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Daniel Thame, jornalista no Sul da Bahia, com experiência em radio, tevê, jornal, assessoria de imprensa e marketing político danielthame@gmail.com

maio 2024
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:: ‘Kiko Nogueira’

A comoção nacional pela morte do cão no Carrefour e a indiferença diante do aumento da miséria

Ninguém chora por ela...

Ninguém chora por ela…

Por Kiko Nogueira, no Diário do Centro do Mundo

Nunca a morte de um cão foi tão chorada pelos brasileiros.

Nunca a condenação de brasileiros à miséria foi tão desprezada.

O assassinato bárbaro de um cachorro pelas mãos, segundo denúncias, de seguranças do Carrefour incendiou o país.

Nos últimos dias, milhares foram às redes sociais — onde mais? — deixar seu justo lamento e seu protesto contra o ocorrido em Osasco.

Na capa do jornal, o cãozinho santificado

Na capa do jornal, o cãozinho santificado

A comoção envolveu esquerda e direta, ricos e humildes, anônimos e famosos.

Luciano Huck e a mulher Angélica fizeram posts combinados.

“Chocado. É muita crueldade”, escreveu ele no Instagram.

“Como pode existir ‘gente’ com tanta maldade no coração”, questionou ela.

A tragédia anunciada hoje pelo IBGE, em contrapartida, foi recebida com silêncio.

Em um ano, o número de pobres no país aumentou em 2 milhões.

A extrema pobreza chegou a 15,2 milhões em 2017.

A quantidade de crianças que vive em domicílios pobres aumentou de 42,9% para 43,4% do total da população com até 14 anos.

54,8 milhões de compatriotas de Luciano vivem com menos de R$ 406 por mês.

Os índices são, au complet, um desastre ferroviário.

Ninguém se revoltou, ninguém propôs uma campanha em solidariedade às meninas e meninos cujo futuro está destruído.

É nosso normal.

A indiferença é a essência da desumanidade, disse Bernard Shaw. Somos o que somos.

 

Faltava um delegado da Lava Jato reclamar do áudio de Jucá. Não falta mais.

 

Por Kiko Nogueira, no Diário do Centro do Mundo

Como assim? Vazar pode, mas só contra o PT...

Como assim? Vazar pode, mas só contra o PT…

O coordenador da força tarefa da Lava Jato, Igor Romário de Paula, se queixou do vazamento das conversas entre Romero Jucá e o ex-presidente da Transpetro, Sérgio Machado.

Foi durante a coletiva da 30ª fase da operação (deve chegar a quê até 2018? 487 fases?), chamada de “Vício”. “O que nos preocupa somente é que isso venha a público dessa forma, sem que uma apuração efetiva tenha sido feita antes”, lamentou.

Igor aproveitou para elogiar a escolha de Alexandre de Moraes, o espancador de estudantes de São Paulo e ex-advogado de Eduardo Cunha, para o Ministério da Justiça.

“Foi super positivo para o trabalho”, falou. “Está todo mundo trabalhando com mais tranquilidade”.

Espera um pouco.

Chegamos a um ponto em que ninguém disfarça mais nada. O STF não se pronuncia ao ter seus ministros classificados como conspiradores por um ministro, o PSDB finge que não é com ele, Sergio Moro olha para o lado, Jucá e Cunha estão soltos.

Faltava que um delegado de um esquema que, nos últimos dois anos, vazou de tudo, naturalmente para o mesmo lado, se manifestasse.

Quando os grampos de Lula e Dilma ganharam o mundo, Moro pediu “escusas” ao Supremo porque “podia ter se equivocado” ao dar-lhes publicidade. Fim de papo.

O único cuidado que se deu ao que vazou nesses últimos tempos era que atingisse o governo Dilma. Nunca houve, como requer agora Igor de Paula, “apuração efetiva” de nada. Pau na máquina.

A declaração de Igor é uma admissão de que, se for para vazar, tem que vazar direito, ou seja, contra os suspeitos de sempre. Em março, numa entrevista à Veja em que foi tratado como super heroi, ele foi bem mais comedido e relaxado: “Obviamente, nunca se tem garantia absoluta contra vazamentos”.

Ninguém, contudo, pode acusá-lo de isenção. Igor é um dos federais que foram pilhados, no final de 2014, fazendo campanha no Facebook para Aécio Neves.

“Esse é o cara!!!!”, escreveu em outubro daquele ano sob uma montagem com fotos de Aécio com várias mulheres. De acordo com o Estadão, também compartilhou um link da Economist que defendia o voto no tucano e participava de uma comunidade cujo símbolo era uma caricatura de Dilma dentuça coberta por uma faixa vermelha na qual se lia “Fora PT!”.

O Código de Ética da PF proíbe “divulgar manifestação política ou ideológica conflitante com as funções”. Ao invés de um pedido de desculpas, sua reação foi processar o Google e o Facebook por causa das críticas que recebeu nas redes.

Igor quer saber quem está por trás dos perfis “Polícia Federal em crise” e “Delegado Pinga Fogo”. Como as empresas já avisaram não vão liberar os nomes, ele conta com a bondade de um vazador amigo.





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