:: ‘ilheus’

O  vereador ilheense Alzimário  Belmonte, o Gurita (foto) autor do projeto de lei, sancionado pelo prefeito Newton Lima, que torna obrigatória a oração do Pai Nosso nas escolas da rede municipal de ensino em Ilhéus, antes do início das aulas, conversou agora à pouco com o Blog do Thame. Gurita disse, entre outras coisas, que apesar da lei falar em obrigatoriedade, “nenhum aluno é obrigado a rezar o Pai Nosso”. Questionado pelo jornalista Daniel Thame sobre sua posição em relação a um hipotético projeto de lei que obrigasse os vereadores as rezar o Pai Nosso antes do início das sessões legislativas ele disse, sem pestanejar, que votaria a favor.

Veja a entrevista:

BLOG DO THAME- Qual o objetivo de um projeto de lei que obriga os estudantes a rezar o Pai Nosso antes do início das aulas?

GURITA- O que eu pretendo é despertar as crianças, os adolescentes, a juventude a importância da oração em sua formação enquanto ser humano. E o Pai Nosso é uma oração que nos liga diretamente à Deus.

BLOG DO THAME- Mas num estado laico como o brasileiro, em que a liberdade religiosa é garantida pela Constituição, não é contraditório obrigar os estudantes a professar  uma fé que nem todos seguem?

GURITA- Eu entendo que  vivemos num estado laico. Por isso, nenhum aluno será obrigado a rezar o Pai Nosso se professar outra religião. Ele pode ficar em silêncio durante a oração.

BLOG DO THAME- Mas, vereador, o projeto de lei é claríssimo quando cita a questão da obrigatoriedade…

GURITA- É que o projeto tem que constar a palavra Obrigatório. Mas em momento algum a lei fala em punição para quem não rezar o Pai Nosso. Isso vai depender do bom senso dos professores.

BLOG DO THAME- O senhor votaria a favor de um projeto que obrigasse os vereadores de Ilhéus a rezarem o Pai Nosso antes do início de casa sessão?

GURITA- Votaria sim. Acho importante orar, porque isso reforça nossa fé em Deus. Mas, ai cada vereador  ficaria no direito de rezar ou não.

Produtos originários da agricultura familiar do Sul da Bahia estão sendo expostos e comercializados em Ilhéus de 10 de janeiro a 4 de março. O Projeto Vila Cacau reúne em estandes padronizados alimentos e doces produzidos com chocolate, mel e tapioca, além de artesanato típico e apresentações musicais de artistas sulbaianos. Uma exposição contando a história da agricultura familiar na região também acontece na Vila, localizada na avenida Soares Lopes (ao lado da Subway). O horário de funcionamento é das 16h às 21h.

 O projeto, que conta com a parceira do Sebrae, busca comercializar e divulgar as potencialidades da agricultura familiar da região. Somente no município de Ilhéus – que tem uma significativa área rural, com dez distritos e 19 povoados – existem cadastrados cinco mil agricultores familiares.

 Além dos visitantes que chegam pelas rodovias, rodoviária e aeroporto, este ano a cidade conta com um número recorde de paradas de transatlânticos no Porto Internacional. Até o final do verão serão 45 transatlânticos, com cerca de 100 mil turistas desembarcando, conhecendo a região e consumindo a cultura e a gastronomia, incrementando substancialmente a economia local.

Castello Branco, Otto Alencar e Rui Costa

Os secretários estaduais de Infraestrutura, Otto Alencar, e da Casa Civil, Rui Costa, vistoriaram as obras da Ferrovia Oeste-Leste no trecho entre Jequié e Ilhéus e participaram de um encontro onde foi detalhado o cronograma das ações. Acompanhados do presidente da Valec, José Eduardo Savóia Castelo Branco, eles acompanharam o andamento dos serviços e constataram as mudanças que estão ocorrendo nas cidades que integram o traçado da ferrovia, com a geração de empregos e o surgimento de novos negócios nas proximidades dos canteiros de obras.

Atualmente, a Valec realiza obras num trecho de 537 quilômetros entre Ilhéus e Caitité com a geração de dois mil empregos diretos. A extensão total da Fiol, que ligará o Ilhéus (Sul da Bahia) a Figueirópolis (Tocantins) é de 1.526 quilômetros e os investimentos chegam a R$ 6 bilhões, com recursos de Plano de Aceleração do Crescimento (PAC). De acordo com o presidente da Valec, José Eduardo Savóia Castelo Branco, a ferrovia “vai quebrar um paradigma nos corredores de transporte no Brasil, que sempre convergem para o Sudeste, criando um eixo no sentido Oeste-Leste. Além disso, será a única ferrovia que será ligada diretamente a um terminal portuário, o Porto Sul.

O secretário de Infraestrutura, Otto Alencar, destacou que “a Ferrovia Oeste Leste vai dar um grande impulso à economia do interior do estado, criando novos polos de desenvolvimento. Apenas com o transporte com minérios, serão 40 milhões de toneladas por ano, além da perspectiva da movimentação de grãos e outros produtos”. “A Fiol e o Porto Sul vão integrar a Bahia às regiões Norte e Centro Oeste do Brasil e promover a ligação entre os oceanos Atlântico e Pacífico”, disse o secretário da Casa Civil, Rui Costa, ressaltando que o Governo da Bahia “vem dando todo o apoio para a implantação da ferrovia e do porto, duas mais importantes obras de infraestrutura e logística do Brasil”.

Atualmente, a Região Metropolitana de Salvador responde por 65% do PIB da Bahia. “Uma realidade que irá mudar com a Fiol e o Porto Sul, com impactos positivos na economia do Sul da Bahia, umas das regiões que mais serão beneficiadas”, afirma Rui Costa. A previsão é de que as obras da ferrovia estejam concluídas até 2014.

sai dai que eu vi primeiro...

Onibus da Rota, linha  Itabuna-Olivença, dia 4 de janeiro, 9 horas e 20 minutos.  Muita gente em pé, como é de praxe. Nas proximidades do Banco da Vitória (Ilhéus), um passageiro se levanta e deixa um assento vago.

Uma senhora de presumíveis 60 anos prepara-se para ocupar o assento quando, num gesto rápido, um garoto de uns 15 anos se antecipa e, pimba, senta na cadeira, deixando a mulher em pé.

Trata-se de um gesto banal, corriqueiro, mas que denota um misto de falta de educação e de respeito com as pessoas mais idosas.

Em matéria de civilização, situações como essa  mostram que ainda estamos na  idade da pedra lascada.

Por volta das 15 horas do primeiro dia de 2012, numa das mais movimentadas barracas da praia do litoral sul de Ilhéus, os garçons anunciaram:

-Acabou a cerveja!

Cerveja, ao que parece, é aquele produto que se consome muito durante o verão e, também ao que parece, vende bastante numa barraca de praia, num domingão ensolarado.

E nem se vai falar aqui dos preços, que por desnecessário dispensam  expressão “extorsivos”.

É a velha confusão entre explorar o turista e não o turismo, que em Ilhéus se soma ao clássico medo de perder que impede de ganhar.

As obras da Ferrovia de Integração Oeste-Leste (Fiol) no trecho entre Ilhéus e Caetité, que começaram neste ano, ficarão prontas em 2014. Essa é a expectativa de Neville Barbosa, superintendente de Construção da Ferrovia Oeste-Leste da Valec, empresa do governo federal responsável pela obra. A Ferrovia de Integração Oeste-Leste (Fiol), que ligará o município de Ilhéus na Bahia, à cidade de Figueirópolis, no estado de Tocantins, formará um corredor de transporte que vai abrir uma nova alternativa logística para os portos no Nordeste e otimizará  a operação do Porto Sul em Ilhéus.

A Fiol permitirá o  escoamento da produção do estado da Bahia e servirá de ligação dessa região com outros polos do país, por intermédio de conexão com a Ferrovia Norte-Sul.