:: ‘Mais Médicos’
Na Bahia, Dilma reafirma compromissos do PT e diz que “vem mais 10 anos por aí”.
(Bahia 247)A presidente proferiu discurso que encerrou as comemorações dos 10 anos de governo do PT e não decepcionou quem esperava posicionamento sobre as manifestações que continuam a acontecer em todo o país; “Tudo o que nós fizemos é apenas o começo. Nossa estratégia de desenvolvimento exige mais. Por isso podemos ter certeza de que mais dez anos virão”; sobre “a tão pleiteada, tão debatida e adiada reforma política”, Dilma responsabilizou o Congresso por ela não acontecer; a presidente também comentou os ataques da oposição quanto à instabilidade econômica e fez comparação com os antecessores do PT; “A verdade é que há exatamente dez anos a inflação está absolutamente sob controle no Brasil”
Com discurso longo e firme, a presidente Dilma Rousseff encerrou nesta quarta-feira em Salvador as comemorações dos 10 anos de governo do PT e não decepcionou quem esperava posicionamento sobre as manifestações populares que continuam a acontecer em todo o país.
“Queremos fazer mais e podemos fazer mais. Justamente porque fizemos o que está de melhor aí agora. Quem fez o que nós fizemos é capaz de promover ainda mais melhorias e aprimorar nosso trabalho pelo povo. Democracia gera anseio por mais democracia. Tudo o que nós fizemos é apenas o começo. Um começo de novas transformações, de transformações mais avançadas. Nossa estratégia de desenvolvimento exige mais. Isso é o que nos diferencia. Por isso podemos ter certeza de que 10 anos virão. Mais dez anos de transformação são possíveis”.
A presidente falou sobre mobilidade e citou como exemplo “absurdo um trabalhador gastar três horas para ir trabalhar e mais três para voltar para casa em São Paulo” e reforçou a importância do programa Mais Médicos para suprir a demanda nas cidades do interior e nas áreas carentes das metrópoles.
“Nós garantimos que a prioridade será sempre para preencher as vagas com médicos brasileiros e formados no Brasil, sem necessariamente ser de nacionalidade brasileira. O médico estrangeiro só será contratado se não conseguirmos preencher o quadro do programa”.
Sobre “a tão pleiteada, tão debatida e adiada reforma política”, a presidente responsabilizou o Congresso por ela não acontecer. “Só o presidente Lula já mandou duas vezes uma reforma de proposta ao Congresso. Não foi, presidente?”. Lula respondeu que foram duas.
“Propus e enviei para o Congresso itens que poderão promover a reforma política com consulta popular, através de um plebiscito. O povo tem que balizar sobre o que quer que seja mudado. Sabemos que a estrutura política precisa ser mudada e o PT tem o dever de liderar esse processo. A melhoria de vida vem com a reivindicação. Precisamos urgentemente de uma mudança no sistema político brasileiro, como resposta as manifestações. A população tem queixas e isso faz parte do processo de transformação”.
A comandante do Executivo comentou sobre os ataques da oposição sobre a instabilidade econômica e também fez comparação com os antecessores do PT. “Vemos alguns falando e alarmando sobre os riscos da inflação, mas a verdade é que há exatamente dez anos a inflação está absolutamente sob controle no Brasil. Esse é o governo do PT”.
Lula defende Programa Mais Médicos
O ex-presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, defendeu hoje (23) o Programa Mais Médicos, lançado pelo governo federal, que visa a levar profissionais para regiões pobres do país. O ex-presidente disse que o assunto estava “atravessado na sua garganta” e defendeu a contratação de médicos estrangeiros que queiram trabalhar no Brasil, outra medida prevista no programa.
“Se os médicos brasileiros não querem trabalhar no sertão, que a gente traga outros médicos”, disse Lula, em discurso durante o Festival da Mulher Afro, Latino-Americana e Caribenha. “Ninguém quer tirar emprego de ninguém”, completou.
De acordo com o ex-presidente, faltam médicos em algumas especialidades e a solução é “importar”. Lula criticou a proposta de que os profissionais estrangeiros tenham que passar por um exame de revalidação do diploma para atuar no Brasil. Segundo ele, “apenas 27% dos médicos brasileiros” são aprovados em exames aplicados por conselhos regionais de Medicina. “Se fosse a OAB [Ordem dos Advogados do Brasil], a maioria não poderia exercer a medicina”, disse.
O ex-presidente comentou as manifestações que têm ocorrido no país. Sobre uma das reivindicações dos protestos, por mais recursos para a saúde, Lula lembrou que, durante seu governo, a oposição conseguiu acabar com a Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF), cuja arrecadação, por lei, deveria ser destinada à saúde. “Eu sinto uma necessidade de dizer. Nós sabemos, a Dilma sabe, que é preciso melhorar muito a saúde. Entretanto, é preciso lembrar que eles, a elite brasileira tirou a CPMF. Isso significa, nos anos do meu mandato e do governo da Dilma, a retirada de mais de R$ 350 bilhões da saúde”, disse Lula. (da Agencia Brasil)