:: ‘cão’
A comoção nacional pela morte do cão no Carrefour e a indiferença diante do aumento da miséria
Por Kiko Nogueira, no Diário do Centro do Mundo
Nunca a morte de um cão foi tão chorada pelos brasileiros.
Nunca a condenação de brasileiros à miséria foi tão desprezada.
O assassinato bárbaro de um cachorro pelas mãos, segundo denúncias, de seguranças do Carrefour incendiou o país.
Nos últimos dias, milhares foram às redes sociais — onde mais? — deixar seu justo lamento e seu protesto contra o ocorrido em Osasco.
A comoção envolveu esquerda e direta, ricos e humildes, anônimos e famosos.
Luciano Huck e a mulher Angélica fizeram posts combinados.
“Chocado. É muita crueldade”, escreveu ele no Instagram.
“Como pode existir ‘gente’ com tanta maldade no coração”, questionou ela.
A tragédia anunciada hoje pelo IBGE, em contrapartida, foi recebida com silêncio.
Em um ano, o número de pobres no país aumentou em 2 milhões.
A extrema pobreza chegou a 15,2 milhões em 2017.
A quantidade de crianças que vive em domicílios pobres aumentou de 42,9% para 43,4% do total da população com até 14 anos.
54,8 milhões de compatriotas de Luciano vivem com menos de R$ 406 por mês.
Os índices são, au complet, um desastre ferroviário.
Ninguém se revoltou, ninguém propôs uma campanha em solidariedade às meninas e meninos cujo futuro está destruído.
É nosso normal.
A indiferença é a essência da desumanidade, disse Bernard Shaw. Somos o que somos.
Cão consegue correr pela primeira vez com ajuda de próteses especiais
O casal Sherry e Dom Portanova decidiram adortar Derby, um cachorro com um problema congênito nas patas dianteiras em abril deste ano. O cão, devido ao problema, não conseguia ficar de pé ou correr como outros animais de estimação. O grupo de resgate que recebeu o animal, Peace and Paws, de New Hampshire, nos Estados Unidos e a diretora da 3D Systems, Tara Andersen, resolveram ajudar e criaram uma cadeira de rodas especial para Derby. Mas, depois de um tempo, Andersen percebeu que mesmo com o novo aparato, o cachorro não brincava com outros animais e não conseguia correr muito bem. Foi aí que a equipe da 3D Systems teve uma nova ideia e criaram uma prótese especial e sofisticada para o cão, similares as que os atletas paraolímpicos usam nas competições.
Para reduzir os riscos de queda, a equipe contou com a ajuda de uma impressora 3D, que criou uma versão mais flexível das próteses para Derby. “Quando o vi correndo foi maravilhoso. Eu não pude acreditar! Ele corre comigo e com Sherry todos os dias, pelo menos uns 3 quilômetros. Ele corre mais rápido que nós dois. Ele realmente nunca se cansa e está muito feliz”, disse Dom em um vídeo. Veja abaixo o vídeo do momento em que o cão correu pela primeira vez.
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