:: ‘Cléber Isaac Filho’
Irmã Dulce, Santidade com Impacto Sócio-Econômico
Cleber Isaac Filho
Estamos na semana do aniversário de irmã Dulce (26 de maio) também conhecida como Santa Dulce dos Pobres, foi uma freira brasileira que dedicou sua vida à caridade e ao cuidado dos necessitados. Seu trabalho teve um profundo impacto socioeconômico, especialmente na cidade de Salvador, na Bahia, onde ela desenvolveu a maior parte de suas atividades.
### Assistência aos Pobres e Doentes
Irma Dulce fundou a instituição Obras Sociais Irmã Dulce (OSID) em 1959, que começou como um pequeno albergue para acolher doentes e desamparados. Com o tempo, essa instituição cresceu e se tornou um complexo hospitalar e social que atende milhares de pessoas todos os dias. As OSID incluem hospitais, centros de reabilitação, ambulatórios, escolas e programas de assistência social.
### Geração de Emprego e Formação Profissional
Além do atendimento médico e social, as Obras Sociais Irmã Dulce geram milhares de empregos diretos e indiretos. A instituição também oferece programas de formação profissional para jovens e adultos, capacitando-os para o mercado de trabalho. Esses programas incluem cursos em áreas como enfermagem, administração e técnicas industriais, promovendo a inclusão social e econômica.
### Impacto na Saúde Pública
A atuação de Irmã Dulce foi fundamental para a melhoria da saúde pública na Bahia. A OSID se tornou um importante parceiro do sistema público de saúde, oferecendo serviços médicos gratuitos e de qualidade para a população carente. Isso aliviou a pressão sobre os serviços públicos de saúde e contribuiu para a redução das desigualdades no acesso a cuidados médicos.
Belterra AgroFlorestas promove Dia da Campo em Camamu
Foi realizado em Camamu, no Sul da Bahia o Dia de Campo promovido pela Belterra AgroFlorestas, que agregou produtores de cacau em torno do tema sustentabilidade. O evento, que aconteceu na Fazenda Custrosa, teve a participação do consultor Silvino Aldo Lavigne e o apoio da Cargill e Ceplac.
Tendo como projeto modelo a Fazenda Cutrosa; a estratégia é implantação de sistemas agroflorestais (cacau, açaí, banana, silvicultura), em parceria com proprietários de áreas degradadas em especial pastos abandonados. Também está prevista a comercialização de créditos de carbono provenientes da operação.
“A capacidade técnica da Belterra e seu lastro financeiro, ficou claro no Dia de Campo e o Programa Economia Verde; desde já será um divulgador dessa empresa para expandir suas operações no Sul da Bahia”, afirma o empresário e gestor ambiental Cléber Isaac Filho, produtor e apresentador do Economia Verde.
Azeite orgânico por favor
Cleber Isaac Filho
É comum ouvirmos que o tráfico existe porque existe o consumidor.
Hoje é difícil até mensurar a negatividade dos impactos e raízes sócio – econômicas do tráfico de drogas no Brasil; tamanha sua magnitude; tornando o Brasil quase um narcoestado.
Até no caos das enchentes no Rio Grande do Sul; as quadrilhas estavam se digladiando.
O perfil do consumidor segundo a FGV : 90% homens;
85% brancos e 62 % de classe A.
É impressionante que é comum nesse recorte social querer saber a origem do azeite; a cadeia produtiva do alface. Mas não se importam com a trilha da sua droga recreativa; em especial a cocaína.
Eles seguem consumo totalmente alienado e sem pensar nas suas consequências; oposto da virtude que gosta de demonstrar quando compra castanha de babaçu ou açaí de uma agrofloresta da Amazônia.
A Menina do Casaco Vermelho
Cleber Isaac Filho
Quando o gênio Spielberg produziu a “Lista de Schindler” em 1993, fez o filme em preto e branco.
Se fosse colorido, o filme nem poderia mostrar com realismo a violência dos campos de concentração; quando fuzilar de forma aleatória era algo corriqueiro.
O filme ia parecer um terror classe B; de tanto sangue vermelho escorrendo.
Dentro dessa escolha cromática, ele utilizou um recurso que gerou curiosidade; uma criança se destacava por ter seu casaco colorido em vermelho.
Sempre que ela aparecia em segundo plano destacava-se aquela criança ao fundo.
Não recordo quantas vezes ela apareceu; mas lembro da última; quando ela estava morta e foi chocante.
A genialidade foi conseguir driblar um fenômeno do cérebro humano; sua enorme capacidade de criar padrões e banalizar as imagens repetidas; em especial quando são padrões em grandes números.
É muito mais impactante você saber que seu vizinho foi atropelado; do que ler na internet que morreram 392 mil pessoas em acidentes de trânsito nos últimos 10 anos.
Uma morte emociona mais do que 392 mil se existe vínculo psicológico.
Assim Spielberg destacou uma criança; criou o vínculo com aquela pequena menininha do casaco vermelho; porque depois de uma hora de filme a morte não chocava tanto pela repetição; a repetição banaliza e esfria a pessoa.
Algo que pode ocorrer com as enchentes Rio Grande; 500 mil refugiados que saíram de suas casas; começam a ser apenas um número depois de certo tempo.
O massacre midiático; milhares de postagens por whatsapp; twitter; Instagram; pode tirar seu senso de indignação e perplexidade. Esse é o mesmo mecanismo natural que faz as pessoas em zonas de guerra não entrarem em choque.
Só existe uma forma de você permanecer indignado e não “coisificar” as pessoas; pensar em uma “menina do casaquinho vermelho” gaúcha.
Pode ser uma pessoa que você conhece e more lá ou algum dos milhares de dramas pessoais relatados.
Fica a seu critério; mas não se permita pelo excesso de informações;banalizar o genocídio climático que estamos vivendo.
Dedicado a meus amigos de Porto Alegre: @fatimajochims e @odilitacar
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Reforma Agrária, Vassoura de Bruxa e Ambientalismo
Cléber Isaac Filho
Para uma visão sobre a região cacaueira do Sul da Bahia; temos que abordar três temas :
Por partes :
1.A reforma agrária no Brasil está atrasada séculos.
Para ilustrar, coloquei manchete sobre o erro histórico da abolição vir sem reforma agrária e sem incentivo à educação formal dos libertos.
Assentamentos bem sucedidos podem ser visitados e estão amplamente documentados como o “Dois Riachões”;
2. A questão ambiental não é de esquerda nem direita; nem religião ou filosofia; sequer recente.
Sua cidade é a sua Amazônia
Cleber Isaac Filho
Leio muito sobre o tema “Economia Verde” e recentemente deparei com artigo do Professor Georges Humbert; um dos fundadores do Instituto Brasileiro de Direito e Sustentabilidade e me inspirei nele para escrever a coluna dessa semana.
Acaba sendo homenagem pelo trabalho que ele e a Diretoria da Associação Comercial da Bahia vem fazendo na área de sustentabilidade; em especial com a produção do segundo Fórum de Direito e Sustentabilidade que vai ocorrer em julho.
Vamos ao texto :
“ Sustentabilidade é um tripé: ecologia, economia e social. O Brasil tem 60% de mata nativa preservada, mas milhões de pessoas sem emprego, sem habitação ou morando em áreas de risco, sem água encanada e esgoto, com lixão a céu aberto.
Portanto, com todos os problemas com desmatamentos e incêndios irregulares, nosso maior déficit na equação e no equilíbrio sustentável é social e econômico “
Posto isso comento :
Como podemos falar de camada de ozônio como prioridade se a pessoa está desempregada ? Se tem esgoto a céu aberto e um lixão como vizinho?
Um exemplo para Ilhéus
Cléber Isaac Filho
O Parque Marinho da Cidade Baixa, em Salvador, é um projeto que precisa ser exaltado e tenho divulgado em todos espaços que posso.
Em especial aqui no site Cacau e Chocolate coloco como exemplo para ser seguido por Ilhéus; cidade que não explora todo seu potencial de ser a cidade com a maior faixa litorânea (maior que do as de alguns Estados).
E em especial porque vai valorizar as comunidades tradicionais da região e não só o meio ambiente.
Segue transcrição de partes do projeto escrito pelo seu coordenador, o Professor José Rodrigues :
“Salvador possui aproximadamente 50 km de litoral, sendo boa parte desta extensão voltada para a Baía de Todos os Santos.
Trata-se aqui da área costeira situada no arco praial da Boa Viagem,cobrindo parte da sua bancada de recifes de coral e englobando o sítio do Naufrágio Blackadder (1905)….os feitos ambientais, sociais e econômicos serão de extrema importância para revitalização desta área da Cidade Baixa, como também, ofertando mais um equipamento público para o município como um todo.
… A necessidade de proteção de espécies ameaçadas (cavalos marinhos, corais, etc), sítio arqueológico e atenuação da degradação ambiental (poluição, pesca predatória, etc), nos conduzem a propor que a nova unidade de conservação também esteja na classe de proteção integral, o Parque Marinho da Cidade Baixa.
Rastreabilidade de produtos agrícolas- Desafios e oportunidades
Cleber Isaac Filho
Segundo fontes do @mpdabahia ; entra em vigor já em 2025; a obrigação da rastreabilidade de produtos agrícolas.
A rastreabilidade é uma tecnologia que visa atestar características do produto em toda sua cadeia.
Isso pode incluir informações relevantes; como saber se o produtor cometeu crime ambiental ou trabalhista.
Desmatamento ilegal e trabalho análogo ao escravo infelizmente persistem e devem ser combatidos.
A mais moderna tecnologia para isso é rastreabilidade com registro de fotos e especificações usando a tecnologia “blockchain” ; e uso de QR Code; sendo praticamente impossível de ser fraudada.
E onde entra o Ministério Público ? Na fiscalização da aplicação dessa ferramenta.
Em especial no sul da Bahia, o assunto está sendo priorizado pela Promotora Aline Salvador; que vai focar na cadeia produtiva do cacau.
Cacau bate recorde de preço (e isso não é motivo para euforia)
Cleber Isaac Filho
Essa coluna será a primeira a explicar com realismo o que está acontecendo com o mercado de cacau e sua histórica alta de preços.
E vou explicar porque o Brasil não tem muito a celebrar.
Primeiro os fatos :
1. 70% do cacau do mundo é produzido por dois países : Gana e Costa do Marfim;
2. Cerca de 80% do cacau do mundo é comprado por 4 empresas;
3. Desde os anos 90 existem denúncias sobre as péssimas condições dos produtores da África; que recebem valores ínfimos por seu produto.
Pesquise no Google: cacau; África; escravidão e vai entender a gravidade do item 3.
Após décadas recebendo o valor mínimo para a sobrevivência, os agricultores da África não tiveram condições de fazer o básico para sustentabilidade da lavoura :
– Renovar as plantações
– Prevenção de pragas
– Irrigação
Esse cenário resultou na quebra da safra 2024; causada pelo tripé :
Pragas + seca + baixa produtividade das plantações antigas
Quebra de safra causa escassez de produtos; e com isso alta de preços.
– A alta de preços não tem a ver com melhor qualidade de nosso Cacau (embora ele seja superior);
– A alta não é sustentável no médio prazo; em 3 anos a África se recupera;
– Os preços não aumentaram devido ao aumento de demanda do consumo de chocolate;
– Sequer veio de um acordo com a indústria.
Conclusão : não é sustentável ; porque a alta de preços vem da opressão de multinacionais aos agricultores.
Na Bahia; o produtor que preserva florestas e combate a “Vassoura de Bruxa” ; é oprimido há anos por esse mesmo cartel.
O cacau da África é importado sem imposto e com isso o preço fica baixo.
A prova é que Deputados Federais criaram no congresso a “Frente Parlamentar de Revitalização da Lavoura Cacaueira” e vem a anos denunciando esse modelo que não motiva investimentos na lavoura.
Em função desse preço baixo, a Bahia hoje produz 30% do que produzia em 1990.
Não existe motivo para euforia; o foco deve ser em um novo arranjo da cadeia produtiva com :
– Crédito para pequenos/médios produtores
– Tributar a importação
– Assessoria técnica
Isso é o básico para começarmos a celebrar.
Warapuru, uma odisséia em Itacaré
Cleber Isaac Filho
O cenário de um hotel abandonado, já inspirou alguns contos de terror, sendo o mais famoso o livro ” O Iluminado ” de Stephen King, que gerou o famoso filme com Jack Nicholson.
Pelo menos no filme o hotel estava conservado, apenas fechado devido a baixa estação, mas corredores enormes vazios, estrutura de bar e restaurantes vazios á noite, geram emoções soturnas e calafrios.
Agora imagine essas instalacoes abandonadas ainda em obras, e com a floresta atlantica e vento do mar invadindo suas estruturas por 10 anos ? Esse é o cenário do Warapuru – hotel que seria o primeiro 6 estrelas do Brasil.
O contraste da beleza da praia da Engenhoca com as ruínas geram curiosidade, e cada vez mais versoes mitológicas, por isso me sinto na obrigacao de escrever sobre esse tema, por ter sido testemunha de uma história que influenciou a vida de milhares de pessoas e teria sido um marco positivo no turismo brasileiro.
Ano 2003, um empresário portugues de bem com a vida, diretor de uma grande corporação lusitana (Somague) e com sede de empreender, contrata a HVS Consulting, uma das maiores empresas de consultoria hoteleiras do mundo para definir o melhor local no planeta para implantar um resort de alto padrão.