:: ‘Falcão’
Falcão do Rappa no Réveillon na Península de Maraú.
O cantor Falcão se apresenta dia 28 de dezembro no reveillon da Peninsula de Maraú, no Sul da Bahia, com a banda Jet Dub System, que é um um estilo diferente num projeto novo do cantor já bastante conhecido e premiado em nível nacional e internacional. Ao criar o projeto Jet Dub System, Falcão uniu duas de suas paixões – o DUB (subgênero do Reggae onde a “levada” e os “climas” da música são valorizados em versões estendidas) e a obra do grande mestre Tim Maia.
Com uma formação diferente do usual, o grupo, que nasceu como uma versão menor do projeto “Loucomotivos”, também capitaneado por Falcão, se reúne para apresentar suas versões de clássicos da música brasileira, O Rappa, Jorge Ben, e é claro: Tim Maia.
Os interessados em assistir ao show, com vagas super limitadas, podem adquirir os ingressos
através do link bit.ly/CafeBR2017 ou na Página oficial do Café de la Musique no Facebook ou Instag
ONZE CONTRA DOIS. E AINDA TERMINOU EMPATADO
Rádio Difusora Oeste, Osasco (SP), 1985. Para quem trabalha em radio pequena, cobrir uma partida da Seleção Brasileira é a glória. Assim, até um jogo mulambento entre Brasil e Bolívia no Estádio do Morumbi, pelas Eliminatórias da Copa do Mundo de 86, no México, ganhava ares de decisão.
O Brasil, dirigido pelo saudoso Telê Santana, já estava classificado e o time era recheado de jogadores do São Paulo, como Oscar, Silas, Careca, Muller, Sidney e um Falcão já em fase outonal. Enfim, a velha e boa média com a sempre exigente torcida paulista.
Para nós da aguerrida Difusora Oeste, era a chance rara de poder contar (como estou contando aqui) que cobrimos um jogo da Seleção Brasileira. Grande m…, dirão alguns, diante da maneira como o nosso time nacional foi banalizado e transformado em mercadoria para as nikes e cbfs da vida. Mas, naquele tempo a Seleção ainda era uma instuição quase sagrada.
A equipe da rádio para o jogo em questão tinha Alceu de Castro na narração, Carlos Roberto nos comentários e eu como repórter de pista. Os “famosos quem?”.
Alceu era um sujeito simplório, vindo do interior, que adorava imitar o Fiori Giglioti. Sem muito estudo, quando cismava com uma palavra bonita usava toda hora, mesmo que ela não fizesse o menor sentido na transmissão.
Ao receber a escalação da Bolívia, com aqueles nomes todos em espanhol, parecia que Alceu havia se deparado com a escalação de um time grego ou polonês, com seus nomes impronunciáveis.
Vendo a dificuldade do narrador, Carlos Roberto passou dica:
-Ô Alceu, pega uns cinco ou seis nomes mais fáceis e toca a transmissão numa boa.
Alceu acatou a sugestão, mas talvez empolgado por estar narrando um jogo da Seleção Brasileira, em vez de cinco ou seis, ele só guardou o nome de dois jogadores da Bolívia: Garcia e Vaca.
E era um tal de “Garcia toca para Vaca”, “Vaca lança para Garcia”, “Vaca faz falta feia em Careca”, recheados pelo “bola com o número 8”, “olha o número 5 avançando pela ponta”. E a gente sem querer ou poder “escalar” mais alguns jogadores da Bolívia, com medo de que Alceu chutasse o pau da bandeira e a transmissão desandasse de vez.
O fato é que, jogando “só” com Garcia e Vaca, a Bolívia encarou o Brasil de igual para igual e arrancou um heróico empate em 2×2. Naquele tempo, empatar com o Brasil merecia o apodo “heróico”. Hoje, até Venezuela ganha da gente sem que Hugo Chavez decrete feriado nacional.
Encerrada a transmissão, fomos todos tomar nosso fogo paulista (uma mistura de cachaça com groselha, verdadeira bomba, mas era o que o orçamento minguado permitia) em paz.
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Tempos de fogo paulista, pão com mortadela, calça velha azul e desbotada (porque só tinha uma). Não parecia, mas éramos felizes e só viríamos saber bem depois.
BAHIA DEMITE FALCÃO
A goleada de 4×0 para o Fluminense e a vice-lanterna do Brasileirão selaram a sorte de Paulo Roberto Falcão. Ele foi demitido do comando técnico do Bahia na manhã de hoje.
Sob o comando de Falcão, e enfrentando um bando de galinhas mortas, o Bahia foi campeão baiano após uma década de jejum galináceo.
Quando enfrentou times de verdade no Brasileirão, o Bahia desandou.
E aí cortaram as asas de Falcão.
FALCÃO VOA BAIXO E BAHIA PATINA NA ZONA
Depois de ganhar o campeonato estadual enfrentando galinhas mortas e ainda assim a duras penas, o Bahia cai na real: em quatro jogos pelo Campeonato Brasileiro, duas derrotas e dois empates.
Hoje, o time de Falcão perdeu em casa para o Vasco por 2×1 e saiu de campo vaiado pela torcida. Com apenas dois pontos ganhos, o Bahia flerta perigosamente com a zona de rebaixamento.
O lanterna, acreditem, é o Corinthians com apenas um empate em quatro jogos. Mas o Timão está mesmo é com a cabeça nas semifinais da Libertadores, já que na quarta-feira pega o Santos.
BA-VI EMOCIONANTE. EMPATE DÁ TÍTULO AO TIME DE FALCÃO
11 anos depois, o Bahia volta a levantar a taça de campeão estadual. Num jogo emocionante, o time comandado por Falcão empatou em 3×3 com o Vitória e garantiu o título.
O Vitória fez 1×0, o Bahia virou para 2×1, o rubro negro virou pra 3×2 e Diones fez o gol do título.
3×3, Bahia campeão e Falcão, que já era o Rei de Roma, agora é também o Rei de Salvador.
FALCÃO E CEREZZO SE REENCONTRAM NO BA-VI
Falcão e Cerezzo, que fizeram parte da Seleção Brasileira de 1982, que não ganhou a Copa de 82, mas conquistou o coração dos brasileiros com seu futebol-arte, se reencontram hoje em Salvador.
Cerezzo comanda o Vitória e Falcão dirige o Bahia, no maior clássico do futebol nordestino. Que o talento que a dupla demonstrou nos gramados sirva de exemplo para os jogadores. O BA-VI promete.
Confiram um pouco da arte de Falcão e Cerezzo, no time mágico de 82.
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