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Daniel Thame, jornalista no Sul da Bahia, com experiência em radio, tevê, jornal, assessoria de imprensa e marketing político danielthame@gmail.com

maio 2024
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:: ‘Getulio Vargas’

Documentos de Vargas e Marighella integram acervo do Centro de Memória do TRE-BA

 

tre vargasO Centro de Memória do Tribunal Regional Eleitoral da Bahia (TRE-BA) acaba de anexar um conjunto de documentos ao seu acervo histórico. Trata-se de procurações originais – algumas manuscritas inclusive – pertencentes a figuras ilustres da política nacional como: Getúlio Vargas, Carlos Marighella, Juracy Magalhães, Guilherme Marback, Otávio Mangabeira, Eunápio Peltier de Queiroz, Altamirando Requião, Luiz Viana Filho, Juracy Magalhães, Manoel Novaes, entre outros.

Esses documentos estabeleciam quem seriam os procuradores dessas personalidades históricas, a quem caberia receber do Tribunal os diplomas de eleitos no pleito de 1945. Nesse mesmo ano foi editada a Lei 7.586/45 – conhecida como Lei Agamenon – que restabeleceu o funcionamento da Justiça Eleitoral e regulamentou as eleições gerais. O código determinava, quanto à candidatura, a possibilidade de o candidato concorrer, simultaneamente, para presidente, senador ou deputado federal num mesmo ou mais Estados.

O Centro de Memória do TRE-BA abriga em seu acervo diversos arquivos como atas, ofícios, anotações, edições, publicações, objetos e fotografias. O núcleo é aberto ao público e funciona de segunda a quinta-feira, das 13h às 18h, e sexta-feira, das 7h30 às 12h30, na sede do Tribunal, no Centro Administrativo da Bahia (CAB), em Salvador.

 

Consulta no site

Interessados também podem consultar o acervo online pelo portal do TRE-BA (no menu Institucional >> seção “Biblioteca”),  através do sistema de gerenciamento da Rede de Bibliotecas da Justiça Eleitoral (REJE). A Reje disponibiliza o acervo atualizado de todas as bibliotecas dos TREs e do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Este serviço foi adotado pelo TSE com o objetivo de estabelecer um sistema integrado de bibliotecas da Justiça Eleitoral.

60 anos depois, cerco a Dilma lembra Getúlio

Ricardo Kotsho

 

kotSe a presidente Dilma Rousseff já terminou de ler o último volume da trilogia de Lira Neto sobre Getúlio Vargas, editado pela Companhia das Letras, deve ter bons motivos para ficar preocupada nesta entressafra entre o seu primeiro e o segundo governo.

Talvez isso explique a indecisão dela para anunciar os integrantes da nova equipe econômica, como demonstrou a dança de nomes cogitados para o Ministério da Fazenda nesta semana que chega ao fim, mantendo o suspense no ar.

Era este o livro que a presidente carregava na mão ao descer do helicóptero no Alvorada, quando retornou a Brasília, depois de alguns dias de folga numa praia da Bahia, logo após sua vitória apertada na eleição de 26 outubro.

É neste terceiro volume que o brilhante jornalista cearense Lira Neto mostra o cerco formado por forças civis, militares e midiáticas contra Getúlio Vargas, que começou antes da sua posse, e botou fogo no país, na segunda metade do seu governo constitucional (1951-1954), levando-o a se matar com um tiro no peito.

Dilma não é Getúlio, eu sei, o Brasil e o mundo não são os mesmos de 60 anos atrás, mas há muitas circunstâncias e personagens bem semelhantes nestes distintos períodos da vida nacional.

Não por acaso, o nome de Carlos Lacerda, o comandante em chefe da guerra contra Getúlio, nunca foi tão lembrado numa campanha eleitoral como nesta última.

Pintado pelos adversários como “O Corvo”, com muita propriedade, Lacerda ressuscitou nos discursos e nas manifestações contra a reeleição de Dilma Rousseff, durante e após a campanha de 2014, que mobilizou os setores mais conservadores do empresariado e da imprensa, a serviço de múltiplos interesses estrangeiros, exatamente como aconteceu na tragédia de 1954.

Não por acaso, também, um dos principais focos da campanha contra o então presidente da República era a Petrobras, por ele criada sob controle estatal, após longa batalha no Congresso Nacional.

O papel que era da UDN (União Democrática Nacional) de Carlos Lacerda foi agora alegremente assumido pela aliança da oposição liderada por PSDB-DEM-PPS, que trouxe de volta, com Aécio Neves, até o mote do “mar de lama”, para atacar a presidente, o PT e a Petrobras, a bordo do discurso sobre o “maior escândalo de corrupção da nossa história”.

Extinta pela mesma ditadura militar-cívico-midiática de 1964, que ajudou a implantar, dez anos após a morte de Getúlio, a UDN voltou às ruas de São Paulo no último dia 15 de novembro, pedindo o impeachment de Dilma e a volta dos mesmos golpistas ao poder, empunhando as mesmas bandeiras de sempre, contra a corrupção e a inflação.

Foi neste dia comemorativo da Proclamação da República que, em Roma, no café Ponte e Parione, ao lado da Piazza Navona, terminei de ler o livro de Lira Neto e, embora tendo diante de mim algumas fas imagens mais bonitas do mundo, não conseguia deixar de pensar no que estava acontecendo no nosso Brasil naquele preciso momento. Passado e presente se confundiam na minha cabeça e confesso que fiquei deveras impressionado com tantas coincidências.

A grande diferença é que, agora, os militares estão recolhidos às suas tarefas constitucionais, e não dão o menor sinal de apoio aos Bolsonaros da vida, que reencarnaram Carlos Lacerda na avenida Paulista. Além disso, o país não está paralisado por greves orquestradas para encurralar Getúlio pela esquerda e pela direita. E, pelo menos até onde a minha vista alcança, não há tropas americanas se mobilizando para apoiar qualquer movimento contra a democracia que vigora forte em terras brasileiras.

A história costuma dar muitas voltas para voltar ao mesmo lugar, mas não precisa ter necessariamente os mesmos desfechos. Fiz algumas anotações sobre o que têm em comum estes momentos conturbados, separados por seis décadas:

* Os jornais O Globo e O Estado de S. Paulo, então alguns dos protagonistas da ofensiva da mídia armada contra Getúlio, continuam os mesmos, nas mãos das mesmas famílias, a desafiar o resultado das urnas e a vontade da maioria _ simplesmente, não aceitam mais um período do PT no Palácio do Planalto, completando, ao final do mandato de Dilma, 16 anos no poder.

* A TV Tupi, primeira e única emissora de televisão brasileira nos tempos de Getúlio, que abriu câmeras e microfones para Carlos Lacerda detonar o presidente e seu governo todas as noites, ao vivo, em horário nobre, teve o mesmo destino da UDN e fechou as portas faz tempo, mas os métodos dos Diários Associados de Assis Chateaubriand sobrevivem em outros veículos do grupo, como o jornal O Estado de Minas mostrou na campanha passada. Com maior ou menor sutileza, outras emissoras de TV, a começar pela toda poderosa Globo, que dominaram o mercado após o golpe de 1964, cumprem mais ou menos o mesmo papel nos governos petistas.

* A revista semanal Veja e seus escribas alucinados reproduzem os melhores momentos da Tribuna da Imprensa, criada e comandada por Lacerda, que foi o porta-voz oficial e amalgamou as forças reunidas para a derrubada de Vargas.

* A flácida base parlamentar montada por Getúlio em tudo lembra a de Dilma, embora ambos tivessem maioria no Congresso Nacional, balançando entre contemplar direita e esquerda em seus ministérios, para se equilibrar no centro, provocando assim sucessivas crises políticas e econômicas.

* O PT de Dilma e Lula, com todas as suas contradições e divisões internas, está cada vez mais parecido com o PTB de Getúlio, com o PMDB agora no lugar do velho PSD das oligarquias regionais.

A lista do que há em comum é grande, e eu poderia passar o resto do dia aqui escrevendo sobre isso. Antes de concluir este texto, porém, é necessário registrar outra grande diferença: ao contrário de Getúlio, que tinha a Última Hora, de Samuel Wainer, a seu lado, Dilma não conta com a boa vontade de nenhum veículo da grande imprensa para mostrar e defender as conquistas do seu governo, que também existem.

Dizem que a história só se repete como farsa, mas é bom Dilma tomar cuidado. Recomendo a leitura desta bela obra do Lira Neto, não para assustar ninguém, mas para vocês entenderem melhor o que está em jogo, agora como em 1954. Foi o que aconteceu comigo.

Que Dilma e nós tenhamos melhor sorte.

Maria Prestes lança “Meu companheiro: 40 anos ao lado de Luis Carlos Prestes”, na UESC

Maria, com Prestes ao fundo, mas não dá pra esquecer de Olga

A Universidade Estadual de Santa Cruz – UESC, promove, no proximo dia 18, o “I Encontro Roda de Conversa dos Pibidianos de Ciências Sociais, História e Filosofia”. O evento, contará com a presença de Dona Maria Prestes relançando o livro de sua autoria “Meu companheiro: 40 anos ao lado de Luis Carlos Prestes”,  no auditório do Centro de Arte e Cultura Governador Paulo Souto, às 16 horas com o credenciamento,  e às 19 horas, palestra e lançamento do livro.

Aos 82 anos, Maria Prestes, nascida Altamira Rodrigues Sobral, continua atuante, apesar da idade. Não tanto como quando a jovem e militante comunista enfrentou, ao lado de Luis Carlos Prestes, com quem viveu por 40 anos, os perigos que ameaçavam a clandestinidade da oposição esquerdista no Brasil e, ao mesmo tempo, uma desafiadora e intensa história de amor.

Segundo Dona Maria Prestes, “o livro é uma contribuição para os brasileiros e latino-americanos conhecerem o lado humano de Prestes com a família, com os filhos, no convívio de uma casa e de um lar, com as mesmas preocupações que qualquer pai tem para com seus filhos.”

A fibra e a simplicidade de mulher forte que Maria Prestes carrega tem um lastro. Ela é filha de agricultores pernambucanos e militantes na política. E, foi assim, nas atividades políticas da militância comunista que ela conheceu Luis Carlos Prestes, ” O Cavaleiro da Esperança” chamavam-no os mais íntimos. “Falar sobre os anos de luta ao lado do marido é sempre um momento de emoção, ele foi um homem que se dedicou por mudanças sociais no Brasil e, até hoje, seu nome é bem lembrado e querido”, garante ela.

Pena que o  grande Prestes tenha manchado  sua biografia  ao se aliar a Getulio  Vargas,  o ditador que entregou sua companheira Olga Benário  para ser morta pelos nazistas  de Hitler na 2a.  Guerra Mundial.





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