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Daniel Thame, jornalista no Sul da Bahia, com experiência em radio, tevê, jornal, assessoria de imprensa e marketing político danielthame@gmail.com

abril 2024
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:: ‘tortura’

Nunca mais. Nunca mais, mesmo!

 

lembrar sempre, pra não esquecer nunca

CARLOS ALEXANDRE AZEVEDO (1972-2013)
Morrer aos poucos

Por Luciano Martins Costa, do OBSERVATÓRIO DA IMPRENSA

O técnico de computadores Carlos Alexandre Azevedo morreu no sábado (16/2), após ingerir uma quantidade excessiva de medicamentos. Ele sofria de depressão e apresentava quadro crônico de fobia social. Era filho do jornalista e doutor em Ciências Políticas Dermi Azevedo, que foi, entre outras atividades, repórter da Folha de S. Paulo.

Ao 40 anos, Carlos Azevedo pôs fim a uma vida atormentada, dois meses após seu pai ter publicado um livro de memórias no qual relata sua participação na resistência contra a ditadura militar. “Travessias torturadas” é o título do livro, e bem poderia ser também o título de um desses obituários em estilo literário que a Folha de S.Paulo costuma publicar. Carlos Alexandre Azevedo foi provavelmente a vítima mais jovem a ser submetida a violência por parte dos agentes da ditadura.

Ele tinha apenas um ano e oito meses quando foi arrancado de sua casa e torturado na sede do Dops paulista. Foi submetido a choques elétricos e outros sofrimentos.Seus pais, Dermi e a pedagoga Darcy Andozia Azevedo, eram acusados de dar guarida a militantes de esquerda, principalmente aos integrantes da ala progressista da igreja católica.

Dermi já estava preso na madrugada do dia 14 de janeiro de 1974, quando a equipe do delegado Sérgio Paranhos Fleury chegou à casa onde Darcy estava abrigada, em São Bernardo do Campo, levando o bebê, que havia sido retirado da residência da família. Ela havia saído em busca de ajuda para libertar o marido. Os policiais derrubaram a porta e um deles, irritado com o choro do menino, que ainda não havia sido alimentado, atirou-o ao chão, provocando ferimentos em sua cabeça.

Com a prisão de Darcy, também o bebê foi levado ao Dops, onde chegou a ser torturado com pancadas e choques elétricos. Depois de ganhar a liberdade, a família mudou várias vezes de cidade, em busca de um recomeço. Dermi e Darcy conseguiram retomar a vida e tiveram outros três filhos, mas Carlos Alexandre nunca se recuperou.

Aos 37 anos, teve reconhecida sua condição de vítima da ditadura e recebeu uma indenização, mas nunca pôde trabalhar regularmente. Aprendeu a lidar com computadores, mas vivia atormentado pelo trauma. Ainda menino, segundo relato da família, sofria alucinações nas quais ouvia o som dos trens que trafegavam na linha ferroviária atrás da sede do Dops.

Para não esquecer. O jornalista Dermi Azevedo poderia ser lembrado pelas redações dos jornais no meio das especulações sobre a renúncia do papa Bento 16. Ele é especialista em Relações Internacionais, autor de um estudo sobre a política externa do Vaticano, e doutor em Ciência Política com uma tese sobre igreja e democracia.

Poderia também ser uma fonte para a imprensa sobre a questão dos direitos humanos, à qual se dedicou durante quase toda sua vida, tendo atuado em entidades civis e organismos oficiais. Mas seu testemunho como vítima da violência do Estado autoritário é a história que precisa ser contada, principalmente quando a falta de memória da sociedade brasileira estimula um grupo de jovens a recriar a Arena, o arremedo de partido político com o qual a ditadura tentou se legitimar.

A morte de Carlos Alexandre é a coroa de espinhos numa vida de dores insuperáveis, e talvez a imposição de tortura a um bebê tenha sido o ponto mais degradante no histórico de crimes dos agentes do Dops.

A imprensa não costuma dar divulgação a casos de suicídio, por uma série controversa de motivos. No entanto, a morte de Carlos Alexandre Azevedo suplanta todos esses argumentos. Os amigos, conhecidos e ex-colegas de Dermi Azevedo foram informados da morte de seu filho pelas redes sociais, por meio de uma nota na qual o jornalista expressa como pode sua dor.

A imprensa poderia lhe fazer alguma justiça. Por exemplo, identificando os integrantes da equipe que na noite de 13 de janeiro de 1974 saiu à caça da família Azevedo. Contar que Dermi, Darcy e seu filho foram presos porque os agentes encontraram em sua casa um livro intitulado “Educação moral e cívica e escalada fascista no Brasil”, coordenado pela educadora Maria Nilde Mascellani.

Era um estudo encomendado pelo Conselho Mundial de Igrejas. Contando histórias como essa, a imprensa poderia oferecer um pouco de luz para os alienados que ainda usam as redes sociais para pedir a volta da ditadura.

Dilma revela os horrores da tortura nos porões da Ditadura Militar

esquecer, jamais!

A presidente Dilma Rousseff foi colocada no pau de arara, apanhou de palmatória, levou choques e socos que causaram problemas graves na sua arcada dentária durante as torturas que sofreu na ditadura, segundo revelam os jornais “O Estado de Minas” e “Correio Braziliense”.

Ambos periódicos reproduzem uma entrevista de Dilma ao Conselho de Direitos Humanos de Minas Gerais concedida em 2001, na qual narra as torturas que sofreu entre 1970 e 1973, quando foi detida e condenada por um tribunal militar como militante de um grupo de esquerda que lutava contra o regime militar.

No depoimento, a chefe de Estado disse que às vezes não sabia se os interrogatórios “de longa duração” aconteciam de dia ou de noite.

Os torturadores costumavam amarrá-la de cabeça para baixo para depois aplicar cargas elétricas, um método de tortura que “não deixa rastro, só te mina”, segundo as palavras da presidente.

“O estresse é feroz, inimaginável. Descobri, pela primeira vez, que estava sozinha. Encarei a morte e a solidão. Lembro-me do medo quando minha pele tremeu. Tem um lado que marca a gente pelo resto da vida”, afirmou Dilma.

Essas sessões de torturas foram realizadas no Destacamento de Operações de Informações – Centro de Operações de Defesa Interna (DOI-CODI) de São Paulo, e também em uma prisão da cidade de Juiz de Fora, em Minas Gerais. (do Uol)

Diplomata de Gana vem apurar denuncia de tortura em navio de cacau em Ilhéus

A embaixada da republica de Gana em Brasília  enviará a Ilhéus na próxima  segunda feira dia 23 de abril , John Caleb Amoah, que faz parte do corpo diplomático, para acompanhar as investigações sobre as denuncias de torturas praticadas pela tripulação do navio, que em dois ganeses  Ganeses que estavam embarcados clandestinamente.

O navio, carregado de cacau, saiu da Costa do Marfim para descarregar no Porto de Ilhéus,  para a multinacional Cargill Agrícola..

EMBAIXADA DE GANA APURA TORTURA EM NAVIO DE CACAU EM ILHÉUS

A embaixada da República de Gana em Brasilia  enviará a Ilhéus nos próximos dias um representante para investigar as denuncias de  torturas sofridas por dois  africanos de Gana ao chegarem ao porto de Ilhéus, na Bahia no ultimo dia 23 de março de 2012. Os ganeses viajaram como clandestinos num navio carregado de cacau vindo da Costa do Marfim.
A agressão foi presenciada pelos portuários e  marinheiros que se encontravam ao lado do navio. Os dois  africanos ainda continuam sobre a custodia da Policia Federal em local não divulgado.

AFRICANOS CLANDESTINOS SÃO TORTURADOS EM NAVIO DE CACAU ANCORADO EM ILHÉUS

Um funcionário do Porto Internacional do Malhado, em Ilhéus, filmou parte da tripulação de um navio cargueiro praticando o que aparenta ser tortura contra um dos três cidadãos de Gana que viajaram clandestinamente até o Brasil. O navio partiu da Costa do Marfim com carga de cacau. A tortura ocorre enquanto os ganeses aguardam procedimentos para serem deportados. O caso está sendo investigado pela Polícia Federal. A carta de cacau é destinada aos parques de moagem da Cargill, ADM e Barry Calebaut, em Ilhéus, e Delfi Cacau, em Itabuna, segundo o presidente do sindicato dos trabalhadores das indústrias moageiras, o Sindicacau, Luiz Fernandes. De acordo com o Pimenta na Muqueca, Fernandes solicitou apuração rigorosa das denúncias de tortura e maus-tratos. O navio está atracada desde o dia 20 em Ilhéus, mas somente na sexta, 23, a polícia foi comunicada da presença de clandestinos africanos no navio. Confira o vídeo gravado na sexta, 23, no Porto de Ilhéus.

PLAZA DE MAYO-ARAGUAIA, SEM ESCALAS

Plaza de Mayo, Argentina. Lembrar sempre, para não esquecer nunca (foto Sarah Thame)

O movimento das mães da Plaza de Mayo, em Buenos Aires, na Argentina, é um dos símbolos da indignação contra a brutalidade das ditaduras militares que se instalaram não apenas na Argentina, mas em todo o Cone Sul, nos sombrios anos 60-70, o Brasil incluído.

 

Há décadas as mães da Plaza de Mayo choram não apenas por Justiça, mas por um fiapo dos corpos dos filhos desaparecidos durante a ditadura.

 

O mesmo sentimento que move as famílias dos militantes mortos durante a guerrilha do Araguaia,  onde o Exército adotou como prática o assassinato e ocultamento dos corpos.

 

Mães, pais, irmãos, esposos, esposas, amigas até hoje sofrem a dor de não saber o destino de entes queridos ou se ao menos poder conceder um sepultamento digno a quem deu a vida lutando pela liberdade. É o caso do médico gaucho João Carlos Hass sobrinho, o dr. Juca, assassinado pelos militares no Araguaia, cujos restos mortais não foram localizados até hoje.

 

Plaza de Mayo, Araguaia. Lembrar sempre, para não esquecer nunca.

 





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