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Daniel Thame, jornalista no Sul da Bahia, com experiência em radio, tevê, jornal, assessoria de imprensa e marketing político danielthame@gmail.com

maio 2024
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:: ‘ditadura militar’

Deixem Yoani falar!

Mordaça transforma Yoani em santa libertária da Midia Pistoleira

O PT e o PCdoB se notabilizaram como partidos que combateram a ditadura militar e defenderam a liberdade de expressão. Muitos de seus militantes foram torturados e/ou mortos nos porões do regime dos gorilas truculentos e seus violentos macaquinhos amestrados. A censura calou inúmeras vozes, algumas para sempre.

Dai ser absolutamente inconcebível a atitude de alguns grupos ligados ao PT e ao PCdoB de impedir que a blogueira cubana Yoani Sánchez, em viagem ao Brasil, emita suas opiniões sobre o regime liderado pelos irmãos Fidel e Raul Castro.

Concorde-se ou não com o que Yoani fale, ela tem todo o direito de falar. Se é uma defensora da democracia  ou uma porta voz da colônia cubano-americana em Miami, ou mesmo agente da CIA, que se faça o confronto de ideias.

Impedir Yoani de participar de debates ou da exibição de um documentário é típico de uma  pequena, mas barulhenta, parcela do PT e do PCdoB (que também pode ser encontrada no DEM e no PSDB, por exemplo) que ainda não desceu das árvores ou não saiu das cavernas.

E de mais a mais, essa atitude imbecil tem o efeito contrário: dá à Mídia Pistoleira, a inefável revista Veja à frente, a oportunidade de transformar a blogueira Yoani numa espécie de mártir, uma quase santa libertária.

Deixem Yoani falar.

Ou será que liberdade de expressão é só a favor, companheiros e camaradas?

Em tempo: esse blogueiro é filiado ao PT e entende que se Cuba não é o melhor dos mundos também não é o pior dos mundos, o que não é pouca coisa. É muita coisa. 

Nunca mais. Nunca mais, mesmo!

 

lembrar sempre, pra não esquecer nunca

CARLOS ALEXANDRE AZEVEDO (1972-2013)
Morrer aos poucos

Por Luciano Martins Costa, do OBSERVATÓRIO DA IMPRENSA

O técnico de computadores Carlos Alexandre Azevedo morreu no sábado (16/2), após ingerir uma quantidade excessiva de medicamentos. Ele sofria de depressão e apresentava quadro crônico de fobia social. Era filho do jornalista e doutor em Ciências Políticas Dermi Azevedo, que foi, entre outras atividades, repórter da Folha de S. Paulo.

Ao 40 anos, Carlos Azevedo pôs fim a uma vida atormentada, dois meses após seu pai ter publicado um livro de memórias no qual relata sua participação na resistência contra a ditadura militar. “Travessias torturadas” é o título do livro, e bem poderia ser também o título de um desses obituários em estilo literário que a Folha de S.Paulo costuma publicar. Carlos Alexandre Azevedo foi provavelmente a vítima mais jovem a ser submetida a violência por parte dos agentes da ditadura.

Ele tinha apenas um ano e oito meses quando foi arrancado de sua casa e torturado na sede do Dops paulista. Foi submetido a choques elétricos e outros sofrimentos.Seus pais, Dermi e a pedagoga Darcy Andozia Azevedo, eram acusados de dar guarida a militantes de esquerda, principalmente aos integrantes da ala progressista da igreja católica.

Dermi já estava preso na madrugada do dia 14 de janeiro de 1974, quando a equipe do delegado Sérgio Paranhos Fleury chegou à casa onde Darcy estava abrigada, em São Bernardo do Campo, levando o bebê, que havia sido retirado da residência da família. Ela havia saído em busca de ajuda para libertar o marido. Os policiais derrubaram a porta e um deles, irritado com o choro do menino, que ainda não havia sido alimentado, atirou-o ao chão, provocando ferimentos em sua cabeça.

Com a prisão de Darcy, também o bebê foi levado ao Dops, onde chegou a ser torturado com pancadas e choques elétricos. Depois de ganhar a liberdade, a família mudou várias vezes de cidade, em busca de um recomeço. Dermi e Darcy conseguiram retomar a vida e tiveram outros três filhos, mas Carlos Alexandre nunca se recuperou.

Aos 37 anos, teve reconhecida sua condição de vítima da ditadura e recebeu uma indenização, mas nunca pôde trabalhar regularmente. Aprendeu a lidar com computadores, mas vivia atormentado pelo trauma. Ainda menino, segundo relato da família, sofria alucinações nas quais ouvia o som dos trens que trafegavam na linha ferroviária atrás da sede do Dops.

Para não esquecer. O jornalista Dermi Azevedo poderia ser lembrado pelas redações dos jornais no meio das especulações sobre a renúncia do papa Bento 16. Ele é especialista em Relações Internacionais, autor de um estudo sobre a política externa do Vaticano, e doutor em Ciência Política com uma tese sobre igreja e democracia.

Poderia também ser uma fonte para a imprensa sobre a questão dos direitos humanos, à qual se dedicou durante quase toda sua vida, tendo atuado em entidades civis e organismos oficiais. Mas seu testemunho como vítima da violência do Estado autoritário é a história que precisa ser contada, principalmente quando a falta de memória da sociedade brasileira estimula um grupo de jovens a recriar a Arena, o arremedo de partido político com o qual a ditadura tentou se legitimar.

A morte de Carlos Alexandre é a coroa de espinhos numa vida de dores insuperáveis, e talvez a imposição de tortura a um bebê tenha sido o ponto mais degradante no histórico de crimes dos agentes do Dops.

A imprensa não costuma dar divulgação a casos de suicídio, por uma série controversa de motivos. No entanto, a morte de Carlos Alexandre Azevedo suplanta todos esses argumentos. Os amigos, conhecidos e ex-colegas de Dermi Azevedo foram informados da morte de seu filho pelas redes sociais, por meio de uma nota na qual o jornalista expressa como pode sua dor.

A imprensa poderia lhe fazer alguma justiça. Por exemplo, identificando os integrantes da equipe que na noite de 13 de janeiro de 1974 saiu à caça da família Azevedo. Contar que Dermi, Darcy e seu filho foram presos porque os agentes encontraram em sua casa um livro intitulado “Educação moral e cívica e escalada fascista no Brasil”, coordenado pela educadora Maria Nilde Mascellani.

Era um estudo encomendado pelo Conselho Mundial de Igrejas. Contando histórias como essa, a imprensa poderia oferecer um pouco de luz para os alienados que ainda usam as redes sociais para pedir a volta da ditadura.

Documentos revelam que ex-deputado Rubens Paiva foi morto nos porões da Ditadura Militar

não há mais segredo: tortura matou Paiva

O coordenador da Comissão Nacional da Verdade, Cláudio Fonteles, divulgou nesta segunda-feira (4) um relatório em que afirma que o ex-deputado Rubens Paiva foi morto nas dependências do DOI-Codi (Destacamento de Operações de Informações do Centro de Operação de Defesa Interna), no Rio de Janeiro.

Fonteles chegou a esta conclusão ao analisar um documento encontrado no Arquivo Nacional, em Brasília, em que agentes do DOI-Codi do Rio descrevem como Rubens Paiva foi localizado e preso. O ex-deputado, que teve o mandato cassado pelo Ato Institucional nº 1, foi levado por agentes da ditadura militar para prestar depoimento em 20 de janeiro de 1971 e, desde então, é considerado desaparecido.

A versão oficial apresentada pelas Forças Armadas é a de que Paiva fugiu quando era levado para reconhecer uma casa no Rio. (do Uol)

“Ausências Brasil” mostra os mártires invisíveis da Ditadura Militar

lembrar sempre, para não esquecer nunca

Está aberta ao público a mostra Ausências Brasil, em exposição no Arquivo Público do Estado de São Paulo, que reúne fotografias de famílias brasileiras que sofreram com a perda de um parente durante a ditadura militar. A exposição traz fotos das famílias feitas durante o regime, ao lado de uma recriação atual da cena, feita pelo fotógrafo argentino Gustavo Germano. No novo clique, Germano tenta reconstruir o momento da primeira imagem, mas agora sem o parente morto ou desaparecido.

“Essas famílias sabem que há um sentimento permanente de presença nas ausências de seus familiares”, explica Germano. “O objetivo é falar do tempo em que elas viveram com essas ausências e do tempo que as vítimas não puderam viver.” O projeto começou com o retrato das famílias de vítimas da ditadura na Argentina (1976-1984), mas logo se expandiu aos países do cone sul, palco da operação Condor – uma ação conjunta das ditaduras dos países da América Latina para prender seus opositores.

João Carlos Haas Sobrinhos, o Dr. Juca

Um dos seus irmãos, Eduardo, foi um dos 30 mil mortos durante o regime. “No fundo, o que qualquer familiar de um desaparecido gostaria é de tê-lo visto envelhecer”, diz o fotógrafo. Entre os casos brasileiros, Germano retrata a família de Fernando Santa Cruz Oliveira, líder estudantil durante a ditadura e membro da APML (Ação Popular Marxista-Leninista). Nascido em Recife, Santa Cruz desapareceu em 1974, depois de ter sido preso pelo DOI-CODI no Rio.

Em maio do ano passado, o ex-delegado Cláudio Guerra disse, em depoimento ao livro “Memórias de uma Guerra Suja”, que teria incinerado o corpo de Santa Cruz, e de outros 10 mortos pela ditadura, em um forno de uma usina de açúcar em Campos (RJ). A Polícia Federal abriu uma investigação sobre as declarações de Guerra.

Além de Santa Cruz, também foram retratadas as famílias dos brasileiros Ana Rosa Kucinski Silva, Alex de Paula Xavier Pereira, João Carlos Haas Sobrinho, entre outros. Promovida pela Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República e organizada pela Ong Alice (Agência Livre para Informação, Cidadania e Educação), a exposição permanece no Arquivo Público do Estado de São Paulo até abril. (da Folha de São Paulo)

 

ARAGUAIA: UMA FERIDA ABERTA NO CORAÇÃO DA SELVA

Guerrilha do Araguaia ”deixou marcas profundas que não tem como apagar”. Entrevista especial com Sônia e Tânia Haas

“Ele perseguia um ideal, e isso tem a ver com a formação que tivemos em casa, de ter um olhar humanitário, de se preocupar com o próximo”, dizem  as irmãs do médico gaúcho, assassinado na Guerrilha do Araguaia há 40 anos. 

Confira a entrevista, publicada no site  do    Instituto Humanitas Unisinos – IHU é um órgão transdisciplinar da Universidade do Vale do Rio dos Sinos – Unisinos, em São Leopoldo, RS

 

Sônia Tânia Hass são duas gaúchas que tiveram suas vidas marcadas pela ditadura militar. Ainda hoje elas carregam lembranças tristes desse período e tentam esclarecer fatos que, por vezes, insistem em ficar esquecidos. Elas são irmãs do médico são-leopoldenseJoão Carlos Haas (foto), militante do Partido Comunista do Brasil (PCdoB), assassinado durante a Guerrilha do Araguaia, em 1972. Ainda crianças, quando João Carlosfiliou-se ao partido, Sônia Tânia perderam o contato com o irmão e tiveram notícias dele através das cartas que enviava. “Essas cartas eram muito genéricas. Ele sempre escrevia: ‘não se preocupem comigo, estou bem, estou fazendo o que gosto’ (…). Ele dizia que logo poderíamos nos ver e matar a saudade. Mas nunca dizia onde estava morando, e não tínhamos como enviar cartas para ele”, conta Sônia. “Nos domingos, sempre esperávamos por ele na frente de casa, sentadas em um banco. Continuamos esperando todos os domingos, por muito tempo”, recordaTânia. A última carta do irmão chegou em julho de 1968. Ele morreu em 1972, mas a família só soube em 1979.

Com a abertura democrática, Sônia Haas engajou-se na luta pela busca dos desaparecidos políticos e, desde então, fez algumas visitas ao Araguaia, onde seu irmão foi enterrado. “Ainda suspeitamos que João Carlos esteja enterrado no cemitério de Xambioá, e se Deus quiser ainda vamos encontrar seus restos mortais. Nós, familiares, tivemos que ter muita coragem para remexer nesta história, porque não era fácil, sempre sofremos pressões indiretas (…). Cada familiar é engajado na luta coletiva, mas a busca é por cada um dos nossos entes queridos, é pelo resgate da história e a conquista da dignidade do sepultamento”, disse à IHU On-Line, quando esteve, recentemente, em São Leopoldo para participar de uma homenagem feita ao seu irmão pela prefeitura do município.

Quarenta anos depois, Sônia avalia que o irmão foi motivado a participar da Guerrilha do Araguaia porque queria “salvar vidas, ajudar o próximo, ao ver a pobreza do Brasil, o descuido com a educação, com a saúde, com a gestão pública”. Na entrevista a seguir, ela e a irmã Tânia falam das angústias vividas nesse período e das dificuldades de recontar essa história nos dias atuais. “O triste é que tivemos que garimpar tudo por nós mesmas durante muito tempo, porque não recebíamos apoio do Estado. Hoje existe um movimento de responsabilidade da União que faz essas buscas, mas porque está cumprindo uma sentença da Corte Interamericana de Justiça. (…) A União não teria condições de fazer nenhum trabalho hoje se nós não tivéssemos buscado informações sobre os desaparecidos logo após a ditadura. A história estaria mais esquecida ainda e nossa luta ficaria sem bases”, lamenta.

Sônia Haas é publicitária formada pela Universidade do Vale do Rio dos Sinos – Unisinos e gestora de Comunicação e Cultura na Companhia de Gás da Bahia – BAHIAGAS, em Salvador, BA. Tânia Haas Costa é formada em Química, e leciona na Universidade Federal do Rio Grande do Sul – UFRGS.
Confira a entrevista. 

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Rio Grande do Sul homenageia os 40 anos da morte de João Carlos Haas Sobrinho

O domingo (30/9) marcou os 40 anos da morte de João Carlos Haas Sobrinho, médico leopoldense que integrou a Guerrilha do Araguaia durante o Regime Militar e foi morto em combate. No novo Centro Administrativo do Município, em frente ao busto do Dr. Juca, apelido do médico leopoldense, o Movimento Nacional dos Direitos Humanos (MNDH) prestou uma homenagem na manhã de sábado que reuniu parentes e amigos de João Carlos, além de militantes de seu partido e dos direitos humanos. “Eu via ele como uma pessoa incapaz de matar uma formiga. Mas ele já achava que a solução viável para combater a ditadura era a guerra civil”, conta Marco Aurélio Bemvenuti, 69 anos, amigo de juventude do guerrilheiro.

“A lembrança que tenho dele é de uma criança muito tímida, mas também muito inteligente”, recorda a prima Maria Luíza Linck. Também no sábado pela manhã, o médico foi homenageado no Museu Histórico Visconde de São Leopoldo, quando o diretor, Márcio Linck, recebeu de Sônia Maria Haas, irmã, um álbum digital com fotos, documentos e curiosidades de João Carlos. Na sexta-feira, a homenagem ocorreu no Museu de História da Medicina do Rio Grande do Sul (MUHM).

BIOGRAFIA

Em 1963, enquanto cursava Medicina na Universidade Federal do Rio Grande do Sul (Ufrgs), João Carlos Haas Sobrinho foi eleito presidente do Centro Acadêmico Sarmento Leite. Após o golpe militar, teve a matrícula cassada ao ser preso pelo Departamento de Ordem Política e Social (Dops) por ser militante de esquerda. Após liberado, a Ufrgs voltou atrás e Haas se formou. Em 1966, fez treinamento de guerrilha na China. No ano seguinte, abriu um hospital em Porto Franco, Maranhão. Em 30 de dezembro de 1972, morreu em combate contra fuzileiros navais do Exército Brasileiro no Pará. Até hoje, é dado como desaparecido pelo Exército. (do jornal  Vale dos Sinos)

FOTO INÉDITA REAFIRMA EXECUÇÃO DE CARLOS LAMARCA, O CAPITÃO DA GUERRILHA

Lamarca foi fuzilado, sem chances de defesa

Uma rara foto do corpo do guerrilheiro Carlos Lamarca (1937-1971) revela os vários ferimentos a bala que ele sofreu no cerco militar que o matou, no interior da Bahia. Essa e outras imagens de um dos principais nomes da resistência armada à ditadura militar, hoje sob a guarda do Arquivo Nacional, foram tiradas no Instituto Médico Legal de Salvador (BA) possivelmente por agentes do SNI (Serviço Nacional de Informações).”Para mim, a foto é inédita, eu nunca a tinha visto”, disse o advogado da família Lamarca, o ex-deputado Luiz Eduardo Greenhalgh. O filho de Lamarca, César, preferiu não fazer comentários sobre o conteúdo das imagens.

A família luta na Justiça para validar a indenização mensal recebida da União, suspensa após liminar obtida por três clubes militares. O Arquivo Nacional também guarda fotos do corpo de José Campos Barreto, o Zequinha, militante do MR-8 morto com Lamarca no mesmo dia pela Operação Pajussara, do Exército, na Bahia.

Segundo a família de Zequinha, as fotos são inéditas. O irmão Olival Barreto disse ter ficado emocionado: “Eu lembro de meu irmão todos os dias. Essas fotos, desconhecidas, mostram claramente que houve uma execução”. O Instituto Zequinha Barreto, em São Paulo, confirma o ineditismo das fotos.

A ativista de direitos humanos Suzana Lisboa, que representou as famílias de mortos e desaparecidos na comissão criada pelo governo nos anos 1990 para reparar danos causados pelo Estado na ditadura, disse que as imagens “confirmam o estado depauperado de ambos”. “Não tenho nenhuma dúvida sobre a execução deles.” A comissão concluiu que Lamarca e Zequinha foram executados à sombra de uma árvore.  (do UOL)

Dilma revela os horrores da tortura nos porões da Ditadura Militar

esquecer, jamais!

A presidente Dilma Rousseff foi colocada no pau de arara, apanhou de palmatória, levou choques e socos que causaram problemas graves na sua arcada dentária durante as torturas que sofreu na ditadura, segundo revelam os jornais “O Estado de Minas” e “Correio Braziliense”.

Ambos periódicos reproduzem uma entrevista de Dilma ao Conselho de Direitos Humanos de Minas Gerais concedida em 2001, na qual narra as torturas que sofreu entre 1970 e 1973, quando foi detida e condenada por um tribunal militar como militante de um grupo de esquerda que lutava contra o regime militar.

No depoimento, a chefe de Estado disse que às vezes não sabia se os interrogatórios “de longa duração” aconteciam de dia ou de noite.

Os torturadores costumavam amarrá-la de cabeça para baixo para depois aplicar cargas elétricas, um método de tortura que “não deixa rastro, só te mina”, segundo as palavras da presidente.

“O estresse é feroz, inimaginável. Descobri, pela primeira vez, que estava sozinha. Encarei a morte e a solidão. Lembro-me do medo quando minha pele tremeu. Tem um lado que marca a gente pelo resto da vida”, afirmou Dilma.

Essas sessões de torturas foram realizadas no Destacamento de Operações de Informações – Centro de Operações de Defesa Interna (DOI-CODI) de São Paulo, e também em uma prisão da cidade de Juiz de Fora, em Minas Gerais. (do Uol)

A morte de Manoel Fiel Filho e o apoio dos EUA às ditaduras na América do Sul

Manoel Fiel Filho: EUA chancelaram as atrocidades da ditadura militar

A morte de Manoel Fiel Filho é a base do documentário Perdão, Mister Fiel, com direção de Jorge Oliveira,  que pretende discutir a intervenção dos Estados Unidos nos países da América do Sul nas décadas de 70/80 e a caça impiedosa aos comunistas através da “Operação Condor”, idealizada pela CIA e adotada por países da América do Sul, em especial pelo regime do general chileno Augusto Pinochet.

A Guerra Fria entre os EUA e a União Soviética criou nos estadunidenses um verdadeiro pavor aos comunistas, com mais densidade depois que Fidel Castro assumiu o poder em 1959, criando a expectativa de expansão do regime comunista a outros países da América do Sul, do Caribe e da América Central. De 1960 até os anos 80, os EUA financiaram e adotaram todas as intervenções militares no Cone Sul, promovendo um verdadeiro genocídio.

Nos anos de ditadura, em apenas três países sul-americanos (Brasil, Argentina e Chile), os números são macabros: cerca de 35 mil mortos e desaparecidos, 120 mil presos políticos e 550 mil exilados. Manuel Fiel Filho, metalúrgico, foi assassinado em São Paulo, nos porões da Ditadura Militar brasileira, depois de barbaramente torturado.

Cópias do documentário podem ser obtidas através do site www.casadaamericalatina.org.br

ELES NÃO TOMBARAM EM VÃO

 

Eles lutaram e morreram por um Brasil mais justo, menos desigual

Deram suas vidas em defesa da liberdade e da democracia

Um Brasil que avançou muito na questão social não pode conviver

com a podridão da política de  submundo, de corrupção sem limites.

A melhor maneira de preservar a memória desses heróis da resistência é resgatar, sempre, os seus ideais.





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