:: ‘Natal’
Escola Ação e Cidadania celebra o anjo peralta que anuncia um menino chamado Jesus
Um anjinho peralta pega a flauta de São Pedro e as chaves do céu, vem à Terra e realiza uma alegre brincadeira de crianças de um bairro carente. O som da flauta se espalha e numa linda noite de 25 de dezembro, a música é interrompida pelo choro de uma criança que nasceu sem luxo e sem riqueza.
Um menino chamado Jesus, que se faz presente em todas as casas, em todos os corações, tocando corações e mentes. Quando é chamado de volta por São Pedro, o anjinho peralta já cumpriu a sua missão de espalhar o espírito de Natal.
Foi com essa alegoria da vida real, onde o verdadeiro motivo do Natal, a celebração da chegada de um Deus Menino com uma mensagem que mudou o mundo, é sufocada pelo excesso de consumismo, que a Escola Ação e Cidadania, mantida pela Fundação Manoel Chaves, no bairro da Bananeira, em Itabuna, realizou sua comemoração de final de ano.
A festa, que contou com as presenças da presidenta de honra da Fundação, Helena Chaves, da presidente Lia Chaves e da diretora da escola, Margarida Mello, reuniu pais, amigos e os alunos da escola. O espetáculo ´O anjinho peralta´ foi apresentado pelo Coral Ação e Cidadania, com a participação de alunos simbolizando personagens do Natal. Todos os alunos receberam presentes de Natal. “Esse é um momento de confraternização e também de celebrar a inclusão social, um principais ensinamentos de Jesus, que foi um exemplo de solidariedade e espírito voluntário”, disse Lia Chaves.
A Escola Ação e Cidadania atende cerca de 500 crianças entre o ensino regular, da educação infantil ao ensino fundamental, e cursos de informática, dança, violão, teclado, violino e percussão. O espaço também é aberto à comunidade para a realização de cursos profissionalizantes e prática de atividades esportivas. Ex-alunos da escola já estão cursando a Universidade Estadual de Santa Cruz e outras instituições de ensino superior e inseridos no mercado de trabalho.
Antonio Junior lança contos cinematográficos em Itabuna
O jornalista e poeta itabunense Antonio Nahud Júnior desta vez brinda o leitor com o livro de contos Pequenas Histórias do Delírio Particular (Editora O Falcão Maltês, 154 págs.) a ser lançado em 28 de agosto, terça-feira, às 19 h, na Sala Zélia Lessa, centro, em Itabuna, com a exposição fotográfica “A Face Oculta”, de Morvan França, inspirada na obra do pintor Francis Bacon e nos contos do livro.
Com prefácio de Jorge de Souza Araújo, e apresentação de Ruy do Carmo Póvoas, a obra reúne sessenta e quatro curtas histórias escritas nos últimos 10 anos e publicadas em revistas, jornais, sites e blogues.
Em seu conjunto, os escritos de Pequenas Histórias do Delírio Particular oferecem ao leitor um instigante passeio literário e existencial. A obra foi lançada inicialmente com muito sucesso em Natal e Mossoró (Rio Grande do Norte), João Pessoa (Paraíba), Salvador e já tem datas marcadas para lançamento em Recife, Aracaju e Belo Horizonte. O escritor baiano, que reside em Natal, publicou dez livros, entre eles, “Ficar Aqui Sem Ouvido Por Ninguém”, “ArtePalavra – Conversas no Velho Mundo” e “Se Um Viajante Numa Espanha de Lorca”.
ESCRITOR GRAPIUNA POSA NU PARA ARTISTA PARAIBANO
O escritor grapiúna Antonio Nahud Junior posou como modelo-vivo, totalmente nu, para a tela “São Sebastião”, do artista plástico paraibano, radicado em Natal, Jomar Jackson. Nahud, que já havia trabalhado como modelo-vivo na Real Academia de Bellas Artes de Madrid, sentiu-se honrado em dar sua imagem ao santo católico.
“Foi um convite que me surpreendeu, mas não pensei duas vezes, aceitando-o imediatamente, mesmo contra a opinião de muitos amigos, que acharam temeroso a exibição pública da obra”, disse o escritor. A tela faz parte da mostra “Valei-me São Sebastião!”, em exibição na Galeria Newton Navarro/Fundação José Augusto, em Natal, desde o último dia 20, data que celebra o santo-mártir italiano.
EU BEBO SIM. E VOU MATANDO…
Dados da Polícia Rodoviária Federal revela que o número de acidentes nas estradas federais que cortam a Bahia chegou a 527 no período de 16 de dezembro até esta segunda-feira, 2. O saldo é de 284 feridos e 42 mortes.
Com relação aos acidentes, houve aumento de 10,71% em relação ao final de 2010 e início de 2011. Houve elevação também no número de feridos (284 contra 268) e ligeira queda nos registros de mortes (46 no ano passado contra 42 este ano).
90% dos acidentes estão relacionados à imprudência, com destaque para ultrapassagens indevidas e embriaguez.
É NATAL. E DAÍ?
Um menino chamado Jesus passou pelo centro da cidade, entre calçadas, lojas e gente, muita gente.
Olhou vitrines, sonhou com brinquedos que provavelmente nunca terá.
Disputou restos de comida com cachorros em latas de lixo espalhadas pelas esquinas.
Dormiu sob marquises de lojas recém-inauguradas, com o luxo refletindo em seu corpo coberto com pedaços de jornais que anunciam escândalos políticos que não vão dar em nada, violência e mais violência e veleidades nas colunas sociais,
Um menino chamado Jesus pediu esmolas nas sinaleiras, uma camisa velha nas casas de família.
Não pediu, porque já não espera receber, gestos de carinho e atenção.
O menino chamado Jesus se contenta com uma roupa velha, um prato de comida.
Mas, quem é que tem tempo para esse menino chamado Jesus quando o Natal se aproxima?
É tempo de fazer compras, mesmo que comprometendo boa parte do salário no cartão de crédito.
De trocar de carro, escolher a roupa da moda, se programar para as inúmeras festas de reveillon.
De preparar a ceia de Natal, farta, alegre, muitas vezes esbanjadora.
Tempo dos amigos secretos, das festinhas de confraternização, de exibir aquele companheirismo de fachada de apenas um dia, quando a regra é o individualismo de todos os dias do ano.
Não há mesmo tempo para dar atenção a um menino, mesmo que ele se chame Jesus.
Que ele se chamasse João, Paulo, Pedro, José. Pouco importa.
É apenas mais um menino perambulando pelas ruas, sem passado, sem presente.
Provavelmente sem futuro.
É Natal.
Entre tantos compromissos sociais, presentes, projetos que nunca se concretizam para o ano que está chegando, não há tempo nem para um outro Menino, hoje não necessariamente a razão, mas apenas o pretexto para essa festança.
Um menino igualmente chamado Jesus, menos Divino e mais Humano, que viveu e morreu em nome de valores como igualdade, solidariedade, fraternidade, simplicidade.
O Jesus Menino e o menino chamado Jesus estão separados por quase dois milênios.
Ignorar as lições do Jesus Menino explica a existência do menino chamado Jesus e de tantos e tantos outros meninos e meninas que perambulam pelas ruas.
Meninos e meninas, de todas os nomes, para quem não apenas Papai Noel mas também o Natal é apenas uma abstração em meio à fome e ao abandono.
As luzes de Natal lançam apenas sombras sobre uma realidade que fingimos não ver, cegos que estamos pelo egoísmo.
É Natal.
E daí?