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Daniel Thame, jornalista no Sul da Bahia, com experiência em radio, tevê, jornal, assessoria de imprensa e marketing político danielthame@gmail.com

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:: ‘Ricardo Kotscho’

“Protestos” só juntam gatos pingados e caem no ridículo

 Ricardo Kotscho

 

 

SC São Paulo (SP) 26/11/2010 - Entrevista com o jornalista Ricardo Kotscho. Foto Michel Filho/Agência O Globo

Para quem esperava grandes “manifestações de protesto” contra o governo, fartamente comentadas pela imprensa durante as últimas semanas, o domingo foi frustrante. Às 10h49, o portal do Estadão já tinha jogado a toalha: “A manifestação marcada para a manhã deste domingo, 15, na Esplanada dos Ministérios reúne poucas pessoas. Boa parte dos que protestam no momento está ligada a movimentos de apoio à intervenção militar”.

Eram tão poucos os gatos pingados espalhados pelo gramado em frente ao Congresso que acabaram caindo no ridículo. Para chamar a atenção, um dos grupos golpistas chegou a levar até um imenso boneco do general Antônio Mourão fardado com roupas de combate. Mourão é aquele general que foi exonerado do Comando Sul após fazer duras críticas aos políticos e ao governo Dilma.

Até o final do dia, a PM de Brasília não contou mais de dois mil manifestantes, que acabaram entrando em conflito com policiais quando tentaram invadir o espelho d´água em frente ao Congresso, e foram afastados com jatos de gás de pimenta. Em São Paulo, a polícia nem se deu ao trabalho de contar quantos apareceram na avenida Paulista, mas nas fotos dava para ver que havia mais jornalistas e ciclistas do que “protestantes”. O assunto sumiu do noticiário.

sobrou espaço até na bicicleta...

sobrou espaço até na bicicleta…

Nenhum “movimento das ruas” assumiu a responsabilidade pelo retumbante fracasso. Nem os lideres dos revoltosos apareceram desta vez. Caiado, Bolsonaro e o cantor Lobão não foram vistos nas manifestações.

Depois que até o PSDB desembarcou das articulações pelo impeachment da presidente, na semana passada, a turma do “Somos todos Cunha” saiu antecipadamente de férias. Ao participar de um evento em Porto Alegre, no sábado, o líder tucano José Serra ofereceu a senha do novo momento do PSDB, dando um chega para lá nos radicais da dupla Aécio & Sampaio: “É possível fazer oposição sem causar danos de maneira permanente ao País só para enfraquecer o governo”.

A minoritária ala de descontentes do PMDB contava com estas manifestações para defender que o partido rompa com o governo na reunião do Instituto Ulisses Guimarães marcada para esta terça-feira, mas não há a menor chance disso acontecer. Qualquer decisão ficará para a convenção nacional, que foi adiada pela direção do partido para março do ano que vem.

Tudo vai sendo adiado para 2016, como se o País tivesse apertado a tecla “pause”. Estamos agora congelados na tela de espera.

Como Aécio fez do avião oficial seu jatinho privê

Ricardo Kotscho, no Balaio do Kotscho 

SC São Paulo (SP) 26/11/2010 - Entrevista com o jornalista Ricardo Kotscho. Foto Michel Filho/Agência O Globo

S

A hipocrisia dos tucanos ao denunciarem o aparelhamento do Estado pelos governos petistas foi exposta mais uma vez com a revelação sobre o uso do avião oficial em viagens particulares de Aécio Neves nos sete anos e três meses em que foi governador de Minas Gerais.

Em levantamento feito pela Casa Civil do atual governo mineiro, comandado pelo PT, e revelado em reportagem de Ranier Bragon e Aguirre Talento na Folha desta quarta-feira, ficamos sabendo que o candidato do PSDB derrotado na última eleição presidencial viajou no avião oficial nada menos do que 124 vezes de Belo Horizonte ao Rio de Janeiro, onde gostava de passar os finais de semana.

Voa Aecinho voa...

Voa Aecinho voa…

Não por acaso a maioria destes voos foi feita entre as quintas-feiras e domingos. Transformado em jatinho privê, o avião pousou também em Angra dos Reis e Búzios, dois bucólicos balneários fluminenses, além de levar o governador por seis vezes a Florianópolis, onde morava a namorada dele, Létícia Weber, com quem se casou antes da campanha eleitoral.

A assessoria do ex-governador e atual senador apressou-se em informar que as viagens foram todas feitas dentro da lei, seguindo o manual tucano para explicar o inexplicável, como aconteceu com os dois aeroportos construídos por Aécio Neves em pequenas cidades próximas a fazendas da sua família.

De fato, nas notas oficiais os tucanos costumam sempre fazer tudo dentro da lei. Se for preciso, criam uma legislação própria como aconteceu nesse caso. Quem assinou o decreto autorizando o uso do avião oficial em compromissos particulares foi o próprio Aécio Neves, quando era governador, “em deslocamento de qualquer natureza, por questõres de segurança”.

Na versão da assessoria de Aécio, em algumas destas viagens o então governador manteve encontros com Lula e Sergio Cabral, participou de uma homenagem na Academia Brasileira de Letras e de um encontro familiar em Búzios. Nas idas a Florianópolis, ainda segundo a nota oficial, o ex-governador manteve encontros com representantes do governo local “para discutir temas comuns aos Estados”. Só não explicou quais temas eram estes nem o resultado das reuniões.

Os assessores tucanos também disseram que encontraram 30 erros na lista divulgada pela Casa Civil. “Segundo a planilha, o governador Aécio Neves estaria no Rio, quando ele se encontrava em audiência com o presidente Lula, em Brasília, e em reunião de governadores também naquela cidade, respectivamente”, diz a nota, citando as datas de 27 de junho de 2005 e 29 de janeiro de 2007.

Até outubro, Marco Antonio de Rezende Teixeira, secretário da Casa Civil, pretende entregar à Assembléia Legislativa a planilha completa, os documentos referentes a estes deslocamentos no avião oficial e o custo das viagens. Entre uma denúncia e outra contra o PT, até lá Aécio poderá preparar as suas justificativas.

Vida que voa.

Vida que segue.

 

 

Pesquisas mostram como mídia joga contra o país

Por Ricardo Kotscho

kot Duas pesquisas divulgadas na semana passada por Ibope e Vox Populi sobre como os brasileiros se sentem em relação ao futuro mostram como a grande mídia joga contra o país para desgastar o governo, ao privilegiar e exagerar no noticiário negativo.

Para 41% dos brasileiros, segundo o Ibope, a imprensa mostra a situação econômica do país mais negativa do que na realidade o cidadão percebe. “Isso revela que os níveis de contradição entre a realidade e o que a mídia publica chegaram a graus altíssimos”, constata Laurindo Lalo Leal Filho, sociólogo, jornalista e professor da Escola de Comunicações e Artes da USP, em entrevista a Helder Lima, da Rede Brasil Atual.

Esta contradição apontada por Leal Filho pode ser explicada pelos números da “Pesquisa Brasileira de Mídia 2014”, também do Ibope: 75% dos 18.312 entrevistados em 848 municípios nunca lê jornal e 85% nunca lê qualquer revista. Apenas 6% dos brasileiros leem jornais diariamente. Acrescento: é este noticiário, porém, que serve de matéria prima e alimenta os comentários das redes sociais nas novas plataformas da mídia eletrônica.

Na mesma linha, pesquisa nacional do Vox Populi sobre sentimentos e expectativas a respeito da economia revela que a opinião pública vive um pesadelo. Quase metade da população estima uma inflação mensal superior a 20% até o final do ano e apenas 7% dos entrevistados sabem que hoje menos de dez indivíduos em cada cem estão desempregados, enquanto 38% imaginam que a proporção de brasileiros sem emprego já ultrapassa os 40%.

“A nova pesquisa mostra que a quase totalidade dos brasileiros depois de ser bombardeada durante tanto tempo com a noção de “crise”, perdeu a capacidade de enxergar com realismo a situação da economia”, analisa Marcos Coimbra, do Vox Populi, em artigo publicado na última edição da revista Carta Capital, sob o título “A crise e suas interpretações”.

Na abertura do texto, Coimbra se pergunta: “Quanto mal uma mídia partidarizada pode causar a um País? Que prejuízos a irresponsabilidade dos veículos de comunicação traz à sociedade?”

E ele mesmo responde mais adiante: “Todos sabem quão importante é o papel das expectativas na vida econômica. Quando a maioria se convence de que as coisas não vão bem, seu comportamento tende a produzir aquilo que teme: a desaceleração da economia e a diminuição do investimento público. A “crise” é, em grande parte, provocada pelas expectativas”.

Os números do Ibope confirmam o que diz Coimbra: enquanto os dados das pesquisas mais recentes indicam uma inflação anual em torno de 8%, uma em cada três das 2.002 pessoas ouvidas não sabe apontar corretamente quais são os atuais níveis. Para 19%, ela já estaria acima dos 12% ao ano.

“Há uma contradição entre a realidade e o que é pauta. Essa contradição se mantém há muito tempo, e agora num grau de distanciamento muito maior. E isso explica a percepção da sociedade e do cidadão revelada nesses números”.

Como se estivessem participando juntos de um debate, os dois analistas chegam às mesmas conclusões sobre diferentes pesquisas, e Coimbra lembra um ponto importante: “Ninguém defende que a população seja mantida na ignorância em relação aos problemas enfrentados pela economia. Mas vemos outra coisa. A mídia hegemônica deseduca ao deformar a realidade e por nada fazer para seus leitores e espectadores desenvolverem uma visão realista e informada do País. Fabrica assustados para produzir insatisfeitos”.

Em 1968, o ano do AI_5, o golpe dentro do golpe, Caetano Veloso já cantava em “Alegria, Alegria”:

O sol nas bancas de revista

Me enche de alegria e preguiça

Quem lê tanta notícia

Eu vou…

E vamos que vamos. Para onde?

 

Objetivo agora é o impeachment e o fim do PT

Por Ricardo Kotscho, no Balaio do Kotscho 

ricApós uma brevíssima trégua, as oposições voltaram com tudo esta semana, unindo partidos e “movimentos de rua” em defesa do impeachment da presidente Dilma Rousseff.

Só derrubar o governo, no entanto, já não basta. O objetivo agora é simplesmente defender a extinção do PT, como anunciou o líder do PSDB na Câmara, Carlos Sampaio, durante o depoimento na CPI da Petrobras feito semana passada pelo tesoureiro do partido, João Vaccari, que foi preso pela Polícia Federal, na manhã desta quarta-feira.

Logo após a prisão, o líder do DEM no Senado, Ronaldo Caiado, divulgou nota em que pede abertamente, sem meias palavras, o impeachment da presidente e o fim do partido que governa o país há mais de 12 anos:

“Diante desse cenário, tudo caminha para que o PT perca o registro de partido político. E, comprovado que a presidente Dilma fosse beneficiada por esse esquema em suas campanhas, será mais do que suficiente para ela perder o mandato por corrupção”.

Na mesma linha, o líder do PPS na Câmara, Rubens Bueno, correu à imprensa para afirmar que as condições estão sendo criadas para o impeachment contra a presidente Dilma: “O povo na rua, a PF, o Ministério Público e o Judiciário agindo. Cada vez o cerco apertando mais. Será inevitável, no final, o processo de impeachment”.

Com medo de perder o bonde, o presidente do PSDB, senador Aécio Neves, já havia saído dos seus confortos, na véspera, ao encontrar motivos “extremamente fortes” para defender o impeachment da presidente Dilma, tese que o partido, aconselhado pelo ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, havia deixado em stand by, à espera dos pareceres de seus juristas.

Aécio resolveu aderir ao neotucanato xiita liderado por Carlos Sampaio, que foi advogado da sua campanha presidencial, depois de receber representantes do “Vem para a Rua”, um dos movimentos que levantaram a bandeira do “Fora Dilma” nas manifestações do último domingo.

“Impeachment não é uma palavra proibida. Impeachment não é golpe, é constitucional”, justificou o candidato a presidente do PSDB derrotado nas eleições de outubro.

Os tucanos e suas linhas auxiliares não só não desistiram do terceiro turno como agora partiram para eliminar o adversário no parlamento, na mídia e nos tribunais.

Aceleraram o andamento do golpe, sim, pois é este o nome que se dá à tentativa de revogar os resultados das urnas por outros meios.

100 dias: o que está em jogo é o futuro do país

 

Ricardo Kotscho no Balaio do Kotscho

 

ricOs governos, por melhores ou piores que sejam, passam. Os países ficam.

É nisso que deveríamos pensar neste dia 10 de abril de 2015, uma sexta-feira: o que está em jogo no momento não é o destino de um governo, mas o futuro do nosso país.

Na nossa jovem democracia, que acaba de completar 30 anos, nunca tivemos os primeiros 100 dias de um novo governo tão tumultuados, com tantas crises e conflitos ao mesmo tempo, como neste Dilma-2.

A esta altura do campeonato nacional, tão grave é a situação, que não adianta ficar discutindo quem é o culpado e quem tem razão, quem errou ou acertou nas suas previsões, quem roubou mais ou menos. Estamos todos no mesmo barco, à deriva.

O fato é que completamos este período simbólico com uma junta civil formada por Dilma, Temer e Levy no comando do país, um Congresso conflagrado, em que a maioria governista virou minoria, a base aliada em frangalhos e a oposição liderada pelo principal partido aliado, o PMDB de Eduardo Cunha, sem falar nos estragos já causados pela Operação Lava Jato nos principais indicadores econômicos.

Para se ter uma ideia do clima, esta semana, durante um debate promovido pelo Sindicato dos Jornalistas de Minas Gerais, em Belo Horizonte, a primeira pergunta que me fizeram foi sobre o perigo de termos novo golpe militar. Não corremos este risco. Respondi que a maior ameaça à democracia não vem dos quartéis, mas da aliança conservadora jurídico-parlamentar-midiática liderada pelo presidente da Câmara, Eduardo Cunha, e o ministro do STF Gilmar Mendes, em parceria com o Instituto Millenium.

São eles que determinam a agenda política e inspiram estes grupos cinzentos de indignados e revoltados formados nas redes sociais, que marcaram novas manifestações contra o governo para o próximo domingo, dia 12. Ganharam tanta força nestes 100 dias que, a seguir nesta marcha, daqui a pouco vão querer revogar a Lei Áurea e implantar a pena de morte no país, com o apoio de paneleiras e marchadeiros sem noção mobilizados em torno de um único objetivo: “Fora Dilma!”.

O que os move é apenas o sentimento de vingança, inconformados com a quarta derrota seguida para o PT de Lula e Dilma. O que eles querem, afinal, além de derrubar o governo? Para colocar em seu lugar que projeto de país?

Se o que os mobiliza fosse o combate à corrupção, por que não gritam também “Fora Cunha!” e “Fora Calheiros”, os presidentes da Câmara e do Senado que estão sendo investigados pela Operação Lava Jato? Será que alguma das suas emergentes lideranças está preocupada mesmo em salvar a Petrobras ou apenas quer rifa-la na bacia das almas para o primeiro gringo que aparecer?

Por que não levam para as marchas faixas e cartazes com os nomes dos bancos e das empresas investigados na Operação Zelotes no maior propinoduto de sonegação fiscal da nossa história? Por que não pedem a lista dos maganos flagrados com contas secretas no HSBC da Suíça? Por que não cobram da Justiça mais agilidade nos processos dos mensalões tucanos e dos trensalões paulistas?

O quadro é tão nebuloso que a oposição oficial dos tucanos e agregados está mais perdida do que cachorro em dia de mudança, sem saber se dá as caras nos protestos ou fica mais uma vez na janela para ver a banda passar, torcendo de longe. Já não sinto neles e nos seus celerados porta-vozes da imprensa o mesmo ânimo dos dias que antecederam o 15 de março, que pode ter sido apenas um tardio espasmo pós-eleitoral.

Seja como for, aconteça o que acontecer no domingo, ainda temos pela frente 1.360 dias de governo Dilma-2, agora sob a direção da dupla Temer & Levy e com a presidente no papel de rainha. Em lugar do flácido “presidencialismo de coalização” da envelhecida Nova República, estamos inaugurando o parlamentarismo monárquico. Pelo menos nisso, ficamos mais parecidos com a Inglaterra…

E vamos que vamos.

60 anos depois, cerco a Dilma lembra Getúlio

Ricardo Kotsho

 

kotSe a presidente Dilma Rousseff já terminou de ler o último volume da trilogia de Lira Neto sobre Getúlio Vargas, editado pela Companhia das Letras, deve ter bons motivos para ficar preocupada nesta entressafra entre o seu primeiro e o segundo governo.

Talvez isso explique a indecisão dela para anunciar os integrantes da nova equipe econômica, como demonstrou a dança de nomes cogitados para o Ministério da Fazenda nesta semana que chega ao fim, mantendo o suspense no ar.

Era este o livro que a presidente carregava na mão ao descer do helicóptero no Alvorada, quando retornou a Brasília, depois de alguns dias de folga numa praia da Bahia, logo após sua vitória apertada na eleição de 26 outubro.

É neste terceiro volume que o brilhante jornalista cearense Lira Neto mostra o cerco formado por forças civis, militares e midiáticas contra Getúlio Vargas, que começou antes da sua posse, e botou fogo no país, na segunda metade do seu governo constitucional (1951-1954), levando-o a se matar com um tiro no peito.

Dilma não é Getúlio, eu sei, o Brasil e o mundo não são os mesmos de 60 anos atrás, mas há muitas circunstâncias e personagens bem semelhantes nestes distintos períodos da vida nacional.

Não por acaso, o nome de Carlos Lacerda, o comandante em chefe da guerra contra Getúlio, nunca foi tão lembrado numa campanha eleitoral como nesta última.

Pintado pelos adversários como “O Corvo”, com muita propriedade, Lacerda ressuscitou nos discursos e nas manifestações contra a reeleição de Dilma Rousseff, durante e após a campanha de 2014, que mobilizou os setores mais conservadores do empresariado e da imprensa, a serviço de múltiplos interesses estrangeiros, exatamente como aconteceu na tragédia de 1954.

Não por acaso, também, um dos principais focos da campanha contra o então presidente da República era a Petrobras, por ele criada sob controle estatal, após longa batalha no Congresso Nacional.

O papel que era da UDN (União Democrática Nacional) de Carlos Lacerda foi agora alegremente assumido pela aliança da oposição liderada por PSDB-DEM-PPS, que trouxe de volta, com Aécio Neves, até o mote do “mar de lama”, para atacar a presidente, o PT e a Petrobras, a bordo do discurso sobre o “maior escândalo de corrupção da nossa história”.

Extinta pela mesma ditadura militar-cívico-midiática de 1964, que ajudou a implantar, dez anos após a morte de Getúlio, a UDN voltou às ruas de São Paulo no último dia 15 de novembro, pedindo o impeachment de Dilma e a volta dos mesmos golpistas ao poder, empunhando as mesmas bandeiras de sempre, contra a corrupção e a inflação.

Foi neste dia comemorativo da Proclamação da República que, em Roma, no café Ponte e Parione, ao lado da Piazza Navona, terminei de ler o livro de Lira Neto e, embora tendo diante de mim algumas fas imagens mais bonitas do mundo, não conseguia deixar de pensar no que estava acontecendo no nosso Brasil naquele preciso momento. Passado e presente se confundiam na minha cabeça e confesso que fiquei deveras impressionado com tantas coincidências.

A grande diferença é que, agora, os militares estão recolhidos às suas tarefas constitucionais, e não dão o menor sinal de apoio aos Bolsonaros da vida, que reencarnaram Carlos Lacerda na avenida Paulista. Além disso, o país não está paralisado por greves orquestradas para encurralar Getúlio pela esquerda e pela direita. E, pelo menos até onde a minha vista alcança, não há tropas americanas se mobilizando para apoiar qualquer movimento contra a democracia que vigora forte em terras brasileiras.

A história costuma dar muitas voltas para voltar ao mesmo lugar, mas não precisa ter necessariamente os mesmos desfechos. Fiz algumas anotações sobre o que têm em comum estes momentos conturbados, separados por seis décadas:

* Os jornais O Globo e O Estado de S. Paulo, então alguns dos protagonistas da ofensiva da mídia armada contra Getúlio, continuam os mesmos, nas mãos das mesmas famílias, a desafiar o resultado das urnas e a vontade da maioria _ simplesmente, não aceitam mais um período do PT no Palácio do Planalto, completando, ao final do mandato de Dilma, 16 anos no poder.

* A TV Tupi, primeira e única emissora de televisão brasileira nos tempos de Getúlio, que abriu câmeras e microfones para Carlos Lacerda detonar o presidente e seu governo todas as noites, ao vivo, em horário nobre, teve o mesmo destino da UDN e fechou as portas faz tempo, mas os métodos dos Diários Associados de Assis Chateaubriand sobrevivem em outros veículos do grupo, como o jornal O Estado de Minas mostrou na campanha passada. Com maior ou menor sutileza, outras emissoras de TV, a começar pela toda poderosa Globo, que dominaram o mercado após o golpe de 1964, cumprem mais ou menos o mesmo papel nos governos petistas.

* A revista semanal Veja e seus escribas alucinados reproduzem os melhores momentos da Tribuna da Imprensa, criada e comandada por Lacerda, que foi o porta-voz oficial e amalgamou as forças reunidas para a derrubada de Vargas.

* A flácida base parlamentar montada por Getúlio em tudo lembra a de Dilma, embora ambos tivessem maioria no Congresso Nacional, balançando entre contemplar direita e esquerda em seus ministérios, para se equilibrar no centro, provocando assim sucessivas crises políticas e econômicas.

* O PT de Dilma e Lula, com todas as suas contradições e divisões internas, está cada vez mais parecido com o PTB de Getúlio, com o PMDB agora no lugar do velho PSD das oligarquias regionais.

A lista do que há em comum é grande, e eu poderia passar o resto do dia aqui escrevendo sobre isso. Antes de concluir este texto, porém, é necessário registrar outra grande diferença: ao contrário de Getúlio, que tinha a Última Hora, de Samuel Wainer, a seu lado, Dilma não conta com a boa vontade de nenhum veículo da grande imprensa para mostrar e defender as conquistas do seu governo, que também existem.

Dizem que a história só se repete como farsa, mas é bom Dilma tomar cuidado. Recomendo a leitura desta bela obra do Lira Neto, não para assustar ninguém, mas para vocês entenderem melhor o que está em jogo, agora como em 1954. Foi o que aconteceu comigo.

Que Dilma e nós tenhamos melhor sorte.

A mídia no fundo do poço

Ricardo Kotscho, no Balaio do Kotscho

 

kot2002, 2006, 2010, 2014.

Nas últimas quatro eleições presidenciais, a velha mídia familiar brasileira fez o diabo, vendeu a alma e foi ao fundo do poço para derrotar o PT de Lula e Dilma.

Perdeu todas.

Desta vez, perdeu também a compostura, a vergonha na cara e até o senso do ridículo.

Teve até herdeiro de jornalão paulista que deu uma de black bloc e foi sem máscara à passeata pró-Aécio em São Paulo, chamada de “Revolução da Cashmere” pela revista britânica “The Economist”, carregando um cartaz com ofensas à Venezuela.

Antigamente, eles eram mais discretos, mas agora perderam a modéstia, assumiram o protagonismo.

Agora, não adianta rasgar as pregas das calças nem sapatear na avenida Faria Lima. “The game is over”, como eles gostam de dizer em bom inglês.

Se bem que alguns já pregam o terceiro turno e pedem abertamente o impeachment da presidente reeleita Dilma Rousseff, que derrotou o candidato deles, o tucano Aécio Neves, por 51,6% a 48,4%. Endoidaram de vez. E não é para menos: ao final do segundo mandato de Dilma, o PT terá completado 16 anos no poder central, um recorde na nossa história republicana.

Só teremos nova eleição presidencial daqui a quatro anos. Até lá, terão que esperar no banco de reservas do poder os herdeiros dos barões de imprensa e seus sabujos amestrados, inconformados com o resultado das urnas, se é que vão sobreviver aos novos tempos da mídia democratizada. Cegados pela intolerância, ainda não se deram conta de que já nem elegem nem derrubam mais presidentes. Alguns ficaram parados em 1932 ou 1964, por aí. Vivem ainda em tempos passados, dos quais o Brasil contemporâneo não tem saudades. Devo-lhes informar que o país mudou, e não é mais o mesmo dos currais midiáticos de meia dúzia de famílias, hoje abrigadas no Instituto Millenium.

Diante da gravidade dos acontecimentos nas últimas 48 horas que antecederam a votação, a partir da publicação da capa-panfleto da revista “Veja”, a última “bala de prata” do arsenal de infâmias midiáticas para mudar o rumo das eleições, não dá agora para simplesmente fingir que nada houve, virar a página e tocar a bola pra frente, como se isso fosse algo natural na disputa política. Não é.

Caso convoque uma rede nacional de rádio e televisão para anunciar os rumos, as mudanças e as primeiras medidas do seu novo governo _ o que se tornou um imperativo, e deve ocorrer o mais rápido possível, para restaurar a normalidade democrática no país ameaçada pelos pittbulls da imprensa _ a presidente Dilma terá que tocar neste assunto, que ficou de fora do seu pronunciamento após a vitória de domingo: a criação de um marco regulatório das comunicações.

No seu brilhante artigo “Dilma 7 X 1 Mentira”, publicado pela Folha nesta segunda-feira, o xará Ricardo Melo foi ao ponto:

“Além do combate implacável à corrupção e de uma reforma política, a tarefa de democratizar os meios de informação, sem dúvida, está na ordem do dia. Sem intenção de censurar ou calar a liberdade de opinião de quem quer que seja. Mas para dar a todos oportunidades iguais de falar o que se pensa. Resta saber qual caminho Dilma Rousseff vai trilhar”.

A presidente reeleita, com a força do voto, não precisa esperar a nova posse no dia 1º de janeiro de 2015. Pode, desde já, demitir e nomear quem ela quiser, propor as reformas que o país reclama, desarmando os profetas do caos e acabando com este clima pesado que se abateu sobre o país nas últimas semanas de campanha.

Pode também, por exemplo, anunciar logo quem será seu novo ministro da Fazenda e, imediatamente, reabrir o diálogo com os empresários e investidores nacionais e estrangeiros, que jogaram tudo na vitória do candidato de oposição, especulando na Bolsa e no dólar, e precisam agora voltar à vida real, já que eles não têm o hábito de rasgar dinheiro. Queiram ou não, o Brasil continua sendo um imenso mercado potencial para quem bota fé no seu taco e acredita na vitória do trabalho contra a usura.

O povo, mais uma vez, provou que não é bobo.

Valeu a luta, Dilma. Valeu a força, Lula.

Vida que segue.

 

O melancólico fim da revista Veja

Ricardo Kotscho, no Balaio do Kotsho

kotUma das histórias mais tristes e patéticas da história da imprensa brasileira está sendo protagonizada neste momento pela revista semanal “Veja”, carro-chefe da Editora Abril, que já foi uma das maiores publicações semanais do mundo.

Criada e comandada nos primeiros dos seus 47 anos de vida, pelo grande jornalista Mino Carta, hoje ela agoniza nas mãos de dois herdeiros de Victor Civita, que não são do ramo, e de um banqueiro incompetente, que vão acabar quebrando a “Veja” e a Editora Abril inteira do alto de sua onipotência, que é do tamanho de sua incompetência.

Para se ter uma ideia da política editorial que levou a esta derrocada, vou contar uma história que ouvi de Eduardo Campos, em 2012, quando ele foi convidado por Roberto Civita, então dono da Abril, para conhecer a editora.

Os dois nunca tinham se visto. Ao entrar no monumental gabinete de Civita no prédio idem da Marginal Pinheiros, Eduardo ficou perplexo com o que ouviu dele. “Você está vendo estas capas aqui? Esta é a única oposição de verdade que ainda existe ao PT no Brasil. O resto é bobagem. Só nós podemos acabar com esta gente e vamos até o fim”.

É bem provável que a Abril acabe antes de se realizar a profecia de Roberto Civita. O certo é que a editora, que já foi a maior e mais importante do país, conseguiu produzir uma “Veja” muito pior e mais irresponsável depois da morte dele, o que parecia impossível.

A edição 2.393 da revista, que foi às bancas neste sábado, é uma prova do que estou dizendo. Sem coragem de dedicar a capa inteira à “bala de prata” que vinham preparando para acabar com a candidatura de Dilma Rousseff, a uma semana das eleições presidenciais, os herdeiros Civita, que não têm nome nem história próprios, e o banqueiro Barbosa, deram no alto apenas uma chamada: ” EXCLUSIVO – O NÚCLEO ATÔMICO DA DELAÇÃO _ Paulo Roberto Costa diz à Polícia Federal que em 2010 a campanha de Dilma Rousseff pediu dinheiro ao esquema de corrupção da Petrobras”. Parece coisa de boletim de grêmio estudantil.

O pedido teria sido feito pelo ex-ministro Antonio Palocci, um dos coordenadores da campanha da então candidata Dilma Rousseff, ao ex-diretor da Petrobras, para negociar uma ajuda de R$ 2 milhões junto a um doleiro que intermediaria negócios de empreiteiras fornecedoras da empresa.

A reportagem não informa se há provas deste pedido e se a verba foi ou não entregue à campanha de Dilma, mas isso não tem a menor importância para a revista, como se o ex-todo poderoso ministro de Lula e de Dilma precisasse de intermediários para pedir contribuições de grandes empresas. Faz tempo que o negócio da “Veja” não é informar, mas apenas jogar suspeitas contra os líderes e os governos do PT, os grandes inimigos da família.

E se os leitores quiserem saber a causa desta bronca, posso contar, porque fui testemunha: no início do primeiro governo Lula, o presidente resolveu redistribuir verbas de publicidade, antes apenas reservadas a meia dúzia de famílias da grande mídia, e a compra de livros didáticos comprados pelo governo federal para destinar a esc0las públicas.

Ambas as medidas abalaram os cofres da Editora Abril, de tal forma que Roberto Civita saiu dos seus cuidados de grande homem da imprensa para pedir uma audiência ao presidente Lula. Por razões que desconheço, o presidente se recusava a recebe-lo.

Depois do dono da Abril percorrer os mais altos escalões do poder, em busca de ajuda, certa vez, quando era Secretário de Imprensa e Divulgação da Presidência da República, encontrei Roberto Civita e outros donos da mídia na ante-sala do gabinete de Lula, no terceiro andar do Palácio do Planalto.”

“Agora vem até você me encher o saco por causa deste cara?”, reagiu o presidente, quando lhe transmiti o pedido de Civita para um encontro, que acabou acontecendo, num jantar privado dos dois no Palácio da Alvorada, mesmo contra a vontade de Lula.

No dia seguinte, na reunião das nove, o presidente queria me matar, junto com os outros ministros que tinham lhe feito o mesmo pedido para conversar com Civita. “Pô, o cara ficou o tempo todo me falando que o Brasil estava melhorando. Quando perguntei pra ele porque a “Veja” sempre dizia exatamente o contrário, esculhambando com tudo, ele me falou: ‘Não sei, presidente, vou ver com os meninos da redação o que está acontecendo´. É muita cara de pau. Nunca mais me peçam pra falar com este cara”.

A partir deste momento, como Roberto Civita contou a Eduardo Campos, a Abril passou a liderar a oposição midiática reunida no Instituto Millenium, que ele ajudou a criar junto com outros donos da imprensa familiar que controla os meios de comunicação do país.

Resolvi escrever este texto, no meio da minha folga de final de semana, sem consultar ninguém, nem a minha mulher, depois de ler um texto absolutamente asqueroso publicado na página 38 da revista que recebi neste final de semana, sob o título “Em busca do templo perdido”. Insatisfeitos com o trabalho dos seus pistoleiros de aluguel, os herdeiros e o banqueiro da “Veja” resolveram entregar a encomenda a um pseudônimo nominado “Agamenon Mendes Pedreira”.

Como os caros leitores sabem, trabalho faz mais de três anos aqui no portal R7 e no canal de notícias Record News, empresas do grupo Record. Nunca me pediram para escrever nem me proibiram de escrever nada. Tenho aqui plena autonomia editorial, garantida em contrato, e respeitada pelos acionistas da empresa.

Escrevi hoje apenas porque acho que os leitores, internautas e telespectadores, que formam o eleitorado brasileiro, têm o direito de saber neste momento com quem estão lidando quando acessam nossos meios de comunicação.

Mudaram o Não vai ter Copa pelo Não vai ter Hexa

Ricardo Kotscho

 ric kotEles não esquecem, não perdoam e não aprendem. E não desistem. Para a nossa mídia familiar e os coxinhas tucanos da elite que vão aos estádios da Copa, como mostra a Folha deste domingo, o Brasil simplesmente não pode dar certo, nem dentro nem fora do campo.

Sem jogar nenhuma maravilha, a seleção brasileira vinha fazendo sua melhor partida até aqui, contra o Chile, neste sábado, no Mineirão, até marcar o primeiro gol. Parecia até que seria fácil a classificação para as quartas de final. De repente, numa bobeada grotesca de Hulk, que deu de presente o gol de empate para La Roja, até então assustada em campo, mudou tudo. A nossa torcida chique silenciou, a seleção de Felipão se perdeu, e os chilenos tomaram conta da festa.

Nas praias do Nordeste, os bugueiros (não confundir com blogueiros) costumam perguntar ao turista se prefere fazer os passeios pelas dunas com emoção ou sem emoção. Para nós, ninguém perguntou nada, mas a teimosia do nosso técnico em não mexer no time quando as coisas não estão dando certo, mantendo dois laterais que não marcam nem atacam, e deixam avenidas às suas costas, um meio de campo sem criatividade e o cone Fred estático no meio do ataque, fez do jogo um sofrimento sem fim até a cobrança do último pênalti.

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UM TEXTO DE RICARDO KOTSCHO QUE EU ASSINO EMBAIXO

Nós paulistas somos agora todos corintianos
                                                                           por Ricardo Kotsho

Sou paulista, paulistano e são-paulino, como vocês podem ler na apresentação do meu blog aí ao lado. Semanas atrás, quando todos os outros grandes paulistas caíram fora da disputa, escrevi aqui mesmo que só nos restava torcer pelo Corinthians, o único paulista que continuava na luta pelo título do Brasileirão contra um monte de cariocas. Teve muita gente que me xingou, claro.

Pois, pela primeira vez na vida, torci hoje pelo Corinthians, como os corintianos. Sofri quando o time tomou o gol do Atlético e, por algum motivo estranho que não sei explicar, tinha certeza de que o “meu time” iria virar o jogo. Enquanto preparava a canja do jantar para a família, vi o Liedson empatar o jogo e Adriano marcar o gol da vitória.

Logo o Adriano, tão execrado por todos nós da imprensa, inclusive eu. Na sexta-feira, ao final de uma entrevista de mais de duas horas que fiz com o presidente do Corinthians, Andrés Sanchez, junto com meus colegas Nirlando Beirão e Alex Solnik, reportagem que será capa da edição de dezembro da revista “Brasileiros”, perguntei a ele se a contratação do Adriano não tinha sido seu maior erro no comando do Corinthians.

Com aquele seu jeito de quem sabe mais do que os outros sobre os bastidores do futebol,  mesmo sem ter título de doutor nem herança de família, e muito menos sem parecer arrogante, o ex-feirante Andrés não entregou os pontos, não. Deu a entender que, apesar de quase não ter jogado este ano, acusado de ficar gordo por beber demais, Adriano ainda faria a diferença.

 Não deu outra. Na tarde deste domingo, na heróica vitória do Corinthians por 2 a 1 contra o Atlético Mineiro, no Pacaembu, foi Adriano quem marcou o gol da vitória e colocou o Timão na boca do título brasileiro.

“Esse aí é o Lula do futebol”, comentou baixinho comigo, ao final da entrevista, o mineiro Nirlando Beirão, meu colega no “Jornal da Record News”, comandado pelo também corintiano Heródoto Barbeiro.

Matou a pau. Execrado pela imprensa e pelos doutores do futebol, como Juvenal Juvêncio, o coronel que implantou a ditadura quatrocentona no meu São Paulo, Andrés sempre remou contra a maré. Só estudou até o antigo ginásio porque ia trabalhar de madrugada no Ceasa, para ajudar a família, jogou de lateral direito nos times de base do seu time do coração e foi um dos fundadores da “Pavilhão 9”, a mais fanática torcida organizada do Cornithains.

Pegou um clube falido, rebaixado à Segunda Divisão, deu a volta por cima e multiplicou por cinco o faturamento da marca Corinthians, que passou de R$ 60 milhões por ano, em 2007, para mais de R$ 300 milhões, em 2011. Como o tricolor Chico Buarque, agora vou torcer para o time do Andrés Sanchez ser campeão brasileiro para dar uma alegria ao nosso amigo comum Luiz Inácio Lula da Silva neste momento difícil da sua vida.

Confesso que, pelo que eu lia na imprensa, não tinha o menor apreço por este cara. Achava-o apenas um corintiano analfabeto, ladrão e cafajeste, como não se cansa de falar dele o Juvenal Juvêncio, do alto da sua sabedoria que detonou o maior clube do país.

Gostaria muito que o Andrés um dia fosse presidente do meu São Paulo para tirá-lo do buraco em que afundou. E que o Juvenal ficasse no lugar do Andrés na presidência do Corinthians, quando ele passar o cargo em fevereiro do ano que vem, com a faixa _ espero _ de campeão brasileiro no peito, tocando as obras do Itaquerão.





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