:: ‘José Nazal’
ALAMBIQUE promove imortalcolizações e comendadorações na Festa Literária de Ilhéus

Com o Comendador José Nazal
A Academia de Letras, Artes, Música, Birita, Inutilidades, Quimeras, Utopias, Etc., ALAMBIQUE marcou presença na Festa Literária de Ilhéus e aproveitou o ágape para promover uma série de imortaalcolizações, com o critério que lhe é peculiar, primando pela seletividade e rigor na escolha de seus novos integrantes e beberantes.

Com o Comendador Rafael Gama
O presidente vitalício, imortalício e ditatorialício da ALAMBIQUE, Daniel Thame, num curto espaço de 20 minutos, imortaalcoolizou 54.313 acadêmicos e concedeu, igualmente de forma criteriosa, 13.013 Comendas Dedé do Amendoim (ah, essa mal disfarçada predileção pelo 13).

Com o Comendador Jonildo Glória
Entre os agraciados, próceres dessas plagas grapiúnas como o historiador e fotógrafo José Nazal, o agitador cultural Rafael Gama e os jornalistas Jonildo Glória e Thiago Dias, que -oh, ingratidão!- nem se dignaram a pagar um reles copo de cerveja artesanal que estava sendo comercializada na Flios.

Com o Comendador Thiago Dias
Menção honrosa para a imortaalcolização e comendadoração de estivador que, depois de tomar umas a mais, parou na entrada do Centro de Convenções para perguntar onde ficava o Porto do Malhado e ali mesmo entrou para o glorioso panteão dos imortais. Esse sim, grato pela honraria, fez questão de dividir sua garrafa de corote com o presidente da Alambique.
Com mais essa série de homenagens, ainda assim a Alambique está longe de superar suas co-irmãs, Academia de Letras de Ilhéus, AGRAL e ALITA, tamanho o número de literatos que brota nesse chão amadiano.
Alvissaras aos novos alambicanos!!!

Mia Couto perdeu a imortalidade por limitações intelectuais do presidente da ALAMBIQUE. Irreparável!!!
Em tempo: Daniel Thame pensou (sim, nosso presidente pensa!) em entregar a Comenda Dedé do Amendoim e imortaalcoolizar o escritor Mia Couto. Mas como mal fala o português, não quis se arriscar em outro idioma.
Peraí, Mia Couto é de Moçambique onde a língua oficial também é o português…
É nisso que dá um ex-jornalista em atividade querer se imiscuir no exclusivo universo dos literatos sem ter estofo intelectual para tanto!!!
Solenidade comemora 50 anos do Campus da Uesc com outorga de títulos de Doutor Honoris Causa e Professor Emérito
A comunidade acadêmica, autoridades e convidados celebraram, nesta quinta-feira (25), com emoção, os 50 anos de fundação do Campus Professor Soane Nazaré de Andrade, da Universidade Estadual de Santa Cruz (Uesc). As comemorações tiveram início com o hasteamento das bandeiras acompanhado pela Banda de Música do 2º Batalhão de Ensino, Instrução e Capacitação (Beic), seguido do descerramento de placas comemorativas.
No auditório do Centro de Arte e Cultura da Universidade, foram exibidos documentários sobre a história da Uesc, produzidos pela Assessoria de Comunicação (Ascom) e pela TV Uesc – projeto do curso de Comunicação Social. Em seguida, foi realizada a entrega dos títulos de Professor Emérito ao diretor-geral da Fespi, Aurélio Farias de Macêdo (1985-1988), e à reitora Adélia Maria Carvalho de Melo Pinheiro (2012-2019) e de Doutor Honoris Causa.
A sessão solene do Conselho Universitário também outorgou os títulos de Doutor Honoris Causa ao músico Adalmiro Leôncio da Silva (Sabará), ao fotógrafo e memorialista José Nazal Pacheco Soub e ao artista Clóvis de Figueiredo Leite (Kocó) – in memoriam, criador da Banda Lordão. A cerimônia contou com a participação do irmão de Kocó, José Jorge Leite, da viúva Sônia Leite e as cantoras da Banda Lordão, Cris Mel e Tina Dias.
O reitor e presidente do Consu, Alessandro Fernandes, agradeceu aos conselheiros pela realização da Reunião solene para entrega dos títulos de Professor Emérito Doutor Honoris Causa. Ele frisou que foram descerradas uma placa alusiva ao 50 anos do Campus e outra em homenagem aos fundadores com o agradecimentos a Comissão Executiva do Plano da Lavoura Cacaueira Ceplac, responsável pela construção desse campus e ao saudoso agricultor Manoel Nabuco e sua família que doaram 14 hectares, desta área, ajudando, junto com todos os pioneiros, a criar o sonho de uma Universidade.
Uesc aprova títulos de Doutor Honoris Causa à Sabará, Kokó e José Nazal
O Conselho Universitário da Universidade Estadual de Santa Cruz (Connsu/Uesc) aprovou, em sua 76ª reunião ordinária, os títulos de Doutor Honoris Causa para baterista Adalmiro Leôncio da Silva (Sabará), para o músico e cantor Clóvis de Figueiredo Leite (Kokó) e para o fotógrafo e memorialista José Nazal Pacheco Soub. Os conselheiros aprovaram, também, os títulos de Professor Emérito para o ex-diretor da Fespi, Aurélio Farias de Macêdo e para a reitora Adélia Maria Carvalho de Melo Pinheiro (2012-2019).
O título de Doutor Honoris Causa é a máxima distinção concedida pela Universidade a personalidades que se destacam pela atuação em defesa das artes, da ciência, das letras e do melhor entendimento entre os povos. Na Uesc as solicitações de concessão de título são encaminhadas ao Consu mediante proposta formalizada pela Reitoria ou por qualquer outro órgão colegiado da Instituição. Já o título de Professor Emérito será concedido a seus docentes aposentados que tenham alcançado posição eminente em atividades universitárias.
D” de Dalton, o narrador esportivo
José Nazal
Impressionante como casos do cotidiano nos lembram fatos guardados em nossa memória, adormecidos em nossas longínquas e afetivas lembranças. Parece até uma coisa mágica, mas na verdade é uma das maravilhosas dádivas do Nosso Criador.
Tempos atrás, no café da manhã, fui me servir de uma rodela de batata doce e, no trajeto entre a vasilha e meu prato a batata escapuliu do garfo e caiu dentro da xícara do café. Caiu tocando na borda da xícara, fato que me fez saudar o momento dizendo alto: *“xui!”*. Janine, que estava ao meu lado exclamou: “oxe meu pai! Não é *“xua”*? Rindo muito, passei a explicar.
No início dos anos 70, o esporte em Ilhéus fervilhava, de modo especial os esportes de quadra, pois a cidade tinha uma das maiores arenas desportivas, legado do então prefeito Herval Soledade, que empresta seu nome ao equipamento. Naquela época tinhas todas as modalidades esportivas em atividade: futebol de salão, basquete, voleibol (masculino e feminino) e também salto em distância, corridas rápidas e de fundo, que eram praticadas na pista do Estádio Mário Pessoa. Os jogos eram à noite, sempre às terças, quintas e sábados.
Com as arquibancadas sempre cheias e a popularidade em alta, as atividades esportivas tinha transmissão por parte de emissoras locais e o maior entusiasta era o saudoso Paulo Kruschewsky, campeão em driblar as dificuldades para executar as transmissões. Era uma alegria só, porque ele não dispensava narrar os jogos levando consigo um isopor com algumas cervejas.
Uma das dificuldades das transmissões é que no ginásio de esportes não havia cabines de rádio e, para resolver o problema, os equipamentos de transmissão eram montados no balcão superior, acima dos vestiários e sanitários que ficava onde hoje está funcionando parte da SUTRANS.
Memórias de Ilhéus, por José Nazal
Vista parcial do centro antigo da cidade de Ilhéus, com destaque para o Palácio Paranaguá (à direita), Palacete do Coronel Antônio Pessoa (no centro), residência do Coronel Aureliano (Tico) Brandão Pinto e o espaço onde foi edificada a Praça Cel. Pessoa.
Uma das fotos de Ilhéus mais antigas que meus olhos já viram. Estimo ser entre 1910 e 1915, porque a praça em 1925 já estava urbanizada com implantação do chafariz ‘Val Dosne’ e vegetação, conforme registro fotográfico de Pablo Pinillos.
Não há como negar, que nossos antigos governantes tinham mais cuidado e gosto mais apurado. Basta comparar com as praças que temos hoje, principalmente as mais antigas.
Ilhéus: Potência Turística
Uma palestra que gerou uma matéria em uma revista que gerou um bate-papo na TV Cacau que gerou uma coluna neste blog.
O fotógrafo ilheuense, memorialista, autor do livro Minha Ilhéus, José Nazal Soub, amplia a discussão da condição de Ilhéus enquanto cidade turística. Não tem formação nem capacitação técnica na área, mas valida sua fala na experiência, sobretudo no olhar atento do registro cotidiano e o conhecimento que tem sobre a cidade.
É fácil transitar pelas ruas de Ilhéus ou até mesmo em conversas amenas e ouvir as pessoas dizendo que Ilhéus tem potencial. A sensação é de que esse discurso saiu do comum e se normalizou. Ilhéus é Potência ou tem Potencial Turístico? A partir desse questionamento iniciamos nossa conversa.
Para Nazal, Ilhéus é potência turística e falar de turismo na cidade sem homenagear e citar Rubens Souza Guerra, mais conhecido como Guerrinha, é uma injustiça ímpar. Segundo ele foi a primeira pessoa que tentou levar de forma profissional Ilhéus para quem aqui vinha visitar. Jorge Amado é outra pessoa que está ligada diretamente ao turismo na cidade, pois foi através da obra Jorge amadiana que Ilhéus ficou conhecida mundialmente.
Nazal enfatiza que Ilhéus tem todas as qualidades e elementos que confirmam a sua condição de Potência Turística: Beleza Natural (Rio do Engenho, Lagoa Encantada, Parque Marinho, Parque da Boa Esperança, entre outros); tem História, Patrimônio Cultural Material e Imaterial – dos costumes, das tradições (Carnavais Antigos, Festas de São João, Bumba Meu Boi, Terno de Reis, Festa do Divino em Olivença – que se perderam – e a Puxada do Mastro que se descaracterizou ao longo do tempo; 100 km de costa e 70km de praia; já foi epicentro de novelas; as Fazendas de Cacau; Estrada do Chocolate; turismo de pesca, náutico (que necessitam ser calendarizados); turismo de eventos para além dos que já acontecem na cidade a exemplo do Festival do Chocolate, Festa Literária, Festival Gastronômico Mico Leão – que geram emprego direto e indireto, mas precisa atrair eventos externos melhorando os equipamentos existentes: Centro de Convenções, Concha Acústica, entre outros.
Ilhéus: potência ou potencial?
É fácil transitar pelas ruas de Ilhéus ou até mesmo em conversas amenas e ouvir as pessoas dizendo que Ilhéus tem potencial. A sensação que temos é que esse discurso saiu do comum e se normalizou. Ilhéus é Potência ou tem Potencial turístico?
A partir desse questionamento Anna Livia Ribeiro realizou um bate-papo com José Nazal, fotógrafo e memorialista ilheuense.
Confira:
Um valioso aparte
José Nazal
Início da década de 1970 do século passado, Edmond Darwich assumiu o governo do município de Ilhéus depois de vencer a Gilberto Fialho na eleição. Era o tempo do bipartidarismo, com a Aliança Renovadora Nacional (Arena) e o Movimento Democrático Brasileiro (MDB), e ele governou com apertada maioria na Câmara Municipal.
No Legislativo, palco de acaloradas discussões em busca da defesa do melhor para a cidade, em uma das sessões, o vereador Manoel Paulino de Oliveira, popularmente conhecido como Maneca do Caixão (dono da funerária mais luxuosa da cidade), apresentou um requerimento sugerindo que fosse construído um muro no Cemitério São João Batista – no antigo Distrito de São João da Barra do Pontal, muito antes de ser bairro –, pois estavam ocorrendo ações de vândalos danificando túmulos, inclusive, com roubo de metal dos ornamentos.
Maneca sempre discursava com veemência, mais ainda se no dia tivesse esquentado os dentes com uma boa pinga, esfriando-os depois com umas cervejas durante o almoço.
Antonio, Ruy e Coló
José Nazal
Em Ilhéus há duas antigas praças, muito próximas. Ambas ficam na avenida beira-mar, onde tudo acontece, denominada de Soares Lopes. As praças são dedicadas a dois ilustres baianos: o poeta Castro Alves e o jurista Ruy Barbosa.
Um velho frequentador das praças, o bancário Coló, apreciador de uma boa pinga e fumante inveterado, era apaixonado pelo “Poeta dos Escravos” e adversário ferrenho do “Águia de Haia”. Coló, no auge dos seus ‘’porres”, era o mensageiro que levava e trazia os recados entre os bustos dos ilustres homenageados. Na maioria das vezes, recados desaforados.
Coló morava próximo da praça de Antônio, nome pelo qual ele se dirigia ao ídolo e amigo íntimo, o poeta baiano Antônio Frederico Castro Alves. Diante do busto, bradava em alto e bom som: “Antônio, vim lhe dizer que o tal do Ruy desafiou você. Disse-me hoje que encontrou erros de português em seus versos! Vim aqui te dizer isso e pedir permissão para voltar lá e dizer uns desaforos a ele. Tá pensando o quê, o tal jurista? Que é mais importante que você? Vou lá e volto já”.
Partia então Coló, calmamente e num equilíbrio perfeito (com a solenidade que apenas os bêbados têm), para a praça de Ruy. Chegando, desancava o jurista com o recado que trazia a resposta de Castro Alves. Depois de falar, parava para escutar e, a depender do que ouvia nos resmungos de Ruy, passava a xingá-lo com todos os impropérios que conhecia.
Assisti a essas cenas diversas vezes. Quem não viu tem o direito de não acreditar.
*Ex-prefeito de Ilhéus