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Daniel Thame, jornalista no Sul da Bahia, com experiência em radio, tevê, jornal, assessoria de imprensa e marketing político danielthame@gmail.com

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:: ‘Escola publica’

Instituto Ayrton Senna leva Lewis Hamilton para conversar com estudantes em escola pública

 

Passado o momento crítico da pandemia, a crise na educação brasileira continua e acumula desafios urgentes. Estudos apontam prejuízos em todas as etapas da educação básica, indicando retrocesso de quase dez anos na qualidade de ensino do país. Para além do esforço emergencial para a recomposição da aprendizagem e combate à evasão escolar, os impactos na saúde mental dos estudantes também exigem atenção. Mapeamentos recentes do Instituto Ayrton Senna mostram que 49% dos estudantes de São Paulo se dizem nada, pouco ou medianamente capazes de ser persistentes, indicando a necessidade de se fortalecer em crianças e jovens as competências socioemocionais.

Para avançarmos diante desse cenário desafiador para a educação deixado pela pandemia e pelo fechamento das escolas por dois anos no país, será preciso uma grande reviravolta. De nada adiantará focarmos unicamente em conteúdo – será necessário promover também de forma intencional e planejada o desenvolvimento socioemocional dos estudantes, promovendo o foco, a determinação, a curiosidade para aprender, entre outras características, tal qual fazemos com as ciências ou com a matemática, diante do impacto comprovadamente positivo que ele possui sobre a aprendizagem.

Esse vem sendo o grande foco da atuação do Instituto Ayrton Senna, na produção de conhecimento e de práticas pedagógicas. Uma parte deste trabalho foi apresentada por Viviane Senna, presidente do Instituto Ayrton Senna, ao britânico sete vezes campeão mundial de Fórmula 1 Lewis Hamilton. Durante sua visita ao Brasil para o Grande Prêmio de São Paulo de 2022, Hamilton buscou o Instituto para conhecer mais sobre o trabalho que a organização não governamental tem realizado, desde 1994, com o objetivo de dar oportunidades a crianças e jovens por meio da educação.

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“Liguei para a minha mãe, que é doméstica, e disse que queria desistir”: quem é a aluna cujo discurso de formatura viralizou

Publicado na Nova Escola

Diante de um auditório lotado no Citibank Hall, gigantesca casa de shows da capital paulista, uma aluna de uma das graduações mais tradicionais do país toma o microfone para um discurso duro. “Gostaria de falar sobre resistência. De uma em específico, a que uma parcela dos formandos enfrentaram durante sua trajetória acadêmica”.

micheleEla falava em nome dos alunos bolsistas do curso de direito da PUC-SP, em que as mensalidades são de 3.130 reais. “Somos moradores de periferia, pretos, descendentes de nordestinos e estudantes de escola pública”, enumerou. Descrevendo uma experiência de solidão e preconceito, a oradora apontava as dificuldades do convívio com alunos e professores de uma outra classe social:

 “Resistimos às piadas sobre pobres, às críticas sobre as esmolas que o governo nos dá. À falta de inglês fluente, de roupa social e linguajar rebuscado. Resistimos aos desabafos dos colegas sobre suas empregadas domésticas e seus porteiros. Mal sabiam que esses profissionais eram, na verdade, nossos pais.”

Migrante e filha da escola pública

A fala, aplaudida de pé, viralizou em áudio e vídeo nas redes sociais. NOVA ESCOLA conversou com exclusividade com a autora do discurso. Seu nome é Michele Maria Batista Alves, de 23 anos. Natural de Macaúbas, cidade de 50 mil habitantes no centro-sul baiano, ela é uma dos milhares de estudantes de classe popular que chegaram à faculdade a partir da criação do Programa Universidade para Todos (ProUni), em 2004. É também um exemplo das dificuldades dessa trajetória.

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‘Que a escola pública sinta-se representada’, diz 1º lugar em Direito na Ufba

livioDo Correio 24 Horas – Apesar de esperar dois anos pela sonhada vaga em uma universidade pública, o ex-aluno da rede estadual Lívio Pereira, 18 anos, não esperava ser o primeiro colocado na corrida por uma vaga no curso de Direito da Universidade Federal da Bahia (Ufba). “Eu atualizava o Sisu o tempo todo durante três dias. Corri gritando pela casa quando vi meu nome lá e minha mãe achou até que eu estivesse doido”, brinca o jovem, relembrando o dia da aprovação. Mas ser advogado é plano para o futuro. O que o estudante – morador da Boca do Rio, filho de uma empregada doméstica e de um motorista de ônibus – pretende agora é atualizar as séries que curte na Netflix.

Mesmo levando o 1º lugar numa das mais conceitudas faculdades de Direito do país, Lívio conta que nunca foi um aluno excelente ou o 1º da classe. A preocupação com os estudos, no entanto, chegou durante o 3º ano do ensino médio. “Com a pressão do Enem e do vestibular, eu comecei a estudar”, contou ao CORREIO, com bom humor característico.

 O rapaz foi aluno do Colégio Estadual Anísio Teixeira, no bairro da Caixa D’Água, local em que despertou nele o sonho de seguir a carreira jurídica. “Eu fazia um curso técnico de segurança no trabalho e já pegava matérias específicas, que abordava conteúdos de Direito no primeiro ano. Foi aí que descobri que queria fazer o curso”, conta.

O rapaz diz que agradece aos professores da instituição pelo apoio com a escolha do curso. “Lembro que eles fizeram um teste vocacional pra mim, na época”, relembra.

Negro, morador da periferia, filho do motorista de ônibus Antônio Carlos e da doméstica Cristina Pereira, Lívio é o primeiro da família a entrar em uma universidade pública.

Ele diz que o sustento da casa vem do salário do pai e que a mãe mal completou o ensino fundamental. “Eu agradeço muito a Deus porque não precisei trabalhar, como meus outros colegas. Mesmo sendo humilde, meus pais me deixaram ficar só estudando”, relata.

Por falar em colegas, Lívio quer que sua conquista sirva de exemplo para outros estudantes de colégios públicos.

“Quero que a galera de escola pública sinta-se representada”, disse ele, ao comentar seu resultado no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) que garantiu a vaga na faculdade. Segundo ele, muitos alunos da sua sala, inclusive, nem sabiam da existência da Ufba. “Quero que todos eles entrem na universidade”.

“A Casa Grande surta”: negra, pobre e de escola pública passa em 1º. lugarno Vestibular de Medicina da USP

usp 2Da Revista Fórum – Saímos de uma semana triste e especialmente desoladora para a medicina, quando alguns médicos sujaram profissão tão nobre tripudiando da doença de Dona Marisa chegando até a sugerir a sua morte. Mas hoje voltamos a festejar o futuro: “A casa-grande surta quando a senzala vira médica”. Esta é a frase que abre a conta do Facebook de Bruna Sena, primeira colocada em medicina na USP de Ribeirão Preto, a vaga mais concorrida da Fuvest – 2017, o vestibular mais concorrido do país.

Negra, pobre, tímida, estudante de escola pública, Bruna será a primeira da família a interromper o ciclo de ausência de formação superior em suas gerações. Fez em grande estilo, passando em uma das melhores faculdades médicas do país.

O apelo da mãe, entre a felicidade e o espanto, é ainda mais dramático: “Por favor, coloque no jornal que tenho medo dos racistas. Ela vai ser o 1% negro e pobre no meio dos brancos e ricos da faculdade”. Abandonada pelo marido, Dinália Sena, 50, sustenta a menina Bruna desde que ela tinha 9 anos, com um salário de R$ 1.400 como operadora de caixa de supermercado.

usp 3Bruna acredita que será bem recebida pelos colegas e tem na ponta da língua a defesa de sua raça, de cotas sociais e da necessidade de mais oportunidades para os negros no Brasil. “Claro que a ascensão social do negro incomoda, assim como incomoda quando o filho da empregada melhora de vida, passa na Fuvest. Não posso dizer que já sofri racismo, até porque não tinha maturidade e conhecimento para reconhecer atitudes racistas”, diz a caloura.

“Alguns se esquecem do passado, que foram anos de escravidão e sofrimento para os negros. Os programas de cota são paliativos, mas precisam existir. Não há como concorrer de igual para igual quando não se tem oportunidades de vida iguais.”

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escola publica

A carta de Gabriele Santos Barbosa, 14 anos, menina grapiuna

Daniel Thame


 
“Meu nome é Gabriele Santos Barbosa, eu tenho 14 anos, morei na Espanha, falo dois idiomas e poderia estar vivendo na Europa,  com a minha mãe.

 Lá é muito bonito, as pessoas se tratam com respeito, mas eu preferi morar em Itabuna, pra ficar perto da minha avó e dos meus parentes.

 Meu bairro é muito carente, mas é nele que vivem meus amigos. Minha escola é pública e nem se compara com a que eu estudava na Espanha.

 As salas de aula são apertadas, tem alunos demais, o material didático é precário e sinto que os professores estão desmotivados. Não tenho condições de estudar em escola particular. Meu avô foi vereador em Itabuna, secretário de Esportes, mas ao contrário de um monte de políticos que a gente vê por ai, continua pobre.

 Eu tenho orgulho dele. É honesto, isso eu sei que ele é.

 Tenho um tio-avô que trabalha na televisão. Ele faz um programa policial, o Alerta Total, que todo mundo assiste. Meu tio é muito engraçado, magro, narigudo,  desengonçado, mas as pessoas gostam dele. Eu também gosto, mas vejo pouco o programa.

 Tenho pavor de violência. Na minha escola, que fica num bairro carente, a gente sente essa violência de perto. No meio de tanta gente boa, que quer estudar e crescer na vida, tem gente que já se envolve com drogas, com assaltos. Que fala cada palavrão que a gente morre de vergonha.

 Tem uma menina, era até minha amiga, novinha como eu, que namora um cara envolvido com o crime, um  tal de Rodrigo. Imagina que outro dia ela veio me dizer que eu estava dando em cima do namorado dela, que eu mal conheço.

 A única coisa que eu consegui responder foi algo do tipo ´fique com esse traste para você´, essas coisas que a gente diz meio sem pensar. Não quis ofender a minha amiga, ela que viva a vida dela. Mas eu acho que ela se chateou, ficou de cara amarrada e deixou de falar comigo.

 Isso passa, também sou adolescente e sei como é. Amanhã ela esquece essa briga boba.

 Todas as pessoas gostam de mim aqui na escola e no bairro. Os professores me adoram e dizem que sou uma garota de muito futuro. Sabe que eu ainda não parei pra pensar no futuro? Só sei que terei que lutar muito pra  vencer na vida, não sou de família rica, mas deixa eu viver minha adolescência, minha juventude.

 Gosto de musica, de ir ao shopping e à praia com meus amigos. Adoro ficar no Facebook, onde tenho um monte de gente pra trocar idéias. Tem uns fotos minhas lá. Falam que sou linda. Quem não gosta que achem você bonita? Mas não me acho tão bonita assim.

 Gosto de Itabuna, gosto das pessoas daqui, amo minha família e meus amigos. Gosto de viver.

 Nem sei por que estou escrevendo tudo isso. Parece até que minha professora de português pediu uma redação e eu danei a escrever.

 Agora a pouco eu sai da escola e estava indo pra casa, mas uma amiga da menina que eu discuti por causa do namorado disse que ela estava me  chamando. Era pra acabar com essa briga e fazer as pazes.

 Ainda bem. Acho que a amizade está acima de tudo. Estou indo lá agora, dar um abraço nela…

 Rodrigo?

 (um tiro)

 Não Rodrigo, não,

 (mais um tiro)

 Não, Rodrigo, nããão…

 (cinco tiros)”

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Uma menina de 14 anos está morta. E essa é a carta que ela poderia ter escrito e não escreveu,  porque as páginas do  livro de sua vida foram manchadas de sangue. O sangue de uma violência brutal, irracional e sem limites.

A carta que Gabriele Santos Barbosa, de 14 anos, assassinada após uma discussão banal com uma colega de classe numa escola pública em Itabuna, não escreveu é um libelo contra a bestialidade coletiva que transforma a vida em algo absolutamente sem valor.

Um hino à vida, num cenário de morte.

JOVENS SÃO ACUSADOS DE VENDER DROGA NA PORTA DE ESCOLA PÚBLICA

Três jovens, incluindo um adolescente, foram conduzidos para a delegacia por policiais militares (Pelotão Especial), sob a suspeita de vender drogas na porta do Colégio Cisto, bairro de Fátima, em Itabuna. José Carlos Mendes, 21 anos, Alexandre Santos, o “Shan”, de 18 anos, e um menor de 13 anos, foram flagrados com 34 pinos carregados de cocaína, no bairro Vila da Paz, próximo a saída de Itabuna para Ilhéus.

De acordo com informações policiais, “Shan” estaria sendo apontado através de denúncias que, é o vendedor “oficial” de drogas na região do Colégio Ciso.  Ele negou as acusações em depoimento, alegando ser estudante da instituição. A PM chegou aos três suspeitos após uma denúncia anônima que apontou a localização dos supostos traficantes.

PROFESSORA ORIENTA PAIS DE ALUNO REBELDE A USAREM “PSCOLOGIA DA SURRA”

“psicologia é o cacete…”

Uma professora da escola municipal José de Anchieta, em Sumaré, no interior de São Paulo, mandou um bilhete aos pais de um aluno de 12 anos orientando-os a dar cintadas e varadas para educá-lo.

O bilhete, em papel timbrado da escola e escrito à mão, indica que os pais conversem com o garoto e, se isso não resolver, que partam para a agressão. “Se a conversa não resolver. Acho que umas cintada vai resolver (sic)”, diz o recado, com erros de português.

Segundo os pais, o menino teve diagnóstico de dificuldade de aprendizagem há dois anos. Ele está na 5ª série e passa por acompanhamento psicológico.

Em outro trecho, a docente afirma: “Esqueça tudo o que esses psicólogos fajutos dizem e parta para as ‘varadas'”.

A família diz que o aluno sofreu bullying dos colegas após críticas da professora. Os pais teriam procurado a direção, mas não tiveram resposta.

A prefeitura afirma que o aluno continua a frequentar as aulas e que a família foi atendida pela equipe de orientação educacional da escola após a direção tomar conhecimento do bilhete.

Segundo a nota, a Secretaria Municipal da Educação está tomando medidas administrativas e pedagógicas. O nome da professora não foi divulgado. (do Uol)





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