu trabalho tem um forte apelo para a preservação ambiental. As nuances dos Ipês que trás a poesia interior do artista.
Foi com os Ipês amarelo e rosa que Tânia expôs na Amostra Internacional de Arte em Rotterdam, Holanda.
Tânia Pardo, uma artista com um caminho vazio em sua frente e de repente se depara com uma floresta cheia de percalços e emoções com tudo brotando do nada, com suas tintas coloridas, suas pontas de dedo e um único pincel de borracha para a subtração de efeitos.
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Juraci Masiero Pozzobon, Bacharel em Artes plásticas na UNIC – Cuiabá,
Graduada em Ensino da Arte pela FASIPE e Arte Terapia pela Cândido Mendes, RJ.
Doutora em Epistemologia e História da Ciência pela Instituição Iesla/UNTREF – Buenos Aires, Argentina.