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Daniel Thame, jornalista no Sul da Bahia, com experiência em radio, tevê, jornal, assessoria de imprensa e marketing político danielthame@gmail.com

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:: ‘povo brasileiro’

Os homens que não vão à janela não vêem

brasilia

Fernando Brito, no Tijalaço

Vejo as fotos da marcha em favor do registro da candidatura Lula no Facebook – pois os jornais não se dignam a registrar, salvo por alguma desgraça que aconteça por ali.

Gente, muita gente, a serpentear sobre a grama seca de uma Brasília seca, onde esta época anda-se com uma garrafinha d’água que imita os  odres e cantis os da Legião Estrangeira às beiradas do Saara.

Em geral, os saúdam, dizem ter vontade de estar ali com eles, lamentam não poderem ir.

Outros, porém, cheios de ódio, têm um argumento-padrão: é dia de semana, deveriam estar trabalhando e são, portanto, “mortadelas”, “vagabundos”, etc…

Curioso, em pleno horário comercial, dedicam-se a xeretar as publicações alheias e não à dura labuta de serem, como dizem, os que trabalham e carregam o país às costas, com seus impostos.

Volto a quem importa, aos que desfilam sua pobreza e sua esperança diante dos palácios dos senhores bem-postos, que não saem à rua numa cidade sem esquina e cheias de garagens privativas, nos subsolos.

Eles deveriam ser invisíveis – e em parte o são, porque só a outros a TV multiplica a presença, com transmissões “ao vivo” e o tradicional “famílias inteiras enchem a Avenida Paulista”.

Quando aparecem, são ofensivos, são marginais, são desocupados. São tratados nestes dias com a brutalidade com que os tratam todos os dias.

Deveriam estar nas fábricas, nas lavouras, nos escritórios, onde só, há tempos, se demite.

Deveriam estar quietos na calçada, como camelôs e indigentes, aproveitando a tranquilidade dos momentos em que o “rapa” e a “assistência social”, com seus jatos d’água, estão no almoço.

Aliás, eles próprios deveriam estar almoçando e quem sabe o farão, em barracas, com pratos esticados para pegar a gororoba com que, certamente, “os estão corrompendo”, enquanto o filé da Fiesp para o MBL é uma digna “cortesia”.

Os homens do poder não chegam à janela para ver os pobres senão com medo, medo e asco.

Um velho amigo envia-me um texto do escritor moçambicano Mia Couto:

A maior desgraça de uma nação pobre é que, em vez de produzir riqueza, produz ricos. Mas ricos sem riqueza. Na realidade, melhor seria chamá-los não de ricos mas de endinheirados. Rico é quem possui meios de produção. Rico é quem gera dinheiro e dá emprego. Endinheirado é quem simplesmente tem dinheiro. Ou que pensa que tem. Porque, na realidade, o dinheiro é que o tem a ele.

Mas eles têm outras coisas. Têm a lei, que é lida com os olhos dos endinheirados que a aplicam. Têm os políticos, eleitos pelo dinheiro. Têm os sábios homens da imprensa, que querem estar nos mesmos salões, nos mesmos restaurantes, nos mesmos mundos que eles e não serem Emile Zola ou John Reed e partilharem a poeira dos fatos para saber e sentir como os fatos são.

Eles não vão às janelas, mas o mundo, lá fora, continua a existir, quente, empoeirado e seco, embora não o respirem.

Como não respiram o sentimento daquela gente e de milhões de gentes que, por toda a parte, teimam em resistir com Lula, como a vegetação do cerrado resiste à seca e ao ódio.

Não conseguem ver que só existem procissões quando existem mártires, que só existem mártires quando se praticam injustiças e que só existem injustiças quando não nos reconhecemos como iguais.

Algo que jamais admitirão que aquela gente rota, de pele crestada pelo sol e de rosto curtido pela dureza da vida é igual, senão melhor, do que eles próprios.

Afinal, aqueles não têm nada e querem só um pouco. E eles têm, como sempre tiveram, muito, mas não abrem mão de ter tudo para si.

Não existe um Povo Brasileiro!

Odilon Camargo

sonioTenho escutado e lido muito nas últimas décadas a expressão “povo brasileiro”, “… o povo brasileiro é isso, é aquilo. Vamos organizar a linguagem: Nunca existiu um povo brasileiro. O que existe é um público consumidor, hoje estimado em pouco mais de duzentos milhões de pessoas. Consumidores de dominação e invasão cultural, escravidão e colonização mental interna e externa, fantoches de todas as ‘emissoras’ de rádio e televisão do “país”.

Desde Chateaubriand, desde Machado de Assis e José de Alencar e Chiquinha Gonzaga, desde os Capitães Hereditários, desde Pero Vaz de Caminha e Caramuru, o Diogo Álvares e sua Catarina Paraguaçu. Por isso, jamais se pode afirmar que “o brasileiro é um povo alienado”, como tem sido insistentemente repetido tanto nas mesas de botecos quanto nos artigos publicados na imprensa e na internet e, é claro, pronunciado pelas bocas dos responsáveis por esta suposta alienação. Não há povo brasileiro, portanto não há povo alienado.

O que há é um povo baiano, um povo goiano, gaúcho, cearense, paulista, carioca, paraense, mineiro etc. E tudo isso com rigorosas limitações. Na verdade somos 27 “povos” – Estados e DF – que se subdividem em tantos outros sotaques, costumes e linguagens. Nenhuma ‘unidade nacional’. Isso é balela. Isso está apenas no papel, no papel das leis que prendem, matam e arrebentam qualquer pobre coitado que se arrisque a discordar… no papel onde está escrita porém nunca praticada a Constituição de 1988, todos os dias rasgada em todo o supostamente “território nacional”.

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Papa Francisco se entrega ao calor do povo brasileiro

O primeiro dia do papa Francisco no Brasil foi marcado por sua simpatia, atenção e seu cuidado com os fiéis. Falando em um português claro, ele abençoou a todos e disse que “bota fé nos jovens”, usando uma expressão informal. Antes, o papa fez questão de estar o mais perto o possível das pessoas que se aglomeraram nas ruas do Rio para vê-lo.

A bordo do avião, no caminho para o Brasil, Francisco, que nasceu na Argentina, brincou indiretamente com a disputa que envolve brasileiros e argentinos. Bem-humorado, ele lembrou que no Brasil dizem que Deus é brasileiro, permitindo assim que o papa seja de outra nacionalidade.

Com o vidro do carro aberto, Francisco se deixou ser visto e muitos que conseguiram vencer o bloqueio dos seguranças chegaram  perto dele. Sorridente, o papa acenou, cumprimentou e beijou crianças, inclusive um bebê  de colo. A emoção dos fiéis foi retribuída por ele com sorrisos e respeito.

No papamóvel, Francisco ficou de pé o tempo todo e sorriu quase todo o tempo. Acostumados com o estilo do papa, os seguranças que o acompanham atendiam quando ele queria que o carro reduzisse a  velocidade  para que pudesse chegar mais perto das pessoas.

Um torcedor do Fluminense conseguiu chegar perto do papa e presenteá-lo com uma camisa do time. Apaixonado por futebol, Francisco, que é torcedor do San Lorenzo e disse com orgulho, em várias ocasiões, que guarda uma foto vestido com a camisa do time argentino, agradeceu o presente.

Após a cerimônia oficial de boas-vindas ao papa Francisco, que chegou hoje ao Rio para participar da Jornada Mundial da Juventude, a presidenta Dilma Rousseff teve uma reunião privada com o pontífice, que durou cerca de 15 minutos.(da Agencia Brasil)





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