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Monumento é inaugurado em comemoração à canonização de Santa Dulce dos Pobres
Nesta sexta-feira (13), no Santuário Santa Dulce dos Pobres, no Largo de Roma, o Governo do Estado da Bahia inaugurou um novo monumento em homenagem a Irmã Dulce, a primeira santa nascida no Brasil. A cerimônia, parte da programação de comemoração aos quatro anos de sua canonização, contou com a presença do vice-governador Geraldo Junior e foi promovida pela Secretaria de Turismo (Setur-BA) como tributo a esta importante figura religiosa e filantrópica.
“Esta homenagem à Santa Dulce é um marco da fé e da solidariedade que essa mulher extraordinária representou para o povo baiano e brasileiro. Celebrar a canonização de Irmã Dulce no local onde ela dedicou sua vida aos necessitados é um ato de profunda reverência. Seu legado de amor ao próximo e serviço desinteressado será uma inspiração constante para todos nós”, afirma Geraldo Junior.
Hospital de Base de Itabuna faz o pagamento do piso da enfermagem
O Hospital de Base Luís Eduardo Magalhães, instituição administrada pela Fundação de Atenção à Saúde de Itabuna (FASI), realizou o pagamento do piso salarial dos profissionais de enfermagem. Ao todo, 356 colaboradores contratados e 46 efetivos entre enfermeiros, técnicos e auxiliares de enfermagem, receberam os valores retroativos de maio a agosto.
O diretor-presidente da FASI, Roberto Pacheco Jr., e o diretor-administrativo- financeiro, Vladson Cruz, comemoraram a vitória da categoria e destacaram a importância desses profissionais para a unidade hospitalar.
“O prefeito Augusto Castro firmou o seu compromisso e pagou o piso da categoria. Parabenizamos a todos os profissionais da enfermagem que são essenciais para a área da saúde no Brasil”, declarou Roberto Jr. A enfermeira do Pronto-Socorro, Débora Bispo, expressou sua alegria pela conquista. “É uma satisfação a gente receber essa parte do complemento. De tantas lutas que a enfermagem vem tendo, essa é uma vitória que deixou todo mundo feliz”, comentou.
Escritoras de Ilhéus participam da Bienal do Livro de Pernambuco
As escritoras ilheenses Elisa Oliveira, Luh Oliveira e Fabiana Valéria estão presentes na Bienal do Livro de Pernambuco, a maior do Nordeste. O evento vai de 5 a 15 de outubro, no Centro de Convenções, em Olinda. Elisa e Luh Oliveira idealizaram e organizaram um clube de escritores, no estande Vixi Bahia Literária – 100% baiano – com o objetivo de engajar e promover a literatura baiana.
As escritoras estão participando da bienal com um acervo de mais de 50 títulos de autores baianos. “Estar numa Bienal é favorecer encontros e parcerias com escritores, editoras, gráficas, ilustradores e leitores. A troca de experiência é fundamental para o crescimento profissional”, explica Luh Oliveira.
Nasce bebê de gestante atendida no 1º Mutirão voltado para Mulheres e Crianças das Comunidades Tupinambá
Poucas horas depois do atendimento médico que recebeu no 1º Mutirão voltado para Mulheres e Crianças das Comunidades Tupinambá, onde realizou exames de pré-natal e ultrassonografia, a indígena Lucimeire Soares dos Reis, de 35 anos, deu entrada no Hospital Materno-Infantil Dr. Joaquim Sampaio, unidade onde nasceu o pequeno Raixavier. No mutirão, os exames apresentaram uma condição de normalidade para uma gestação de 37 semanas, mas havia uma alerta para a possibilidade de o parto acontecer nos próximos dias.
Lucimeire mora na aldeia Abaeté. São cerca de 2 horas de trajeto até a sede do município. Ela começou a sentir dores na coluna. Acionou a agente de saúde indígena. O carro transportou a paciente e ela foi internada na unidade de emergência obstétrica do HMIJS. Por volta das 2 horas da tarde de ontem, Raixavier nasceu com 3,845 kg e 48 cm. Ele é filho de Lucimeire com o indígena José Gomes, da aldeia Tamandaré. Ambos são da etnia Tupinambá. Hoje cedo Raixavier recebeu as primeiras doses das vacinas BCG e HB que, no Materno-Infantil, são aplicadas ainda no leito hospitalar.
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Com elementos lúdicos, Governo lança campanha e chama atenção para o combate à exploração sexual e trabalho infantil
O Governo da Bahia lançou, nesta semana, mais uma campanha de conscientização para o combate à exploração sexual e trabalho infantil. O objetivo é alertar a população baiana para essa dura realidade que acontece em todo o país, e incentivar os registros de denúncia, já que muitos casos ainda são subnotificados devido ao medo, à falta de informação e ao grande tabu que o assunto representa para a sociedade.
“É, sem dúvidas, uma mobilização importante no propósito de contribuir para o enfrentamento à violação de direitos das nossas crianças e adolescentes, destacando a importância da denúncia. O Governo do Estado volta seu olhar para esta pauta, tem investido em diversas ações de comunicação e, principalmente, no cofinanciamento de serviços especializados para o público vítima destas violências, através do Sistema Único de Assistência Social (SUAS)”, ressaltou a secretária de Assistência e Desenvolvimento Social, Fabya Reis.
Para tratar desse tema sensível, a campanha, executada pela agência Leiaute, utiliza artifícios e elementos lúdicos para chamar atenção de adultos e crianças. Mobiliários interativos simulando uma caixa de brinquedo estão sendo instalados em pontos de ônibus localizados em lugares de grande circulação, além do metrô, terminais rodoviários e em grandes shoppings de Salvador, que também entraram como apoiadores da causa, junto com a Amora Brinquedos, que produziu a boneca Lulu em diversas escalas.
O racismo que nos corrói
André Curvello
Quando, há alguns dias, chamei o encanador para trocar o chuveiro quebrado no meu banheiro, não imaginava que aquela simples visita me provocaria uma profunda reflexão sobre o racismo no Brasil. Eu havia comprado um chuveiro novo, mas o encanador, com seu jeito calmo e experiente, me olhou e disse: “Esse chuveiro antigo ainda funciona, só precisa de um reparo. Por que não o colocamos no quarto de empregada?”
A menção ao “quarto de empregada” foi como um soco no estômago. É uma expressão que usamos comumente, mas que esconde décadas de desigualdade, racismo e exploração. Afinal, o que são esses quartos senão cubículos muitas vezes sem ventilação, criados para manter as empregadas domésticas sempre disponíveis para os patrões, mesmo durante a madrugada?
Fiquei ali, parado, enquanto o encanador começava a trabalhar. Minha mente vagou por um Brasil que ainda carrega o pesado fardo do racismo. Mesmo no século 21, o legado da escravidão permanece, e os negros continuam enfrentando dificuldades para acessar os serviços públicos ou espaços privados, além de serem relegados aos piores empregos e posições na sociedade. Ainda são desrespeitados, violentados e, muitas vezes, ignorados como cidadãos.
Refleti sobre as palavras do filósofo e atual ministro dos Direitos Humanos Sílvio Almeida sobre o racismo estrutural. O racismo persiste de forma insidiosa na sociedade, atuando silenciosamente, negando aos negros um lugar de igualdade. Somos parte desse sistema racista. Reconhecer o próprio racismo é o primeiro passo para deixar de ser racista. Negar isso é perpetuar o problema.
Também aprendi sobre o conceito do “pacto da branquitude”, conforme definido por Cida Bento. Ela argumenta que os brancos, muitas vezes sem intenção explícita, contribuem para reduzir os espaços e oportunidades dos negros no mercado de trabalho e na vida em geral. São ideias desconfortáveis, que incomodam muito, mas que sei que são verdadeiras.
E como não lembrar da falácia da meritocracia, que muitos usam como pretexto para inviabilizar uma existência digna para mulheres e homens negros? A meritocracia só seria um sistema justo se todos começassem em condições iguais, o que nunca foi o caso. Os negros nunca tiveram as mesmas oportunidades que os brancos, e o legado da escravidão ainda pesa sobre eles. Portanto, as medidas de reparação são não apenas importantes, mas cruciais para reduzir as desigualdades e garantir a verdadeira cidadania a todos.
Enquanto o encanador finalizava o reparo no chuveiro, eu olhei para o passado próximo onde existiam anúncios como “apartamento com dependência de empregada” ou frases como “você paga salário mínimo para sua empregada?” Humilde, o encanador branco é mais um trabalhador que não se dá conta do racismo que corrói a nossa vida e representa uma mancha vergonhosa em nossa história.
Sempre que posso, abordo essas questões com meus filhos e é com satisfação que percebo que se tornaram pessoas menos racistas do que fui na idade deles. Ainda há muito a ser feito, porém acredito que a nova geração dá passos certeiros rumo a uma nova consciência.
O Brasil, um país tão rico em diversidade, não pode mais se dar ao luxo de ignorar o racismo que o corrompe.
Quero aprender sempre, lutar contra minhas limitações e pensamentos ainda contaminados pelo preconceito, e fazer a minha parte na construção de um Brasil mais justo, onde todos, independentemente da cor da pele, possam viver com dignidade e igualdade.
Santa Casa de Itabuna participa de estudo internacional sobre o Câncer de Bexiga
O Centro de Pesquisas Clínicas da Santa Casa de Itabuna está participando de um estudo internacional sobre o tratamento do câncer de bexiga. A pesquisa para avaliar o paciente com a doença e encontrar o melhor tratamento com uso de fármacos alternativos é realizada em 199 centros investigativos de 14 países.
Conduzido pelo médico oncologista Eduardo Kowalski Neto, com colaboração do farmacêutico Bruno Setenta, o denominado “Estudo de Biomarcadores para Identificar Participantes com Câncer Urotelial e Aberrações no Gene do Receptor do Fator de Crescimento de Fibroblastos” contou com a participação de 11 pacientes em tratamento na Unidade de Quimioterapia da Santa Casa de Itabuna.
Realizada no período de 1º de agosto de 2019 a 19 de setembro de 2022, a primeira etapa do estudo clínico internacional foi aprovada no 13 de abril deste ano. A segunda etapa da pequisa consiste no acompanhamento do estado clínico do paciente e manutenção do tratamento ofertado no período.
MAIS UMA OPÇÃO DE TRATAMENTO
Mutirão do Hospital Materno-Infantil para os Tupinambá teve recorde de atendimentos
O Porancy, o ritual com danças e orações, homenagem típica dos Tupinambá para pedir proteção aos deuses, deu boas-vindas, no início da manhã de ontem (8), aos mais de 100 voluntários do Hospital Materno-Infantil Dr. Joaquim Sampaio, na Escola Tupinambá de Olivença, zona rural de Sapucaeira, em Ilhéus. Foi neste ambiente acolhedor, cheio de tradição, cultura e de história, que profissionais do hospital, estudantes de medicina da Faculdade Afya – que fazem internato do HMIJS – equipes do Distrito Sanitário Especial Indígena (DSEI), com apoio da Secretaria Estadual da Saúde, realizaram o 1º Mutirão voltado para Mulheres e Crianças das Comunidades Tupinambá.
Foram mais de oito horas de atendimentos nas especialidades de pediatria, obstetrícia, ginecologia e triagem para marcação de cirurgias eletivas pediátricas. Exames de ultrassonografia foram disponibilizados e os laudos emitidos logo após a consulta. O mutirão também ofereceu vacinas, testes de glicemia, inserção de DIU, exames preventivos e aferição de pressão arterial. “Pela primeira vez um hospital se propõe a vir onde vivemos para atender o nosso povo”, elogiou o Cacique Akuã, presidente do Conselho local de Saúde. “O que estamos vendo aqui são as pessoas sorrindo, com saúde e atendimento”, destacou o Cacique Gildo. A escolha da direção do hospital pela Escola Tupinambá é que ela fica em uma área central de diversas comunidades indígenas. Levantamento parcial aponta que, durante o mutirão, foram realizados cerca de 500 consultas e procedimentos.