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Daniel Thame, jornalista no Sul da Bahia, com experiência em radio, tevê, jornal, assessoria de imprensa e marketing político danielthame@gmail.com

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:: ‘Notícias’

Fundação Nacional dos Insensatos


A culpa pelo conflito entre supostos índios tupinambás e pequenos produtores rurais, que se instalou na região da Serra do Padeiro em Buerarema e ameaça se estender a áreas rurais de Ilhéus e Una pode ser debitada única e exclusivamente na FUNAI, a Fundação Nacional do Índio.

Que, no caso em questão, pode ser chamada da Fundação Nacional dos Insensatos.

A partir de um inacreditável relatório elaborado por técnicos da FUNAI, conferindo aos tupinambás uma extensa área de 35 mil hectares nos três municípios sulbaianos, o que era apenas reivindicação se transformou numa espécie de lei, pelo menos para os supostos índios;

O relatório não tem poderes para tanto, é passível de contestação e ainda precisa passar por várias etapas até que passe a valer ou não, mas serviu como salvo-conduto para que propriedades rurais sejam invadidas, saqueadas, destruídas e que seus moradores, a esmagadora maioria composta por agricultores familiares, sejam ameaçados e agredidos.

Para os tupinambás (ou os que dizem pertencer a essa etnia, já que existem denuncias de cadastramento de índios em Buerarema e cidades vizinhas), a área de 35 mil hectares lhes pertence e ponto final.

E, em sendo assim, se a área lhes pertence, os atuais ocupantes que tratem de escafeder-se, caso contrário serão expulsos, se necessário com o uso da pressão, como vêm ocorrendo na Serra do Padeiro.

A barafunda criada pela FUNAI, além da dimensão da área que ela sugere ser demarcada, não avaliou que os pequenos produtores ocupam essas terras há várias gerações e de lá tiram o seu sustento. Não podem ser simplesmente arrancados de lá, como quem arranca uma erva daninha ou como se fossem usurpadores, o que efetivamente não são.

Nada disso foi levado em conta pelos burocratas insensatos da FUNAI, que de seus gabinetes refrigerados em Brasília, assistem à distância as conseqüências do relatório que perpetraram.

Que os indígenas, pilhados e explorados desde que Pedro Álvares Cabral descobriu nos trópicos um porto seguro, precisam ter seus direitos preservados é fora de discussão. Isso vale também para os legítimos descentes dos tupinambás. A reparação, portanto, é justa e necessária.

Mas, o que não se pode é, em nome de se fazer justiça com algumas centenas de índios, se cometer uma injustiça com milhares de pequenos produtores rurais.

O bom senso que faltou à FUNAI deve prevalecer entre as autoridades responsáveis pela manutenção da ordem, antes que o que ainda é escaramuça de parte a parte se transforme numa guerra sangrenta.

Uma guerra que infelizmente já começou e que precisa parar imediatamente.

Porque, se ela se intensificar, as conseqüências são mais do que previsíveis.

Violentamente previsíveis.

A MORTE CHEGA CORRENDO


Na BR 101, a caminho de Cruz das Almas, nas proximidades de Travessão, uma picape passa voando pela gente, numa velocidade superior a 120 quilômetros.

Quando estamos chegando a Gandu, um acidente gravíssimo na pista. A picape bateu numa carreta que transportava cerveja e se transformou num monte de ferro retorcido. O motorista da picape morreu na hora e ainda foi possível ver seu corpo esmagado entre o volante e o banco.

Pergunta-se: é necessário correr tanto, arriscando a vida dessa maneira?

A resposta é desnecessária.

Os doutores do povo


A conclusão de um curso em nível superior já é, por si só, uma grande conquista. Significa, entre outras coisas, atingir um estágio educacional elevado, romper uma barreira que, infelizmente, apenas uma pequena parcela da população consegue transpor, nesse funil que ainda é o ensino universitário.

Concluir um curso de Direito, uma das mais prestigiadas e concorridas profissões, amplifica ainda mais essa conquista. Ao lado de Medicina, o Direito é o curso mais disputado em todos os vestibulares, sejam eles em instituições públicas ou privadas.

E o que dizer então, de um grupo de pessoas para quem, tempos atrás, cursar Direito numa faculdade privada era um sonho inatingível?

Nesse sentido, a formatura da 3ª. Turma de Direito de Faculdade de Ciência e Tecnologia (FTC/Itabuna), torna-se ainda mais significativa. Foi a primeira em que alunos do Sul da Bahia se formaram em Direito graças ao ProUni, o programa do Governo Federal que abriu as portas do ensino superior para estudantes de escolas públicas.

São pessoas que, apesar do esforço elogiável e da dedicação aos estudos, dificilmente teriam condições de acesso as universidades públicas, visto que iniciaram o curso antes da implantação do sistema de cotas.

E que, em nenhuma hipótese, teriam condições de arcar com os custos de uma faculdade privada, num dos cursos com a mensalidade mais cara. O ProUni foi, para eles, a ferramenta imprescindível abraçar a carreira que escolheram.

E a Turma de Direito da FTC não teve um ou dois alunos do ProUni, o que já seria digno de registro, mas nove novos bacharéis.

Nove novos profissionais aptos a exercer uma profissão que é fundamental para a plenitude da cidadania e a manutenção da democracia.

Maria Janice Brito Lacerda, Rodrigo Eduardo Rocha Cardoso, Ramon Amaral de Deus, Daniel dos Santos de Oliveira, Joventino Sampaio Santana, Marcio Luiz Cardoso Fernandes, Liomarques Barbosa dos Santos, Rita de Cássia Rocha Moreira e Tony Coelho Santos.

Esses são os bacharéis em Direito formados pela FTC através do ProUni.

Verdadeiros doutores do povo, que por suas origens e suas histórias, certamente não serão apenas profissionais bem sucedidos na área do Direito, mas pessoas comprometidas com a Justiça Social.

Por uma questão de princípios e, porque não, de gratidão pela monumental oportunidade que tiveram e souberam aproveitar.

ROUBOLETION

O Carnaval de Salvador consagrou o Reboletion.

Em ano de eleição, de Brasília para os quatro cantos do Brasil, o mega hit vem aí:

Guerreiros e guerras


Houve um tempo em que nos estádios de futebol as torcidas vestiam a camisa do time do coração e faziam tremular as bandeiras, entoando hinos de apoio ao clube e a seus ídolos. Um tempo em que ir ao estádio era um programa tipicamente familiar.

Era um tempo, também, em que se praticava o futebol-arte, de toques, dribles, lançamentos precisos e gols que, de tão bonitos, mereciam placas.

Vão longe esses tempos quase poéticos, em que Pelé, Garrincha, Didi, Rivelino, Falcão e Zico, só para citar os craques nacionais, desfilavam talento pelos gramados.

Da arte, sobraram lampejos perpetrados vez ou outra por um jogador extraclasse, cada vez mais raro, que insiste em romper as amarras de esquemas táticos que priorizam a força bruta.

E, por força de um espírito competitivo em que se joga para vencer ou vencer, a arte deu lugar à correria, à preparação física que transforma meninos talentosos em atletas-robôs.

Saiu a inspiração, entrou a transpiração.

Saíram os craques, entraram os guerreiros.

Sim, os guerreiros, que motivam até propaganda de cerveja e que transmutam, sem a menor sutileza, campos de futebol em campos de batalha.

Se o que temos é batalha campal, guerra pelo resultado positivo, nada mais natural que esse espírito guerreiro se espalhasse para as arquibancadas.

E se espalhou mesmo.

O torcedor espontâneo, apaixonado pelo time, deu lugar às chamadas torcidas organizadas, verdadeiras facções que se dirigem aos estádios como quem se dirige a uma guerra, onde é preciso abater o inimigo a qualquer preço.

Nada de apitos, buzinas, fogos de artifício.

Pedaços de pau, barras de ferro, bombas de fabricação caseira e revólveres compõem o kit-guerreiro. Um verdadeiro arsenal, para ferir e se for o caso matar o inimigo.

No futebol guerreiro, a guerra se dá em todas as frentes.

Alex Furlan de Santana, 26 anos, é a mais recente vítima dessa guerra. Ele foi baleado na cabeça durante um confronto entre torcedores do São Paulo e do Palmeiras. Outras 12 pessoas saíram feridas.

Em tempo: em campo, os guerreiros do Palmeiras venceram os guerreiros do São Paulo por 2×0.

Mas, quem se importa com isso?

Balança mas não cai?


Itabuna e Colo Colo começaram o Campeonato Baiano com ganas de brigar pelo título e trazer a taça para o Sul da Bahia, o time itabunense pela primeira vez e o ilheense repetindo o feito de 2005.

Fizeram uma boa pré-temporada, contrataram jogadores experientes, técnicos tarimbados e conseguiram até patrocinadores de peso, que não tiveram receio em espalhar seu apoio em out-doors e outras peças publicitárias.

Em Itabuna e Ilhéus, otimismo dos torcedores.

Parecia que o Dragão e o Tigre iriam engolir os adversários e fazer tremer o Bahia e o Vitória, os gigantes de Salvador e candidatos naturais ao título.

Pouco mais de um mês depois do início do Baianão e rompida a primeira fase, o que era sonho virou pesadelo para os dois times.

O Itabuna chegou a iludir o torcedor, com dois triunfos logo de cara, contra o Atlético de Alagoinhas e o poderoso Vitória. Depois, empacou.

Em nove jogos, ganhou dois, empatou um e perdeu seis. Marcou seis gols e levou treze. Trocou de treinador, mandou jogadores embora, trouxe reforços, mas parou nos sete pontos, namorando a perigosa zona do rebaixamento para a Segunda Divisão.

A classificação para as finais tornou-se um delírio de ultra-fanático e a conquista do título uma miragem.

A realidade é brigar para não cair.

Já o Colo Colo disse a que não veio desde o início: tomou de 5×0 do Bahia logo na estréia. Depois, ganhou apenas um mísero joguinho e ainda assim a duras penas.

No mais, foram sete derrotas, algumas delas por goleada. Marcou onze gols e tomou vinte e três. Trocou meio time, técnicos entram e saem e o time continua na pasmaceira.

Classificação? Título? Nem na ficção “jorgeamadiana”!

O torcedor ora e implora para que o time não caia para a Segunda Divisão, juntando suas preces aos itabunenses.

Para o Itabuna e o Colo Colo e seus desafortunados torcedores, o Baianão de 2010 só não acabou porque, triste ironia, ambos estão irmanados no mesmo propósito: não cair.

Mas, que eles estão balançando, não há como negar.

O Tigre e o Dragão que se aquietem, porque o momento está para São Jorge e São José, respectivamente padroeiros de Ilhéus e Itabuna.

Santos padroeiros, como se depreende, são mais apropriados do que animais, quando se entra no quesito milagre.

Cara ou coroa? O cara e a coroa!

FOGÃO PERIGOSO


As Casas Vasco da Gama informam: está suspensa a venda de Fogão seis bocas.

Além de fritar Urubu, agora se descobriu que o dito fogão também serve para assar bacalhau.

Deus perdoa. O tráfico não!


Danilo Mota Silva, morador do bairro Jardim Primavera, na periferia de Itabuna, imaginou ter encontrado na religião o caminho de volta que muitos tentam e não conseguem encontrar.

Aos 19 anos, colocara um ponto final numa adolescência marcada pelo consumo de drogas, essa praga de dimensões bíblicas que mergulha tantas e tantas pessoas, a maioria jovens, num abismo profundo.

Danilo estava freqüentando uma igreja evangélica e recompondo o círculo de amizades. Seus planos incluíam um curso superior e um trabalho decente, além de constituir família.

As drogas eram parte de um passado que ele fazia questão de esquecer, os olhos voltados para o futuro, a vida nova lastreada numa fé em Deus que costuma operar, se não milagres, verdadeiras transformações.

Um exemplo de superação a ser destacado nos cultos que ele passou a freqüentar com regularidade.

A nova vida de Danilo foi interrompida por três tiros numa noite de domingo de carnaval, bem longe do som dos trios elétricos e das multidões ensandecidas que sugam a festa até a ultima gota, o último acorde.

O caminho de Danilo cruzou com o de seus algozes e ele, pressentindo o perigo, ainda tentou fugir.

Foi perseguido e executado friamente nos fundos de uma casa modesta, cujo dono, como é de praxe quando a segurança inexiste, ouviu apenas os disparos, mas não viu quem disparou.

E, ainda que tivesse visto, diria que não viu, diante da lei do silêncio e da cegueira imposta pela bandidagem.

A polícia tem fortes indícios de que Danilo foi assassinado porque tinha contas para acertar com os traficantes.

No “Código de Ética” do tráfico, dividas com drogas não quitadas, sejam elas de 10, de 100 ou de 1000 reais são pagas com a vida, uma espécie de alerta macabro contra tentativas de calote.

Fim de linha para Danilo Mota Silva, que três tiros fizeram com que deixasse de ser exemplo de superação e voltasse a ser exemplo de que a droga é um caminho perigoso e muitas vezes sem volta.

Na correria apavorante daqueles que foram seus últimos minutos de vida, Danilo deve ter percebido que se Deus perdoa, como certamente o havia perdoado, o tráfico não, como bem demonstraram os três tiros que o tiraram do caminho do bem e o jogaram na vala comum das vítimas de uma guerra sangrenta e cotidiana que parece não ter fim.

PADRE PÓ


Nos Estados Unidos, o padre James B. Shimsky, de 50 anos, foi detido pela polícia durante uma blitz. Quando viu os policiais, o padre pegou um terço e começou a rezar, mas bastou uma revista no carro do religioso para que fosse encontrada uma pequena quantidade de cocaína.
Em vez orar na Igreja, o padre foi chorar na cadeia.

Moral da noticia: isso é que é levar exageradamente ao pé de letra o texto bíblico que diz “tu és pó e ao pó voltarás.”





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