
TV Cabrália e os ´nossos` catarinenses
Daniel Thame
TV Cabrália, inicio dos anos 90. Santa Catarina enfrentava uma enchente apocalíptica e o Vale do Itajaí foi arrasado pela fúria das águas. A Rede Manchete, da qual a Cabrália era afiliada, fez uma campanha para arrecadar alimentos, remédios, roupas e cobertores para os flagelados.
A Cabrália entrou na campanha e em poucos dias arrecadou toneladas de donativos, que seriam enviados a Santa Catarina.
Uma noite, por volta das 20 horas, entro no estúdio abarrotado de solidariedade, onde mal havia espaço para as câmeras e a mesa do apresentador. De repente, me deu o estalo.
Naquele mesmo período, moradores da Bananeira e do Gogó da Ema, bairros carentes de Itabuna, estavam sofrendo com as cheias do Rio Cachoeira. Nada que se comparasse à tragédia de Santa Catarina, mas centenas de famílias perderam seus parcos pertences e muitas estavam desabrigadas.
O raciocínio foi óbvio. Se a gente pedisse donativo pras vítimas das enchentes em Itabuna, é provável que o retorno seria quase nenhum. Já para os catarinenses, em função da comoção nacional que se criou, mal havia espaço para estocar tantas doações.
Não tive dúvidas. Com a cumplicidade do então bispo diocesano Dom Paulo Lopés de Faria, hoje habitando merecidamente o reino dos céus, uma parte dos donativos foi entregue para uma igreja e dali seguiu para as famílias da Bananeira e do Gogó da Ema.
A outra parte, é bom que se diga, foi entregue aos catarinenses, que sem saber e por linhas tortas, haviam proporcionado um gesto de solidariedade aos itabunenses, irmãos de pátria e de infortúnio.
Hannah Espaço de Reabilitação Animal é referência em Vitória da Conquista
Vitória da Conquista, uma das principais cidades da Bahia, que atrai consumidores de todo o sudoeste baiano e norte de Minas, conta com uma nova clínica veterinária, a HERA – Hannah Espaço de Reabilitação Animal.
Dirigida pela Dra. Hannah Thame, Médica Veterinária, mestra pela Universidade Estadual de Santa Cruz (UESC) e com especialização em Acupuntura pelo Instituto Universallis, a clínica foi cuidadosamente idealizada para oferecer um atendimento humanizado, acolhedor e altamente especializado para os pets e seus tutores.

Dra. Hannah Thame
A HERA disponibiliza serviços de excelência para garantir a saúde e o bem-estar dos animais como clínica geral, exames laboratoriais e de imagem, vacinação, além de atendimento especializado em fisioterapia e acupuntura veterinária, o grande diferencial da clínica.
A Dra. Hannah Thame destaca que “a fisioterapia e a acupuntura são as bases do nosso trabalho, com foco na reabilitação, prevenção de doenças e melhora da qualidade de vida dos animais, especialmente aqueles que precisam de cuidados específicos, como pets idosos ou ainda com doenças ortopédicas ou neurológicas”.
“Nosso espaço nasce a partir da sólida experiência de mais de 13 anos de atuação na Medicina Veterinária, com dedicação especial à reabilitação animal. Essa trajetória nos permite oferecer tratamentos personalizados, baseados em evidências científicas e com resultados comprovados”, ressalta a Dra. Hannah Thame.
“Na HERA, cada paciente é único e tratado com respeito, carinho e profissionalismo. Será um prazer enorme receber os tutores e seu pet para conhecer nossas instalações, nossos serviços e toda a estrutura preparada com muito amor”, finaliza a Médica Veterinária.
Depressão: a dor invisível das mulheres
Mônica Ralile
A depressão é considerada pela Organização Mundial da Saúde (OMS) como o “mal do século”, e os números mostram que ela tem rosto majoritariamente feminino. Estudos indicam que as mulheres têm quase o dobro de chances de desenvolver o transtorno em comparação aos homens.
Especialistas apontam que a explicação vai além da biologia. Oscilações hormonais relacionadas ao ciclo menstrual, gravidez, pós-parto e menopausa podem ser gatilhos, mas não são os únicos fatores, a sobrecarga emocional, desigualdade social e violência de gênero tornam as mulheres mais vulneráveis. Ainda assim, falar sobre o tema continua sendo um desafio, pois o preconceito e a incompreensão permanecem.
Silenciosa, a depressão atravessa a vida de milhares de mulheres. É uma dor que não deixa marcas visíveis no corpo, mas que pesa na alma. Muitas vezes camuflada pelas múltiplas jornadas, ela se esconde nos bastidores da rotina. Por trás de um vazio latejante, invisível aos olhos apressados do mundo.
A depressão é uma dor que não sangra, mas corrói. Que não deixa hematomas, mas pesa como chumbo no peito. Que não grita , apenas silencia, e por ser invisível, é tantas vezes desacreditada, confundida com drama, fraqueza ou falta de fé.
E, no entanto, é real. Real como as madrugadas insones, os dias sem cor, a exaustão de existir. A depressão nas mulheres é também fruto de silêncios impostos, de expectativas que esmagam, de violências caladas.
Os sintomas mais comuns incluem tristeza persistente, alterações no sono e no apetite, cansaço constante e pensamentos suicidas. Apesar do aumento das discussões sobre saúde mental, muitas mulheres ainda têm dificuldade de procurar ajuda e silenciam a dor por medo de julgamento.
Enquanto o tema não ocupa o espaço necessário nas agendas da saúde, milhares de mulheres continuam sofrendo em silêncio — divididas entre o peso da rotina e a solidão de uma dor que, muitas vezes, não é levada a sério.
A depressão não é fraqueza, não é falta de fé, tampouco drama. É uma condição séria de saúde mental que exige acolhimento, tratamento e, sobretudo, empatia. Reconhecer essa dor invisível é o primeiro passo para iluminá-la.
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Mônica Ralile é educadora e escritoria
Saudades
Leny Ferreira
Ninho Musical da Saudades
Amado meu
Saudades do teu olhar ensolarado
Luzente de amor por mim
Saudades juntos almoçando no sítio
Diamante Azul
Saudades de mãos dadas indo para igreja
Saudades das Caminhadas
Das praias de ilhéus
Saudades do perfume que
Passavas em mim
Saudades do perfume
Que passavas em ti
Saudades de ti amando-me
Saudades das fotografias poses fazias
Ao fotografar-te
Saudades dos eventos
Festivos onde participávamos
Saudades dos banhos
Juntos tomávamos
Saudades dos teus Olhos ensolarado
Luzente de amor
Por mim
Saudades
Amando-te
Valéria Macedo e “A falta que ela faz”
Em Paris, Mazé Torquato conversa com Valéria Macedo sobre seu livro de estreia, “A falta que ela faz”.
Finalista dos Prêmios Literário Voz e AILB 2025, o romance envolvente, poético e de muita emoção, conta com Quatro personagens mulheres: a avô, a mãe (Gloria), ela, a narradora, e a filha (Alma). Conta a relação complicada entre mãe e filha, de ausências, de dores e vontade de se encontrar.
Assista:
Deputado Robinson sugere que ACM Neto assuma a carreira de “blogueirinho” porque ele é o “candidato que ninguém quer
“Cada vez mais isolado politicamente, ACM Neto, pelo jeito, decidiu mesmo seguir a carreira de blogueirinho”, comenta o deputado estadual Robinson Almeida (PT) sobre nova postagem do ex-prefeito de Salvador.
“Incapaz de formular alguma proposta para a questão da segurança pública, o blogueirinho da Vitória fica catando situações para, fora de contexto, atacar o governador Jerônimo Rodrigues”.
Para o parlamentar petista, o despeito inspira o “candidato que ninguém quer”. “Neto já se manifestou ser contra a Ponte Salvador-Itaparica, um projeto que vai beneficiar o povo baiano. E agora insiste na sua política do quanto pior melhor na segurança pública”.
Robinson Almeida recomenda ao ex-prefeito de Salvador que se informe sobre os investimentos do governo e a queda dos indicadores de violência no estado para evitar o ridículo que vem protagonizando nas redes sociais.
O processo pecou pelo excesso de juridiquês
Walmir Rosário
Muito se fala sobre o extremo academicismo e o comportamento daqueles que o integram. De forma exagerada, muitos o classificam como um grupo fechado, fora da realidade que o cerca, talvez por seu vocabulário diferenciado, bastante formal, recheado de termos técnicos, e que frequentemente é visto, de forma errônea, como pedantismo, criando ruídos na comunicação.
Cada grupo com sua linguagem falada e escrita: os médicos, conhecidos pelos garranchos postos nas receitas, que muitas das vezes nem os atendentes de farmácias mais experientes conseguem decifrar. Os professores, não são diferentes, com palavras bem ligadas às metodologias, gestões e pedagogia; os engenheiros com os termos técnicos de obras, jargões, siglas e abreviações.
Mas o fato que mais chama a atenção é o juridiquês, com o uso exagerado de linguagem rebuscada, palavras latinas, e termos técnicos que costumam deixar de boca aberta qualquer vivente de outra área. Muitas das vezes dá o desavisado leitor pode morrer acometido por falta de ar ao ler uma petição, recurso, sentença, que só o linguajar do médico pode explicar.
Ator de Guerreiro do Sol, Amaurih Oliveira é destaque do 6º episódio da série O Fio da Cena
O ator Amaurih Oliveira será um dos grandes destaques do 6º episódio da série de lives _O Fio da Cena: tecendo memórias do TPI – 30 anos_ , que acontece na próxima segunda-feira (15), às 19h, pelo canal do Teatro Popular de Ilhéus no YouTube. O tema do encontro será _A criação do núcleo para infâncias_ e contará com a mediação do diretor e dramaturgo Romualdo Lisboa. Também participam a atriz e uma das fundadoras do TPI, Tânia Barbosa, e a atriz, cantora e professora Geisa Pena Tupinambá.
Reconhecido nacionalmente pela interpretação do cangaceiro Santos na série Guerreiros do Sol, da Globoplay, Amaurih acumula mais de 15 montagens teatrais no currículo e o Prêmio Braskem de 2013, conquistado pela atuação no musical Éramos Gays. O ator também participou de novelas nas TVs Globo, Record e SBT, além de produções cinematográficas.
Para Romualdo Lisboa, a presença de Amaurih é motivo de orgulho. “Amaurih é um talento que muito nos orgulha. Passou pelo Teatro Popular de Ilhéus e hoje constrói uma carreira de destaque nacional, seja no palco, no cinema ou na televisão. É um exemplo vivo de como o TPI ajudou a revelar e projetar artistas para além das fronteiras regionais, mantendo sempre um vínculo afetivo com nossa história”, afirma.
Uesc e UFSB realizam COP Mata Atlântica – Hileia Baiana no Sul da Bahia
O Campus Professor Soane Nazeré de Andrade, da Universidade Estadual de Santa Cruz (Uesc), sediará, em 14 de outubro de 2025, a etapa final da COP Mata Atlântica – Hileia Baiana, evento organizado em parceria com a Universidade Federal do Sul da Bahia (UFSB). A iniciativa reunirá cientistas, povos tradicionais, movimentos sociais e gestores públicos para discutir o papel estratégico da Mata Atlântica no enfrentamento da crise climática.
Com etapas realizadas também em Teixeira de Freitas (15 e 16 de setembro) e Porto Seguro (20 a 26 de setembro), a conferência busca consolidar o Sul e o Extremo Sul da Bahia como espaços de articulação para a ação climática, a conservação da biodiversidade e o fortalecimento da governança ambiental. A proposta é conectar soluções locais às discussões globais da COP 30, que ocorrerá em novembro, em Belém (PA).
Conhecida como Hileia Baiana, a porção da Mata Atlântica que abrange a região abriga uma das maiores concentrações de povos indígenas e comunidades quilombolas do Brasil, além de agricultores familiares, pescadores, marisqueiras e assentados da reforma agrária. A programação da COP será organizada em três eixos — conhecimento científico e tradicional, políticas públicas e parcerias — com previsão de produção de documentos e propostas a serem encaminhados a órgãos competentes.
Jerônimo anuncia pagamento de precatório para professores e envia à Alba projeto de lei que concede abono extraordinário para a categoria
Boa notícia para os profissionais de educação. O governador Jerônimo Rodrigues anunciou o pagamento da quarta parcela do precatório dos professores da rede estadual. Em evento no Centro de Operações e Inteligência (COI), em Salvador, que contou com a participação da presidente da Assembleia Legislativa da Bahia (Alba), Ivana Bastos, secretária Rowenna Brito, deputados e representantes da classe, nesta sexta-feira (12), além do novo calendário de quitação do precatório, Jerônimo divulgou também o envio de um Projeto de Lei à Alba, que prevê um abono extraordinário para a categoria.
O benefício ampliará o alcance, contemplando todos os integrantes da carreira do magistério que estão na folha de pagamento da Secretaria de Educação (SEC) da Superintendência de Previdência (Suprev). “Assumimos o compromisso de enviar à Assembleia um projeto de lei pedindo autorização para pagar o abono a todos os professores e coordenadores pedagógicos da rede estadual, ativos e aposentados. É uma medida de justiça e de reconhecimento ao trabalho da categoria”, afirmou o governador.
O quarto pagamento do precatório, que faz parte de um processo dividido em três etapas, beneficiará mais de 87 mil profissionais da rede estadual, entre jornadas de 20h e 40h, somando pagamentos ordinários e extraordinários. Nesta fase, serão liberados cerca de 40% do montante previsto para 2025, o equivalente a aproximadamente R$ 1,74 bilhão. Professores que atuaram entre dezembro de 1998 e janeiro de 2006 terão os valores assegurados a partir da publicação de decreto no Diário Oficial do Estado, enquanto os contemplados pelo abono extraordinário dependerão da aprovação do Projeto de Lei pela Alba.