:: ‘Anna Lívia Ribeiro’
Aconteceu em Ilhéus
Anna Lívia Ribeiro
No dia onze de fevereiro, foi realizado em Ilhéus o primeiro Tour Histórico Literário idealizado pela ViaDestino, em parceria com as escritoras Elisa Oliveira e Luh Oliveira. O tour tem como objetivo enxergar a cidade, por mais que pareça comum e cotidiana para os seus moradores, ampliando a percepção ambiental através das transformações das paisagens, história, cultura e literatura.
É valorizar artistas, escritores locais e despertar a sensibilidade das pessoas no que diz respeito aos nossos patrimônios material e imaterial que estão à nossa volta. É dialogar com o presente, com o passado, com o futuro. É um convite para Conhecermos e Pertencermos! É um convite para sermos turistas em Nossa própria Cidade!
Participaram do tour pessoas que nasceram e moram em Ilhéus, com exceção da Fabiana, que não é da cidade, mas está na região.
O Tour Histórico Literário é um passeio pelo Centro histórico de Ilhéus através de poemas, músicas, fotografias e história. É uma caminhada autêntica, por solo colonial, para quem nasceu, mora e vive na cidade. É um tour de Ilhéus para Ilhéus.
Começa na praça do Cadete e segue por cenários históricos literários. É um novo olhar para a cidade. Um olhar mais interessado e com conhecimento.
Segundo Socorro Mendonça, uma das participantes do tour, “foi uma emoção boa pela beleza da proposta e não tão boa pelo que se constata ao pisar o chão com olhar atento e imaginando quanto seria lindo ter alguém comprometido, de fato, com a história e preservando o patrimônio. Conhecer para ser, para pertencer, para amar e jamais esquecer!”.
De acordo com Carlos Mascarenhas, o tour foi “oportuno, útil, inovador, delicioso. Assim foi o Tour Literário do pessoal da ViaDestino”.
Como a ViaDestino desenvolve projetos e produtos voltados para o Turismo Pedagógico, tivemos representantes do Colégio Impacto e da Escola e Brinquedoteca A Casa Amarela.
A professora Jucilene, da Casa Amarela, embevecida com o tour, deixou seu depoimento: “Quanta beleza, quanta riqueza (natural, histórica e cultural) entranhada em cada canto da nossa Ilhéus”.
Beleza mesmo foi ter a presença de um jovem estudante do curso de História da Universidade Estadual de Santa Cruz (UESC). O Gabriel nos disse que Ilhéus é: “A gema do Brasil, a princesinha do Sul e a verdadeira capital da Bahia. Eu gostei e nunca tinha ido no Museu da Capitania e nem na Casa de Cultura Jorge Amado”.
A Fabiana, que é turismóloga e atua na Elo Bike Trips (@elobiketrips), disse que conhecer a história da cidade por meio de poesias, arte, arquitetura e moradores locais entusiastas e apaixonados pelo lugar onde vivem mudou seu olhar sobre Ilhéus. Para ela, a curadoria de lugares e encontros foi perfeita, como uma contação de história.
Ilhéus é, a cada esquina, uma aula de História, Literatura, Geografia, Filosofia, Português… De Cidadania.
Seja Turista em sua própria cidade!
Vem fazer parte do próximo grupo!
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Anna Lívia Ribeiro é ilheuense, Mãe, Avó, Pedagoga, Especialista em Educação Infantil, Mestra em Desenvolvimento Regional e Meio Ambiente, Graduada em Gestão de Turismo, Sócia Diretora da ViaDestino Viagens. www.viadestinoviagens.com.br @viadestinoviagens.com.br
Tour Histórico Literário em Ilhéus
Anna Lívia Ribeiro
É um passeio pelo Centro histórico de Ilhéus através de poemas, música, fotografias e história.
Um passeio autêntico para quem nasceu, mora e vive em Ilhéus.
Começa na praça do Cadete, seguindo por cenários históricos literários. É um novo olhar para a cidade. Um olhar mais interessado e com conhecimento que transforma as paisagens, ainda que sejam totalmente comuns e cotidianas, como pode parecer ao ilheuense.
Conhecer a história da cidade e seu processo constitutivo é saber que cada indivíduo faz parte deste processo como ser ativo. A História, junto com a memória, pode guiar a comunidade. É o caminho para a criação de uma identidade, de se sentir pertencente ao lugar.
O conhecimento por parte das comunidades e dos indivíduos do seu patrimônio, da história e da cultura dos locais onde vivem é significativo para o processo de preservação dos bens culturais e também para fortalecer os sentimentos de identidade, que os façam se sentirem sujeitos ativos da história.
Uma das coisas que nos faz sentir parte de um espaço geográfico, de um território, é o vínculo que temos com o passado. Nossa história é parte constitutiva da nossa identidade local. A história nos oferece os argumentos que podem ser utilizados para criar novas estratégias de sobrevivência individual e coletiva. Ela pode fornecer a certeza da possibilidade.
Conhecer e ocupar os lugares da cidade gera pertencimento uma vez que o conceito de lugar está relacionado à nossa identidade, com o qual criamos vínculos e demonstramos o quanto esse lugar é importante para nós. Conhecer, estudar o ambiente onde nascemos e vivemos significa compreender as relações que ali acontecem, o lugar como espaço vivido e construído ao longo do dia a dia pelos indivíduos e por seus interesses.
Estudar a história da nossa cidade contribui para a manutenção da memória do lugar, significa resgatar e preservar a tradição daqueles que ajudaram na sua construção. É uma oportunidade, única, de compreender a nossa própria identidade.
A cidade se expõe em suas esquinas, ruas e praças, em aglomerados ou vazios urbanos, nas pessoas, bairros, prédios, expondo discretamente a sua história. E a lenta e acumulativa construção desse acervo de referências é o que compõe o patrimônio cultural de uma localidade.
A proposta do Tour Histórico Literário é valorizar artistas, escritores locais e despertar a sensibilidade das pessoas no que diz respeito aos bens móveis e imóveis, tangíveis e intangíveis que se situam à nossa volta.
Ilhéus é, a cada esquina, uma aula de História, Geografia, Filosofia, Português… De Cidadania.
Seja turista em sua própria cidade!
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Anna Lívia Ribeiro é ilheuense, Mãe, Avó, Pedagoga, Especialista em Educação Infantil, Mestra em Desenvolvimento Regional e Meio Ambiente, Graduada em Gestão de Turismo, Agente de Viagens.
Pela Via do Destino: do setor público ao empreendedorismo
Anna Lívia Ribeiro
Algumas situações na vida nos impulsionam ou paralisam e cada indivíduo responde de uma maneira diferente e bem peculiar.
Ao aceitarmos o que não se pode mudar, criamos inúmeras possibilidades de enxergarmos os problemas e situações difíceis sob outras perspectivas.
Em 2017 meu marido desencarnou quando foi atropelado por uma moto. A partir daí, fui acolher o que não poderia ser modificado, lidar com essa partida e focar naquilo de bom que vivemos juntos dando lugar às boas lembranças.
Então, decidi que após 28 anos de serviços prestados à educação pública de Ilhéus era chegado o momento de fechar esse ciclo. Solicitei a minha aposentadoria que saiu em janeiro de 2019. Este seria o meu ano sabático.
Planejei ir para Portugal. No entanto, em novembro de 2018 meu pai foi atropelado por uma bicicleta e veio a óbito. A ida para Portugal foi adiada por não me sentir confortável em deixar minha mãe.
Turismo e Redes Sociais
Anna Livia Ribeiro
Com o aumento do uso dos aplicativos, as pessoas cada vez mais estão conectadas virtualmente e novos termos vão aparecendo, tais como “instagrammers” e “instagramável”. Instagrammers são as pessoas que usam o instagram e compartilham sua vida, suas viagens, o que comem, o que fazem. Já instagramável é tudo que pode ser postado e compartilhado levando em conta os padrões estéticos do instagram.
Antes de continuar a escrita, quero deixar claro que não irei tratar do comportamento humano em relação ao turismo nas redes socias nem entrar no mérito da questão da “modernidade líquida”, um dos conceitos criados por Zygmunt Bauman, mas trazer uma tendência dos consumidores com uma maior utilização das redes sociais, a qual vem gerando o desenvolvimento de novas atrações e novas experiências – os cenários ou atrações instagramáveis.
Lembro da primeira vez que ouvi a expressão “instagramável”. Estava com amigos em um museu de arte urbana e eles disseram: “o conceito aqui é todo instagramável”. Verdade, era um museu de grafite a céu aberto. De certa forma, o uso dos smartphones tem transformado a forma como viajamos e como as empresas de turismo se comunicam e, entre as principais tendências dos dispositivos móveis, estão as redes sociais que vem sendo alvo de pesquisas de marketing, comunicação, administração e também do turismo.
Ilhéus com seus cantos, seus encantos e sua gente
Ilhéus é um destino que inclui história, cultura, exuberância da Mata Atlântica, as fazendas de cacau com a sofisticação de seus chocolates, muitos deles artesanais e também finos, pois Ilhéus agora produz também chocolate premium.
A aventura já começa para quem chega de avião na cidade. O pouso já te dá um spoiler do que vai ver por aqui: cercada de verde, rios e, claro, o mar que completa sua moldura.
Estar em uma fazenda de cacau é mergulhar um pouco na história desse fruto, que não por acaso leva o nome de Theobroma, o alimento dos deuses. As visitas guiadas apresentam o ciclo do fruto, desde sua plantação até os processos realizados após a colheita, fundamentais para a produção dos chocolates. Certamente, um passeio bastante diferente e que tem tudo a ver com o estilo da cidade.
A maior parte das praias é procurada pelo seu visual paradisíaco, por suas águas mornas, areia branquinha e larga, ondas apropriadas para a prática do surfe (campeões no esporte, aqui temos!) e que não perde em nada para os lugares mais bonitos do mundo.
Ilhéus é uma cidade que reserva belezas fora das praias e o Centro Histórico é um exemplo de passeio imperdível, com suas igrejas (algumas entre as mais antigas do Brasil), casarões, palacetes e construções do estilo neoclássico. Passear por suas ruas possibilita um mergulho na literatura do escritor Jorge Amado, experimentando o local que inspirou a construção de seus personagens, conhecidos em todo o mundo.
Conhecer, Pertencer e Agir
Conhecer é o primeiro passo para entender, para reconhecer o valor de alguma coisa. Mas, não adianta apenas conhecimento, é preciso também despertar o sentimento de pertencimento. É uma necessidade humana estar ligado a alguma coisa, ter uma referência. Entretanto, o que torna alguma coisa uma referência?
Para responder a essa pergunta eu penso na memória, preservada por meio das tradições, do patrimônio material e imaterial. Ela é uma referência ímpar. Nela podemos encontrar a potência para vislumbrar o futuro a partir do passado. A memória é emocional, é afetiva. Ela mexe com sentimentos, com sensações. Como diz meu amigo José Nazal “A gente só ama o que conhece.”
Uma das coisas que nos faz sentir parte de um espaço geográfico, de um território, é o vínculo que temos com o passado. Nossa história é parte constitutiva da nossa identidade local. A História pode mostrar que é possível construir o futuro, não um futuro que imite o passado, mas que possa nele encontrar repostas ou estímulos para novos projetos.
O conhecimento por parte das comunidades e dos indivíduos do seu patrimônio, da história e da cultura dos locais onde vivem é significativo para o processo de preservação dos bens culturais e também para fortalecer os sentimentos de identidade, que os façam se sentirem sujeitos ativos da história.
Conhecer e ocupar os lugares da cidade gera pertencimento uma vez que o conceito de lugar está relacionado à nossa identidade, com o qual criamos vínculos e demonstramos o quanto esse lugar é importante para nós. Conhecer, estudar o lugar onde nascemos e vivemos significa compreender as relações que ali acontecem, o lugar como espaço vivido e construído ao longo do dia a dia pelos indivíduos e por seus interesses.
Estudar a história da nossa cidade contribui para a manutenção da memória do lugar, significa resgatar e preservar a tradição daqueles que ajudaram na sua construção. É uma oportunidade, única, de compreender a nossa própria identidade.
Chegadas e Partidas
Anna Lívia Ribeiro
Se tem uma coisa que eu sempre detestei foi a despedida. Nunca gostei de assistir a um adeus, pior ainda quando eu preciso me despedir.
Você deve estar pensando: quem gosta de despedidas? Acho que ninguém, de fato. Só que algumas pessoas lidam melhor com isso do que outras. Eu estou na lista das que não sabem lidar muito bem.
Despedidas são sempre dolorosas, ainda que necessárias para o seguimento da vida. Alguns ciclos nascem e terminam para que possamos começar tudo outra vez. A despedida do que já cumpriu seu papel faz parte da transformação essencial nas nossas vidas. É assim que seremos melhores do que fomos ontem.
Quando nos despedimos de alguns amores, até parece que vamos morrer aos poucos. O coração fica pequenino, apertado, angustiado. É ou, não é?
A vida é cheia de ciclos. Inícios e fins. Chegadas e partidas. Tudo um dia finda, mesmo sem querer findar. O tempo vai correndo e nos escapando da mão, o mundo, sendo mutável, vai tomando outras formas, seguindo outro rumo, mudando de prumo – as pessoas, consequentemente, também.
É assim quando a pessoa amada, os filhos, os amigos tomam outro caminho, navegando por mares que não conheciam, morando em países que nunca imaginaram, casando, sonhando, partindo. Parece que nunca mais conseguiremos sorrir, nos divertir ou chorar em outro ombro.
Tem gente que vai, tem gente que fica e que faz planos contigo. Tem gente que tem planos e esses ficam pelo meio do caminho porque a vida tomou outro rumo, e aí vem a despedida. Partir e ficar, dizer adeus ou até logo passa a ser rotineiro. Você se torna mais afetivo, mais amoroso e mais emotivo. São tantas despedidas, mas cada uma acontece como se fosse a primeira.
Chegadas e partidas nos fazem mais fortes quando assumimos nossa responsabilidade pelo caminho que traçamos. A vida é doce, ainda que pareça amarga vez ou outra. Quando aproveitamos a doçura do destino para lambuzar tudo sem medo de sujar a roupa, aprendemos que no momento presente é onde tudo acontece.
As chegadas e partidas na minha vida me ensinaram também sobre a importância de encontrar um propósito. São as mudanças, os recomeços, o adeus e o bem-vindo de volta, as idas e vindas que escrevem a nossa história.
Quero apenas desejar boa sorte nessa caminhada, resiliência nas partidas e muita, mas muita gratidão pelas chegadas.
“E assim chegar e partir
São só dois lados da mesma viagem
O trem que chega é o mesmo trem da partida
A hora do encontro é também despedida…“
(Milton Nascimento – Fernando Brant)
Ilhéus, nossa Ilha!
Ilhéus do Ivan do caldo de cana, mais conhecido como “Caxeiro”.
Ilhéus da Dona Maria, que comercializa seus produtos na Rua Tiradentes, e do seu Ailton, que comercializa os seus no Jardim Savóia;
Ilhéus do Paulo, com seu maravilhoso acarajé, no Outeiro de São Sebastião.
Ilhéus do Rossembergue, o Nosso Tip Top.
Ilhéus de tantos e de todos.
Ilhéus da Anna Lívia:
Aqui renasci e voltei ao teu encontro para minha caminhada prosseguir.
Infância feliz nas ruas da Linha, do Café, do Ceará, Avenida Soares Lopes a brincar de esconde-esconde, garrafão, carrinho rolimã, cair no poço, bicicleta, patins, guerra de mamonas e amêndoas. Ouvir música na minha vitrola vermelha (presente de Papai Noel), lendo tudo que eu encontrasse sobre a vida de Charles Chaplin.
Fim de tarde, a diversão estava garantida no imaginário safari dos leãozinhos na companhia dos meus irmãos e da criançada que enchia a praça.
A praia da Avenida Soares Lopes era meu quintal: tomar sol, nadar, jogar frescobol, namorar sem preocupação.
Diante dos teus olhos cresci e os meus passos tu fostes acompanhando.
Nesse pedaço de chão me fiz Mulher!
Pedaço de chão que tem música nos ventos embalados pela sinfonia das maritacas ao entardecer.
Tem morro, tem trilha, tem ilhas, tem cabruca.
Lugar para orar, contemplar a natureza, subir ladeira e avistar o mar!
O lugar onde vivo tem nome de santo, história e tradição. Tem muita gente bacana dentro dele com suas histórias para contar. Mas, tem gente desmantelada que nem tem o que lembrar.
Assim é o lugar onde vivo! Onde deixarei que raízes encontrem solo fértil…
Quando eu partir, vou continuar existindo na imensidão do seu mar azul.
É um Pedaço de Chão lindo, pode acreditar!
E se duvidar venha nos visitar!
Parabéns Ilhéus por seus 488 anos de Capitania e 141 anos de elevação à cidade!
A magia do ecoturismo em Bonito
Um dos principais destinos de ecoturismo do Brasil é Bonito, no Mato Grosso do Sul. O nome foi adquirido porque antigamente havia na região uma fazenda chamada Rincão Bonito. Para além disso, não faltam motivos para que a cidade faça jus a esse nome. É um lugar incrível para contemplar rios cristalinos, a vida aquática, observar aves e outros animais silvestres, visitar cavernas, fazer rapel, ciclismo, mergulho com cilindro…
As possibilidades são inúmeras e é exatamente isso que impressiona em Bonito, seu potencial de sempre oferecer atividades novas, atividades de natureza e poder apreciá-la das mais diversas formas.
Desembarquei nessa pequena joia brasileira para explorar um pouco das belezas sul-mato-grossenses através do Inspira Ecoturismo, realizado pelo SEBRAE/MS, com o objetivo de proporcionar aos participantes compartilhamento de conhecimentos, oportunidades de negócio, networking, visitas técnicas aos atrativos, tudo isso a fim de inspirar e fomentar o empreendedorismo e a inovação relacionados com as atividades turísticas nos destinos com vocação para o turismo sustentável.
Bonito é uma referência internacional em Ecoturismo e eu não poderia ficar de fora dessa. Ao longo dos dias fui percebendo que Bonito tem um jeito diferente de fazer turismo. Todos os passeios têm número limitado de visitantes (não há interesse em turismo de massa) e, para quem não gosta de destinos em que as pessoas ficam oferecendo atividades nas ruas o tempo todo, lá é excelente porque isso não acontece.
Logo que a região foi despertando para a vocação turística, algumas ações foram desenvolvidas. Uma delas foi a implantação nas agências de turismo da cidade do chamado voucher único, um sistema compartilhado pelas agências e propriedades privadas que oferecem os passeios (boa parte dos passeios são feitos em propriedades privadas, que são como grandes fazendas, geralmente com uma sede onde os visitantes são recepcionados).
Nenhum passeio em Bonito pode ser realizado sem o voucher (devem ser agendados com antecedência de maneira online ou na própria cidade), já que não é possível chegar ao local onde é realizada a atividade e lá decidir visitá-la. Nele está especificado o horário do passeio, o número de vagas e o guia de turismo. Além disso, é um documento fiscal municipal. Sistematizado, tem controle online e, uma vez emitido, todos os atores do turismo (guias, atrativos, transporte, agências…) ficam cientes e se tornam responsáveis pelo controle de satisfação do visitante. O voucher só pode ser emitido por uma agência de turismo local e credenciada.
Como os passeios que realizei foram todos junto à natureza, a proposta de limitação do número de visitantes é interessante, pois gerou em mim uma experiência sensorial mais assertiva com o lugar e me fez entender acerca da capacidade de carga de cada um deles.
Bastante organizado, o turismo incentiva a preservação, conservação e regeneração da região valorizando todos os atores envolvidos nela.
Foram dez dias incríveis traduzidos em conhecimento, emoção, prazer, inspiração e satisfação. Lugares que me emocionaram sobremaneira, como o Buraco do Macaco, uma gruta formada pela erosão do Córrego da Boca da Onça com entrada, a nado, através de um túnel, e uma viagem ao centro da Terra no Abismo Anhumas experienciando um mergulho com cilindro.
Bonito é o encontro com a natureza plena, aliado a experiências únicas, não só por ter as águas mais transparentes em seus rios, cachoeiras e grutas, mas por me colocar frente a frente com a magia da vida.
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Anna Lívia Ribeiro é ilheuense, Mãe, Avó, Pedagoga, Especialista em Educação Infantil, Mestre em Desenvolvimento Regional e Meio Ambiente, Graduanda em Gestão em Turismo, Agente de Viagens.