:: ‘livro’
“A Educação e a Porta de Saída”: livro escrito por internos do Conjunto Penal de Itabuna conta histórias de superação e de esperança
O poder transformador da Educação, num ambiente em que a privação da liberdade significa portas fechadas que nem sempre são reabertas mesmo quando a pena é cumprida, está mudando vidas no Conjunto Penal de Itabuna.
São histórias de superação para pessoas para quem a esperança não passava de um sonho em meio ao pesadelo das celas de uma prisão. Uma mudança de vida e de perspectiva que possibilitou que internos que mal sabiam ler e escrever hoje estejam cursando o ensino superior na Universidade Federal do Sul da Bahia. Mais de 160 internos do CPI já foram aprovados através do Enem/SiSU, sendo que mais de 70 foram efetivamente matriculados, a maioria na UFSB, que acaba de formar uma nova turma.
Histórias que agora são narradas no livro “A Educação e a Porta de Saída”, coordenado por Alex Giostri, Débora Consuelo Neves Queiróz e Rute Praxedes dos Santos Korol. O livro foi escrito por 15 internas e internos do Conjunto Penal, que narram suas histórias de vida, com medos, angústias, alegrias, sonhos e um desejo que é comum a todos: reconquistar a liberdade e reescrever o próprio destino.
A VIDA COMO ELA PODE SER
São depoimentos emocionantes, narrados de forma simples, admitindo erros, mas deixando claro que a Educação pode e será a porta de saída da prisão e a porta de entrada para uma nova vida.
Sapho: para além de um livro em Ilhéus
Efson Lima
Em Ilhéus, tradicionalmente, Aleilton Fonseca e Rita Santana, quando vão à Princesa do Sul, visitam à senhora Sapho, uma estátua situada na Praça do Palácio Paranaguá. Nesse local funcionava a sede do poder executivo ilheense. A praça continua importante: lá permanece as sedes do poder legislativo, de grupo maçônico e a imponente Associação Comercial de Ilhéus. E claro, a linda escultura de Inverno, à frente da Igreja Batista, encontra-se por lá também.
Um belo dia, no grupo de WhatsApp da Academia, eis que surge a ideia de homenagear Sapho, Então, autoconstituimos um grupo para cuidar da homenagem e organizar um livro. Afinal, parafraseando a acadêmica Maria Schaun, Sapho merecia um livro. Então, a Comissão organizadora foi constituída por mim, Aleilton Fonseca, Anarleide Menezes, Luh Oliveira e Ramayana Vargens.
A concepção do livro foi definida: uma obra que reunisse os diversos gêneros; que pudesse apresentar as obras plásticas e que refletisse o contexto “safhiano” de ser e existir. Sapho com “ph“ ou sem? Eis que a dúvida foi levantada e permaneceu com “ph” para homenagear conforme escrita existente ao pé da estátua. Agora, restava-nos convidar as pessoas. E assim, a comissão organizadora foi convidando poetas, escritores e artistas plásticos para constituírem o painel em homenagem a Sapho.
Sapho não é uma mera estátua em Ilhéus, nascida na Grécia, viveu na Ilha de Lesbos e foi uma das primeiras poetas (mulher, para reforçar) na Antiguidade. A sua obra imortalizada reflete a diversidade social e auxilia-nos a refletir sobre o cotidiano da sociedade brasileira.
Moacir Zanré lança livro “Garimpeiros de Diamantes – A Saga de uma Família”
O escritor Moacir Zanré lança no próximo dia 29 de março, na Igreja Evangélica Jardim D´Abril, em Osasco, São Paulo, o livro “Garimpeiros de Diamantes – A Saga de uma Família”. A obra foi elaborada do início ao fim com o coração de um bisneto orgulhoso de sua ascendência italiana. Todo o material, incluindo pesquisas, entrevistas e fotografias – foi coletado durante meses, para que o autor pudesse apresentar o produto final: o livro.

Moacir Zanré
“Assim que o leitor começar a virar as páginas, perceberá que não se trata apenas de mais um livro sobre a imigração italiana no Brasil, mas de um sonho que se tornou realidade”, diz o autor.
Com uma linguagem simples e coloquial, as palavras e histórias encantam, prendem a atenção e transportam no tempo e no espaço, proporcionando uma identificação com os lugares, relatos, dificuldades e conquistas de uma família ao longo de décadas.
“Talvez seja por isso que este livro seja mais do que o título sugere, pois, independentemente de nossa origem, todos temos um diamante dentro de nós”, finaliza Moacir Zanré.
SERVIÇO
Lançamento do livro “Garimpeiros de Diamantes – A Saga de uma Família”
Data: 29 de março de 2025
Hora: 17 horas
Local: Igreja Evangélica do Jardim D´Abril
Rua Emilio Scaldelai 144
Jardim D´Abril Osasco – São Paulo
Dia dos Povos Indígenas: obra infantil traz a história da cultura e reflete sobre a importância da terra e dos valores éticos
A PAULUS Editora apresenta a obra infantil “História baseada em aldeias reais”, escrita pela catarinense Marlete Cardoso com ilustrações de Wanessa Ribeiro. Trata-se um livro rico em memórias, vivências e aprendizados dos povos indígenas e, que proclama o amor à terra e o valor das pequenas coisas, como a aproximação, o abraço, a amizade e a consciência que gera vida e fraternidade entre os povos de diferentes culturas.
No enredo, a autora traz a história do pequeno indígena Lucas Karaí, um menino guarani, e Rafael, um garoto que visita uma escola indígena e descobre o valor da amizade e a importância da valorização e preservação da terra. Entre as abordagens, estão questões ligadas à liderança, amizade, generosidade, preservação ambiental, doação e ajuda ao próximo.
Nesta perspectiva, a obra pretende refletir a questão dos povos indígenas a partir dos experimentos vivenciados pela autora Marlete Cardoso em aldeias reais localizadas no estado de Santa Catarina (SC). Por meio da vivência da autora junto às comunidades indígenas, o livro chama a atenção para os problemas que atingem o cotidiano desses povos.
Em “História baseada em aldeias reais”, os povos originários ganham voz e vez, por meio de uma autora extremamente comprometida com a causa indígena. Além disso, as ilustrações de Wanessa Ribeiro dão vida a essa história com cores vibrantes e traços que descrevem o dia a dia dos povos indígenas. Vale ressaltar que Wanessa é descendente indígena Guarani, e a autora Marlete, indigenista membro da Pastoral indigenista da diocese de Santa Catarina (SC).
Júlia Veloso lança “Memórias de um Rei Caído”
Júlia Veloso nasceu em Salvador em 2005, mas foi criada em Itabuna no Sul da Bahia, terra do cacau. Futura psicóloga, foi uma criança leitora, incentivada pela família, pelos amigos e pelo universo da escrita fantasiosa de autores renomados. Desde então, passou a imaginar, e a escrever sobre reinos, personagens, enredos e tramas envolventes, misturando fadas, elfos, criaturas extraordinárias e seres mágicos.
Agora, Julia é também escritora, e Memórias de um Rei Caído, seu primeiro livro, nasceu da vontade de fazer com que, como ela, outras jovens se encontrem através da leitura. Afinal, quem nunca se sentiu uma aberração no próprio mundo?
Em Itabuna, Memórias de um Rei Caído será lançado no dia 23 de novembro, as 16 horas no Padoca do Jardim (avenida Felix Mendonça, 600- Goes Calmon)
O LIVRO
“Em busca da ligadura” será lançado com Leitura Cênico Musical em Salvador
Acontece nos dias 27 e 28 de setembro em Salvador, em evento gratuito, o lançamento do livro e Leitura Cênico Musical, “Em busca da ligadura”. A obra convoca reflexões a partir de questões sociais e raciais , sobre a percepção das liberdades do próprio corpo, bem como do tratamento dado a mulheres negras nos termos de saúde e bem estar no Brasil corriqueiro. O texto tem autoria da pesquisadora norteamericana Ugo Edu e será lançado pela editora baiana Segundo Selo.
A compreensão das opressões interseccionais de raça, classe e de gênero permeiam a dramaturgia, com enfoque no controle do corpo e da vida reprodutiva de mulheres negras.
Esta peça tem Dina como fio condutor da narrativa, que navega pela morte de seu filho e sua sobrinha Clara, ocasionada pela violência e negligência sancionadas pelo Estado; e navega também pelas tentativas ,de sua amiga , Iane, de garantir uma laqueadura tubária, atravessando discussões sobre implementação da garantia de acesso ao aborto em um país onde o aborto é ilegal.
Quando e Onde?
Mazé Torquato Chotil lança ´Mares agitados: na periferia dos anos 1970´
A escritora brasileira Mazé Torquato Chotil está lançando o romance Mares agitados: na periferia dos anos 1970. Mazé é jornalista e autora. Doutora (Paris VIII) e pós-doutora (EHESS), nasceu em Glória de Dourados-MS, morou em Osasco-SP e vive em Paris desde 1985.
Tem 13 livros publicados (cinco em francês). Fazem parte deles: Na sombra do ipê e No Crepúsculo da vida (Patuá); Lembranças do sítio / Mon enfance dans le Mato Grosso; Lembranças da vila; Nascentes vivas para os povos Guarani, Kaiowá e Terena; José Ibrahim: O líder da grande greve que afrontou a ditadura; Trabalhadores Exilados; Maria d’Apparecida negroluminosa voz; e Na rota de traficantes de obras de arte.
Em Paris, trabalha na divulgação da cultura brasileira, sobretudo a literária. Foi editora da 00h00 (catálogo lusófono) e escreveu – e escreve – para a imprensa brasileira e sites europeus.
Confira um trecho do romance:
“A invenção de Santa Cruz” será lançado na Academia de Letras de Ilhéus
A Academia de Letras de Ilhéus e a Editora do Teatro Popular de Ilhéus estão promovendo o lançamento e noite de autógrafo do livro A invenção de Santa Cruz, de autoria do escritor e acadêmico Paulo Cidade, no Salão Nobre da Academia de Letras de Ilhéus neste 25 de julho, às 19 horas.
Às vésperas de completar 500 anos, Santa Cruz, a cidade que ainda insiste em ser chamada de povoado, vive dias de calamidade e corrupção: seca, pestes e eleições. Habitada por personagens que parecem ter saído do Auto da Barca do Inferno, cada um com sua iniquidade e sua alegação, em seu jeito e trejeito, em sua cor e costume, sem tirar nem pôr, moradores de um povoado que um dia o mar haveria de engolir. Mas até lá — repetia Mariazinha Linguado — a gente vira peixe!
No povoado onde peixe tem nome de homem e homem tem nome de peixe, repleto de indivíduos de alta estirpe, que dizem possuir valores firmados na verdade, personalidade, hospitalidade e autenticidade, paradoxalmente o absurdo se faz cotidiano quando alguém é capaz de gastar dois reais apenas para evitar que o outro ganhe um. É o local onde nem todo filho de peixe, peixinho é, onde as lições de hereditariedade não se aplicam à índole e ao caráter.
Nesse espaço ímpar, descobrimos que as más influências estão por toda parte, quase palpáveis, como o odor forte do mercado de peixe da Central de Abastecimento, ao qual, inacreditavelmente, todos vão se acostumando. É o ar que respiramos, uma realidade que imperceptivelmente se entranha na gente.
Esse é, portanto, o principal enredo de A Invenção de Santa Cruz, mais novo livro na trajetória exitosa do maduro escritor e atual presidente da Academia de Letras de Ilhéus, Pawlo Cidade.
Analu Leite lança “Verdades de Papel” em Itabuna
A escritora baiana, Analu Leite, lança nesta sexta, 12 de julho, às 18h, seu novo livro, “Verdades de Papel”, no Centro de Cultura Adonias Filho, em Itabuna. Nascida no interior da Bahia, Rita de Cássia viu-se forçada a deixar sua terra natal ainda jovem, em busca de um futuro melhor em Salvador. Após superar traumas do passado, dedicou-se aos estudos, tornando-se uma renomada doutora em Educação. No entanto, o destino a levou de volta às suas origens ao receber um convite irrecusável de uma gigante do setor de celulose para implantar uma escola inovadora em sua antiga comunidade.
Enfrentando fantasmas do passado e reencontrando pessoas e situações que julgava ter superado, Rita se vê diante de uma encruzilhada. A missão de educar crianças em um ambiente marcado por sua própria história a coloca em uma posição complexa, exigindo que compreenda o verdadeiro papel da empresa que a contratou e tome decisões que repercutem para além de sua própria trajetória.