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Daniel Thame, jornalista no Sul da Bahia, com experiência em radio, tevê, jornal, assessoria de imprensa e marketing político danielthame@gmail.com

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:: ‘Marco Wense’

O outro lado dos protestos

                                                                                                       Marco Wense

Só os insanos e inconsequentes torcem pelo “quanto pior, melhor”, como faz o senador Aloysio Nunes (PSDB), vice de Aécio Neves na última eleição presidencial.

“Quero ver a Dilma sangrar”, diz o tucano sem nenhum constrangimento, verberando com exaltada satisfação, feliz da vida com as palavras, gestos, opiniões e atitudes vampirescas.

Os protestos contra o governo Dilma são assegurados e protegidos pela Constituição Federal. O que é inaceitável é a incitação ao crime e os xingamentos incivilizados dirigidos à nossa presidenta.

O povo, os políticos de oposição, os que pregam o retorno dos militares e os defensores do impeachment têm todo o direito de protestar, desde que pacificamente, sem armas, como preceitua o art. 5°, inciso XVI da Carta Magna.

A aposentada juíza do TJBA, a sempre simpática Sônia Maron, tem razão quando diz que “o Brasil não é uma capitania hereditária do partido que elegeu o chefe do Executivo de um dos poderes”.

dilma brasil 13Mas não pode ser um Brasil de uma oposição raivosa, que, aos gritos, aos berros, chama a maior autoridade do país de “vaca” e “vagabunda”, como aconteceu recentemente em São Paulo.

O mais engraçado é o silêncio, a complacência em torno do que provocou toda essa roubalheira do dinheiro público, sem dúvida o financiamento empresarial de campanhas políticas.

O ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF), pediu vista na Ação Direta de Inconstitucionalidade contra o toma-lá-dá-cá. A eficaz e imprescindível Adin, proposta pelo Conselho Federal da Ordem dos Advogados, continua engavetada, empoeirada, fora da pauta. São quase 365 dias de “esquecimento”.

A ladainha sobre a maléfica influência do dinheiro no processo eleitoral é de priscas eras. Todo presidenciável promete dar fim, mas depois de eleito foge da discussão como o diabo da cruz.

Veja o que disse o então candidato Juscelino Kubitschek de Oliveira em 11 de fevereiro de 1954: “Pretendo, se eleito presidente da República, propor uma reforma da Constituição, de modo a abolir a violência trazida no predomínio do dinheiro nas eleições”.

Se fosse um protesto para acabar com a impunidade, para colocar os larápios da Petrobrás na cadeia, pedindo reforma política e o urgente julgamento da ação da OAB, eu seria o primeiro a comparecer.

Como sou contra o impeachment, a qualquer ruptura democrática, ao ódio, xingamentos e o retorno dos militares ao poder, prefiro ficar na minha modesta residência.

Que o legítimo movimento transcorra com paz e civilidade. E que os senhores políticos – obviamente os irresponsáveis – não coloquem mais lenha na fogueira.

Viva a democracia! Democracia, sim. Golpismo, não.

No mesmo barco

                                                                                                         * Marco Wense

marco wenseO PCdoB, especialista em reivindicar o candidato a vice na composição de chapa majoritária, sabe que o espaço de oposição ao governo Vane já é ocupado pelo PT e PSDB.

A única experiência com candidatura própria foi na sucessão de 1996 com Davidson Magalhães, que terminou sendo acusado pelos adversários de ser o “laranja” do também postulante Fernando Gomes.

Aliás, sobre essa injustiça que fizeram com Davidson, o então ACM dizia, se referindo ao comunista, que “lá em Itabuna tem um rapaz que vai nos ajudar”. Não deu outra: FG se elege.

Vieram outras sucessões: Luis Sena como vice de Renato Costa (PDT), a saudosa Conceição Benigno com Geraldo Simões (PT), novamente Sena com Juçara Feitosa (PT) e, agora, Wenceslau Júnior com Claudevane Leite (PRB).

O ano de 2015, mais especificamente o segundo semestre, será marcado por um duelo entre petistas e tucanos. Ou seja, uma disputa em torno de quem vai encarnar o oposicionismo tupiniquim na sucessão de 2016.

Quem melhor personificar, simbolizar o, digamos, antivanismo, terá mais possibilidade de suceder o atual alcaide. É bom lembrar que o chefe do Executivo tem um bom tempo para melhorar das pesquisas de opinião.

Já disse aqui que Geraldo Simões e Augusto Castro – os dois nomes mais fortes para 2016 – são 100% prefeituráveis, favas contadas nos seus partidos.

E o DEM? Só terá candidato se a opção da legenda mostrar viabilidade e força eleitoral para enfrentar o governismo e o petismo. Do contrário, é parceiro compulsório do PSDB indicando o vice de Castro.

Nos bastidores do tucanato, longe dos holofotes e do povão de Deus, o comentário é de que o preferido do pré-candidato Augusto Castro é o vereador demista Ronaldão.

A grande dúvida da sucessão é se o prefeito Claudevane Leite vai ou não disputar o segundo mandato. Esse enigma, cada vez mais empanado, deixa os meninos do PCdoB apreensivos.

Uma coisa é certa: não há como o PCdoB se desvincular do governo Vane e, muito menos, virar oposição. O caminho é torcer por uma reviravolta no campo político e administrativo.

Religiosamente, orar muito para que o barco de Vane, que é o mesmo do PCdoB e dos evangélicos, encontre pela frente um mar calmo, um mar de almirante.

Vane e a sucessão de 2016

* Marco Wense

marco wenseNem chegou 2015 e lá vem Marco Wense com 2016, é o que vou escutar durante toda semana no Café Pomar, tradicional ponto de encontro para o bate-papo político e o famoso cafezinho.

Se for um médico pediatra, que gosta de usar o palavreado da profissão no dia a dia, vai questionar a prematuridade da análise, que ela nasceu antes do tempo.

Alguns leitores vão buscar o ditado popular de que não se deve colocar a carroça na frente dos bois, que o artigo é intempestivo, consequência dos devaneios políticos do modesto colunista.

A discussão sobre a sucessão do prefeito Claudevane Leite (PRB) já é assunto obrigatório. E a maior dúvida é se o chefe do Executivo vai disputar o segundo mandato (reeleição).

Ora, ora, se está na boca do povo e a voz do povo é a voz de Deus – Vox Populi, Vox Dei –, então nada de precipitado e extemporâneo: o processo sucessório já começou.

A primeira legenda a colocar lenha na fogueira da sucessão é o PSDB do prefeiturável Augusto Castro. Pessoas bem próximas do tucano espalham que Vane não será candidato porque tem um acordo com o PCdoB.

São favas contadas a candidatura de Geraldo Simões pelo Partido dos Trabalhadores. O único petista com condições eleitorais para disputar o Centro Administrativo Firmino Alves.

O DEM de Maria Alice, ex-dama de ferro do ainda vivo fernandismo, tem a opção do médico Antonio Vieira, que não esconde a vontade, o esforço e a determinação de ser o candidato da legenda.

O presidente estadual do PDT, deputado Félix Júnior, não abre mão de candidatura própria. Dois nomes são citados nos bastidores da legenda brizolista: o do médico Antonio Mangabeira e do juiz Marcos Bandeira.

Tem Leninha Alcântara, a Leninha da Autoescola Regional. O problema é que a simpática postulante não sabe o que quer. É sempre hesitante, sem lado, politicamente sem rumo. É a Leninha versus Leninha.

O PMDB de Renato Costa, o PPS de Mariana Alcântara, o PTB do vereador Ruy Miscócio Machado e o PV do também edil Glebão não terão sequer pré-candidatos. São coadjuvantes.

O grande mistério é se Claudevane Leite vai disputar o segundo mandato. A decepção do alcaide com os políticos e a desilusão com a política são cada vez mais perceptíveis. Saltam aos olhos.

O chamado “núcleo duro” do vanismo, representado por Oton Matos, Marcos Cerqueira e Silas Alves, respectivamente controlador-geral, secretário de Finanças e chefe de gabinete, vem fracassando nas diversas tentativas de diminuir o PCdoB.

Geraldo Simões e Augusto Castro torcem para que o pega-pega entre comunistas e anticomunistas fique mais acirrado. Petistas e tucanos falam até em conflito com viés religioso.

Adianto aos assíduos clientes do Café Pomar, sempre ávidos e ansiosos por informações, que nem o próprio Vane sabe se será ou não candidato à reeleição. Pelo andar da carruagem, não.

Lobão e o ´Fora Dilma

                                                                                                         * Marco Wense

marco wenseQuem diria, hein! João Luiz Woerdenbag Filho, conhecido como Lobão, é o mais novo guru da direita brasileira. Uma espécie de guia espiritual.

A última manifestação pró-impeachment, na Avenida Paulista, em São Paulo, deixou o músico irritado, se achando um bobo da corte: “Cadê os parlamentares? Cadê o Aécio, o Caiado? Estou pagando de otário”.

Lobão passou a tarde toda procurando pelo ainda candidato Aécio Neves, que num vídeo postado convocava as pessoas a ir para a rua, dando a entender que ele seria o primeiro a chegar no “Fora Dilma”.

lobãoO jornalista Paulo Nogueira, diretor do diário Centro do Mundo, definiu bem a ausência do tucano-mor: “Se Lobão imaginou que Aécio gastaria uma tarde ensolarada de sábado para ir a um protesto, é mesmo um otário”.

O vocalista Tico Santa Cruz, da banda Detonautas, aconselhou Lobão a cair fora do golpismo: “Se liga… estão te deixando sozinho nessa. Já tem um monte de maluco pedindo intervenção militar e o negócio tá ficando estranho”.

Santa Cruz insinua que Lobão vai continuar como “otário” se teimar em ser o porta-voz do “Fora Dilma”: “Esses caras são bons de falar na internet, na hora de ir para as ruas ninguém aparece”.

Como não bastasse ser uma figura engraçada, até mesmo folclórica, Lobão, que já representa os engravatados da Avenida Paulista, corre o risco de ser o “Mané do impeachment”.

John Lennon, eterno

Composta pelo itabunense Marco Wense em 1980, musicaca em homenagem a Jonh Lennon, é interpretada pelo cantor Ébano.

Lá se vão 34 anos de morte do mais cerebral do Beatles.

Confira:

Marina e o governo Dilma

    * Marco Wense

marco wenseQuem tem crédito para criticar uma eventual “direitização” do governo Dilma é a ala do Partido dos Trabalhadores oxigenada pela ideologia como base da luta política.

Não é fácil para esse segmento do PT, defensor da agricultura familiar e da reforma agrária, aceitar uma Kátia Abreu como ministra da Agricultura e um Joaquim Levy como titular da Fazenda.

O governo assume o risco de perder o apoio de uma importante parcela do petismo, sem dúvida a mais fiel e aguerrida, como a do Movimento dos Trabalhadores Sem Terra, o MST.

Kátia Abreu é uma inconteste liderança dos agropecuaristas e pessoa de inteira confiança dos grandes latifundiários. Presidiu a Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil, que representa 27 federações estaduais, 2142 sindicatos rurais e mais de um milhão de produtores sindicalizados.

Em relação a Joaquim Levy, a ala esquerdista do PT diz que é “símbolo do neoliberalismo”, que é isso e aquilo, que é pupilo de Armínio Fraga, e usa até o argumento de que o economista teria votado em Aécio Neves.

A troça do senador Aécio de que “Levy na Fazenda é como se um grande quadro da CIA fosse comandar a KGB” foi considerada infeliz, descabida e inoportuna até pelos tucanos.

A chacota do mineirinho, cada vez mais adepto do “quanto pior, melhor”, do circo pegando fogo, não foi digerida nem pelo próprio Levy, que Aécio se diz amigo de priscas eras. Mui amigo.

Notem a expressão de pavor de Dilma

Notem a expressão de pavor de Dilma

A presidente Dilma Rousseff tem o apoio incondicional do PT transigente, que faz conceções, defensor da composição de forças como requisito indispensável para governar. A tal da governabilidade.

Quando questionada sobre Joaquim Levy e Kátia Abreu, a ambientalista Marina Silva prefere a saída da diplomacia e, diplomaticamente, sai pela tangente.

A postura de Marina seria outra se sua posição fosse de neutralidade no segundo turno presidencial. Teria mais autoridade, mais legitimidade para contestar medidas conservadoras e a “direitização” do governo.

O apoio de Marina ao candidato Aécio Neves (PSDB) tirou dela a condição de líder de uma oposição respeitada, diferente da que esquece que a presidente Dilma foi democraticamente e constitucionalmente reeleita.

Marina seria o contraponto da oposição raivosa, que não respeita as regras do jogo democrático, que arquiteta um “terceiro turno”, que defende o retorno dos militares. Uma oposição inspirada no golpismo lacerdista: Se ganhar, não toma posse. Se tomar posse, não governa.

Marina Silva deixou de ser a protagonista do oposicionismo para ser a coadjuvante. Deixou de ser presidenciável para ser a vice de Aécio na sucessão de 2018.

Previsão futurista

Que coisa, hein! Como se não bastassem os denunciados de hoje, tem também os do futuro. Parece brincadeira. Mas é a pura verdade.

Deu na coluna Painel da Folha: “O Palácio dos Bandeirantes estuda criar uma espécie de seguro para que os técnicos do governo que sejam citados em casos de suspeita de corrupção possam custear advogados”.

                               Cláudio Humberto

A prova inconteste de que o quesito imparcialidade não é fundamental no jornalismo político é o prêmio Engenho de Comunicação recebido por Cláudio Humberto.

Humberto é antipetista radical, assim como Paulo Henrique Amorim é antitucano ferrenho. É melhor ser parcial convicto do que imparcial camuflado.

 

Manoel Leal

  *Marco Wense

marco wenseLembro do saudoso Manoel Leal quando alguém vai direto ao assunto, sem evasivas e subterfúgios.

O fundador do semanário A Região, hoje sob a batuta do filho, o não menos polêmico e destemido Marcel Leal, não tergiversava frente a uma decisão, por mais complicada que fosse.

Essa semana, por exemplo, lembrei de Manoel Leal quando Silvio Santos deu um “não” a Rachel Sheperazade, jornalista, apresentadora e âncora do jornal SBT Brasil.

Rachel queria o aval do patrão para criticar a presidente Dilma Rousseff. Silvio Santos, sem titubear, disse: “Olhe, Raquel, se o Aécio tivesse vencido, tudo bem. Mas como a Dilma ganhou, é melhor você continuar calada”.

A paixão de Leal pelo jornalismo era indescritível. Dia de domingo não era dia de descanso, e sim de muito trabalho. Manoel Leal, muito feliz da vida, distribuía pessoalmente o jornal.

A sinceridade de Manoel Leal assustava. Escrevia o queria escrever, dizia o que queria dizer. “Manoel Leal nos ofereceu ensinamentos, nos ofereceu lições de coragem”, dizia o saudoso Eduardo Anunciação.

Anunciação, meu querido primo e amigo, parceiro no blog Política, Gente e Poder, tinha uma verdadeira admiração por Leal: “Foi o vinagre, fel para os poderosos, como foi o açúcar, vinho, o mel para os amigos”.

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Aécio, o oposto de Tancredo

Aécio Neves, derrotado por Dilma Rousseff na sucessão da própria Dilma, é neto do já falecido Tancredo Neves, eleito presidente do Brasil pelo famigerado Colégio Eleitoral (1985).

O tucano, que aparentava ser seguidor das regras democráticas, um conciliador como o avô, não consegue esconder sua torcida por um “terceiro turno”.

O ex-governador de Minas cospe na biografia do avô. O jornalista Sérgio Saraiva tem razão quando diz que “Aécio Neves, na encruzilhada da vida, entre Tancredo e FHC, fez a escolha errada”.

A linha golpista é a lacerdista: Se ganhar, não toma posse. Se tomar posse, não governa.

Aécio não tem nada do avô Tancredo, mas tudo do emplumado Fernando Henrique Cardoso, o mais exótico e narcisista do tucanato.

A mesma coisa

* Marco Wense

marco wenseQue coisa, hein! Nem mesmo a lição das urnas consegue mudar o discurso preconceituoso de algumas lideranças oposicionistas.

Veja, por exemplo, o que disse o senador Agripino Maia, presidente nacional do DEM, sobre o resultado da eleição: “O Brasil moderno, que produz, deu vitória a Aécio Neves”.

Pois é. Chega a ser até hilariante. Quer dizer que o Nordeste, os Estados de Minas e do Rio de Janeiro e outros que deram vitória a Dilma Rousseff são improdutivos? Só faltava esse besteirol para fechar a tampa do caixão.

Mais engraçado ainda é que Aécio Neves foi derrotado no Rio Grande do Norte, terra natal de Agripino. A diferença a favor da candidata do PT foi de 39,92 pontos percentuais.

E aí, caro leitor, não tem como deixar de fazer duas pertinentes perguntas: o Estado do nobre senador é atrasado, faz parte do Brasil velho? O povo de lá é desinformado, ignorante?

Com calma, senador!

 

Barba, cabelo e bigode

aecio carreiraA expressão popular “barba, cabelo e bigode” significa dizer que o serviço foi completo. Os partidos baianos de oposição ao DEM e ao PSDB fizeram a barba com Rui Costa, o bigode com Otto Alencar e o cabelo com a reeleição da presidente Dilma Rousseff.

Teve também os eleitores que perderam em tudo, votando em Marina Silva, Paulo Souto, Geddel Vieira Lima, Capitão Fábio e Azevedo. No segundo turno no tucano Aécio Neves.

Pé frio uma ova, como diria Luciana Genro. É pé congelado.

 

   O início da derrota

O candidato tucano Aécio Neves, do PSDB, partido do deputado estadual e prefeiturável Augusto Castro, começou a perder a eleição quando chamou a presidente da República, a candidata Dilma Rousseff de leviana.

Antes de chamar a candidata do PT de leviana, Aécio já tinha chamado Marina Silva de “metamorfose ambulante” e apontado o dedo para o rosto de Luciana Genro.

O outro desastre foi dizer que o insensível Armínio Fraga seria seu ministro da Fazenda. A pá de cal veio com a declaração do economista de que “o salário mínimo era muito alto no Brasil”.

Juntou uma coisa aqui, outra acolá, terminou dando o que deu: o tucanato novamente derrotado pelo PT.

Revolta

               * Marco Wense

marco wenseOlhe, caro leitor, com a maior sinceridade do mundo, eu nunca presenciei um esquema tão violento para prejudicar uma candidatura presidencial.

E vou direto ao assunto, fazendo uma pergunta: e se o doleiro Alberto Youssef disser, depois da eleição, que mentiu sobre sua denúncia de que Lula e Dilma sabiam do que estava acontecendo na Petrobras? E aí, como fica?

E se os milhões de eleitores de Dilma, todos pintados e com a faca atravessada na boca, resolveram ir para as ruas protestar?

Confesso que estou preocupado. A revolta vai ser incontrolável. Ninguém sabe o que pode acontecer.

Em tempo: o doleiro foi hospitalizado com suspeita de envenenamento.

Voto em Dilma

Marco Wense

marco wenseNo primeiro turno, a candidata Marina Silva (PSB) conseguiu convencer milhares de eleitores de que seria capaz de reverter a decrépita forma de fazer política.

A ambientalista precisava de um forte slogan para a campanha. E nada melhor do que uma antítese para criar o efeito desejado. Foi aí que apareceu a “nova política” versus velha política.

A empulhação marinista teve vida curta. Fatia considerável do eleitorado começou a desconfiar de que tudo não passava de um grande engodo.

A verdadeira Marina, aquela que empolgava, que lutava para legalizar a Rede, evaporou. Escafedeu-se. No seu lugar, a Marina Silva pragmática, subindo no palanque da família Bornhausen, fazendo discursos de acordo com as conveniências políticas. A Marina cheia de contradições.

O candidato do PSDB, Aécio Neves, não representa nada do que anda dizendo. Absolutamente nada. Mudar com Aécio Neves? Tenha santa paciência. É melhor acreditar na “história” da mulher de sete metros que perambulava pela rodovia Itabuna-Ilhéus.

Transcrevo para o leitor parte do artigo da sempre lúcida e inteligente Raquel Rolnik, professora da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da USP, sobre sua decisão de votar em Dilma no segundo turno.

dilma brasil“Há, sim, diferença entre Dilma e Aécio. Ela se situa em dois temas da maior importância: a política econômica e a forma de relacionamento com a luta social. Na economia, Dilma defende que o país vai crescer mais se a renda e o poder de consumo da população aumentar. Para isso, pratica aumento dos salários, distribuição de renda, controle dos juros e uma grande presença do Estado, investindo em infraestrutura e gastos sociais”.

“Aécio Neves, com seu projeto neoliberal, acredita que o mercado dá conta da totalidade da vida social. Cortando gastos públicos, reduzindo subsídios e aumentando os juros, o país vai atrair a confiança do capital financeiro e, assim, alavancar o crescimento econômico”.

“Essas diferenças têm repercussões na vida das pessoas que vão além do salário e da renda. Se o pressuposto – representado pela visão neoliberal de Aécio – é o de abrir mais um campo de exploração mercantil, então saneamento, habitação e transporte público não vão atender quem mais precisa, pois quem mais precisa não tem dinheiro para pagar sequer o custo do serviço. Dilma tanto sabe disso que aumentou exponencialmente os subsídios diretos nessas áreas”.

“Nos governos do PT, ilhas, brechas e espaços de interlocução foram abertos para dialogar com os setores mais excluídos da população: catadores, quilombolas, sem-terra, sem-teto e muitos outros. Se isso não foi capaz de reverter o centro das políticas, teve o efeito de apoiar experiências e afirmar a legitimidade da luta social e por direitos de cidadania plena no Brasil, ainda inconclusa. Já para o PSDB, governo deve ser território de tecnocratas e movimentos sociais são caso de polícia”.

“A radicalização da democracia exige mudanças. Tenho dúvidas se seremos capazes de fazê-las sob a liderança de Dilma, mas tenho certeza de que eleger Aécio é consolidar no poder os poderosos interesses que até agora têm impedido essas mudanças”.

A professora Raquel não poderia terminar o esclarecedor artigo sem dizer que vota em Dilma: “Por isso, meu voto no segundo turno é, sem dúvida, de Dilma Rousseff”.

O meu também. Dilma, lá!





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