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Daniel Thame, jornalista no Sul da Bahia, com experiência em radio, tevê, jornal, assessoria de imprensa e marketing político danielthame@gmail.com

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:: ‘neymar’

Neymar curte final de ano no litoral sul da Bahia

neymar 2

O jogador Neymar,  da Seleção Brasileira e do PSG, está Barra Grande, para curtir as festas de final de ano. Ele chegou  acompanhando do surfista Gabriel Medina e do jogador Lucas Lima, além do filho e de um grupo de amigos.

Neymar alugou a casa de praia do publicitário Duda Mendonça, que fica localizada em Taipu de Fora, praia, dotada de luxos dignas de uma mansão à beira mar, que  tem  até uma enorme piscina natural.

neymar 1

Barra Grande é distrito de Maraú, litoral Sul da Bahia, próximo a Ilhéus. A Península de Maraú se consolidou como uns dos locais mais badalados para festas de final de ano.

Ele se reapresenta ao time francês  no dia 2 de janeiro.

Neymar deve passar réveillon em Taipu de Fora, no litoral Sul da Bahia

taipu neymar

O jogador Neymar, da Seleção Brasileira e do Paris Saint Germain deve passar o réveillon no litoral Sul da Bahia. De acordo com o colunista Léo Dias, do jornal “O Dia”, Léo Dias, o craque alugou  uma mansão em Taipu de Fora, próximo a Barra Grande, na Península de  Maraú e estaria inclusive convidando os amigos para a megafesta de virada do ano.

Ainda de acordo com a coluna, o imóvel que teria sido alugado pelo jogador conta com piscina, heliponto e academia. Neymar deve desembarcar no Brasil na próxima semana e a previsão é que ele passe os primeiros dias do ano na Bahia.

Sem Globo, sem Neymar. E sem invencibilidade

Daniel Thame

 daniel charge cuba zapFoi preciso procurar uma tal de TV  Brasil, uma tal de TV Cultura ou recorrer à internet, onde o sinal oscilava muito.

Mas, enfim, após alguns milênios, tivemos um jogo da Seleção Brasileira sem a onipresente Rede Globo de Televisão, dona informal do futebol tupiniquim desde que a bola é redonda.

E livres de Galvão Bueno, narrando,  comentando, ´patriotando`, ainda mais num jogo contra a Argentina, aquela em que no conceito galvaniano dá gosto ganhar até em cuspe à distância.

E nem se fale aqui num hipotético Tira Temer, perdão Tira Teima, no quesito corrupção, porque nisso somos imbatíveis.

Voltemos ao jogo.

Noves fora Globo, até porque saiu Galvão na narração e entrou Pelé nos comentários na transmissão bancada pela CBF, o que dá quase um empate técnico, Brasil e Argentina fizeram um jogo morno, pra encabelar canguru lá na Austrália.

canguruDeu Argentina 1×0, gol de Mercado o final do primeiro tempo, numa falha coletiva de marcação. Poderia ter sido 1×1, não fosse Gabriel Jesus ter perdido um gol inacreditável no segundo tempo. E foi só, além de algumas chances desperdiçadas de lado a lado.

Tite decidiu deixar Neymar curtir as férias baladeiras da temporada européia e aproveitar os amistosos contra Argentina e Austrália para fazer testes e avaliar como o time se  comporta sem seu principal astro e único gênio inconteste.

Já classificado para a Copa, vindo de uma sequência de  nove  vitórias, ele pode se dar ao luxo de fazer isso, sem que o mundo desabe sobre sua cabeça.

A Argentina, estreando o técnico  Jorge Sampaoli, com a faca no pescoço nas Eliminatórias, não abriu mão de Messi, que por sinal deixou de novo o verdadeiro Messi em Barcelona e mandou um clone lá pro fim  do mundo. No que aliás foi seguido por Dybala, que deixou seu futebol bem guardadinho em Turim.

No frigir dos ovos- e Canguru bota ovo? Pergunta lá no Posto Ipiranga (em tempos de gasolina batendo nos R$ 3,90 no Cartel Itabuna nada como um jabazinho maneiro…)- Di Maria jogou, Phillipe Coutinho não jogou e a Argentina ganhou do Brasil.

´Ganar del Brasil es siempre bueno`, deve estar berrando o homônimo de Galvão lá em Buenos Aires.

E Neymar, sim, Neymar faz falta, ainda que seja bom testar o Brasil sem ele. Bom e necessário, porque uma coisa é bater uma  bolinha contra a Argentina num amistoso caça níquel, outra coisa é uma Copa do Mundo. Lembremos, sempre do 7×1 pra Alemanha, quando o  Brasil não se preparou pra jogar sem Neymar e os alemães fizeram picadinho dos canarinhos apavorados.

Sabem o que essa derrota significa na prática?

Não significa nada. Tite tem mais é que fazer testes mesmo, fechar o grupo pra Copa da Rússia.

Esse Brasil e Argentina será lembrado não pelo resultado em campo, mas pelo jogo em que a Globo não transmitiu.

E isso, sejamos justos, significa muito nesse momento em que, em vez de ser uma concessão pública do Brasil, o Brasil se transformou numa concessão da Globo, que define quem governa, como governa e aí de quem, na visão de seus capitães hereditários, pisar na bola.

Gol da Alemanha. Fim de jogo.

Fim?

Tite e mais 11

Daniel Thame

daniel thame Flica Goleiros. Diego Alves (Valencia-ESP) Ederson (Benfica-POR) Weverton (Atlético-PR).

Laterais: Alex Sandro (Juventus-ITA) Fagner (Corinthians) Filipe Luis (Atlético de Madri-ESP) Rafinha (Bayern de Munique-ALE).

Zagueiros: David Luiz (Chelsea), Gil (Shandong Luneng), Jemerson (Monaco), Rodrigo Caio (São Paulo) e Thiago Silva (PSG).

Meio campistas. Fernandinho (Manchester City), Giuliano (Zenit), Lucas Lima (Santos), Paulinho (Guangzhou Evergrande), Philippe Coutinho (Liverpool), Renato Augusto (Beijing Guoan), Rodriguinho (Corinthians), Willian (Chelsea).

Atacantes. Diego Souza (Sport)
Douglas Costa (Bayern de Munique), Gabriel Jesus (Manchester City) e Taison (Shakhtar Donetsk).

Estes são os jogadores convocados para a Seleção Brasileira pelo técnico Tite para a disputa de dois amistosos contra Austrália e Argentina, em junho, ambos na Oceania, que para os nossos padrões geográficos fica um pouco além do fim do mundo.

titeLista conferida, reconferida e o torcedor já está se perguntando, num tom, digamos, aecista:

-Mas que c…, onde está Neymar? Será que foi esquecido pelo p… do Tite?

Faz até sentido nessas plagas onde nada atualmente faz sentido. Com Felipão e com Dunga, com quem quer que fosse, a Seleção era Neymar e mais dez.

A menos que estive machucado ou suspenso (incluindo providenciais cartões às vésperas de jogos desimportantes ou baladas importantes), Neymar era nome certo na Seleção, o dono do time.

Nome certo e obrigatório, posto que a Seleção era (e ainda é) uma mercadoria muito bem comercializada pela CBF, em acordos que nada ficam a dever a conversas e negócios dignos de Sodoma/Gomorra, perdão, de Brasília, o que aliás dá no mesmo.

Querendo ou não, Neymar tinha que ser convocado e jogar.Não tem mais. Tite peitou a CBF e, com a Seleção já devidamente classificada para a Copa da Russia, resolveu dar uma folga não convocar o jogador.

Assim, Neymar poderá aproveitar que estará de férias no Barcelona (a temporada europeia vai de agosto a maio) e curtir adoidado, porque tem todo o direito de fazer isso.

E Tite, com o cacife que tem, poderá testar a Seleção para jogar sem Neymar, que é imprescindível, mas não é insubstituível. Aliás, ninguém é. Daí as convocações de Rodriguinho e Taison, opções para o meio campo e o ataque.

Tite também fará experiências na defesa, testando novos nomes para as laterais e para a zaga.

Tudo dentro do script de uma seleção que não pode disputar a Copa da Rússia dependendo de um único jogador, ainda que este jogador seja excepcional.

Basta lembrar da Copa de 2014, do inesquecível 7×1 pra Alemanha.

Na Seleção que era Neymar e mais 10, agora é Tite e mais 11.

E segue o jogo.

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É gol- O Bahia largou no Brasileirão em ritmo de Alemanha. Mas devagar com o andor, que os quase todos os santos são de barro.

É pênalti- Não vai sobrar quase ninguém nessa máquina de moer carne. God save the Queen, mas que arrume um tempinho na agenda pra salvar o Brasil também. Estamos precisados.

O Rei da América quer o Mundo

Daniel Thame

dt panamáA Seleção Brasileira pratica, indiscutivelmente, o melhor futebol da América.

Classificou-se para a Copa do Rússia com quatro rodadas antecedência e vem de inéditas 8 vitórias nas Eliminatórias, uma trajetória mágica que incluiu shows de bola contra Argentina (3×0), Uruguai (4×1) e Paraguai (3×0).

Mais do que os resultados expressivos, vem jogando um futebol que resgatou a paixão  pela Seleção, fazendo inclusive com que o exigente torcedor paulista (de vaias memoráveis e atitudes incivilizadas como atirar bandeiras do Brasil no gramado do Morumbi num jogo horrendo contra a Colômbia), se rendesse ao time de Neymar e Cia.

tite mundoAo time de `seu` Adenor, mais conhecido como Tite.

O que se viu na Arena Corinthians foi uma verdadeira lua de mel entre time e torcida, com direito a um “olê, olê, olê, Tite, Tite…” no final do jogo.

Consagrador.

O Brasil voltou o ser o Rei da América.

Ponto.

Parágrafo.

Como quase tudo  nesse paraíso tropical bipolar (há controvérsias quanto ao paraíso) vai-se do inferno ao céu e vice-versa num piscar de olhos.

A Seleção, com praticamente os mesmos jogadores, era um quase-Ibis há menos de um ano. Agora é o suprassumo do suprassumo do mundo da bola.

A maravilha da galáxia.

Neymar que era um craque  mascarado e individualista, que pipocava na Seleção, agora já é melhor do que Messi e Cristiano Ronaldo juntos, um quase-Pelé.

E por ai vai…

Galvão Bueno puxa o coro da louvação, seguido pelos colegas da imprensa, numa unaminidade em que se ouvem poucas vozes sensatas.

E é preciso mesmo um pouco se sensatez.

Se é verdade que Tite fez da Seleção uma equipe respeitada, que pratica um futebol de primeiro nível,  transformou Neymar num craque que joga para o time, letal e as vezes genial, não é menos verdade que a conquista do mundo em 2018 não é algo líquido e certo, como se a gente fosse lá  pra Russia, tomasse umas vodcas, dançasse umas balalaicas na praça Vermelha, comprasse umas matrioskas pra agradar as filhas e a patroa, pegasse a taça e voltasse pra casa.

Seria ótimo se fosse assim, mas não é.

Falta combinar com os russos, como diria o saudoso Mané Garrincha. Agora literalmente.

O  time está bem, Neymar joga cada dia melhor, Casemiro, Paulinho e Phillipe Coutinho tem se revelado gratas surpresas, mas é preciso manter o foco, saber que tem que evoluir sempre e não cair na tentação do `já ganhou`.

A história está repleta – e Tite sabe disso- de times e seleções que ganharam de véspera e na hora na oncinha beber água ficaram de bico seco.

Ou engoliram um 7×1 ainda não devidamente digerido.

Portanto, é de bom alvitre deixar a torcida e a mídia com os pés nas alturas e manter as chuteiras com pés no chão.

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É pênalti- A FIFA e seu espírito de Máfia. A punição a Lionel Messi é absolutamente desproporcional e pode custar a vaga da Argentina na Copa. Verdadeira vinditta contra Maradona e sua coragem de denunciar os ´santinhos` da entidade.

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É gol- Tite para Presidente? Então tá! E Neymar, seria o que? Ministro da Fazenda ou superintendente da Receita Federal?

Fora Temer (ops!), quem mais se candidata?

Sem medo de ser feliz

Daniel Thame

daniel thame FlicaBrasil 4×1 Uruguai  no Estádio Centenário,  templo do futebol mundial. Vaga garantida para a Copa da Rússia,  embora a matemática diga que ainda não.

Dane-se a matemática.

O Brasil não apenas está na Copa, como resgatou o respeito perdido depois do 7×1 com Felipão e da sofrida  Era Dunga, parte 2,  que já era.

Tite conseguiu transformar um grupo de jogadores que cintilavam em seus times na Europa e se tornavam burocratas com a camisa amarela da Seleção  numa equipe coesa, confiante e busca a vitória o tempo todo.

Mudou a filosofia. Acabou aquela história de que empatar com Bolívia, Peru e Equador fora de casa era bom resultado.

Acabou também esse negócio de seleções marca bufa enfrentarem o Brasil como se estivessem jogando contra as Ilhas Fiji.

Os 4×1 no Uruguai, incontestáveis diante da superioridade brasileira, mesmo tendo sofrido um golo logo de cara, são a confirmação de que, enfim, temos uma seleção que vai chegar à Rússia como protagonista, não como coadjuvante.

titeTite tem acertado em  cheio nas convocações, embora possa se questionar um ou outro nome. Nada que faça dólar cair, o PIB subir e nossos políticos serem pouquinha coisa mais honestos.

Apostou em Paulinho, autor de três gols contra o Uruguai,  que estava perdido na China. Confirmou Casemiro, que hoje brilha no Real Madrid e é um dínamo no meio de campo. Transformou um bando num time. Simples assim.

E principalmente fez Neymar fechar o ciclo de chiliques e individualismo  na Seleção e ser o jogador solidário que é no Barcelona, sem com isso deixar de ser o craque que é.  Ou por isso mesmo estar se tornando um craque completo.

Sem piscadelas para as câmeras de televisão durante o jogo,  sem humilhar os adversários com dribles inúteis. Fazendo o que sabe fazer de melhor: jogar futebol de alto nível. E isso Neymar faz como poucos no Planeta Bola.

O Brasil perdeu o medo de ser feliz.

Pelo menos no futebol, pelo menos no futebol…

´Tovarichs`, podem preparar a vodka que o Brasil está chegando.

É gol- Aos trancos e barrancos, Lionel Messi vai carregando  a Argentina nas costas rumo à Rússia. A Copa 2018 é a última chance de canonização de ´La Puga`. Porque Deus a Argentina só tem um, Diego, “el Diez”. E, como se não bastasse, ainda um Papa, Francisco.

É pênalti- Ainda é cedo para avaliar o trabalho de Rogério Ceni, mas o encantamento inicial vai se esvaziando, por conta de erros de escalação, invenções que não dão certo e resultados medíocres. Seria a carruagem dourada uma abóbora?

Não foi épico, foi roubo (ou: o ratón alemão meteu a mão no queijo francês)

Daniel Thame

daniel thame Flica“Épico”. “Heróico”. “Inesquecível”. “Histórico”. “Milagre”.

O mundo despeja adjetivos para descrever a vitória do Barcelona sobre o Paris Saint Germain por 6×1 na Champions League, depois de levar um sonoro 4×0 no jogo de ida em Paris.

Mas, o fato é o juiz alemão Deniz Aytekin roubou do Paris Saint-Germain a chance de se classificar para as quartas de final da Liga dos Campeões. Simples assim.

Feito um ratón, meteu gulosamente a mão no queijo francês. De lambuja, levou o vinho também.

Com 1 a 0 para o Barça, não um deu pênalti de Mascherano, que saltou para bloquear um cruzamento de braços abertos. E depois, mais outro pênalti não marcado para o PSG, do mesmo Mascherano em  Di María.

Já com  2 a 0 para o Barça , o árbitro Aytekin inventou um pênalti absurdo cavado por Neymar no início do segundo tempo: 3×0. O Barcelona estava vivo e o PSG, que entrou em campo  para cumprir a obrigação, como se aqueles 90 minutos fossem apenas protocolares, enfim acordou.

queijo ratoCavani fez 1×3 e calou o Camp Nou lotado. Caixão fechado, prego batido. Precisando de mais três gols, os espanhóis a lutavam pela honra, porque a vaga, essa já era. Os franceses passaram a tocar a bola e esperar o tempo passar.

E o tempo passou até os 43 minutos do segundo tempo. Tudo dentro do script.

Mas ai o juiz (e justiça seja feita, Neymar também, numa noite em que lembrou o Neymar do Santos e da Seleção, tornando Messi um quase coadjuvante) decidem que a história não acabou.

Aytekin inventa mais um pênalti, desta vez de Marquinhos em Luiz Suarez. Neymar, que já havia feito o quarto, um golaço de falta, bate faz o quinto.

O imponderável invade o gramado blugrená.

Faltava mais um gol e `sua excelência` deixa o jogo correr até aos 50 minutos, quando veio o tento redentor de Sergi Roberto, na bacia das almas. 6×1, o placar necessário.

O inacreditável assombra o mundo da bola.

Nunca e em tempo algum na história da Champions, um time havia conseguido reverter um 0x4. O Barça de Messi e Neymar, que contra o PSG foi o Barça de Neymar e Messi (e de Deniz Aytekin) conseguiu.

Daí a tempestade de adjetivos em todos os idiomas possíveis.

Em meio a quase unaminidade de louvores ao time catalão, que efetivamente é uma lenda do futebol mundial  e que no início do século, sob o comando de Guardiola, elevou o jogo à condição de arte como poucos times o fizeram, poucas vozes se levantaram para registrar o que efetivamente ocorreu em meio ao caldeirão de emoções que transbordou do Camp Nou e se espalhou pelo planeta: o PSG foi garfado, teve sua vaga surripiada por erros (?) de arbitragem.

O milagre, o heroísmo, o épico e a glória tiveram uma mãozinha demasiadamente humana para dar um empurrão rumo à História.

 

Inúteis campeões

 

Daniel Thame

 

dt panamáComeçam nessa semana os campeonatos estaduais Brasil afora. Houve um tempo, e já faz muito tempo, em que ganhar um campeonato Carioca, um Paulista, um Mineiro, um Gaucho, um Baiano e até um Piauiense era motivo de orgulho e de festa para os torcedores dos times campeões.

No Rio de Janeiro, comemorava-se a Taça Guanabara, que não passa do 1º turno do Carioca e o  Carioca propriamente dito. Dois campeonatos em um, duas torcidas fazendo festa, quando o mesmo time não faturava os dois turnos.

Lembro-me dos corintianos ensandecidos num Morumbi lotado numa note de quarta-feira, celebrando a conquista do Paulistão de 1997, num dramático 1×0 contra a Ponte Preta, pondo fim a um jejum de 23 anos. O gol de Basilio colocou o mediano jogador na eternidade.

Ou, na década de 90, de um gol de falta magistral de Petckovic aos 44 minutos do segundo tempo, dando ao Flamengo um título que os vascaínos, jogando pelo empate, já festejavam.

Ou então de BA-Vis memoráveis nos anos os 70 e 80, tempos de Douglas, Osni, Beijoca, Mario Sérgio, Sapatão, etc., em que títulos valiam caminhadas de agradecimento ao Senhor do Bonfim e agrados aos orixás, afinal estamos na Bahia de todas as crenças
vaziosEsses tempos, definitivamente fazem parte do passado.

De uma década para cá, os campeonatos estaduais bem definhando ano a ano, perdendo totalmente a importância e atraindo cada vez menos torcedores.

A  maioria dos jogos são disputados em estádios praticamente vazios e apenas os clássicos e as decisões conseguem atrair o torcedor e ainda assim muito mais por conta de rivalidades históricas.

Ganhar um campeonato estadual já não é mais motivo para foguetório. Certo, é bom pra quem ganha e gera uma ou outra crise pra quem perde (no caso dos times grandes) e acaba ai.

Em sendo assim, qual o motivo de se manter os estaduais, em detrimento de um calendário menos extenuante ou mesmo de copas regionais, como a Copa do Nordeste, que acabam estranguladas em meio a jogos intermináveis?

O motivo é que as federações precisam fazer média com os times que, brindados com migalhas, acabam perpetuando dirigentes invariavelmente incompetentes, para dizer o mínimo. Mero jogo de interesses, em que os chamados grandes times aceitam ir para o sacrifício, porque também tem lá seus interesses.

E segue o  jogo (e bota jogo nisso!) até que se conheçam os inúteis campeões.

 

É gol- Com Neymar em tempos de seca, Messi tem permitido que o brasileiro cobre os pênaltis no Barcelona. Gênio e solidário esse hermano argentino.

É pênalti- A CBF erra até quando acerta. O Jogo da Solidariedade entre Brasil x Colômbia, com renda revertida para as vítimas da tragédia da Chapecoense, atraiu menos de 20 mil pessoas. Se fosse disputado numa capital do Sul ou do Nordeste, teria atraído pelo menos o dobro.

 

A poesia e a ciência

Daniel Thame

daniel charge cuba zapA eleição de Cristiano Ronaldo como o melhor jogador do mundo, o The Best da FIFA, não surpreendeu ninguém.

O português foi protagonista na conquista da Eurocopa por seu país e  de mais uma Liga dos Campeões pelo Real Madrid, que de sobremesa ainda ganhou o Mundial da FIFA no Japão.

Títulos contam, e contam muito, na escolha do melhor do mundo. Além disso, a fase de Cristiano Ronaldo foi esplendorosa na temporada europeia.

A conquista do prêmio rendeu também uma polêmica: Cristiano Ronaldo é melhor do que Messi,  argentino do Barcelona, recordista em premiações de Melhor do Mundo?

Messi e Cristiano Ronaldo vem se revezando há anos nessa disputa, sem que surja um rival à altura, que vá além do terceiro lugar.

Não, Cristiano Ronaldo não é melhor que Messi. Ponto Final.

Mas, se tem alguém que pode rivalizar com o gênio argentino é esse monstro português, que merece o adjetivo fenômeno tal qual seu xará brasileiro, o Ronaldo.

Um cronista, num raro surto de inspiração, definiu magistralmente os dois estilos.

ronaldo e messiMessi é a poesia, Cristiano Ronaldo é a ciência.

Baixinho e mirrado, pelos padrões do futebol, Messi é a técnica por excelência, a arte do improviso, capaz de produzir gols de antologia (que para ele parecem de uma simplicidade franciscana) e jogadas de pura magia.

Forte, alto, Cristiano Ronaldo é a força física, o triunfo da obstinação em superar limites, a produção de gols em profusão, estraçalhando recordes. É a arma letal, que fulmina  sem dó nem piedade.

Messi é de outra galáxia, Cristiano Ronaldo é de outro planeta.

Messi não é nem nunca será maior do que Pelé, mas (os argentinos naturalmente não concordam) é maior do que Maradona. Porque para os argentinos, que tem até um Papa, Don Diego é Diez e Dios. 10 e Deus.

Cristiano Ronaldo (e aí os lusos já concordam), é maior do que Eusébio, reverenciado como um semideus em Portugal.

Messi com sua magia e Ronaldo com sua eficiência são o que há de melhor num futebol que é muito mais que um jogo, é uma paixão e também um negócio que envolve cifras siderais e que, por isso mesmo, nem sempre prima pela lisura.

Messi e Cristiano Ronaldo jogando juntos seria a junção de poesia e ciência.  O imponderável e o previsível. O arco que também é flecha, o arco potencializando a flecha certeira.

É algo que, por hora, fica no quesito fantasia.

Mas que seria fantástico, seria.

E gol- Neymar está numa seca de gols de dar pena (fez um de pênalti essa semana depois de onze jogos, cortesia do parça Messi), mas está namorado a Brunza Marquezine de novo, com a devida superexposição na mídia. Golaço.

É pênalti- A depredação e os saques às dependências do Maracanã, reconstruído à peso de ouro para a Copa 2014 e depois abandonado, mostra o descaso das autoridades com o meu, o seu, o nosso dinheiro. Colocada a propina no bolso (ou na Suiça, ou nas Bahamas, ou embaixo da cama), dane-se o resto.

Gigantes acordados

Daniel Thame

dt-panamaVirada de ano é sempre a mesma história. Os times saem às compras, as especulações correm soltas e enquanto a bola não rola pra valer o torcedor fica imaginando até onde seu time pode chegar em 2017.

Nesse começo de ano, pelo menos duas torcidas podem se dar ao luxo de sonhar alto: a do Palmeiras e a do Flamengo, não por acaso os dois times que ostentam excelente saúde financeira nesses tempos de pindaíba. O Verdão por dispor de um patrocinador em que a dona é torcedora e abre os cofres com prazer. O Fla por contar com uma cota superior a 160 milhões de reais por ano da televisão e uma torcida que, em qualquer estádio do Brasil, literalmente paga pra ver.

O Palmeiras, campeão brasileiro, que já tinha um bom time, se reforçou com Guerra (eleito o melhor jogador da Libertadores, campeão pelo Atlético Nacional), Michel Bastos  e está quase fechado com Felipe Melo, além de promessas como Raphael Veiga, Keno e Hyoran.

O Flamengo, que em 2016 ficou no cheirinho do hexa, conseguiu repatriar o excelente Dario Conca, trouxe o bom ala peruano Trauco,  e conseguiu manter suas principais estrelas como Diego e Paolo Guerrero.

gigantesÉ possível que ainda surjam novos reforços tanto no Palmeiras quanto no Flamengo, que tem uma idéia fixa: ganhar a Libertadores (sonho de consumo de todos os grandes clubes brasileiros) e disputar o Mundial de Clubes. Com os times que estão montando, ambos entram na competição, que se estenderá durante todo o ano, como favoritos.

E os demais times?

Parado ninguém está, mas falta dinheiro pra trazer reforços capazes de chegar, jogar e decidir.

Santos, Botafogo, Grêmio e  Atlético Mineiro, que também disputam a Libertadores, possuem bons times e apelam para reforços medianos, como Leandro Donizete no Peixe, Montillo no Bota e, ainda em negociação, Martone no Galo. Nada que mereça foguetório.

O Vasco tenta renascer das cinzas após sair do pântano da série B e o grande trunfo foi ter segurado Nenê.

O Corinthians, atolado no Itaquerão, caiu no real e se viu sem real e sem poder de fogo. O São Paulo, igualmente no vermelho, joga suas fichas no técnico Rogério Ceni, uma aposta que é mais na lenda do que na realidade. Mesma situação de outro grande em fase de contenção de despesas, o Cruzeiro, que para contratar, vai ter que vender.

Enfim, com os dois gigantes acordados e com fome de títulos, os demais vão ter que suar muito e jogar mais ainda se quiserem conquistar alguma coisa em 2017.

O bom é que no futebol, como na Bíblia, o Davi costuma dar uma sapecada no Golias.

Não é sempre, mas acontece.

É gol: Tevez vai ganhar cerca de 10 milhões de reais (por mês!) no Shanghai Shenhua da China. O mundo do futebol enlouqueceu. Só o do futebol?

É pênalti: Neymar e Bruna Marquezine estão em todas nas badalações de virada de ano. Rei do Brasil, coadjuvante de Messi no Barcelona, o brasileiro precisa de um time pra chamar de seu se quiser ser o melhor do mundo. Só não será no Barça nem no Real Madrid, que também tem dono, um certo Cristiano Ronaldo…





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