:: ‘crack’

Num insuspeito cachorrinho de pelúcia branco, um dos brinquedos preferidos da filha de quatro anos, o traficante Jadson Sousa da Silva, o “Jau”, de 26 anos, mantinha escondido 60 pedras de crack prontas para venda, apreendidas por investigadores da 11ª Delegacia Territorial  de Salvador.

Uma vítima de assalto praticado por Jau fez uma ligação telefônica para a unidade policial informando que ele se encontrava num Lavajato, próximo da região que costuma permanecer fornecendo droga. Uma equipe foi ao local e flagrou o criminoso, suspeito de ter participado do assalto a um caminhão de entrega de cerveja, há alguns dias.

Conduzido à 11ª DT, Jau negou, inicialmente, que fosse traficante, mas uma busca à sua casa levou os investigadores a encontrarem droga escondida dentro do brinquedo da filha. Mais tarde, diante do material apreendido, Jau relatou que realmente se utilizava do artifício para despistar e que fazia a venda do crack acompanhado da filha, que ficava com o bichinho de pelúcia no colo enquanto ele atendia a clientela.

Após uma denúncia anônima dois adolescentes, ambos tem 17 anos, foram apreendidos pela Polícia Militar do município de Buerarema, com 190 pedras de crack.

A denúncia dava conta de que os suspeitos estavam armados em ônibus da empresa Rota, com destino a cidade de Belmonte.

Segundo o delegado Pedro Chauí, um dos menores já tem passagem pela delegacia por envolvimento em vários delitos, inclusive assalto em Itabuna. Os menores foram conduzidos para a delegacia onde estão à disposição do Ministério Público.

Investigadores da 8ª Coordenadoria Regional de Polícia do Interior (Coorpin) e da Delegacia de Tóxicos e Entorpecentes (DTE), ambas de Teixeira de Freitas, prenderam nesta quarta-feira (20), Iran Santos Silva, o “Gordo”, de 24 anos, e Valeria de Oliveira Souza, 23, com mais de meio quilo de crack, quantidade que, avaliada em aproximadamente R$ 25 mil, seria distribuída em Itamaraju durante os festejos juninos.

O casal e a droga estavam num imóvel à Rua Heitor Cony, n° 222, no bairro Kaikan Sul, nas proximidades da penitenciária de Teixeira de Freitas, que também era utilizado para distribuição a traficantes da região. Segundo o delegado Wendel Ferreira, titular da DTE/Teixeira, o crack estava em formato de pedra bruta e pertenceria a Elton Andrade dos Santos, o “Pit Bull”, 26 anos, há quatro anos preso no Conjunto Penal de Teixeira de Freitas, cumprindo pena por assalto. O presidiário, Valéria, que é sua mulher, e Iran foram ouvidos na delegacia.

Além da droga, a polícia também apreendeu no imóvel 30 gramas de maconha, dois papelotes de cocaína, um revólver calibre 38, marca Taurus, nove munições intactas, vários celulares e uma balança de precisão. O delegado Wendel Ferreira enquadrou “Gordo” por tráfico de drogas e posse ilegal de arma de fogo e o casal “Pit Bull” e Valéria por tráfico e associação ao tráfico. Iran e Valéria encontram-se custodiados na 8ª Coorpin, enquanto Elton “Pitbull” foi reconduzido ao presídio.

Dois assaltantes que atacavam motoristas em semáforos instalados nas imediações do Parque da Cidade, no Itaigara, quebrando os vidros dos carros para subtrair pertences dos condutores, estão custodiados no Complexo Policial dos Barris, para onde foram encaminhados por investigadores da 16ª Delegacia Territorial (DT/Pituba). Vandilson Costa Araújo, 29 anos, flagrado por policiais militares com diversos objetos de uma vítima, e Marcus Vinícius Pereira dos Santos, o “Secão”, 22, que escondia dezenas de pedras de crack, foram autuados por furto qualificado e tráfico de drogas, respectivamente.

De acordo com as investigações conduzidas pelo delegado Nilton Tormes, titular da 16ª DT, os pertences roubados pelos dois criminosos eram receptados por traficantes que atuam na região do Nordeste de Amaralina. Procedente da comunidade de Santa Cruz, “Secao” foi capturado na quarta-feira passada (13), portando 56 pedras de crack.

Dias antes, uma guarnição da PM prendeu Vandilson Araújo, na ladeira de acesso à Santa Cruz, quando fugia levando roupas e documentos pessoais do motorista de veículo Siena, atacado por ele num dos semáforos do Itaigara. Na 16ª DT, os investigadores constataram que Vandilson tinha várias passagens em delegacias, por furtos e roubos.

Parece ficção, mas é dolorosamente real

(e, apesar da pedra no meio do caminho, também não é poesia)

Fosse a vida de Ana Paula Conceição, 32 anos, conhecida como Kelly,   apresentada como um filme e o espectador diria ao final da exibição: “ora, mas isso só acontece no cinema!”.

Mas, a história de Ana Paula, ou Kelly, embora rendesse um filme, não tem nada de ficção.

É a história, sem rodeios, da vida real de Ana Paula e de milhares, talvez milhões, de pessoas que desceram ao mais baixo degrau da degradação humana por conta de uma pedra que momentaneamente oferece o céu, mas que passado o prazer fortuito, entrega o inferno.

No meio do caminho de Ana Paula havia uma pedra. Se não é filme, a história de Ana Paula também não é um poema de Drummond de Andrade.

A pedra que cruzou o meio do caminho de Ana Paula atende pelo nome de crack. E aqui se tropeça no mundo dolorosamente real, sem películas edulcoradas, sem poemas adocicados.

Ana Paula, Kelly vá lá que seja, foi apresentada ao crack pelo marido, que havia sido apresentado ao crack pela irmã caçula de Ana Paula/Kelly. Estabeleceu-se aí um circulo vicioso que levou junto quatro dos oito filhos do casal. Dois deles foram presos por furto, sofreram ameaças de traficantes e incendiaram a modesta casa da família, na também modesta Itapitanga, no Sul da Bahia.

O crack, como se sabe, há muito rompeu o miserável centro velho da capital paulista e rasgou o Brasil, espalhando-se para as grandes metrópoles e por cidadezinhas perdidas no mapa. Há muito, também, deixou de ser caso de polícia, para ser caso de saúde pública.

Deixemos as perorações e voltemos a Ana Paula. De pedra em pedra, perdeu o marido (igualmente fulminado pela droga), perdeu os filhos, perdeu a casa. De tropeço em tropeço, chegou à prostituição.

Não dessas prostitutas de luxo, que habitam  sites na internet e vez por outra fisgam um empresário bilionário e vivem um conto de fadas até produzirem uma tragédia midiática, mas uma prostituta de míseros dez reais a trepada, dinheiro suado e prontamente “queimado” na pedra.

Aos 32 anos, aparência de 40 ou mais, Ana Paula, menina grapiuna das terras do cacau, que por azar ou destino nasceu num tempo em que o ouro do cacau se revelou uma pedra barata (conceda-se a desculpa, a tentação do trocadilho falou mais alto), é um retrato em preto e branco, com tons de tragédia, do abismo que é o mergulho na droga.

Tragédia. Talvez não seja esse o epitáfio  adequado a Ana Paula. Primeiro porque ela é uma sobrevivente numa estrada em que, colocados os pés, boa parte dos caminhantes não sobrevive.

Segundo, porque, Ana Paula está lutando para encontrar o caminho de volta. Internou-se voluntariamente num centro de recuperação mantido por uma igreja evangélica em Itabuna.

Há um mês está “limpa”. Parece pouco, mas é uma eternidade, em se tratando de uma droga que pede sempre mais, mais, mais e mais.

Ana Paula alimenta sonhos simples: uma casinha, a família reunida, um trabalho modesto e decente. E distância da droga que a mergulhou no abismo do qual tenta sair.

É, nesse ponto, que a história de Ana Paula pode e deve ser observada.  Se tiver apoio, se encontrar forças, se não tiver a clássica e fatal recaída, Ana Paula reescreverá uma história que estava fadada a um final  breve e  infeliz.

Reescreverá a história de sua própria vida.

Talvez não renda um filme.

Mas, até como exemplo para tantos otários que se afundam na droga, bem que merecia.

Ela chegou ao fundo do poço e se apega a Deus para encontrar o caminho de volta

Uma reportagem imperdível, que deve ser distribuída em escolas, como um alerta para esse caminho quase sempre sem volta. Leiam, mas leiam mesmo, em www.diariobahia.com.br

Um casal de idosos foi assassinado a facadas dentro de casa na madrugada deste sábado (2), em Ilhéus, sul do estado, segundo o G1. O suspeito é o neto das vítimas, um homem de 31 anos, de acordo com informações do delegado local Fábio Simões. O homem confessou o crime durante depoimento à polícia e alegou ter esfaqueado os avós por não ter recebido dinheiro para comprar drogas.

Ele está preso na 7ª Coordenadoria de Polícia do Interior em Ilhéus. O crime foi cometido na residência dos idosos, a mesma onde o rapaz morava. Segundo o delegado, ele atingiu a avó com cerca de 11 golpes de faca. Antes de deixar o apartamento, ele pegou uma bermuda e a quantia de R$ 50. Os vizinhos ouviram os gritos dos idosos e acionaram a polícia. Não houve tempo suficiente para socorrer as vítimas.

A Polícia Rodoviária Federal flagrou nesse final de semana dois caminhoneiros portando dois quilos de crack e 50 gramas de cocaína. O primeiro flagrante ocorreu durante abordagem ao caminhão M.Benz/1214C, placa JLM 8671/BA, no Km 383 da BR 242, trecho de Seabra. Ao fiscalizar o interior do veículo os policiais encontraram 14 cápsulas contendo 50 gramas  de cocaína pronta para consumo e ainda R$ 195,00 em dinheiro.

Em uma outra abordagem, policiais  da Delegacia de Vitória da Conquista apreenderam dois quilos de crack no Km 830 da BR 116. A droga estava sendo transportada em meio à carga do caminhão M.Benz/L1620, placa MTF 9897/BA.

Os dois caminhoneiros de 28 e 23 anos foram presos e encaminhados às Delegacias de Polícia Judiciária das respectivas localidades.

 Walison Soares Cavalcante, 19 aos,

foi indiciado pela polícia de

Santana de Parnaíba,

 na Grande São Paulo, por homicídio

 e ocultação de cadáver.

Ele é acusado de ter matado

o próprio pai,

Antonio Cavalvante Mello,

que o viciou em drogas.

 Nos últimos tempos, pai e

 filho viviam discutindo,

 principalmente depois que ambos

 consumiam bebidas alcoólicas,

 maconha e crack.A mãe de Walison,

 que estava separada de Antonio,

disse à polícia

que o filho era uma rapaz tranqüilo,

mas que o pai

costumava ofende-lo com freqüência.

Na última briga que tiveram,

Walison empurrou o pai de uma

escada de três metros.

Mesmo com um ferimento na cabeça,

Antonio ainda foi agredido a socos

 e pontapés pelo filho. Walison

ainda colocou o pai cama para dormir

e no dia seguinte saiu para trabalhar.

Só quando soube da morte do pai é que

ele contou o que aconteceu à mãe.

 Walison confirma que empurrou o pai,

 mas garante que não tinha

 intenção de matá-lo.

 A mãe de Walison também reforça

 a tesee de que a morte do ex-marido

 foi acidental. Para a polícia,

o que houve foi assassinato e

 Walison teve a prisão preventiva

decretada pela Justiça.

 (Fonte: Jornal Comunicação)