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Daniel Thame, jornalista no Sul da Bahia, com experiência em radio, tevê, jornal, assessoria de imprensa e marketing político danielthame@gmail.com

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:: 9/abr/2022 . 16:05

Filme inspirado em livro de Adroaldo Almeida é lançado em Itororó

adroaldo (3)Com roteiro e direção do cineasta Luís Sérgio Ramos, foi lançado nesta sexta (08) o filme em curta-metragem “A última Flor da Terra” baseado no romance homônimo do escritor Adroaldo Almeida.

O livro foi publicado no Brasil em 2019 pela Editora Trevo de São Paulo e traduzido para o italiano e editado pela Edizioni We de Milão em 2021.

O Movimento Puro Cinema Puro, coletivo de artistas do Médio Sudoeste da Bahia, produziu o filme e disponibilizou no YouTube.

“Adorei o resultado do trabalho, é um poema em audiovisual, uma declaração de amor ao meu livro. Estou muito agradecido a Sérgio Ramos e todo o Movimento”, disse Adroaldo, emocionado.

Assista:

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Território Litoral Sul da Bahia abriga a Cordilheira do Lapão

ana livia (2)Anna Lívia Ribeiro

A Costa do Cacau é uma zona turística na Bahia. Dos romances de Jorge Amado aos surfistas de Ilhéus e Itacaré, é um destino em que História e Natureza se misturam e que parte dessa História Nacional é contada em meio a presença da lavoura cacaueira, rios margeados por fazendas de cacau, da Cabruca, da Mata Atlântica, quilômetros de praias belíssimas, a maior biodiversidade do mundo.  A arquitetura dos casarios coloniais dos séculos XVIII e XIX, das ruas calçadas de pedras, igrejas e casarões antigos, remonta ao período em que a produção cacaueira era a atividade primordial da economia brasileira.

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Reduto de belezas naturais, na Costa do Cacau, desvendamos cachoeiras com águas límpidas, trilhas que conduzem a santuários ecológicos, lagos e grutas. Entre essas grutas, destaco a Reserva Particular da Gruta do Lapão que se situa a 4 quilômetros de Santa Luzia – que possui o relevo semelhante à Chapada Diamantina – no Território Litoral Sul da Bahia onde abriga a maior caverna dessa região, a qual é considerada um sítio espeleológico.

Ao chegarmos na Reserva, somos recepcionados por Max do Carmo, turismólogo com Especialização em Ecoturismo e empreendedor responsável pela criação do produto turístico Eco Fazenda Gruta do Lapão. Até chegarmos à entrada da gruta, percorremos uma trilha desfrutando a presença de remanescentes de Mata Atlântica junto ao cultivo de cacau e seringa. Se já são inúmeros os benefícios de se fazer uma trilha, imagine você fazer uma trilha dentro de uma gruta, viajar ao centro da Terra! Uma viagem subterrânea em meio às belezas naturais é aventura garantida, é uma experiência misteriosa que ativa a memória, aguça os sentidos e estimula a criatividade.

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Ao adentramos a gruta, somos convidados a percebê-la através dos nossos sentidos. Ver, ouvir, tocar, sentir cheiros diferentes que determinam as diferentes reações do nosso organismo – como um dos integrantes do grupo que, ao sentir o cheiro das fezes dos morcegos, associou ao cheiro do café. Somos convidados a nos desafiar em mais de uma hora de caminhada na sua área prospectável em meio aos salões, galerias que foram formadas pela água da chuva que escorre dentro da rocha, descendo e subindo as pedras da gruta só com iluminação artificial do capacete, apreciando as variadas esculturas, resultado de milhares de anos de gotejamento de água com calcita, sempre a uma temperatura por volta dos 19 graus.

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Há quem diga que trilhar por grutas é uma experiência de outro mundo, relatou um dos integrantes do grupo: “O ambiente tem uma particularidade própria. Nunca sabemos o que vamos encontrar depois de um salão ou galeria. Por ser um ambiente mais isolado, os sons e a ausência de luz proporcionam uma experiência completamente nova e exclusiva.”

Após a travessia, com seus desafios e interpretações, somos recompensados: do topo da gruta contemplamos uma das vistas mais lindas da região, com uma paisagem surpreendente!

Fazer a trilha da Gruta do Lapão é um mix de sensações. É literalmente viver uma Experiência Sensorial. É uma aventura. Desafie-se! Venha viver esta emoção com a ViaDestino!

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Anna Lívia Ribeiro é ilheuense, Mãe, Avó, Pedagoga, Especialista em Educação Infantil, Mestre em Desenvolvimento Regional e Meio Ambiente, Graduanda em Gestão em Turismo, Agente de Viagens na empresa Viadestino @viadestinoviagens

 

 

 

 

 

Milton Santos: um intelectual com passagem no Sul da Bahia

Efson Lima

 

efson limaMilton Santos não é ilheense de nascimento. Nem precisaria ser, pois, Ilhéus sendo uma cidade mãe acolhe com carinho. O geógrafo é de Brotas de Macaúbas, interior da Bahia. Milton Santos morou na Princesinha do Sul e alcançou o mundo seja fisicamente seja intelectualmente. Ele possui um vasto currículo, inúmeros livros publicados, entre eles: “Por uma outra Globalização” e recebeu diversas distinções de doctor honoris causa. Gigante para a Geografia e para o mundo das letras. Foi um pesquisador viajante, engajado e comprometido com um mundo melhor, promoveu teoria e vivenciou a prática.

 

O intelectual Milton Santos se tornou bacharel em Direito pela Universidade Federal da Bahia em 1948 e se doutorou em Geografia pela Université de Strasbourg na França em 1958. Fez prova viva da interdisciplinaridade, quando essa corrente era pouco conhecida. Milton Santos já doutor se colocava à disposição para fundar a Academia de Letras de Ilhéus, carinhosamente chamada de ALI.  Na Academia de Letras de Ilhéus, Milton Santos ocupou a cadeira n.° 35, cujo patrono é Simões Filho. Atualmente, a cadeira é ocupada pela Senhora Maria Schaun, uma das mentes brilhantes do sul da Bahia. Ela foi responsável por acompanhar diversas produções de livros da nossa gente grapiúna através da Editus e, atualmente, secretaria a formação de diversos jovens via o Prodema/UESC.

 

milton santosAinda em Ilhéus, Milton Santos lecionou no Instituto Municipal de Ensino Eusínio Lavigne, famoso IME, lugar responsável por instrumentalizar a formação de centenas de pessoas da região. Um patrimônio da educação no Estado da Bahia. Milton Santos aproveitou sua incursão na região para vivenciar uma realidade territorial urbana e rural, certamente, pode constatar o cacau como a principal fonte de renda do período na região. E mais que isto, como todo intelectual costuma fazer, foi registrando as vivências e aprendizagens, sintetizando e oportunizando novas reflexões. Não sem razão o primeiro livro de Milton Santos teve por objeto a Bahia, cujo título é “O povoamento da Bahia: suas causas econômicas.” Milton Santos foi correspondente do jornal “A Tarde” na zona cacaueira do Estado da Bahia entre 1949- 1953.

 

Registra-se que Milton Santos chegou a Ilhéus nos fins dos anos quarenta, certamente, após sua formação universitária.  A vocação de Milton Santos estava na área do ensino e após retornar para Salvador, ele foi lecionar na Universidade Católica de Salvador no período de 1956-1960, posteriormente, em 1961 ingressou na Universidade Federal da Bahia.

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E a minha mãe desnasceu…

mae de ernestoErnesto Marques 

 

 

 

E de repente eu me vi menino, quase a mesma cena que me apavorou aos meus 5 ou 6 anos, quando um amigo-primo-irmão perdeu a mãe no mesmo acidente que quase matou a mãe de um outro amigo-primo-irmão. A minha mãe cor-de-rosa choque, como eu a defini no primeiro trabalho escolar de Dia das Mães, quando ainda havia pré-primário, não estava no carro e, portanto, não corria qualquer risco. Mas eu morri de medo.

 

 

ernesto marquesO meu amigo-primo-irmão chorando “minha mãe não morreu” foi uma lembrança que ecoou daquela infância até nascer o trigésimo segundo dente. Enquanto crescíamos juntos, ver a falta que a mãe lhe fazia trazia nítido aquele eco choroso e aquilo dava um medo que chegava a doer.

 

É a dor que me devastou por uma semana. Quase meio século depois, o medo se confirma e a dor volta como certeza plácida. Medo de cinquentão, claro, sem temer a orfandade como um menino de 5.

 

Estávamos em despedidas. A cada turno no hospital, não podia transmitir outra coisa senão a saudade mais sublime e grata que meus olhos conseguissem dizer aos olhos dela. Gratidão pela concepção, pelo ventre, pelo peito, pelo colo, pela doçura sem fim e pelo amor visceralmente incondicional pelos filhos. Por todos os filhos. Os que pariu e os que acolheu.

 

Como fiz tantas vezes, recorri mais uma vez àquele colo, agora tentando fugir dos olhos dela e esconder lágrimas. A mão castigada por tantos acessos venosos não conseguiu repetir o cafuné com aqueles dedos, testemunhas digitais das mudanças na minha cabeça. “Seus cabelos estão ficando todos brancos!” disse, ainda na casa dos meus trinta e tantos. Não, mãe, eles não estão ficando, estão indo embora!

 

Ela não cansou de ser mãe, e ao ver medo em nossos olhos, reagiria como qualquer mãe diante de qualquer coisa que amedronte sua cria. O “alemão” tirou quase toda a memória acessível ao que lhe restava de consciência, mas não apagou os afetos. Guardava ainda razoável consciência da sua situação até o final, e saber-se razão de lágrimas também a afetaria. É a mesma mãe que me pariu, 54 anos atrás.

 

Como é natural acontecer, mesmo sem abrir mão da sua majestade, foi ficando cada vez mais nossa filha. Especialmente da filha que mais se converteu em mãe da nossa mãe, e do vice-caçula – “o Predileto”, como nós, ciumentos resolvidos o chamamos. Sem marra.

 

De tão mãe, dizia arrepender-se apenas de não ter parido 14, em vez dos 7 gerados. Tão mãe, que é a segunda mãe de ninhadas de sobrinhos e ainda teve lugar pra extras, sob suas asas. Tão mãe, que uma gaúcha radicada em nossa Ipirá, amizade forjada em boas receitas de bolos, longe de casa, pediu pra colocar uma foto na parede da nossa antiga sala de jantar, onde a nossa árvore genealógica ampliada em dezenas de molduras tomava uma parede.

 

Em linguagem de hoje, não tivemos escolha, senão compartilhar nossa mãe. O resultado, também em termos contemporâneos, é que quando a vida dela esteve em risco, os cuidados foram colaborativos.

 

Vivemos em trabalho de desparto por uma semana. Sim, desparto. A minha criança amadurecida confessa o medo de seguir adiante, pelo que representa a partida de quem me pariu. Sem negar a obviedade, mas dada a naturalidade vivida por aquela mulher linda de quase 92 anos, prefiro dizer que a minha mãe desnasceu. Estamos a sofrer, como é natural, as dores de parir uma mãe em memória.

 

Aquele pequenino coração onde couberam tantos afetos honrou sua bravura sertaneja ancestral. As vezes disparava, como se tentasse compensar a insuficiência crescente a cada batida. Cada vez mais esforço, cada vez menos resultado.

 

A medicina seguiu o limite da família: intervenção mínima para manter o equilíbrio possível e tirar qualquer expressão de dor. A vida seguiu o curso natural, e, consumado o desnascer daquela mulher parideira, um cordão se parte em sete umbigos. É a nossa herança semente.

 

Em cada rebento gerado, uma semente possibilidade. Agora eu e meus irmãos entramos no corredor da vida. Já não somos filhos, agora somos tios, pais e avós. E a melhor possiblidade herdada e transmitida por aquela mulher-girassol é desnascer, em vez de simplesmente morrer. É fazer a passagem entre girassóis indicando o caminho da luz. Nas pegadas dela e do nosso velho, que desnasceu em casa, também cercado de cuidados e dengos, o roteiro para merecer tanta fortuna.

 

 

 

Ilhéus sedia Edição de Páscoa da Feira Cultural Rua Viva

rua viva

A 10ª Feira Cultural Rua Viva será neste sábado (9), a partir das 16h, na Praça Ruy Barbosa, na Avenida Soares Lopes, em Ilhéus. Além de atrações musicais, a feira reúne expositores da economia criativa. Dedicada à Páscoa, a edição deste fim de semana reservou lugar especial para os chocolates finos produzidos no sul da Bahia. Iniciativa tem apoio institucional da Prefeitura de Ilhéus.

Os visitantes também poderão experimentar cervejas artesanais e conhecer os artigos de moda e acessórios vendidos por comerciantes da região. A música ficará por conta dos artistas Pedro Neto e Zé Lima. A criançada terá uma programação especial de brincadeiras.

Fortalecer os sindicatos é a melhor arma para enfrentar a precarização

sinjorbaO Sinjorba realizou na quinta (07), Dia do Jornalista, o debate “A Precarização do Mercado de Trabalho Jornalístico”. O evento aconteceu na sala da entidade no Zoom e foi transmitido pelo canal TV Sinjorba, no Youtube, com palestras de Paulo Zocchi, Diretor da Fenaj e ex-presidente do Sindicato dos Jornalistas de São Paulo e Marcos Verlaine, jornalista e analista do DIAP (Departamento Intersindical de Assessoria Parlamentar).

A vice-presidente do Sinjorba, Fernanda Gama, foi quem abriu o debate, saudando os colegas presentes e fazendo a apresentação dos palestrantes. Ela passou a palavra ao presidente da entidade, Moacy Neves, que parabenizou a todos pelo Dia do Jornalista e fez a mediação do debate.

Reforma Trabalhista

Primeiro a falar, Verlaine fez um resumo com os principais aspectos regressivos trazidos pela Reforma Trabalhista de 2017. Ele alertou que o movimento sindical ainda não compreendeu a sofisticação e as armadilhas da nova legislação, que praticamente enterrou a Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) e criou um regime de superexploração.

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