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Daniel Thame, jornalista no Sul da Bahia, com experiência em radio, tevê, jornal, assessoria de imprensa e marketing político danielthame@gmail.com

abril 2024
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:: ‘Notícias’

Junto e Misturado


Eleição municipal de 2000 em Itabuna. Questionado por um repórter de televisão durante um comício no bairro Santo Antonio sobre o como ficariam as relações entre o município e o estado no caso de uma até ali improvável vitória do candidato do PT, Geraldo Simões, o então governador César Borges perpetrou uma frase de antologia:

-Água e óleo não se misturam.

Num tom mais acima (ou mais abaixo), o senador ACM, no esplendor do poder, bradava aos quatro ventos o que poderia ser traduzido de forma objetiva como:

– Se o PT ganhar a eleição, a cidade vai passar a pão e água, sem nenhuma gotinha de azeite que fosse.

Aquele tipo de pressão explícita acabou produzindo o efeito inverso. Como que tomada por um impulso coletivo, a população decidiu que poderia até passar a pão e água, mas não iria se subjugar.

O slogan “No meu voto mando eu” espalhou-se como um rastilho de pólvora pela cidade e, em menos de duas semanas, o candidato do governo, Fernando Gomes, viu ruir uma vantagem em torno de vinte pontos percentuais apontada pelas pesquisas.

Geraldo ganhou de Fernando por cerca de dois mil votos de diferença e, efetivamente, Itabuna entrou num regime de obras e ações do governo do estado, situação que só se reverteu a partir da vitória de Lula na eleição presencial.

Isso, agora, é história.

Dez anos depois, por uma dessas ironias que a política costuma produzir, o hoje senador César Borges, candidato a reeleição, está a um passo de compor a chapa de Jaques Wagner, governador da Bahia e petista de carteirinha, gerado no movimento sindical.

Qual o problema dessa mudança de posição de César Borges?

A resposta, a despeito de alguns muxoxos de integrantes do PT, é: nenhum problema!

A adesão de Borges, através de um acordo político, significa a possibilidade real de que Wagner vença a eleição já no primeiro turno, evitando um eventual segundo turno em que as chances do PMDB de Geddel Vieira Lima apoiar Paulo Souto, do DEM, não devem ser desprezadas.

Política, como bem ensinou o imortal Leonel Brizola, não é apenas a arte de engolir sapos, mesmo os sapos barbudos, como às vezes ter que digerir o brejo inteiro.

E, ao contrário do que ensinou outro imortal, o Barão de Cobertain, nem no esporte o importante é competir, mas vencer.

Na política então, essa coisa de entrar na disputa para marcar posição remete à pré-história do PT.

Água e óleo, enfim, não apenas se misturam como podem, levados ao forno/urna na medida certa, resultar num apetitoso e generoso prato de votos.

UM CLICK NO MUNDO DO TRÁFICO


Eis um retrato de como a bandidagem deita e rola em Itabuna:

Um fotógrafo profissional teve sua casa arrombada num bairro da periferia da cidade, enquanto estava viajando.

O ladrão roubou o objeto de valor que encontrou, uma máquina digital, avaliada em dois mil reais.

O fotógrafo não precisou ser detetive para descobrir que a máquina fora trocada por cinco pedras de crack.

Procurou o traficante, pediu a máquina de volta e esta em princípio relutou. Sob a ameaça do fotografo, de que chamaria a polícia, foi oferecida uma solução, digamos, negociada.

O fotógrafo pagou os 50 reais referentes ao valor das pedras de crack, recebeu seu instrumento de trabalho de volta e vida que segue.

Contra ou a favor


Sempre que converso com meus companheiros de profissão sobre liberdade de opinião ou jornalista escrever o que bem entende no veículo de comunicação em que trabalha, me vem à memória uma historinha ocorrida nos tempos em que jornal era feito na linotipo e revisor, a exemplo de juizes de futebol, tinha duas mães, visto que quando achavam um erro, era preciso compor a linha inteira da página no chumbão.

Pois bem, a tarde seguia modorrenta naquele diário da cidadezinha do interior, quando, o jornalista, sem assunto para escrever o editorial do dia seguinte, perguntou ao dono do jornal se ele tinha alguma idéia.

Mais preocupado com o parto da bezerra, o que é até pertinente em se tratando de um jornal de cidade interiorana, o sujeito respondeu:

-Escreve aí sobre Jesus Cristo…

E o jornalista, sem titubear:

-Contra ou a favor, chefe?

PRA LÁ DE MARRAKESH


Realizando um cruzeiro marítimo que inclui paradas em ilhas paradisíacas do Mar Mediterrâneo e escalas em países do Norte da África e da Europa, a professora Miralva Moitinho curte inolvidáveis férias, ao lado de seu companheiro e meu amigo Kiko.

Na foto, Miralva aparece numa rua de Casablanca, no Marrocos, ao lado de uma figuraça local.

O retorno do casal está previsto para a semana que vem, via Roma, a Cidade Eterna.

Como diria o imortal Ibrahim Sued, sorry periferia, que cavalo não sobe escada, mas degusta um jabazinho maneiro, regado ao velho Jack e a uns puros habanos…kkkkkkkkkkkkkk

O CIRCO DA NOTÍCIA

Embora não existam as chamadas provas irrefutáveis, parece não haver dúvidas de que Alexandre Nardoni e Ana Jatobá foram os responsáveis pela morte da menina Isabella, num crime que chocou o Brasil.

Isabella, aos 5 anos de idade, foi vítima de uma seqüência de monstruosidades, que incluíram espancamento, esganadura e jogada para a morte, atirada que foi da janela do sexto andar do apartamento onde passava os finais de semana com o pai e a madrasta.

Apesar das negativas do casal, que apontam a existência de uma terceira pessoa no local do crime, tese totalmente descartada pela perícia técnica, a polícia e a justiça concluíram que Alexandre Nardoni e Ana Jatobá foram, inquestionavelmente, os assassinos da pequena Isabela.

Num júri que catalisou as atenções do Brasil, os jurados concluíram pela culpa do casal. Alexandre foi condenado a 31 anos de prisão e Ana Jatobá a 26 anos.

Fez-se, enfim, Justiça!

O julgamento de Alexandre Nardoni e Ana Jatobá, entretanto, lança luz sobre outra questão: a espetacularização da tragédia e como pessoas simples se dignam -e até brigam- para fazer parte de um enredo com o qual não tem a mais remota ligação.

Gente que passa dias e dias à porta do Fórum, à espera de ser captado por uma câmera de televisão, um microfone ou uma máquina fotográfica.

Explora-se, à exaustão, a mãe, familiares e amigos, amplificando uma dor que, por si só, já é difícil de administrar. A patuléia quer lágrimas e a mídia, de olho na audiência, faz brotarem as lágrimas.

É preciso gente se indignando, socando os carros em que os réus eram transportados e isso uma câmera ligada ou um clique disparado produzem com a maior facilidade.

Arma-se, em torno do julgamento, um verdadeiro circo da notícia, que vai além do resultado final e permanece pelos dias seguintes, sugando-se todas as gotas do infortúnio que ceifou a vida da pequena Isabella e perpassou uma cicatriz no coração e na alma de sua mãe.

Dos programas matutinos e vespertinos de variedades e banalidades aos respeitáveis (?) telejornais noturnos, passando pelos programas policiais, dos jornais populares a publicações sérias (?), das rádios aos sites, todos querem um naco da tragédia, ainda que à custa do mais deslavado sensacionalismo.

Encerrado o júri, que Isabella descanse em paz, que sua mãe encontre na justiça feita o conforto para uma perda irreparável e que Alexandre Nardoni e Ana Jatobá paguem pela barbaridade que perpetraram.

Quanto ao Circo da Notícia, a lona foi temporariamente desmontada, à espera do próximo crime bombástico, ou do próximo espetáculo, o que infelizmente dá no mesmo.

De volta para o futuro


Em alguns momentos ao longo do século passado, com o cacau gerando riquezas que ultrapassavam a barreira do bilhão de reais em safras maravilhosas, teve-se a nítida impressão de que o Sul da Bahia havia encontrado o seu destino glorioso, o seu futuro promissor.

Crises cíclicas, visão equivocada de que aquela riqueza duraria para sempre e uma doença devastadora que atende pelo nome quase obsceno de vassoura-de-bruxa, entre outros fatores, fizeram com que esse futuro nunca chegasse.

Ao contrário, nas últimas duas décadas, o Sul da Bahia mergulhou num abismo que parecia não ter fim, com uma queda de cerca de 90% na produção de cacau.

Emblematicamente, chegou-se ao ponto em que, de exportadora, a região passou de importadora de cacau.

A esse período critico, somou-se o descaso das autoridades e o esfacelamento das instituições que deveria estar apta para, ao menos, minimizar os impactos dessa crise, como a Ceplac.

Produziu-se, então, uma tragédia de proporções bíblicas, que só não teve conseqüências ainda mais graves (como se isso fosse possível), graças ao espírito empreendedor de alguns empresários e produtores, que não esmoreceram e mantiveram a esperança, a custa de trabalho e abnegação.

Eis que, mesmo sem a recuperação de seu principal produto, que jamais poderá ser o único, o Sul da Bahia passa a contar com expectativas concretas de, enfim, abrir as portas para o futuro, com geração de emprego e renda, qualidade de vida e oportunidades para todos.

É nesse contexto que se encaixa a inauguração de uma base de distribuição do Gasoduto da Petrobrás e na seqüência a implantação da Ferrovia Oeste-Leste, do Porto Sul, do Aeroporto Internacional de Ilhéus e de uma Zona de Processamento de Exportações no Sul da Bahia.

O gasoduto, que começa a distribuir gás natural a partir de hoje, deverá atrair novos empreendimentos e permitir o tão sonhado processo de industrialização, que impacta toda uma rede de comércio, prestação de serviços, saúde, educação, lazer, etc. Um processo que a ferrovia, o porto e o aeroporto irão consolidar.

Trata-se de ações concretas e não daquelas promessas eleitoreiras das quais tanto nos acostumamos. E trata-se, também, de um novo momento, que não pode ser desprezados e cujas oportunidades devem ser aproveitadas.

Pode-se dizer, sem qualquer exagero, que hoje começa uma espécie de entrada naquele futuro que um dia pareceu tão próximo, depois ficou exageradamente distante e que, de novo, está ao alcance das mãos.

Agora é trabalhar, e muito, para transformar oportunidade em realidade.

Que não é apenas uma rima, mas também é uma solução.

Crônica de um rio que pede socorro


José Bastos não foi apenas um dos principais personagens da história centenária de Itabuna e nem é somente o nome de uma praça no centro da cidade.

Foi, também, um poeta talentoso, que ao lado de Telmo Padilha e Valdelice Pinheiro, rendeu em prosa e verso uma homenagem a um rio:

“Do Cachoeira escutando os bravios rumores/Como a Iara gentil destas águas profundas!/Oh! Como sou feliz e me sinto orgulhoso/ De um dia ter nascido em seu seio faustoso/Sob o esplendor de um céu de beleza tão rara”.
De José Bastos e, um pouco mais recentemente, de Telmo e Valdelice pode se dizer que, além da paixão desmesurada por Itabuna, viveram num tempo de bravios rumores, iaras gentis e águas profundas de um rio que transbordava vida, inspirava poetas, alimentava as pessoas com seus peixes fartos e garantia o sustento de lavadeiras e areeiros.

Um rio que, lá se vai um vai um século, testemunhou caudaloso e silente (aqui, justas referências a Telmo Padilha e Valdelice Pinheiro) o nascimento de uma cidade, Itabuna, como décadas antes testemunhara o surgimento de uma vida, Tabocas, brotada às suas margens generosas.

Não é de todo exagerado dizer que a Itabuna metrópole, cidade de braços abertos, espírito empreendedor pairando sobre ela e que a despeito de eventuais crises cíclicas não para de se desenvolver, é filha desse rio, que serpenteia entre matas, divide/une as duas partes da cidade e segue seu caminho ao encontro da imensidão do mar.

Filha ingrata, diga se de passagem!

Ao longo das últimas três décadas, com o acentuado e desordenado crescimento de Itabuna, o Rio Cachoeira vem passando por um processo de deterioração que praticamente o transformou num imenso e fétido canal de esgotos. No trecho urbano de Itabuna, as matas deram lugar ao lixo.

Esse misto da falta de responsabilidade dos órgãos públicos e da falta de consciência da população transformou o antigo rio vivo, num rio quase morto, a implorar por um socorro que não vem.

Se nos tempos centenários a cidade precisou do rio para nascer, agora é o rio quem precisa da cidade para não morrer.

Enquanto ainda há tempo de evitar que ele morra…

Na semana em que se comemora o Dia Mundial da Água, esse bem precioso para a vida, é preciso que se olhe para o Rio Cachoeira, patrimônio que a centenária Itabuna insiste em maltratar.

Não com o olhar de piedade ou de indiferença, mas com o olhar, e principalmente com o compromisso, de quem sabe que é preciso agir agora para salvar o Rio Cachoeira.

O nosso rio.

Bola Murcha, Boa Cheia


Dois jogos, um empate suado em casa contra o Madre de Deus, que ainda perdeu um pênalti, e uma sapecada de 4×1 do Ipitanga no campo do adversário. Apenas um pontinho ganho e a lanterna do chamado “Quadrangular da Morte”.

Assim, o Itabuna caminha célere para o cemitério da Segunda Divisão do Campeonato Baiano em 2011.

A matemática ainda aponta o caminho da salvação: três vitórias e um empate nos quatro jogos que restam podem garantir o Dragão Sem Fogo na Primeira Divisão.

Mas, pelo futebol que o time (não) vem jogando, essa possibilidade começa a entrar para a categoria milagre, ir para a conta do imponderável que costuma ocorrer de vez em quando nesse esporte que fascina justamente por desafiar a lógica.

Convenhamos: o Itabuna está fazendo um esforço sobre-humano para cair, mesmo disputando esse quadrangular macabro com sumidades como Ipitanga, Madre de Deus e Colo Colo.

O time ilheense, com uma vitória e uma derrota, pelo menos respira, enquanto o “ex-quadrão” itabunense dá seus últimos suspiros.

Para ampliar o sofrimento dos torcedores de Itabuna e Ilhéus, as duas equipes se enfrentam nesta semana, em dois jogos que podem significar a queda de um e a salvação de outro.

Ou a desgraça de ambos, em caso de dois empates, a depender dos resultados das partidas entre Ipitanga e Madre de Deus.

O fato é que ao Itabuna só resta acreditar que, embora raros, milagres existem.

E. se não for pedir demais, jogar um pouquinho de futebol que seja, para facilitar um pouco a tarefa do santo milagreiro escalado para a missão quase impossível.

BOLA CHEIA

Da bola murcha para a bola cheia: nesse pântano que é o futebol brasileiro, salvo apenas por alguns lampejos do jovem e ainda não devidamente testado time do Santos, é um bálsamo poder assistir, pela ESPN, os jogos do Barcelona da Espanha.

O time espanhol resgatou o futebol-arte e transforma seus jogos em espetáculos capitaneados pelo argentino Lionel Messi, um talento à altura de seu compatriota Diego Maradona e de gênios brasileiros como Zico, Falcão e Rivelino.

O Barcelona de hoje é o time que mais se aproxima daquele memorável Santos dos anos 60, que encantou o mundo com Pelé, Pepe, Coutinho e Cia.

Tá bom, Messi não é nem nunca será um Pelé.

Mas Pelé não conta, posta que veio de outra galáxia.

SOB NOVA DIREÇÃO


De forma discreta, a Unime Itabuna, que já foi FacSul e acabou adquirida pelo Grupo Iuni Educacional está mudando de mãos mais uma vez.

Quem assume o controle da faculdade itabunense é o Grupo Pitágoras, que está absorvendo todas as unidades do Iuni no Brasil.

O negócio vinha sendo gestado há pelo menos três meses e se consumou em março, embora ainda necessite de confirmação oficial.

Foi num carnaval que passou


No dia 26 de março, Lula vem a Itabuna inaugurar o gasoduto da Petrobrás e a base de distribuição de distribuição da Bahigás.

Há exatos oito anos, Lula desembarcou na cidade, a convite do amigo Geraldo Simões, para curtir o carnaval antecipado.

Vinha de três derrotas seguidas na disputa para a presidência da república e iria tentar pela quarta vez. Tentou, ganhou, ganhou de novo e se transformou no presidente mais popular na história do Brasil.

Naquele carnaval que passou, quando tudo ainda era esperança, um Lula brincalhão e acessível a todos tomou suas cachacinhas e fumou bons charutos cubanos, dos quais boas e generosas doses e alguns puros foram degustados na companhia deste blogueiro.

A foto, que guardo com carinho nos meus alfarrábios, foi tirada no camarote da prefeitura, momentos antes de uma coletiva à imprensa.

Na conversa eu pedia (ou implorava) para compartilhar o estoque especial de habanos que Lula recebia diretamente de Fidel.

Sem a colaboração de Lula, tive que continuar utilizando expedientes que, nessa Cuba de Fidelito e Rauzito, me tornariam sério candidato ao paredón.





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