Escolas estaduais iniciam aplicação da Avaliação Formativa de Português e Matemática
As escolas da rede estadual iniciam, nesta segunda-feira (25), a aplicação da Avaliação Formativa na Plataforma Plurall, que acontece até dia 12 de setembro, na própria unidade escolar. Os estudantes respondem, de forma 100% on-line, durante o turno das aulas, 26 questões objetivas de Português e 26 de Matemática. Trata-se de um instrumento que ajuda a compreender o percurso de cada aluno, identificar avanços, reconhecer desafios e, assim, fortalecer as estratégias pedagógicas dentro das escolas.
Cada escola realiza o agendamento dos dias de aplicação da avaliação, que deve ser realizada até 12 de setembro. Para fazer a prova, é necessário acessar a plataforma pelo endereço https://login.plurall.net/, com o login do e-mail e-nova do estudante. Caso não saiba ou lembre o seu endereço eletrônico, o estudante deve acessar o site consultaaluno.educacao.ba.gov.br e informar a matrícula ou o CPF. Para o primeiro acesso, a senha será a data de nascimento, escrita somente em números. Ao acessar a plataforma pela primeira vez, o estudante deverá cadastrar uma nova senha.
Para as escolas, os resultados da Avaliação Formativa vão servir para o planejamento de ações estratégicas voltadas para monitorar o progresso dos estudantes e identificar dificuldades e pontos fortes, além de fornecer feedback para ajustar a metodologia de ensino e aprimorar a aprendizagem.
Alunos de Maracás participam de palestra sobre apicultura e sustentabilidade
Iniciativa que segue neste mês de agosto, visa fortalecer a
educação ambiental e valorizar vocações locais no semiárido nordestino
Em mais uma ação de compromisso com a educação ambiental e o desenvolvimento sustentável, a Largo Vanádio Maracás promoveu uma palestra educativa com o tema Apicultura, Sustentabilidade e Meio Ambiente para 52 alunos do Ensino Fundamental II da Escola Luiz Braga, no povoado de Porto Alegre.
Durante o encontro, os estudantes aprenderam sobre a importância da apicultura como atividade fundamental para o equilíbrio dos ecossistemas, especialmente no bioma da caatinga, e sua relevância como alternativa econômica de baixo impacto ambiental. A criação de abelhas, além de ser uma tradição local, se destaca como uma prática que fortalece a conservação dos recursos naturais e contribui para o desenvolvimento sustentável da região.
A palestra foi conduzida pelo técnico Ivan, da Consultoria SerTão, com apoio do especialista Fábio Borges, da equipe de Meio Ambiente da Largo. A ação reforça o papel da empresa como agente de transformação social e valorização das vocações locais.
Justiça concede liminar à EMASA e impede paralisação anunciada pelo SINDAE
A Justiça do Trabalho da 5ª Região concedeu, neste domingo (24), uma liminar em favor da Empresa Municipal de Águas e Saneamento (EMASA), determinando que o Sindicato dos Trabalhadores em Água, Esgoto e Meio Ambiente da Bahia (SINDAE) se abstenha de realizar a paralisação de 24 horas anunciada para o próximo dia 26 de agosto em Itabuna. A decisão tem efeito imediato e prevê multa diária de R$ 100 mil em caso de descumprimento.
Na decisão, o Tribunal considerou que o comunicado divulgado pelo sindicato não se refere a reivindicações de melhorias nas condições de trabalho, mas sim a uma suposta ameaça de privatização da empresa. O desembargador responsável destacou que não há nenhum processo em curso de privatização da EMASA, o que torna a justificativa da paralisação sem fundamento legal.
O presidente da EMASA, Ivan Maia, reforçou a informação. “Não existe qualquer discussão ou medida em andamento para privatizar a EMASA. Nosso foco é fortalecer a empresa, garantir o abastecimento da população e valorizar nossos trabalhadores”, afirmou.
“CODEBA não será privatizada”, diz Antonio Gobbo
Em meio ao debate acerca de uma mensagem que circula nas redes sociais sobre “ a entrega do controle dos portos da Baía de Todos-os-Santos”, o presidente da Autoridade Portuária da Bahia, Antonio Gobbo, voltou a declarar que não existe a intenção de privatizar a Companhia de Docas do Estado da Bahia (CODEBA) nesta gestão. “A CODEBA não será privatizada”.

Antonio Gobbo explica que um estudo para a concessão integral da Codeba havia sido iniciado no ano de 2022, em outra gestão, quando os portos eram caracterizados pela ineficiência e havia um entendimento de que as docas deveriam ser privatizadas. Mas hoje, com a mudança de cenário e de governo, essa proposta não se sustenta.
“Hoje, a orientação estratégia do governo federal não tem nada a ver com privatização. Muito pelo contrário. É o aumento da valorização do ativo portuário para que se possa fazer melhores contratos. Hoje a CODEBA é uma companhia lucrativa, que distribui dividendos para os seus acionistas, que distribui participação nos lucros. Resultados que nunca tinham acontecido antes. Então, é uma companhia diferente daquela que orientou aqueles estudos. Os estudos oferecidos à consulta pública deverão ser completamente revisados e atualizados em seus aspectos técnicos, para que se enquadrem nessa nova diretriz e a CODEBA está apresentando suas considerações e contribuições de forma propositiva, no ambiente da consulta pública, que é o fórum adequado para tal”, destaca o presidente.
Prêmio de Jornalismo Mineração & Sustentabilidade tem Sinjorba na linha de frente
Quando se trata de defender e valorizar o jornalismo, o Sinjorba não fica apenas nos discursos. O lançamento do Prêmio de Jornalismo – Mineração & Sustentabilidade 2025, no auditórios da Companhia Baiana de Pesquisa Mineral (CBPM), é mais uma prova disso. O presidente do Sindicato, Moacy Neves, afirmou, durante o evento, que a realização dessa iniciativa já vem sendo amadurecida há algum tempo e, “agora com o feliz encontro dessas parcerias, é um sonho que se torna realidade”.
Moacy destaca, ainda, que “o momento é extremamente oportuno ao trazer para a Bahia o centro do debate sobre mineração, através de um prêmio que também valoriza o jornalismo profissional, responsável e de qualidade”. Ele lembrou que num ambiente de fake news, de tarifações políticas e de interesse internacional nas terras raras, essa premiação vem em ótimo momento.
O objetivo principal do prêmio, que é reconhecer e valorizar trabalhos jornalísticos que abordem de forma responsável, inovadora e inspiradora os desafios e as soluções da mineração sustentável, foi abraçado de pronto pela Companhia Baiana de Pesquisa Mineral (CBPM) e, na sequência, por outros parceiros de peso como o Instituto Brasileiro de Mineração (IBRAM) e a Galvani.
Chris Gurgel eleita pelo Conselho da OAB-BA na lista para o Quinto Constitucional da Advocacia
A advogada trabalhista e professora de Direito do Trabalho, Christianne Gurgel foi eleita, nesta sexta-feira (22), pelo Conselho da Ordem dos Advogados do Brasil Seção Bahia (OAB-BA), um dos onze candidatos e candidatas que seguem na disputa no Quinto Constitucional da Advocacia do Tribunal Regional do Trabalho da 5ª Região (TRT5) – Bahia. Ela foi a candidata mais votada com 99 votos.
“Recebo este resultado com muita satisfação, mas também com uma responsabilidade redobrada. Agora, devemos seguir com este pleito democrático, dialogando com os colegas e nos comprometendo, ainda mais, junto a toda à classe da advocacia em nosso estado”, destacou Chris Gurgel.
Em sessão pública do Conselho da OAB-BA, os candidatos e candidatas foram submetidos a uma sabatina e ao final os 119 conselheiros, que participaram da sessão, escolheram os nomes que formariam a lista a serem submetidos à análise de advogados e advogadas, mediante consulta direta.
A Misericórdia da Justiça: Uma Homenagem ao Juiz Frank Caprio e ao Juiz Mohamed Kharraz
Embaixador Professor Karim Errouaki
Um Farol de Humanidade: A Vida e o Legado do Juiz Frank Caprio
O mundo perdeu mais do que um homem; perdeu uma consciência moral, um farol de clareza ética nos tribunais e um raro exemplar luminoso de como a justiça e a misericórdia podem coexistir em equilíbrio harmonioso. Aos oitenta e oito anos, faleceu o Juiz Frank Caprio, levando consigo um fragmento da alma da América.
O Juiz Caprio era muito mais do que um jurista. Era um pai para os marginalizados, uma voz de compaixão para os acusados e uma testemunha viva de que o amor e a compreensão podem ter o seu lugar legítimo mesmo nas mais solenes câmaras do Direito. Numa era em que a autoridade frequentemente carrega o peso frio do distanciamento, a sua presença irradiava calor humano. Ele brandia o seu martelo não como uma arma de rigidez dogmática, mas como um instrumento temperado pela humanidade. Ao fazê-lo, demonstrou que a misericórdia não precisa de ser um apêndice da justiça – é a sua expressão mais verdadeira.
O legado que deixa não é meramente judicial; é profundamente ético. O Juiz Caprio tornou-se uma bússola moral, guiando a sociedade em direção à sua melhor versão. A sua crença inabalável de que a justiça pode ser firme e yet humana, corretiva e yet restaurativa, permanece como um lembrete perene de que a lei atinge o seu propósito mais elevado quando é infundida de compaixão. Com a sua partida, essa bússola cala-se, deixando não apenas pesar, mas uma reflexão premente: terão os nossos sistemas legais se tornado demasiado rígidos, impessoais e mecânicos para nutrir o surgimento de outro como ele?
Juiz Mohamed Kharraz: A Bússola Moral Endurente de Marrocos
Enquanto a América chora o Juiz Caprio, Marrocos testemunhou uma transição paralela com a aposentadoria do Juiz Mohamed Kharraz, distinto membro do Supremo Tribunal marroquino. Embora aposentado, o Juiz Kharraz permanece uma luz orientadora, direcionando o panorama jurídico marroquino para a equidade, a dignidade e a compaixão.

O seu mandato no mais alto tribunal de Marrocos não foi uma mera profissão—foi uma missão para restaurar a humanidade à lei. Tal como Caprio, compreendeu que a justiça transcende a punição; trata-se de compreensão, reabilitação e proteção da dignidade humana. Os seus julgamentos fundiam consistentemente a imparcialidade com a empatia, afirmando que o tribunal pode ser um lugar de restauração moral e legal.
Se a morte do Juiz Caprio deixa um vazio na consciência americana, a aposentadoria do Juiz Kharraz marca o encerramento de um capítulo de sabedoria judicial em Marrocos. No entanto, a sua influência perdura, inspirando juristas, advogados e estudantes. Ambos os juízes demonstram que a visão moral de um único indivíduo pode recalibrar a bússola ética de todo um sistema legal.

A Justiça como Aspiração Humana Universal
As vidas dos Juízes Caprio e Kharraz iluminam uma verdade intemporal: a justiça no seu mais alto nível transcende geografia, cultura e tradição. A justiça despida de misericórdia torna-se estéril; a misericórdia sem justiça degenera em sentimentalismo. A grandeza destes juízes residiu na sua capacidade de equilibrar estas forças, afirmando a autoridade da lei enquanto preservavam a sua humanidade.
O cemitério de meu pai
Paloma Amado
Foi nos anos 90, ia ser concedido o Prêmio Camões em Lisboa, onde eu estava com meus pais, hospedados no hotel Tivoli. Havia muito rebuliço no dia da reunião do júri para a premiação. Estavam, vindos do Brasil, três membros da Academia Brasileira de Letras. Vinham com cartas já marcadas, precisavam derrotar Jorge Amado, candidato que os portugueses tinham escolhido. A reunião foi feia, foram os jurados portugueses que contaram o quanto aquela troika (no linguajar deles) fora determinada, a reunião não teria um final feliz, caso insistissem no nome do baiano. Outra pessoa ganhou. Logo depois, estávamos andando pelo saguão do hotel, quando o líder do grupo brasileiro veio em nossa direção de braços abertos, gritando:
— Jorge querido, que prazer encontrá-lo aqui!
Eu, que também o tinha na minha frente, desguiei para a esquerda e subi para o meu quarto, deixando seu Jorge sozinho para acolher a mão estendida do cidadão. Daqui a pouco papai chegou rindo, me perguntou se eu tinha saído de fininho porque ficava feio negar cumprimento. Confirmei e ele riu mais ainda. Virou para mamãe e disse:
— Paloma é igualzinha a mim…
Rebati que não era, eu nunca mais cumprimentaria aquele pulha, que sempre se fizera de tão amigo. Foi então que ele me falou pela primeira vez de seu cemitério. Disse mais ou menos assim:
— Minha filha, quando eu tinha a sua idade também saía de perto e negava cumprimento. Nunca fui de dizer desaforos, pois cada um age por sua cabeça, e se a criatura quer ser um safado sem carácter, é direito dele. Você está assim agora, eu já evolui, criei meu cemitério particular.
— Cemitério, pai?
— Sim, quando o amigo se mostra um filho da puta, injusto, sem carácter, eu simplesmente o enterro no meu cemitério particular e junto com ele todo o rancor, a raiva e os maus sentimentos que um canalha desses pode fazer brotar na gente. Assim fico livre dele e do mal que pensa que me está fazendo. Eu o encontro, vem sorridente, eu o cumprimento, mas ele não sabe que estou falando com um fantasma, alguém que já não existe, que não pode me fazer mais nenhum mal.
Desde então, já se passaram mais de 30 anos, eu tento colocar as pessoas que me ferem, os falsos amigos, num cemitério meu, mas o rancor é maior, e eu fico remoendo as coisas, sofrendo, doída. Fico não, ficava!
Semana passada tive muito aperreio, muita tristeza, via a aproximação de um desfecho triste para mim devido a pessoas a quem já amei com meu sangue. Chorei um dia inteiro, daqueles choros que a gente não controla, as lágrimas pulam longe, depois escorrem, a gente funga e se pergunta porque fizeram aquilo. Dormi. Meu pai veio. Nesses 24 anos de sua ausência física, ele sempre me socorreu nos momentos mais difíceis. Pois ele veio. No sonho sentamos em torno de uma mesa colocada no jardim do Rio Vermelho, bem junto ao muro que separa sua casa da casa que foi de João, meu irmão. De mãos dadas, desabei sobre ele todas as tristezas. Ele me disse em tom sério, de quem vem do lugar em que se consolida a sabedoria da vida:
Ilhéus terá Vigília Cultural em defesa das mulheres
Nesta segunda-feira (25), será realizada em Ilhéus a “Vigília Cultural – Ato de Resistência Contra a Violência às Mulheres”, a partir das 17h, na Praça Pedro Matos. O evento, gratuito e organizado por grupos de mulheres e coletivos locais, contará com espaço aberto para manifestações artísticas.
A iniciativa acontece em meio à escalada de violência contra mulheres no município e busca reafirmar a luta coletiva pelo fim da violência de gênero.
Uma noite de homenagens em Osasco e a Rádio Alan Kardec
Daniel Thame
Rádio Difusora Oeste, Osasco (SP), início da década de 80. Nossa briosa equipe estava fazendo a cobertura da festa “Destaques do Esporte”, dessas que acontecem até hoje e que têm troféus pra todo mundo, do “Craque do Ano”, do futebol ao ´cuspe à distância`, até aquele empresário amigo que, coincidência é claro, patrocina o evento ou a equipe de esportes.
Ou as duas coisas.
O fato é que naquele dia tinha troféu demais e, pra todo mundo que era anunciado, eu dizia “daqui a pouco vamos ouvir o homenageado”.
E lá ia eu ouvir o homenageado, que invariavelmente dizia chavões do tipo “estou feliz por essa homenagem”, “vou guardar o troféu com carinho”, “não esperava esse prêmio” (se não esperava, aquele cheque de ontem foi o que? Contribuição para alguma obra social?) e outras frases feitas.
Eu estava achando aquilo tudo uma baboseira interminável, ainda mais que como o sujeito da antológica música Trem das Onze (“não posso ficar nem mais um minuto com você…”), tinha que pegar o ônibus das 11 da noite, ou encarar a pé o caminho pra casa, num bairro distante da periferia.
Pobre, pero feliz e cumpridor.
De saco cheio ou preocupado com ônibus das 11, nem me toquei quando (glória a Deus nas alturas!) anunciaram o último homenageado:
-E agora o troféu Destaque do Esporte vai para Jair Ongaro.
Prontamente, eu perpetrei:
-Daqui a pouco vamos ouvir o homenageado…
Antonio Júlio Baltazar, o Batata, chefe da equipe de esportes, que comandava a transmissão, hoje num lugar chamado Eternidade, podia perder o amigo, mas não perderia a piada, dada de bandeja e ao vivo nos microfones da nossa Difusora.
-Ô garoto, só se for ouvi-lo no Centro Espírita. Jair Ongaro morreu há mais de 20 anos.
Era homenagem póstuma e eu não havia prestado atenção.











