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Daniel Thame, jornalista no Sul da Bahia, com experiência em radio, tevê, jornal, assessoria de imprensa e marketing político danielthame@gmail.com

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:: ‘Diario do Centro do Mundo’

Pequenos e covardes, jogadores da Seleção Brasileira têm muito a aprender com a gigante Megan

por Daniel Trevisan, no Diário do Centro do Mundo

Megan Rapinoe, campeã dentro e fora de campo. Foto de Benoit Tessier/Reuters

Megan Rapinoe, campeã dentro e fora de campo. Foto de Benoit Tessier/Reuters

Seleção da CBF com Bolsonaro

Seleção da CBF com Bolsonaro

 

Jair Bolsonaro postou em sua rede social o vídeo em que aparece sendo fotografado com os jogadores da Seleção Brasileira, com a taça da Copa América.

O que ele fez pela conquista?

Nada.

Ainda assim se ouve “Mito”, “Mito”, “Mito”.

Mas são poucos os jogadores que gritam. Os que mais bajulam Bolsonaro são pessoas que vestem agasalho branco.

O comandante da Seleção Brasileira, Tite, que havia se esquivado de um cumprimento mais caloroso de Bolsonaro, não está na foto.

O encontro com os jogadores deve ter sido proporcionado pelo mesmo assessor que tentou censurar a pergunta de um jornalista estrangeiro a Tite, na entrevista coletiva.

— Você só se deve fazer pergunta sobre a Copa América — disse o estafeta ao repórter que queria saber a opinião do treinador sobre a presença de Bolsonaro no gramado.

 A foto com Bolsonaro e os gritos de campanha eleitoral são um contraste com a campeã do mundo Megan Rapinoe, capitã da Seleção dos Estados Unidos.

Considerada a melhor jogadora da Copa do Mundo,  ergueu a taça na França, depois de avisar que não veria Donald Trump.

“Não irei à merda da Casa Branca”, disse ela.

Em defesa de causas sociais e das minorias, não canta o hino dos Estados Unidos durante as competições.

“Sou um protesto ambulante”, disse.

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A comoção nacional pela morte do cão no Carrefour e a indiferença diante do aumento da miséria

Ninguém chora por ela...

Ninguém chora por ela…

Por Kiko Nogueira, no Diário do Centro do Mundo

Nunca a morte de um cão foi tão chorada pelos brasileiros.

Nunca a condenação de brasileiros à miséria foi tão desprezada.

O assassinato bárbaro de um cachorro pelas mãos, segundo denúncias, de seguranças do Carrefour incendiou o país.

Nos últimos dias, milhares foram às redes sociais — onde mais? — deixar seu justo lamento e seu protesto contra o ocorrido em Osasco.

Na capa do jornal, o cãozinho santificado

Na capa do jornal, o cãozinho santificado

A comoção envolveu esquerda e direta, ricos e humildes, anônimos e famosos.

Luciano Huck e a mulher Angélica fizeram posts combinados.

“Chocado. É muita crueldade”, escreveu ele no Instagram.

“Como pode existir ‘gente’ com tanta maldade no coração”, questionou ela.

A tragédia anunciada hoje pelo IBGE, em contrapartida, foi recebida com silêncio.

Em um ano, o número de pobres no país aumentou em 2 milhões.

A extrema pobreza chegou a 15,2 milhões em 2017.

A quantidade de crianças que vive em domicílios pobres aumentou de 42,9% para 43,4% do total da população com até 14 anos.

54,8 milhões de compatriotas de Luciano vivem com menos de R$ 406 por mês.

Os índices são, au complet, um desastre ferroviário.

Ninguém se revoltou, ninguém propôs uma campanha em solidariedade às meninas e meninos cujo futuro está destruído.

É nosso normal.

A indiferença é a essência da desumanidade, disse Bernard Shaw. Somos o que somos.

 

Camisa da Seleção virou sinônimo da vigarice e é por isso que encalhou

Por Joaquim de Carvalho, no Diário do Centro do Mundo

sleleçãoTem um meme que circula na internet que mostra uma menina chorando, vestindo a camisa da Seleção Brasileira, que diz: “Essa eu não quero, é a camisa do pato”.

O uniforme da Seleção Brasileira encalhou, porque virou símbolo de algo muito ruim: um movimento que destruiu a economia brasileira e tirou do poder uma presidente sem crime de responsabilidade.

 Símbolo de um movimento que não foi pelo bem do Brasil, mas por vingança, o terceiro turno das eleições de 2014.

No Carnaval, a Acadêmicos do Tuiuti colocou na Sapucaí passistas com o uniforme da Seleção, montados na alegoria de um pato da Fiesp e guiados por uma mão grande.

Além de golpista, a camisa da CBF virou então sinônimo de tolo, manipulado – o manifestoche, na definição do carnavalesco Jack Vasconcelos.

E manchou com a cor da vergonha a Seleção Brasileira, sem exagero o retrato mais fiel do que este país é, um país de negros, mestiços.

Se faltam oportunidades na sociedade em geral, no futebol lá estão eles, depois de vencerem muitos obstáculos.

Meritocracia de verdade. O enganador, branco ou preto, não dura. É preto no branco.

Talvez seja esta a razão de a Seleção Brasileira ter sido tão prestigiada: fazia todos se se sentirem representados.

Mas não está empolgando mais.

Na semana passada, o baterista do Ira André Jung se manifestou no Facebook:

“A um mês da Copa e nada de verde e amarelo … sinto que o movimento paneleiro, hoje morto de vergonha, é o grande responsável pelo fracasso nas vendas de camisas, bandeiras, faixas e outros símbolos pátrios. A camisa da seleção virou uniforme de pato.”

Neste fim de semana, durante a Virada Cultural, João Gordo, do Ratos do Porão, foi mais direto:

“Tá chegando a copa e eu não vejo NINGUÉM com a camisa do Brasil. Pq essa camisa virou sinônimo de filho da puta, de golpista”.

Sinônimo do que foi o maior engodo da história recente no Brasil.

Uma camiseta que nos faz lembrar da foto que viralizou às vésperas do impeachment: o casal rico com os filhos no carrinho caminhando para a manifestação, todos de verde e amarelo, exceto a babá, negra, de uniforme branco. Um país que querem só pra eles, não para ela.

Como esquecer?

Entre outras muitas coisas, o golpe tirou do Brasil a alegria de torcer pela Seleção.

Ainda vamos torcer, pode apostar, quando o brasileiro entrar em campo e mostrar ao mundo o talento no futebol.

Mas torceremos sem a alegria de antes.

A camisa amarela, o escudo da CBF, sempre nos fará lembrar de que o Brasil se tornou um país onde o maior líder popular foi preso — sem provas de que é corrupto —  e os corruptos comprovados estão soltos.

Um país usurpado.

Um país indefensável.

Já que Moro foi pífio em Curitiba, restou à mídia usar Marisa para transformar Lula no viúvo do mal

Por Kiko Nogueira, no Diario do Centro do Mundo

kiko 2A nova estratégia de demonização de Lula passou a ser acusá-lo de culpar Marisa Letícia por seus crimes.

Na audiência com Moro, Lula afirmou que, enquanto ele havia descartado a compra do triplex no Guarujá, Marisa relutava.

“Eu não ia ficar com o apartamento, mas a dona Marisa ainda tinha dúvida se ia ficar para fazer negócio, ou não”, falou. Moro perguntou se ela decidiu não ficar. “Não discutiu comigo mais”, foi a resposta.

E daí?

A síntese do Jornalixo

A síntese do Jornalixo

E daí nada, mas já que estamos na lama, haverá sempre porcos e uma farta distribuição de lavagem.

Nordestino, nove dedos, bêbado, analfabeto, ladrão, infiel, criador de filhos bandidos, assassino de Celso Daniel…

Faltava o viúvo safado que se aproveita da falecida. Não falta mais.

Essa exploração dá bem a medida do quanto o depoimento de Lula a Moro foi frustrante para quem esperava que o juiz esmagasse o ex-presidente.

Ao longo de cinco extenuantes horas, Moro e sua patota do MPF não apresentaram nem uma mísera prova. Moro ainda fez, à margem da lei, questionamento a respeito de outros inquéritos, mentiu sobre a relação umbilical com a imprensa, abusou porque pode tudo.

Levou um sabão histórico nas considerações finais. Na GloboNews, o time de Camarotti e Catanhêde não tinha como esconder a tristeza. No Jornal Nacional, o clima era de fim de feira.

Restou a uma mídia que não se cansa de apelar para os baixos instintos a miséria de usar Marisa para atingir Lula.

A capa da Veja traz Marisa Letícia num retrato em fundo rosa, a face dela com photoshop na sobrancelha no estilo rainha diaba.

Giancarlo Civita, o herdeiro de Roberto, vai se provando à altura do pai no que este tinha de mais desprezível, uma espécie de Michel Temer dos empresários da imprensa — sem carisma, sem talento, cumpridor de serviço sujo que age na sombra.

capas

O cordão da baixaria foi engrossado por Geraldo Alckmin, o Santo da Odebrecht. “Ter jogado a culpa na esposa falecida é algo inaceitável, inaceitável”, disse o tucano, balançando a calva.

É um golpe baixo, mesmo para os padrões dele, e ajuda a explicar por que o PSDB vive na draga nas sondagens presidenciais. É a mesma lógica oportunista que levou o partido que perdeu nas urnas em 2014 a se aliar à escória do PMDB.

O procurador Carlos Fernando dos Santos Lima, uma das estrelas do elenco da força tarefa que estava presente ao interrogatório de Lula, também resolveu se aproveitar da onda.

“No geral, eu não vi nenhuma consistência nas alegações. Infelizmente, as afirmações em relação à Dona Marisa a responsabilizando por tudo é um tanto triste de se ver feitas nesse momento até porque, como o ex-presidente disse, ela não está aí para se defender”, disse.

Ora, o sujeito investiga Lula há três anos, não apresenta uma evidência de que o apartamento pertença ao réu — e, instigado pelo Estadão, se defende de sua inépcia atacando Lula com um julgamento moral e uma fofoca.

Marisa não foi absolvida por Sergio Moro depois de morta, como explicou Joaquim de Carvalho no DCM. Os mesmos que a achincalharam quando de seu AVC agora simulam solidariedade e compadecimento.

Vera Magalhães, pitbull da Jovem Pan que foi casada com um assessor de Aécio Neves e que divulgou, entre piadas, vídeos da corja que invadiu a garagem de José Dirceu para linchá-lo, chegou a tirar da manga o termo “sororidade”.

Noves fora o processo kafkiano e o pântano em que estamos metidos, o que a aliança da mídia com a Lava Jato conseguiu produzir, até agora, foi a alavancagem do nome de Lula nas pesquisas para as eleições de 2018.

Ninguém normal gosta de ver uma perseguição abjeta.

Eis a única certeza que existe até agora — além da que essa canalha sempre pode piorar.

O incrível processo de acovardamento dos jornalistas brasileiros

Paulo Nogueira, no Diário do Centro do Mundo

jornalistasOs jornalistas brasileiros estão acovardados. Falo dos profissionais, não dos donos.

Isso ficou dramaticamente claro num texto do (bom) colunista da Folha Bernardo Mello Franco.

Franco tratava de Jucá. Mais especificamente, da infame conversa gravada na qual Jucá dizia que era preciso “estancar a sangria”.

Franco dizia, essencialmente, que era mais que tempo de Jucá explicar o que quis dizer com aquelas palavras.

Certo. Mas ao mesmo tempo errado. Completamente errado.

Franco na verdade deveria olhar para o espelho e reconhecer: já é mais que tempo de a mídia cobrar satisfações.

Ele mesmo. Tem uma alta posição em Brasília, a mesma cidade onde vive Jucá.

Por que nunca Franco questionou Jucá? É claro que ele seria atendido pelo senador caso o procurasse. Poderia ser por telefone mesmo.

Mas não.

Os jornalistas estão com medo de fazer perguntas das quais seus patrões podem não gostar.

É esta a lógica para que repórter nenhum tenha perguntado a Moro, por exemplo, se ele não se constrangia em aparecer fraternalmente ao lado de Aécio numa festa.

Moro teve que enfrentar essa questão nos Estados Unidos, depois de uma palestra que fez na universidade Columbia.

E no entanto era a pergunta mais óbvia que qualquer jornalista deveria fazer a Moro depois que a foto amoral veio a público.

O jornalismo combativo morreu. Em seu lugar está o jornalismo medroso, intimidado, acuado.

Os donos das empresas jornalísticas não precisam nem dar ordens para suas redações. Elas se comportam submissamente sem que ninguém tenha que pedir.

Diante desse panorama desolador, palmas para os jornalistas Raymundo Costa e Daniel Rittner, do Valor. Os dois fizeram jornalismo decente numa entrevista com Moreira Franco, e o resultado é que o entrevistado se descontrolou. Não estava preparado para nada que não fosse amigável.

Perguntas duras para autoridades não estão no roteiro dos jornalistas depois da queda de Dilma.

A senadora Gleisi usou uma imagem boa para comparar o comportamento dos senadores na sabatina de Fachin e na de Moraes. Os leões daquela ocasião agiram agora como gatinhos.

Vale para os jornalistas. Os leões da Era Dilma são os gatinhos da Era Temer.

Como involuntariamente mostrou Bernardo Mello Franco, sequer ocorre a eles a possibilidade de colocar os entrevistados contra a parede.

Faltava um delegado da Lava Jato reclamar do áudio de Jucá. Não falta mais.

 

Por Kiko Nogueira, no Diário do Centro do Mundo

Como assim? Vazar pode, mas só contra o PT...

Como assim? Vazar pode, mas só contra o PT…

O coordenador da força tarefa da Lava Jato, Igor Romário de Paula, se queixou do vazamento das conversas entre Romero Jucá e o ex-presidente da Transpetro, Sérgio Machado.

Foi durante a coletiva da 30ª fase da operação (deve chegar a quê até 2018? 487 fases?), chamada de “Vício”. “O que nos preocupa somente é que isso venha a público dessa forma, sem que uma apuração efetiva tenha sido feita antes”, lamentou.

Igor aproveitou para elogiar a escolha de Alexandre de Moraes, o espancador de estudantes de São Paulo e ex-advogado de Eduardo Cunha, para o Ministério da Justiça.

“Foi super positivo para o trabalho”, falou. “Está todo mundo trabalhando com mais tranquilidade”.

Espera um pouco.

Chegamos a um ponto em que ninguém disfarça mais nada. O STF não se pronuncia ao ter seus ministros classificados como conspiradores por um ministro, o PSDB finge que não é com ele, Sergio Moro olha para o lado, Jucá e Cunha estão soltos.

Faltava que um delegado de um esquema que, nos últimos dois anos, vazou de tudo, naturalmente para o mesmo lado, se manifestasse.

Quando os grampos de Lula e Dilma ganharam o mundo, Moro pediu “escusas” ao Supremo porque “podia ter se equivocado” ao dar-lhes publicidade. Fim de papo.

O único cuidado que se deu ao que vazou nesses últimos tempos era que atingisse o governo Dilma. Nunca houve, como requer agora Igor de Paula, “apuração efetiva” de nada. Pau na máquina.

A declaração de Igor é uma admissão de que, se for para vazar, tem que vazar direito, ou seja, contra os suspeitos de sempre. Em março, numa entrevista à Veja em que foi tratado como super heroi, ele foi bem mais comedido e relaxado: “Obviamente, nunca se tem garantia absoluta contra vazamentos”.

Ninguém, contudo, pode acusá-lo de isenção. Igor é um dos federais que foram pilhados, no final de 2014, fazendo campanha no Facebook para Aécio Neves.

“Esse é o cara!!!!”, escreveu em outubro daquele ano sob uma montagem com fotos de Aécio com várias mulheres. De acordo com o Estadão, também compartilhou um link da Economist que defendia o voto no tucano e participava de uma comunidade cujo símbolo era uma caricatura de Dilma dentuça coberta por uma faixa vermelha na qual se lia “Fora PT!”.

O Código de Ética da PF proíbe “divulgar manifestação política ou ideológica conflitante com as funções”. Ao invés de um pedido de desculpas, sua reação foi processar o Google e o Facebook por causa das críticas que recebeu nas redes.

Igor quer saber quem está por trás dos perfis “Polícia Federal em crise” e “Delegado Pinga Fogo”. Como as empresas já avisaram não vão liberar os nomes, ele conta com a bondade de um vazador amigo.

Temer está tecnicamente morto depois das inconfidências de Jucá

UM CADÁVER POLÍTICO NO PLANATO

Por Paulo Nogueira, no Diário do Centro do Mundo

trio

Temer e Jucá com Delfim: rindo do quê?

O governo Temer, que já vinha se arrastando, está agora tecnicamente morto.

Não há salvação possível depois que veio a público, pela Folha, uma conversa entre o ministro Romero Jucá e um investigado na Lava Jato.

A conversa, numa linha, confirma o que já se sabia sobre o golpe: uma mulher honesta foi derrubada por homens corruptos.

A diferença, agora, é que isto foi claramente exposto por Jucá, um dos articuladores do impeachment e espécie de primeiro ministro de Temer.

O objetivo jamais foi combater a corrupção. Foi, sim, preservar corruptos como o próprio Jucá e tantos outros.

Não sobra ninguém da conversa. Temer, por exemplo, foi definido como “homem do Cunha”.

Em sua superior mediocridade, Temer passou uma vida inteira como como um figurante. Só foi notado pelos brasileiros quando apareceu com uma mulher que poderia ser sua neta. Agora, ele se consagra como o “homem do Cunha”.

Jucá cita também o Supremo como parte da trama. Afirma que esteve com vários ministros do STF para discutir o golpe.

Não os cita. Mas você pode deduzir facilmente que juízes militantes como Gilmar Mendes e Dias Toffoli falaram com Jucá.

Gilmar jamais fez questão de esconder sua militância. Numa cena infame, apareceu às vésperas do impeachment numa fotografia ao lado de Serra, e sequer ficou vermelho. Para ele, ficou natural ser um político desvairado com toga.

Nunca mais você verá uma sessão do STF da mesma forma, isto é certo. Aqueles senhores (e senhoras) circunspectos e com capas ridículas parecerão um bando de golpistas.

Rosa Weber há dias intimou Dilma a dizer por que ela anda chamando o golpe de golpe. Dilma pode entregar a Rosa uma cópia da conversa de Jucá.

Aécio também é citado na conversa: “Todo mundo conhece o esquema do PSDB.” Menos a mídia, talvez, que jamais tratou decentemente do assunto.

Isso permite ainda hoje a velhos demagogos como FHC, Serra e Aécio posarem de homens acima de qualquer suspeita e falarem de corrupção como se fosse alguma coisa da qual estivessem imaculadamente distantes.

A mídia também está lá na conversa gravada. Os barões da imprensa, está registrado, tinham todo o interesse em tirar Dilma.

Nenhuma novidade, mais uma vez. Colocar um presidente amigo, como Temer, daria às grandes empresas jornalísticas livre acesso ao dinheiro público, por meio de publicidade oficial, empréstimos do BNDES e outras mamatas que fizeram a fortuna bilionária dos Marinhos, dos Civitas e dos Frias.

A Folha, que participou ativamente da trama que derrubou Dilma, parece ter dado um golpe de mestre com esta história.

Enquanto a Globo descaradamente passou a praticar um jornalismo chapa branca, a Folha tenta mostrar que não tem rabo preso com ninguém, como disse seu marketing durante muitos anos.

É uma espécie de retorno aos últimos tempos da ditadura, quando a Folha pregava as diretas já e a Globo continuava a defender os militares.

Como a Globo vai-se sair dessa – se é que vai – é uma incógnita.

Quem, definitivamente, não tem como se livrar das consequências das inconfidências de Jucá é Temer, o Breve.

Aécio é o pior perdedor da história do Brasil

Paulo Nogueira, no Diário do Centro do Mundo

 pmlEm meio a tantas incertezas, uma coisa é fato: Aécio é o pior perdedor da história do Brasil.

Faz já mais de um  ano que ele não se dedica a outra coisa que não tentar derrubar, por meios grotescos, quem o derrotou.

Ele não teve grandeza em nenhum momento. Já começou tentando colocar em dúvida a lisura das urnas eletrônicas.

Depois procurou toda sorte de pretextos para contrariar a vontade expressa de 54 milhões de pessoas, e não parou mais.

Aécio é, hoje, um câncer para a democracia.

Se todos os derrotados se comportarem como ele, o Brasil vai se tornar um caos.

A explicação mais provável para esse comportamento é a mais simples: Aécio é um menino mimado.

Nunca teve que trabalhar, nunca teve que se esforçar. Nasceu numa oligarquia mineira que lhe deu tudo na boca desde sempre.

Ele é a própria negação da meritocracia. Não o ensinaram a pescar. Deram-lhe peixe a vida toda.

O avô Tancredo foi evidentemente um mau professor para ele, ou Aécio não seria o perdedor miserável que é.

Mais velho, FHC poderia ter ajudado mentalmente Aécio, mas está claro que nada fez.

O rei da cocada branca?

O rei da cocada branca?

Se a imprensa cumprisse seu papel de fiscalizadora com Aécio poderia tê-lo ajudado a aprimorar o caráter.

Mas também a mídia o mimou e protegeu sempre.

A única vez em que Aécio foi posto contra a parede numa entrevista foi no Jornal Nacional, na série de pinguepongues dos candidatos.

Perguntaram-lhe sobre o aeroporto particular que ele construiu perto de sua fazenda com dinheiro público.

Mas mesmo aí. Ele poderia ter simplesmente respondido a Bonner: “Ora, companheiro. Se isso fosse importante vocês do Jornal Nacional teriam coberto o assunto.”

Em mais um de seus crimes jornalísticos, o JN simplesmente ignorou o assunto.

Assim como desprezou meia tonelada de pasta de cocaína encontrada no helicóptero de um grande amigo de Aécio, o senador Perrela.

O objetivo aqui não foi preservar Perrela, mas Aécio. Vinculá-lo a reportagens sobre cocaína seria complicado na sua campanha eleitoral, dada sua fama.

Aécio acabou se convertendo na versão política brasileira daquele personagem de história em quadrinhos chamado Riquinho.

O exterior já denuncia isso. Implante no cabelo, branqueamento dos dentes, botox, tudo isso dentro da linha de figuras como Marta Suplicy e Ana Maria Braga.

A vaidade excessiva é a mãe de todos os vícios. Acrescente aí a superproteção e o resultado é uma personalidade catastrófica.

A irmã Andrea ajudou a construir um Aécio defeituoso. Os mineiros têm muito a contar sobre o papel de Andrea na vida de Aécio.

Era ela, por exemplo, que administrava as verbas de publicidade oficial quando ele era governador.

As rádios da família jamais deixaram de ser contempladas pelo dinheiro do contribuinte mineiro, algo que é indecente ainda que não ilegal.

No meio disso tudo, nesta louca cavalgada para sabotar quem o venceu, Aécio só não faz o que deveria fazer.

Não há registro de uma única coisa boa que ele tenha feito no Senado.

Há uma única coisa pior do que perder. É não saber perder.

É o triste caso de Aécio.





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