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Pesquisa internacional descreve papel da restauração ativa de florestas para recuperação de diversidade e de funções ecossistêmicas
Em tempos de atenção redobrada com os recursos naturais do Brasil, uma pesquisa conduzida por equipe multidisciplinar de cientistas do Brasil, Estados Unidos e Taiwan apresentou dados de um experimento sobre a restauração ativa de áreas florestais. O artigo Restauração ecológica aumenta a conservação da diversidade beta taxonômica e funcional de plantas lenhosas em uma paisagem tropical fragmentada (nome em inglês Ecological restoration increases conservation of taxonomic and functional beta diversity of woody plants in a tropical fragmented landscape) foi publicado na revista Forest Ecology and Management e é assinado por Débora Cristina Rother (Unicamp), Ana Paula Liboni e Ricardo Ribeiro Rodrigues (Esalq/USP), Luiz Fernando Silva Magnago (Centro de Formação em Ciências Agroflorestais – CFCAF/UFSB), Robin Chazdon (Universidade de Connecticut/EUA) e Anne Chao (Universidade Nacional de Tsing Hua, Taiwan).
O artigo apresenta resultados que indicam, de forma pioneira na literatura, que a restauração ativa (plantio de reflorestamento) pode contribuir para a recuperação de diversidade de espécies e de funções ecológicas em áreas florestais sob forte impacto da atividade humana, contanto que o foco desse tipo de ação contemple o uso de várias espécies nativas em cada região. Essa diversidade de árvores e arbustos é importante para que a área reflorestada possa também oferecer o que os pesquisadores chamam de serviços ecossistêmicos, isto é, influência na regulação de regime de chuvas, controle da erosão e estoque de carbono.
Cabruca será apresentada ao público na Fenagro
O Instituto Cabruca, em parceria com a Comissão Executiva da Lavoura Cacaueira (CEPLAC) e a Empresa Brasileira de Bebidas e Alimentos (Ebba), vai participar da Fenagro (Feira Nacional da Agropecuária) com o stand Cadeia Produtiva do Cacau. Os visitantes poderão contemplar a exposição de árvores da cabruca em miniatura, como pau-ferro, vinhático e jequitibá e ter a possibilidade de entrar em uma representação da agroindústria de chocolate e conhecer como é o processo de produção da guloseima. O stand também concorrerá ao Prêmio Cadeia Produtiva, que vai eleger, por meio do voto do público, os cinco setores produtivos mais sustentáveis da Bahia.
O presidente do Instituto Cabruca, também presidente da Câmara Setorial do Cacau, Durval Libânio, afirma que a proposta é mostrar ao público, de forma detalhada, como funciona o sistema de produção “Cabruca”, caracterizado por ser uma alternativa de produção sustentável, uma vez que as grandes árvores da Mata Atlântica, que dão sombra aos cacaueiros, são mantidas – ao contrário da produção do cacau a pleno sol, quando a mata nativa é desmatada para que o fruto receba maior incidência de sol para colheita em menor tempo. “Com o Stand Cadeia Produtiva do Cacau nós vamos mostrar aos visitantes porque o “Cabruca” merece ganhar o título de setor produtivo mais sustentável da Bahia”, afirma.
O sistema agroflorestal Cacau-Cabruca é considerado conservacionista por manter as árvores nativas da Mata Atlântica, contribuir para a conservação da água e do solo, da biodiversidade, para o sequestro de carbono e para a conservação de importantes espécies do bioma. De acordo com informações da Câmara Setorial do Cacau, a Bahia tem 32 mil produtores, responsáveis por 70% da produção de cacau do Brasil. Apesar de ser nativo da Amazônia, foi com a sombra das árvores da Mata Atlântica na Bahia, que ele prosperou e se desenvolveu.
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