:: ‘Haddad’
Rui destaca apoio do PSB a Haddad: “vem fortalecer o time do Brasil unido
“Importante o apoio do PSB. Vem fortalecer o time do Brasil unido. O povo cansou de ódio e quer um governo que gere emprego e garanta segurança, independente do partido politico. Por isso é fundamental a união dessas forcas democráticas”, afirmou o governador Rui, na manhã desta quarta-feira (10), após reunião com o candidato à Presidência Fernando Haddad e os governadores nordestinos eleitos pelo PSB, Paulo Camera (PE) e João Azevedo (PB).
No encontro, que também teve a participação da senadora baiana Lídice da Mata, do governador Wellington Dias (PI) e da candidata a vice-presidente Manuela D’Ávila, Haddad agradeceu ao apoio dos estados de Pernambuco e Paraíba e defendeu a liberdade democrática. Sobre a questão da previdência, o candidato disse que pretende “cortar os privilégios que geram custos” e defendeu o Brasil com o povo forte, assegurando a geração de emprego a partir da retomada do crescimento econômico do País.
A hora do Brasil
No segundo turno, não se trata de escolher entre opções políticas e sim entre democracia ou não
Editorial do El Pais
A taxativa vitória do ultradireitista Jair Bolsonaro (PSL) no primeiro turno das eleições presidenciais realizadas no domingo, 7, no Brasil coloca o eleitorado diante de uma decisão radical. No segundo turno, previsto para o dia 28 de outubro, já não se trata de escolher entre duas opções políticas diferentes, mas ambas democráticas, e sim entre um candidato que entende e cumpre os padrões de governança das democracias ocidentais e outro que despreza e considera inválido o sistema de liberdades que desde o final da ditadura garante a igualdade e o progresso de 208 milhões de brasileiros.
Bolsonaro, com um discurso abertamente xenófobo, racista, homofóbico e laudatório da ditadura militar (1964-1985) obteve 46% dos votos, muito perto da maioria absoluta que lhe teria outorgado diretamente a chefia do Estado. Fernando Haddad, do histórico Partido dos Trabalhadores (PT), e candidato sucessor do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, conseguiu passar ao segundo turno com 29,3%. Mais preocupante do que os números é o fato de que as falas de Bolsonaro tocaram amplas camadas da população brasileira que veem esse militar da reserva como a solução da profunda crise institucional e econômica que assola o país há quatro anos e pelas quais culpa exatamente o PT.
A diferença de votos entre os dois é grande, mas não intransponível porque o que está em jogo é muito mais do que uma vitória eleitoral. É assim que devem entender a situação tanto os eleitores de qualquer tendência política quanto Haddad, que pelo segundo turno é obrigado a realizar uma exposição integradora e de abertura em relação aos que até domingo eram seus grandes rivais no campo democrático. Sua candidatura já não é somente a do PT e sim a de todos os democratas do Brasil.
Nessa encruzilhada os que foram rivais de Haddad no primeiro turno farão bem em abandonar a exasperante colocação que apresenta o candidato do PT e Bolsonaro como dois extremos comparáveis. Nada mais longe da realidade. Com todas suas polêmicas, problemas, escândalos e processos judiciais, o PT é um partido que na oposição sempre respeitou as regras do jogo democrático, que ganhou quatro eleições presidenciais de forma absolutamente limpa, sob cujo governo a democracia brasileira se transformou em um exemplo de progresso e que entregou o poder como a lei exigiu mesmo considerando que o procedimento – o impeachment da presidenta Dilma Rousseff em 2016 – era politicamente ilegítimo. Pelo contrário, o candidato a vice de Bolsonaro fala abertamente em reformar a Constituição de uma forma ilegal – mediante um conselho de notáveis – e justifica a possibilidade de um golpe de Estado se as circunstâncias permitirem, propostas que Bolsonaro rejeitou. O próprio candidato, no entanto, fala abertamente em dar um papel preponderante ao Exército e carta branca à polícia para matar. Não é possível continuar dando pouca importância a declarações inaceitáveis marcando-as como uma estratégia para ganhar eleições. Nem tudo vale.
O Brasil não é a primeira democracia que vive essa situação. A França já passou por isso em 2002 quando Jean Marie Le Pen chegou ao segundo turno. Os franceses, à época, perceberam que a democracia não tem atalhos e votaram em Jacques Chirac. Agora é a vez dos brasileiros.
“Bolsonaro está agindo com fake news contra mim”, diz Hadadd
Fernando Haddad, candidato à Presidência pelo PT, anunciou que o partido iniciou uma tentativa de identificar a autoria das mensagens com fake news que circulam no WhatsApp contra sua candidatura. Nesta quarta-feira 3 o candidato chamou a imprensa para uma coletiva no comitê de campanha presidencial, em São Paulo, quando classificou as mensagens como vulgares e muito graves.
“Nós colocamos um telefone à disposição porque estamos recebendo uma quantidade de mensagens denunciando nosso adversários, sobretudo um: a campanha do [Jair] Bolsonaro (PSL) está agindo muito fortemente com fake news contra minha família, contra minha atuação como ministro. É muito grande e inclusive muito vulgar.”
De acordo com Haddad, esse tipo de mensagem cresceu nos últimos dias, sobretudo entre os evangélicos. “Estamos recebendo a estimativa de que milhões de mensagens foram disparadas com conteúdo ofensivos. A quantidade está nos assustando”, destacou.
As denuncias de fake news podem ser feitas pelo WhatsApp – 11 993223275 . Conheça o site especial Combata Fake News no site do Lula https://lula.com.br/combatafake
Angelo Coronel, diz que “time unido” vence eleições
O candidato ao Senado na Coligação Mais Trabalho por Toda Bahia, Angelo Coronel, disse hoje (02.10), em entrevista a Mário Kertesz, na Rádio Metrópole, que a força eleitoral de Rui Costa está no fato de que ele comanda um time unido. “Nós trabalhamos politicamente como um grupo unido, por isso somos fortes e aprovados pelo eleitor, sob o comando do governador Rui Costa, com Haddad, Otto Alencar, João Leão e Jaques Wagner. Quero dizer publicamente que, sem esse grupo, não teria forças para disputar o Senado. A nossa vitória, com os votos dos baianos, será a vitória de um time unido, que segue unido”, agradeceu Angelo Coronel, que estava acompanhado do seu candidato a suplente, Davidson Magalhães.
O candidato do PSD ao Senado disse que não teme a inveja, quando Kertesz perguntou se a cirurgia de emergência, a que Coronel se submeteu, não foi “a energia negativa de aves de agouro”. “Sou católico, acredito em Deus e poucas pessoas não gostam de mim. E a todos eles eu perdôo, porque a mágoa não é coisa boa. Tenho uma armadura divina contra a inveja e a intriga”, disse Coronel.
“Wagner está consolidado com uma das vagas ao Senado, por ter sido um grande governador, e estou seguindo nesse vácuo para que meu nome se torne conhecido de todos os baianos. Nunca fui governador e não sou cantor gospel”, cutucou o candidato pessedista.
Big Data/Record: Bolsonaro tem 29% e Haddad 24%
A menos de uma semana da eleição, pesquisa RealTime Big Data/RecordTV de intenção de voto para presidente da República mostra um possível segundo turno entre os candidatos Jair Bolsonaro (PSL) e Fernando Haddad (PT). No levantamento, divulgado nesta segunda-feira (1º), os candidatos aparecem com 29% e 24%, respectivamente.
Confira os números:
• Jair Bolsonaro (PSL): 29%
• Fernando Haddad (PT): 24%
• Ciro Gomes (PDT): 11%
• Geraldo Alckmin (PSDB): 7%
• Marina Silva (REDE): 5%
• João Amoêdo (NOVO): 3%
• Henrique Meirelles (MDB): 3%
• Álvaro Dias (PODE): 2%
Os candidatos Cabo Daciolo (PATRI), Eymael (DC), João Goulart Filho (PPL) e Vera Lúcia (PSTU) tiveram juntos 1% das intenções de voto. Guilherme Boulos (PSOL) não pontuou. Votos brancos e nulos representam 8%; indecisos, 7%.
A pesquisa foi realizada nos dias 28 e 29 de setembro, com 3.200 entrevistados. A margem de erro é de 2 pontos percentuais para mais ou para menos. O nível de confiança é de 95%. O levantamento está registrado no Tribunal Superior Eleitoral sob o número: BR-06928/2018.
O Real Time BigData também simulou nove cenários de segundo turno.
Bolsonaro x Haddad
Haddad: 45%
Bolsonaro: 41%
Nulos/brancos: 9%
Indecisos: 5%
Lula: “Só o voto do povo pode salvar o Brasil”
Lula, no Jornal do Brasil
O Brasil está muito perto de decidir, mais uma vez, pelo voto soberano do povo, entre dois projetos de país: o que promove o desenvolvimento com inclusão social e aquele em que a visão de desenvolvimento econômico é sempre para tornar os ricos mais ricos e os pobres mais pobres. O primeiro projeto foi aprovado pela maioria nas quatro últimas eleições presidenciais. O segundo foi imposto por um golpe parlamentar e midiático travestido de impeachment.
Esta é a verdadeira disputa nas eleições de 7 de outubro. Foi por essa razão que meu nome cresceu nas pesquisas, pois o povo compreendeu que o modelo imposto pelo golpe está errado e precisa mudar. Cassaram minha candidatura, de forma arbitrária, para impedir a livre expressão popular. Mas é também pela existência de dois projetos em disputa que a candidatura de Fernando Haddad vem crescendo, na medida em que vai sendo identificada com nossas ideias.
Com alguma perplexidade, mas sem grande surpresa, vejo lideranças políticas e analistas da imprensa dizerem que o Brasil estaria dividido entre dois polos ideológicos. E que o país deveria buscar uma opção “de centro”, como se a opção pelo PT fosse “extremista”. Além de falsa e, em certos casos, hipócrita, é uma leitura oportunista, que visa confundir o eleitor e falsear o que está realmente em jogo.
Desde a fundação, em 1980, o PT polarizou, sim: contra a fome, a miséria, a injustiça social, a desigualdade, o atraso, o desemprego, o latifúndio, o preconceito, a discriminação, a submissão do país às oligarquias, ao capital financeiro e aos interesses estrangeiros. Foi lutando nesse campo, ao lado do povo, da democracia e dos interesses nacionais, que nos credenciamos a governar o país pelo voto; jamais pelo golpe.
O povo brasileiro não tem nenhuma dúvida sobre de que lado o PT sempre esteve, seja na oposição ou seja nos anos em que governamos o país. A sociedade não tem nenhuma dúvida quanto ao compromisso do PT com a democracia. Nascemos lutando por ela, quando a ditadura impunha a tortura, o arrocho dos salários e a perseguição aos trabalhadores. Fomos às ruas pelas diretas e fizemos a Constituinte avançar. Governamos com diálogo e participação social, num ambiente de paz.
A força eleitoral do PT está lastreada nessa trajetória de compromisso com o povo, a democracia e o Brasil; nas transformações que realizamos para superar a fome e a miséria, para oferecer oportunidades a quem nunca as teve, para provar que é possível governar para todos e não apenas para uma parcela de privilegiados, promovendo a maior ascensão social de todos os tempos, o maior crescimento econômico em décadas e a soberania do país.
Foi o povo que nos trouxe até aqui, apesar de todas as perseguições, para que se possa reverter o golpe e retomar o caminho da esperança nestas eleições. Se fecharam as portas à minha candidatura, abrimos outra com Fernando Haddad. É o povo que põe em xeque o projeto ultraliberal, e isso não estava no cálculo dos golpistas.
São eles o outro polo nestas eleições, qualquer que seja o nome de seu candidato, inclusive aquele que não ousam dizer. Já atenderam pelo nome de Aécio Neves, esse mesmo que hoje querem esconder. Tentaram um animador de auditório, um justiceiro e um aventureiro; restou-lhes um candidato sem votos. O nome deles poderá vir a ser o da serpente fascista, chocada no ninho do ódio, da violência e da mentira.
Foram eles que criaram essa ameaça à democracia e à civilização. Assumam a responsabilidade pelo que fizeram contra o povo, contra os trabalhadores, a democracia e a soberania nacional. Mas não venham pregar uma alternativa eleitoral “ao centro”, como se não fossem os responsáveis, em conluio com a Rede Globo, pelo despertar da barbárie. Escrevo este artigo para o “Jornal do Brasil” porque é um veículo que vem praticando a democracia e a pluralidade.
Quem flerta com a barbárie cultiva o extremismo. Quem luta contra ela nada tem de extremista. Tem compromisso com o povo, com o país e com a civilização. Na disputa entre civilização e barbárie, deve-se escolher um lado. Não dá pra ficar em cima do muro.
Em outubro teremos a oportunidade de resgatar a democracia outra vez, encerrando um dos períodos mais vergonhosos da história e dos mais sofridos para a nossa gente. Estou seguro de que estaremos juntos a todos os que lutaram pela conquista da democracia a duras penas e com grande sacrifício. E estaremos juntos às mulheres que não aceitam a submissão, aos negros, indígenas e a todos e todas que sofreram ao longo de séculos a discriminação e o preconceito.
Estaremos juntos, todos os que, independentemente de diferenças políticas e trajetórias distintas, têm sensibilidade social e convicções democráticas.
Será uma batalha difícil, como poucas. Mas estou certo de que a democracia será vitoriosa. De minha parte, estarei onde sempre estive: ao lado do povo, sem ilusões nem vacilações. Com amor pelo Brasil e compromisso com o povo, a paz, a democracia e a justiça social.
LUIZ INÁCIO LULA DA SILVA
Ex-presidente da República e presidente de honra do Partido dos Trabalhadores