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Daniel Thame, jornalista no Sul da Bahia, com experiência em radio, tevê, jornal, assessoria de imprensa e marketing político danielthame@gmail.com

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:: ‘Notícias’

O cacau foi show. É daí?


O cacau deu sorte para a escola de samba Rosas de Ouro, que foi campeã do Carnaval de São Paulo.

O samba “O cacau é show”, que de propaganda tão explicita de uma empresa de chocolates teve que ser adaptado para um esdrúxulo
“O cacau chegou”, por exigência da Rede Globo, é um passeio pela história do fruto que transformado em chocolate faz as delícias de gente do mundo inteiro.

O que poderia ser uma notícia auspiciosa para o Sul da Bahia, principal produtor de cacau do Brasil, não mereceu qualquer tipo de comemoração por estas plagas. Até porque, isso não faria o menor sentido.

O enredo da Rosas de Ouro e os carros alegóricos que encantaram e agitaram o Sambódromo do Anhembi (ao contrário do que provocou o imortal Vinicius de Moraes, São Paulo pode não ter a tradição e a qualidade musical do Rio de Janeiro, mas está longe ser o túmulo do samba), não fazem a mais remota menção à Região Cacaueira.

Nada de Ilhéus, de Jorge Amado, das fazendas de cacau, dos coronéis e das gabrielas, mistura de realidade, ficção e estereótipos que fizeram a fama da região.

Apenas merchandising mal disfarçado de uma empresa que produz chocolate e que bancou a Rosas de Ouro.

Fossem outros os tempos, com a Ceplac de orçamento gordo e generoso e poderia ter pingado ouro nas rosas para a inclusão do Sul da Bahia no samba enredo e nas alegorias.

Como os tempos são outros, sem aporte de capital no cofrinho da escola, não ganhamos nem uma mísera estrofe no samba enredo e nem um fusquinha alegórico para nos inflar o ego.

O show foi deles, a festa foi deles e ficamos aqui a choramingar o chocolate derramado.

Chorar?

Não seria o caso de fazer com que o cacau, ou melhor, o chocolate, se transforme num show aqui mesmo no Sul da Bahia, através de uma política efetiva de industrialização que faça a matéria prima valer ouro?

Sair da produção quase artesanal para uma produção em alta escala, explorando o consumo das pessoas que estão ascendendo à classe média e também nichos de mercado em que o preço do chocolate bate na estratosfera.

O que não dá mais é para, feito uma Carolina de Chico Buarque, ficar vendo o tempo e as oportunidades passarem na janela, contentando-se com as migalhas do suculento e lucrativo bolo de chocolate, enquanto outros se empanturram e se divertem no ritmo do show do cacau.

SAMBA DESAFINADO


Botafogo 2×1 Flamengo. A julgar pelos gols perdidos por Wagner Love e pela apagada atuação de Adriano, parece que o Império do Amor esqueceu o futebol na Marquês de Sapucaí.

A quem encontrar, favor entregar na Gávea, Rio de Janeiro.

Gratifica-se bem.

O “DESCOBRIMENTO” DE CANAVIEIRAS


Canavieiras, com seus múltiplos encantos, parece que finalmente foi “descoberta” pelos turistas.

No carnaval que ora se encerra, hotéis, pousadas, barracas de praia, bares e restaurantes ficaram lotados de turistas de várias partes do Brasil e do Exterior.

A cidade, onde o tempo parece caminhar num ritmo mais lento, conserva uma arquitetura do início do século XX, fruto dos tempos áureos do cacau; e praias, rios, manguezais e uma natureza exuberante.


No quesito carnaval propriamente dito, duas opções: na avenida, os trios elétricos e suas bandas que tocam a mesma coisa, mas a moçada adora; no centro histórico, o carnaval cultural, que reúne pessoas de todas as idades e que em 2010 teve como atração a excelente banda Cartão Postal, com as marchinhas inesquecíveis dos carnavais de antanho, além de blocos como As Pastorinhas e as Ciganas, formados por jovens senhoras esbanjando a alegria da melhor idade.

A se lamentar que alguns restaurantes do centro histórico parecem acometidos de uma espécie de ´síndrome de Cinderela´. Quando bate meia-noite, os garçons praticamente expulsam os presentes, cometendo a indelicadeza de empilhar mesas e cadeiras enquanto as pessoas ainda comem e bebem.

Quem é do ramo, tem que rever conceitos e tratar bem os turistas. Ou mudar de ramo, ora pois pois…

TIO DANI RECOMENDA


Em Canavieiras, uma ótima opção de hospedagem é o Bahiadomizil Bangalôs, localizado na Praia da Costa, com uma linda vista para o mar. São apenas cinco chalés, confortáveis e funcionais, num espaço com muito verde e respeito ao meio ambiente, incluindo o uso de energia solar.
O empreendimento é tocado pela alemã Andrea Feldner e as reservas podem ser feitas pelo fone (73) 3284 2902.
O preço está mais para os padrões brasileiros do que europeus. E, fora da alta estação e dos feriados prolongados dá pra dar uma choradinha.
E nem precisa ser em alemão, que frau Andrea arranha bem o português.

Carnaval, cachaça e charutos

Este blogueiro dá um descanso aos raros leitores e, filho de Deus que é, aproveita o carnaval para baixar o estoque regulador de cachaça e charutos cubanos, naquele paraíso que é Canavieiras.

Na quarta, Deus deixando, voltamos à labuta.

Asta la vista, muchachos e muchachas!

COM VOCÊS, A COMPANHEIRA DILMA

O comercial dos 30 anos do PT, que está sendo veiculado na televisão, é uma peça explicita da campanha Dilma Presidente, com as bençãos de Lula.

É também o pontapé inicial (espera-se que apenas no sentido figurado) na eleição plebiscitária sonhada por Lula, numa espécie de escolha entre seu governo e o de seu antecessor, Fernando Henrique Cardoso.

As próximas pesquisas servirão para mensurar o impacto do comercial e da estratégia de Lula e do PT.

Atenção guerreiros: o cervejão nem sempre desce redondo


O carnaval este chegando -no caso da Bahia já chegou- e a propaganda principalmente na televisão incentiva o consumo de um produto que está diretamente associado à folia: a cerveja.

Assim como cerveja e verão parecem indissociáveis, cerveja e carnaval são irmãos siameses.

O sujeito pensa em carnaval e vem à mente a folia mais popular do país e uma cerveja estupidamente gelada. Melhor, várias cervejas estupidamente gelada.

O marketing, óbvio, aproveita e superdimensiona essa relação entre carnaval e cerveja.

Aí, é só ligar a televisão que nos intervalos do futebol, da novela, do filme, do telejornal e do intragável Big Brother lá estão os comerciais de cerveja, cada uma se apresentando mais apetecível do que a outra.

Uma cerveja se arvora de símbolo dos guerreiros, os batalhadores que dão um duro na vida e merecem como prêmio a tal cerveja. No carnaval, então, os guerreiros dão uma pausa e caem na folia. Tomando muita cerveja, obviamente.

Outra espalha aos quatro ventos que desce redondo e até fantasia os foliões com suas latas. Sem ela, o carnaval fica quadrado, seja lá o que isso significa.

Aí, vem a terceira marca e não se contenta em ser apenas uma cerveja. Se anuncia como cervejão, assim mesmo no aumentativo. Para isso, usa até uma cantora que tem um corpão e um vozeirão para que o folião não abra mão do cervejão.

A rima, como se denota, é pobre e ruim de doer, mas quem está preocupado com isso, quando o negócio é vender cerveja?

Entre guerreiros, redondos e cervejões, o folião elava o consumo às alturas, faz a sua festa e a festa dos fabricantes.

Até ai, nada demais.

Carnaval e cerveja fazem mesmo uma tabelinha tipo Pelé e Coutinho e não há nada demais em tomar uma cervejinha, ops, um cervejão.

A questão é que se carnaval e cerveja combinam entre si, ambos não combinam com direção de veículos, sejam eles caminhões, ônibus, carro ou motos.

É aqui que se quer chegar. Para evitar que a alegria da folia se transforme nas cinzas da tristeza pede-se encarecidamente a quem vai dirigir que evite o consumo de bebidas alcoólicas, a velha e boa cerveja inclusive.

Portanto, senhores guerreiros, no volante, o cervejão não desce redondo. Nunca.

No mais, é desejar que o carnaval seja isso mesmo: alegria e celebração com os amigos.

Sejam eles guerreiros, adeptos do cervejão ou daquela que desce redondo.

Ou, como este que ora vos escreve, de uma legítima cachacinha de alambique.

FESTA DE ARROMBA

Uma festa de confratenização realizada na Usemi mostra a quantas andas a falta de segurança em Itabuna.

Enquanto as pessoas festejavam lá dentro, os ladrões se esbaldavam cá fora.

Pelo menos seis carros foram arrombados, sem que ao menos um policial passasse pelo local, que fica a menos de 500 metros do Batalhão da PM.

Foi, literalmente, uma festa de arromba!

A CERVEJA NÃO É ESSA COCA COLA TODA, MAS O COMERCIAL…

Eu prefiro minha Bohemia e minha cachacinha de alambique, mas esse comercial da
Budweiser, veiculado durante a final do Super Bowl, nos EUA, é muito bom.
Mesmo em inglês, vale a pena conferir.

Um dia de fila (ou um dia de fúria?)


Em Itabuna, os relógios marcam cinco horas da manhã e os primeiros raios de sol anunciam um dia quente e abafado. O Rio Cachoeira exala o inconfundível cheiro de esgoto sem tratamento e os mendigos começam a desocupar as marquises, escadarias e calçadas onde passaram a noite.

Eventuais arrombadores se dirigem para casa, em busca do sono reparador após uma noite de “trabalho”. Moçoilas de fino trato, que exercem a mais antiga das profissões (essas, com dignidade, pois não surrupiam ninguém) também se preparam para o merecido descanso.

A cidade centenária começa a acordar.

E José da Silva, nome fictício, se prepara para ser personagem de fatos reais, repetitivos e irritantes.
José encara a primeira fila do dia. Há pelo menos um mês tenta marcar uma consulta médica com um especialista. Quando chega ao local, a fila já é imensa, teve gente que chegou na noite anterior.

Ele espera, espera, espera. Duas horas na fila.

Não consegue marcar a consulta. Vai ter que voltar outro dia, encarar outra fila.

Da central de (des)marcação de consultas, segue para o posto onde precisa tirar a segunda via de um documento.

Descobre que chegou tarde. Ainda assim, entra na fila imensa e espera outras três horas.

Inútil, acabaram as senhas bem na sua vez de ser atendido. Fica, de novo, para outro dia.

O sol forte faz da avenida do Cinqüentenário um caldeirão, em que camelôs disputam espaço com os pedestres e pedintes e, em algumas lojas, os clientes são chamados através de megafones, como em feiras livres das cidades mulambentas do interior.

José agora está numa agência bancária. Precisa de atendimento no caixa. Nova senha, nova fila e lá se vão mais de duas horas de espera. O atendimento propriamente dito, não leva nem três minutos.

Mas, pelo menos foi atendido.

Passa numa lotérica para pagar a conta de água e fazer uma “fezinha” na Mega Sena. Mais trinta minutos de fila. “Quem me dera ganhar sozinho”, pensa, enquanto sonha com as possibilidades da vida de rico.

Entre elas, a de não precisar encarar tanta fila.

E, por falar em fila, José decide dar uma passada rápida no supermercado do shopping e comprar algumas coisas, para fazer média com a esposa, a essa altura imaginando que o marido anda aprontando alguma coisa pela rua.

Rápida? No supermercado, encara mais uma hora de fila. E José ainda tem que empacotar os produtos que comprou por um preço nem tão bom assim.

Chega em casa a tempo de assistir no telejornal local uma matéria sobre a lei que determina o tempo máximo de espera nas filas.

Num acesso de fúria, atira um cinzeiro no aparelho de televisão.

Amanhã, terá que encarar a fila do conserto.

Ou a fila do pronto socorro, já que a esposa está com um jarro pesado apontado na direção de sua cabeça…

Quando o improvável tromba de frente com o impossível


Nylzo Marques Figueiredo, Lucimary Ribeiro, Gisele Souza, Jéssica Loriane Santos Ribeiro e Marimélia Belém.

Até a manhã do dia 8 de fevereiro de 2010, eles tinham sonhos, projetos de vida, histórias para contar.

Viviam a vida, com seus anseios, dificuldades, tristezas e alegrias.

Nylzo e Mariméia eram parentes.

Lucimary, Jéssica e Gisela eram amigas.

Nylzo e Mariméia seguiam de carro para Belmonte, onde moravam.

Lucimary, Jéssica e Gisela vinham do Rio de Janeiro e seguiam com destino a Salvador, onde pretendiam curtir aquele que é considerado o maior carnaval de rua do mundo.

Nylzo e Mariméia estavam a poucos quilômetros do aconchego de suas casas.

Lucimary, Jéssica e Gisela ainda viajariam mais de quatrocentos quilômetros até a cidade que escolheram para passar o carnaval.

Era absolutamente improvável, quase impossível, que os destinos de Nylzo e Mariméia fossem algum dia se cruzar com os destinos de Lucimary, Jéssica e Gisela.

Pois eles não apenas se cruzaram como, literalmente, se trombaram.

E se trombaram numa curva da BR 101 entre Camacan e Belmonte, quando os veículos em que eles viajavam bateram de frente.

O impacto foi tamanho que os dois carros se transformaram num monte de ferro retorcido.

Nylzo, Mariméia, Lucimary, Jéssica e Gisela se tornaram as mais novas vítimas de uma estatística macabra: as mortes em série nas estradas que cortam o Sul da Bahia, não raro frutos de uma imprudência desmedida ao volante.

A BR 101 e a BA 415 convivem com uma rotina de sangue e dor, em acidentes que se repetem com uma freqüência assustadora.

Um fenômeno que, diga-se, é nacional e faz do Brasil um dos países em que a violência do transito mais mata e invalida pessoas no mundo.

Parece que de nada adianta a fiscalização (frágil, é verdade) e para nada servem as campanhas educativas, pois os acidentes continuam ocorrendo numa proporção assustadora e as demonstrações de imprudências são visíveis para qualquer pessoa que trafega pela BR 101 e pela BA 415.

O carnaval vem ai, com a elevação do consumo de álcool e as noites mal dormidas.

Sinal de alerta nas rodovias, em que essa combinação costuma produzir mais acidentes e ceifar mais vidas.

Por que, em se tratando das rodovias, nem sempre se pode atribuir ao acaso a trombada do improvável com o impossível.

Um pouco mais de cuidado, prudência e respeito às leis do trânsito faria com que essa trombada entrasse para a categoria do evitável.

Poupando vidas, vidas e mais vidas.





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