
Orquestra Castro Alves, da Neojiba, reúne multidão em concerto pelos 115 anos de Itabuna e 36 anos da EMASA
A Praça Rio Cachoeira ficou lotada na noite deste sábado (30) para o concerto da Orquestra Castro Alves, do NEOJIBA, em celebração aos 115 anos de emancipação política de Itabuna e aos 36 anos da EMASA. O espetáculo emocionou o público, reunindo cerca de 80 músicos sob a regência do maestro Eduardo Salazar.
O evento contou ainda com a participação do pianista itabunense Levi Gabriel, que expressou a felicidade de se apresentar em sua cidade natal.
“É uma alegria imensa voltar a Itabuna e compartilhar esse momento tão especial através da música”, afirmou.
O prefeito Augusto Castro destacou a importância da celebração para a cidade.
“Receber a Orquestra Castro Alves, do NEOJIBA, em um concerto grandioso como este, é celebrar não apenas o aniversário de Itabuna, e da EMASA, mas também reafirmar o valor da cultura como ferramenta de transformação e inclusão social”, disse.
Pau Brasil: prefeito e coordenador de agricultura se reunem com deputado federal Valmir Assunção
O prefeito de Pau Brasil Robson Venâncio e o coordenador de Agricultura e Agropecuária Eliomar Melo (Xixa) se reuniram em Salvador com o deputado federal Valmir Assunção (PT), para tratar das demandas da agricultura no município.
Pau Brasil tem uma agricultura familiar forte com pequenos e médios produtores, agricultores indígenas e assentamentos da reforma agrária. O município acaba de elaborar o plano municipal de desenvolvimento rural para os próximos quatro anos sob a liderança do Prefeito Robson, amplamente dialogado com a sociedade em apresentações públicas por todo território.
“Temos tido o aval do Prefeito Robson e do secretário de Agricultura Alberto Evangelista para tratar das questões rurais, desde habitação, estradas vicinais, até a produção rural e tem sido um desafio haja vista o abandono que pegamos o município, na agricultura a sensação é de terra arrasada: sem maquinários, sem equipe técnica, inclusive sem sala, sem sequer um computador, estamos iniciando praticamente do zero” declarou Eliomar Melo “Xixa”
De acordo com Xixa, “a ex-prefeita Bárbara Prado deixou todos os equipamentos da secretaria de agricultura danificados, todas as estradas vicinais intransitáveis, sem máquinas, o município até o momento não tem uma caçamba em condições de uso”.
Bahia realiza mais de 1.100 regulações em um dia e acelera transferências de pacientes
A Secretaria da Saúde da Bahia (Sesab) realizou neste sábado (30) um novo mutirão de regulação que resultou em 1.133 transferências de pacientes para unidades de referência em todo o estado. Em apenas 24 horas, a Central Estadual de Regulação coordenou as remoções, priorizando casos graves e diminuindo a pressão sobre as UPAs e hospitais de pequeno porte.
O Hospital Estadual Costa das Baleias, em Teixeira de Freitas, liderou como destino mais acionado, com 73 regulações. Na sequência vieram o Hospital Geral Roberto Santos (59), o Hospital Geral do Estado (52), o Hospital Geral Clériston Andrade (46) e o Hospital Regional Costa do Cacau (41). No total, 98 hospitais e serviços receberam pacientes, incluindo o recém-inaugurado Hospital Regional do Velho Chico, em Ibotirama, que já entrou em operação durante a ação.
A secretária da Saúde do Estado, Roberta Santana, destacou o impacto imediato da estratégia. “Cada mutirão representa vidas salvas e sofrimento abreviado. A regulação é a inteligência do SUS: conecta a necessidade do paciente ao leito disponível, em qualquer parte da Bahia. E com isso, garantimos que ninguém fique desassistido por falta de acesso”, afirmou.
Crônica de Domingo: Luís Fernando, o Joãozinho
Paloma Amado
Que notícia tão triste a deste sábado. Morreu Luís Fernando Veríssimo. Como tantos admiradores, fiquei desconsolada. Na verdade, me sinto mais do que uma simples admiradora, não tendo convivido com Lucia e Luís Fernando como desejaria, a imensa amizade de nossos pais nos unia de uma maneira quase familiar.
Papai e Érico foram amigos desde a juventude. Entre a Bahia, o Rio, a Europa do exílio e o Rio Grande do Sul não existia distância que o correio não atravessasse com a rapidez necessária para que os amigos soubessem de casamentos e nascimentos de filhos, conversassem sobre o fazer literário de ambos e dos de sua geração, se juntassem para combater as injustiças e as ditaduras (tantas) que viveram. Graças à dupla de escritores não foi concretizada a censura aos livros quase levada a cabo pelos militares de 64.
Hoje passei meu dia lendo as cartas trocadas por papai e Érico por mais de 50 anos. Foi um dia especial na minha vida, onde pude encontrar Luís Fernando, Lucia, e Fernanda, Clarissa como personagens de cartas de puro amor. Foi difícil respirar fundo e parar para escrever esta crônica, pois a emoção era intensa e quando pensava me sentar na frente do computador, a vontade era de fechar os olhos e sonhar. Assim fiz. Como escrever o que eu sinto? O melhor é seguir as cartas — que em breve virarão livro — e contar o que os missivistas falavam de Luís Fernando, o Joãozinho.
Joãozinho? Pois! Uma carta de 1936 desvenda essa charada. Papai foi visitar o recém-nascido, esteve com o menino, olhou bem sua carinha e decretou: “O Luís Fernando, Érico, tem cara de João, você não acha?” A partir daí, quando falavam do menino, o tratavam por Joãozinho. Quando, dez anos depois, nasceu meu irmão João Jorge, passaram a dizer: seu Joãozinho, meu Joãozinho… Como posso não me sentir da família?
Numa carta anterior, de 35, papai dava notícias de minha irmã Lila. ” Eulalia – Engorda e ri. Ri que parece meu pai (um sujeito risonho e gordo). Herdou o nariz chato do avô e a risada.” Lila se chamava Eulália Dalila Jorge, coitadinha, mas tinha um lindo apelido e se parecia com nosso avô João Amado. O João estava presente na vida de meu pai: era a cara de sua primeira filha, foi o nome de seu primeiro filho, e assim nomeou Luiz Fernado, filho de seu grande amigo. Preciso dizer que reler este trecho de carta me deixou muito emocionada. Papai sofria muito por sua morte pré-matura por Lupus, aos 15 anos, pouco antes de meu nascimento. Saber que ela também era uma “João” me trouxe ainda mais para perto de Luís Fernando.
Venezuela doa mais de seis mil toneladas de alimentos a Cuba
Com uma cerimônia oficial na Zona Especial de Desenvolvimento Mariel, foi recebida a carga de 6.100 toneladas de alimentos e outros produtos doados pela República Bolivariana da Venezuela a Cuba. Esta importante entrega chegou a bordo da primeira viagem do navio da ALBA-TCP “Manuel Gual”, que partiu do porto de La Guaira com o objetivo de fortalecer a soberania alimentar e a cooperação solidária entre os países membros.
O evento foi liderado pelo primeiro-ministro de Cuba, Manuel Marrero Cruz, e pelo embaixador venezuelano Orlando Maneiro, representante da pátria de Chávez na ilha. A iniciativa faz parte dos compromissos assumidos na XXIV Cúpula da ALBA-TCP e abre uma nova etapa do transporte marítimo regional baseado na complementaridade, no comércio justo e no benefício mútuo.
Esta primeira viagem do “Manuel Gual”, um navio recuperado pela classe trabalhadora venezuelana com capacidade para 15.000 toneladas, simboliza a vontade política e a aliança estratégica que unem os povos da região para avançar no desenvolvimento econômico sustentável e enfrentar o impacto do bloqueio econômico imposto a Cuba.
Consórcio Nordeste manda resposta a Romeu Zema: ‘não vamos ser transformados em bode expiatório de disputas eleitorais’
O Consórcio Nordeste rebateu o governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), após o chefe do Executivo sinalizar ser contra a ajuda do governo federal aos estados nordestinos.
De acordo com a instituição presidida pelo governador do Piauí, Rafael Fonteles (PT), políticos de outras regiões não devem olhar para o Nordeste apenas com intenções eleitorais.
“Reafirmamos nosso repúdio a toda forma de racismo, xenofobia e estigmatização regional. O Nordeste não aceitará ser transformado em bode expiatório de disputas eleitorais. Nossa cidadania é indivisível e exige respeito, com políticas públicas baseadas em dados e evidências, não em preconceitos e estereótipos”.
Leia a íntegra da nota emitida pelo consórcio:
Radio Difusora Oeste, plantão de polícia e a hora de sair do ar
Daniel Thame
Rádio Difusora Oeste, Osasco, anos 1980. O rádio sempre foi a verdadeira escola de jornalismo e, para os novatos na área, a porta de entrada era o noticiário esportivo ou a cobertura policial.
Ou no meu caso, as duas coisas juntas.
Recém saído do seminário (recém saído é eufemismo para recém-expulso, mas isso é outra história), já militando no Diário de Osasco, aventurei me pelas ondas da Rádio Difusora Oeste.
Fazia o plantão na Delegacia de Polícia pela manhã e participava do programa de esportes ao meio-dia.
Isso quando não colocava uma mochila nas costas, uma única calça velha azul e desbotada, uma camisa branca igualmente velha e saia sem destino pelas quebradas de Nuestra América, mas isso também é outra história…
Voltemos às ondas do rádio.
Se no esporte, era duro cobrir times mulambentos que disputavam a 3466513ª. Divisão do Futebol Paulista e ter que encher espaço até com torneios de cuspe a distância, bocha e palitinho, na cobertura policial era, digamos, um banquete…
Afinal, Osasco era conhecida à época como a Capital do Crime, fonte inesgotável para o antológico jornal Noticias Populares, o que dispensa maiores apresentações.
Emasa 36 anos: passado de conquistas, presente de transformação e futuro de desenvolvimento
Ivan Maia

Ivan Maia
No dia 28 de agosto, a Empresa Municipal de Águas e Saneamento de Itabuna (Emasa) completa 36 anos de fundação. É com imensa satisfação e orgulho que, como presidente desta instituição, celebro essa data emblemática, que marca não apenas o passar do tempo, mas uma trajetória de dedicação incansável ao bem-estar da nossa comunidade. Fundada no ano de 1989, hoje, mais do que nunca, reafirma seu papel como pilar fundamental para o desenvolvimento sustentável de Itabuna.
Quando olhamos para trás, recordamos uma Itabuna onde o acesso à água era precário e irregular, impactando a qualidade de vida e o crescimento econômico. Graças ao Mais Água, fruto da coragem e ousadia do prefeito Augusto Castro (PSD) e realizado com o fundamental apoio do governador do Estado Jerônimo Rodrigues (PT), mudamos essa realidade, com água de qualidade distribuída todos os dias.
Indústrias, comércios e residências florescem quando contam com um suprimento confiável de água, gerando empregos, atraindo investimentos e fomentando o ciclo virtuoso da prosperidade.
A atual fase da Emasa está intrinsecamente ligada ao progresso econômico de Itabuna. Somos o motor invisível que impulsiona o agronegócio cacaueiro, os setores de serviços e industrial e o turismo emergente, garantindo que nossa cidade se posicione como um polo regional atrativo e competitivo.
Essa transformação se alinha perfeitamente aos feitos históricos recentes da administração municipal, sob a liderança do prefeito Augusto Castro, que marcou a primeira reeleição na história de Itabuna, refletindo a confiança da população em uma gestão comprometida com o progresso.
Projetos emblemáticos como o novo aeroporto de Itabuna, que avança de forma acelerada, prometem elevar nossa conectividade aérea.
Professores “dão aula a alunos” no Baby Beef
Walmir Rosário
Eu sempre utilizo um ditado como modo de conduta: “Não vou a tudo em que sou convidado, muito menos onde sequer fui lembrado”. Por todo esse tempo esse costume não me causou qualquer arrependimento ou dissabor. Sei que não sou um bom conselheiro, pois me faltam predicados, embora não me furte a dar algumas dicas sobre os riscos que podem acometer aos penetras.
Outro comportamento que faz bem a qualquer desprevenido é não aparecer em locais nos quais seus bolsos são desqualificados, monetariamente. Em tempos passados, o velho talão de cheque poderia quebrar um galho no acerto de contas, embora nos dias seguintes fosse ele convidado a comparecer ao banco com os recursos para o competente depósito e cobrir o cheque voador. Hoje não mais, o cartão de crédito é rejeitado na hora e o Pix nem por sonho.
Durante toda a minha vida convivi com amigos de todos os comportamentos. Uns mais afoitos e de boa lábia, cujo poder de convencimento quebrava o mau humor do dono do estabelecimento e o permitia assinar um vale de quitação duvidosa. Um deles, após muitos goles de cachaça e cerveja, não contou conversa e puxou do bolso um talão de cheque e o preencheu com o valor da conta da mesa. Só que era a folha da requisição do talão de cheques, conforme ficou sabendo na segunda-feira, com a visita do dono do bar.
Desses casos coleciono algumas dúzias, mas um deles me chamou a atenção, e dia desses, ainda me fez lembrá-lo o colega causídico Antônio Apóstolo. Éramos estudantes de Direito, nos velhos tempos da Fespi, depois Universidade Estadual de Santa Cruz (Uesc). Estávamos no saudoso Baby Beef, disparado o melhor restaurante que Itabuna “já teve”.