WebtivaHOSTING // webtiva.com . Webdesign da Bahia

prefeitura itabuna livros do thame




Daniel Thame, jornalista no Sul da Bahia, com experiência em radio, tevê, jornal, assessoria de imprensa e marketing político danielthame@gmail.com

novembro 2025
D S T Q Q S S
 1
2345678
9101112131415
16171819202122
23242526272829
30  


:: ‘Bolsonaro’

Punição para a maldade: Jânio caiu; o biquíni, não

A0 PÉ DA GOIABEIRA lopes

bddepd@gmail.com

 

imagem1Jânio caiuApós postar o tal Golden Shower, que aumentou o ridículo do Brasil no mundo inteiro, o Capitão reformado ganhou a primeira página dos grandes jornais que apoiaram sua campanha, em nome de uma reforma da Previdência que institucionaliza a miséria dos brasileiros mais pobres. O temor da grande mídia, a mesma que 3ndossou os golpes contra Jango (1964) e Dilma (2016) e elegeu Collor em 1989, é de que o cruel projeto da Previdência não seja aprovado, pois o twiter não deixa o presidente governar. Vamos às manchetes:

O Globo – “Não falta trabalho para Jair Bolsonaro”

A Folha – “Governe, presidente”

O Estadão – Quebrando louças

As duas maiores revistas semanais deram capa ao tuiteiro: a Veja destaca a alegada falta de decoro (outra vez o vídeo obsceno do Golden Shower), o que também é feito pela ISTOÉ, que destaca a mais recente série de sandices produzidas pelo Capitão reformado.

Além das chamadas de primeira página, o Estadão e O Globo pegaram pesado: o primeiro tratou o presidente como “incompetente, indecoroso, ignorante e autoritário”; já O Globo preferiu apresentar a fatura do apoio à reforma da Previdência: “Em vez de disparar tuítes para animar militantes, Bolsonaro precisa descer de vez do palanque, arregaçar as mangas e trabalhar com afinco para executar o que prometeu na campanha”, publicou o veículo da família Marinho.

Não sei quanto à leitora assaz otimista, mas, quanto a mim, digo que nunca vi com meus olhos um presidente receber esse tratamento nem no boteco da esquina. Será que, depois disso, aquelas pessoas que batiam suas panelas de teflon contra Dilma, em Curitiba/PR e nos Jardins/SP, encontram motivos de para voltar às ruas?

Tem mais: no domingo, dia 10, a GloboNews, pela voz de Diogo Mainardes, mandou um recado inquietante: “Se não aprovar a Previdência, ele cai e o vice, general Hamilton Mourão, assume a Presidência da República”, anunciou o namoradinho da classe média conservadora.

E não acabou: um dos mais importantes jornais do mundo, The New York Times (comunista, é claro!) insinuou em editorial que o chefe do Planalto poderá ter vida curta no cargo e o comparou ao ex-presidente Jânio Quadros: “Bolsonaro deveria prestar atenção às lições da história – os políticos brasileiros que atacam o Carnaval raramente triunfam”. TNYT lembra que, em 1961, o presidente Jânio Quadros “tentou regular o comportamento” no Carnaval, com o slogan “‘Jânio é a certeza de um Brasil moralizado'”, e deu tudo errado: “Quadros se demitiu depois de oito meses”, anota o veículo nova-iorquino. Jânio tentou, dentre outras pantomimas bolsonaristas (avant la lettre) proibir que as mulheres usassem biquíni.

Este Barão, testemunha ocular da história, acrescenta, com o olho rútilo de indisfarçável prazer, que Jânio caiu, mas o biquíni continua aí, apesar de, graças a Deus, cada vez menor.

Made in USP

imagem2 Apocalipse

O trocadilho, evidente, poderia ser meu, mas não é.  A honestidade manda dizer que ele é da lavra do professor Mário Sérgio Cortella, de percepção mais aguda do que a minha. Diz o filósofo da USP que o comportamento do clã Bolsonaro (grosseria, desumanidade, falta de solidariedade, crueldade, corrupção etc.) – que faz a turma se parecer com Os Quatro Cavaleiros do Apocalipse (Fome, Peste, Guerra e Morte) – se espalha rapidamente e multiplica repetidores, os chamados “robôs bolsonaristas”. Daí a frase do pensador: “Gente lesa gera gente lesa”. Modestamente, confesso que eu não diria mais apropriadamente.

(Bddepd)

(As diatribes do Barão e sua equipe são publicadas às terça e sextas, quer chova, quer faça sol)

———————-

PERFIL DO BARÃO

:: LEIA MAIS »

O Bolsonaro candidato e a aposentadoria aos 65 anos

Jânio e Collor tinham mais juízo do que o Capitão reformado

A0 PÉ DA GOIABEIRA lopes

bddepd@gmail.com

Desde a campanha de 2018, tenta-se comparar um improvável (hoje, infelizmente, real) governo o clã Bolsonaro a períodos cinzentos de nossa história. Para uns, ele era Collor, para outros, Jânio, para outros tantos (versão ainda mantida), uma reedição do golpe de 1964, que, estranhamente, nos chegava pelas urnas.  Eram comentários de bastidores ou de blogs nanicos, pois a grande mídia, TV Globo à frente, e (em segundo lugar, mas não menos impotantes), os tribunais jamais se preocuparam com a louvação que o candidato fazia ao assassino Brilhante Ustra, os BOs a propósito de roubo de joias na própria família (denúncia da ex-esposa), os ataques frontais a minorias desamparadas ou o desrespeito às famílias de opositores executados pelo Exército. A omissão (às vezes, a clara conivência) da mídia foi muito importante em todo o processo de ascensão da extrema-direita, hoje no poder.

Foto.1Entretanto, pouco tempo passado de um presidente que não tem a mínima aptidão (ou dignidade) para o exercício do cargo – que cogita até entrar numa guerra contra país vizinho e amigo, para que os Estados Unidos se apropriem do petróleo venezuelano – não resta dúvida de que Collor e Jânio Quadros, irmãos em trapalhadas, tiveram muito mais juízo. E digo, (porque vi Jânio, Collor e  a ditadura) que o governo desse clã é moralmente pior do que Castelo Branco e os militares seguintes: à época, tínhamos alguns generais atrabiliários (isto é inevitável!), mas a ditadura tinha apoiadores do valor intelectual de Lacerda, Nelson Rodrigues, Delfim Neto, Mário Henrique Simonsen, Reis Veloso e outros (a Globo se mantém coerente: apoiou a ditadura, Collor e Bolsonaro).

Hoje, além do Capitão reformado – que nunca dirigiu, sequer, uma cavalariça  do Exército – temos a cota habitual de generais atrabiliários (nenhum deles mais do que o Capitão B., diga-se, a bem da verdade) e três filhos do presidente, todos enlameados (ou “enlaranjados”?) até a medula, mais uns desqualificados do padrão Alexandre Frota, Damares Alves, Silas Malafaia, Joyce Não-Sei-do-Quê e Vélez Rodriguez (o ministro da Educação que não fala português!). Não vai dar certo, porque não pode dar certo.

Cordão dos puxa-sacos

A partir de hoje, este Barão passa a contar com mais um puxa-saco (em verdade, uma puxa-saco, que chamaremos eufemisticamente de “colaboradora”, a sra. Líliam Porcão, dita “a Independente” – até parece!) metida a analista de economia, política e temas difusos. E em seu primeiro texto, LP já diz a que veio. Sua bajulação (prontamente aprovada por mim!) é tão explícita que, de imediato, dei-lhe uma promoção salarial: ia ganhar 30 dias por mês, agora vai ganhar 31, livre de impostos. Eis sua primeira intervenção:

 

“O Barão para presidente

Foto.2Penso na possibilidade de fazer meu querido chefe, o venerável Barão de Pau d´Alho,   presidente da República, pra acabar com a pouca vergonha que se instalou em Brasília. Em que me baseio? Baseio-me na “nova” interpretação que o Brasil, seguindo as ordens de Trump, o Topetudo, dá hoje às relações internacionais. Se antes a inteligência mundial defendia a autodeterminação dos povos, agora qualquer Capitão reformado, seguido de uma trupe de malamanhados, se acha no direito de, combatendo o governo da Venezuela, reconhecer como legítimo um oportunista que se declarou “presidente interino”.

Se um cara chamado Gerardo Guaidó pode se dizer presidente da Venezuela, por que alguém de nobre estirpe e proprietário de barba vasta e grisalha como o Barão não poderia? Além do mais, meu querido chefe é intelectualmente mais qualificado do que essa gente lesa que ocupa o Planalto: o Barão já leu até as orelhas de Guimarães Rosa (enquanto o Capitão reformado parece ter lido apenas o Manual de Procedimentos do Exército – e não entendeu bem aquilo dali). Como se isso fosse pouco, meu querido chefe fala português, neste Brasil enlouquecido em que o ministro da Educação fala portunhol e o presidente não fala coisa com coisa.

Com mais meia dúzia de trapalhadas desses velhacos civis, fardados e fundamentalistas religiosos,  anuncio – por absoluta falta de paciência com a estupidez oficial – o Barão de Pau d´Alho como presidente interino do Brasil.

Já escolhi até a divisa, ainda dependendo do sábio referendum do querido chefe: “Nosso Brasil jamais será laranja”.

(Líliam Porcão, a Independente)

 

(As diatribes do Barão e sua equipe são publicadas às terças e sextas, quer chova, quer faça sol)

 

 

 

PERFIL DO BARÃO

:: LEIA MAIS »

armas

mito cart

banana

Médica cubana que atua no Sul da Bahia rebate Bolsonaro: “não somos escravos”

maribelDurante todo o tempo em que atuaram no Brasil servindo ao Programa Mais Médicos do Governo Federal, os médicos cubanos evitavam tecer qualquer comentário de fundo político ou administativo. Com o fim da participação dos profissionais de Cuba no programa ( em reação do governo daquele país a  comentários do presidente eleito Jair Bolsonaro), uma médica atuante em Ibirataia, no Sul da Bahia,  Neibis Lopez Clabel, decidiu divulgar uma manifestação pública a respeito do caso.

Neibis tem recebido homenagens emocionadas por parte de pacientes que atendeu durante um ano e meio no município o qual, como a maior parte das cidades do país, tem graves deficiências na área de saúde.

Confira a nota:

Depois de 1 ano e 5 meses no município de ibirataia, Bahia, ficando fora dos comentários relacionados a temas políticos no Brasil, hoje decidi me projetar após ler publicações feitas sobre o governo cubano e o Programa Mais Médicos. “Se seu país não garante saúde, educação, justiça e cultura, então por que você sente que pode falar mal de Cuba?”

Só para esclarecer, achamos que nenhum dos brasileiros têm mais conhecimento do nosso país e de nosso governo que a gente. As condições de Jair Bolsonaro (apesar que ainda não é o presidente do país):

1. PROVA DE PROFICIÊNCIA
– Essa exigência não faz sentido. O convênio efetuado entre Brasil e Cuba, via OPAS, preconiza a prestação de serviços médicos. Os médicos não vieram voluntariamente “procurar emprego” aqui. Não há qualquer tipo de vínculo formal entre o governo brasileiro e os médicos cubanos. Nós viemos a trabalho, em missão, tendo sido escolhidos pelo governo cubano e estando sob responsabilidade deste. Não temos problema nenhum em fazer exame de revalida sempre que fosse um requisito no início do contrato. Achamos que depois de 5 anos de trabalho dentro do Brasil com resultados positivos nos indicadores de saúde do município é falta de respeito à nossa integridade solicitar esse exame.
.
2. SALÁRIO INTEGRAL PARA OS MÉDICOS CUBANOS
– Quando a gente veio assinamos o contrato ciente da porcentagem de salário que íamos receber e sabendo que o dinheiro que vai para o país é utilizado para a saúde e a educação de nosso povo, porque antes de nós sermos médicos outros profissionais de saúde estavam trabalhando para garantir a nossa formação, agora é nossa vez de contribuir para as próximas gerações.
.
3. LIBERDADE PARA TRAZER AS FAMÍLIAS
– Esse, como os outros dois pontos, é mais um mito que não se sustenta em pé. Não há impedimento para que as famílias de cubanos venham ao Brasil ou possam se dirigir a qualquer outro país. Só que os familiares, óbviamente, não virão junto com os médicos, que, como dito, vêm a serviço. Mas sim, há diversos médicos cubanos com famílias no Brasil, seja vivendo ou tendo visitado este país.

Nós não somos escravos nem consideramos que vivemos em uma ditadura, muito pelo contrário, somos trabalhadores, responsáveis, humanos, pessoas formadas no conceito que nossa melhor recompensa é o bem estar de nossos pacientes e não o lucro que poderíamos obter deles.
Quero agradecer  a aquelas pessoas das quais recebi muito apoio e carinho durante minha estância. Vocês sempre estarão no meu coração.

Neibis Lopez Clabel

(do Ipiaú Online)

Rosemberg Pinto repudia ataque de eleitor de Bolsonaro contra diretor do Sindicato dos Petroleiros

petroO deputado Rosemberg Pinto (PT) repudiou as agressões sofridas pelo diretor da Federação Única dos Petroleiros (FUP) e do Sindicato dos Petroleiros da Bahia (Sindipetro), Leonardo Urpia (foto), na noite desta quinta-feira (25), no bairro do Imbuí, em Salvador.

Urpia panfletava pacificamente quando foi agredido por um eleitor do candidato a presidente Jair Bolsonaro. Um dos golpes com a fivela de um cinto atingiu o rosto do petroleiro. Sangrando, Urpia gravou vídeo e publicou na rede social.

Urpia registrou um Boletim de Ocorrência na Central de Flagrantes, na região do Iguatemi. O agressor, que ainda não teve o nome revelado, está sendo ouvido pela delegada Luciene Burgia.

Rosemberg, que já foi membro da FUP e do Sindipetro, recebeu com indignação a notícia da violência contra o colega sindicalista.

“Não podemos compactuar com o discurso de ódio e de incitação à violência. Ações como essas têm que ser combatidas nas urnas para que atos de intolerância como esse contra Urpia não terminem como o assassinato do mestre de capoeira Moa do Katendê, ou em agressões contra pessoas ou militantes que sofrem intimidações no livre exercício da liberdade de expressão”, condenou o petista.

Em nome de Deus

Pastor Henrique Vieira emociona a todos no ato com Fernando Haddad em São Paulo

Não adianta pedir desculpas daqui a 50 anos

Eleonora de Lucena, na Folha

pe na bundaNinguém poderá dizer que não sabia. É ditadura, é tortura, é eliminação física de qualquer oposição, é entrega do país, é domínio estrangeiro, é reino do grande capital, é esmagamento do povo. É censura, é fim de direitos, é licença para sair matando.

As palavras são ditas de forma crua, sem tergiversação –com brutalidade, com boçalidade, com uma agressividade do tempo das cavernas. Não há um mísero traço de civilidade. É tacape, é esgoto, é fuzil.

Para o candidato-nojo, é preciso extinguir qualquer legado do iluminismo, da Revolução Francesa, da abolição da escravatura, da Constituição de 1988.

Envolta em ódios e mentiras, a eleição encontra o país à beira do abismo. Estratégico para o poder dos Estados Unidos, o Brasil está sendo golpeado. As primeiras evidências apareceram com a descoberta do pré-sal e a espionagem escancarada dos EUA. Veio a Quarta Frota, 2013. O impeachment, o processo contra Lula e sua prisão são fases do mesmo processo demolidor das instituições nacionais.

Agora que removeram das urnas a maior liderança popular da história do país, emporcalham o processo democrático com ameaças, violências, assassinatos, lixo internético. Estratégias já usadas à larga em outros países. O objetivo é fraturar a sociedade, criar fantasmas, espalhar medo, criar caos, abrir espaço para uma ditadura subserviente aos mercados pirados, às forças antipovo, antinação, anticivilização.

O momento dramático não permite omissão, neutralidade. O muro é do candidato da ditadura, da opressão, da violência, da destruição, do nojo.

É urgente que todos os democratas estejam na trincheira contra Jair Bolsonaro. Todos. No passado, o país conseguiu fazer o comício das Diretas. Precisamos de um novo comício das Diretas.

O antipetismo não pode servir de biombo para mergulhar o país nas trevas.

Por isso, vejo com assombro intelectuais e empresários se aliarem à extrema direita, ao que há de mais abjeto. Perderam a razão? Pensam que a vida seguirá da mesma forma no dia 29 de outubro caso o pior aconteça? Esperam estar livres da onda destrutiva que tomará conta do país? Imaginam que essa vaga será contida pelas ditas instituições –que estão esfarrapadas?

Os arrivistas do mercado financeiro festejam uma futura orgia com os fundos públicos. Para eles, pouco importam o país e seu povo. Têm a ilusão de que seus lucros estarão assegurados com Bolsonaro. Eles e ele são a verdadeira escória de nossos dias.

A eles se submete a mídia brasileira, infelizmente. Aturdida pelo terremoto que os grandes cartéis norte-americanos promovem no seu mercado, embarcou numa cruzada antibrasileira e antipopular. Perdeu mercado, credibilidade, relevância. Neste momento, acovardada, alega isenção para esconder seu apoio envergonhado ao terror que se avizinha.

Este jornal escreveu história na campanha das Diretas. Depois, colocou-se claramente contra os descalabros de Collor. Agora, titubeia –para dizer o mínimo. A defesa da democracia, dos direitos humanos, da liberdade está no cerne do jornalismo.

Não adianta pedir desculpas 50 anos depois.





WebtivaHOSTING // webtiva.com.br . Webdesign da Bahia