:: ‘IG Cacau Sul da Bahia’
Rastreabilidade de produtos agrícolas- Desafios e oportunidades
Cleber Isaac Filho
Segundo fontes do @mpdabahia ; entra em vigor já em 2025; a obrigação da rastreabilidade de produtos agrícolas.
A rastreabilidade é uma tecnologia que visa atestar características do produto em toda sua cadeia.
Isso pode incluir informações relevantes; como saber se o produtor cometeu crime ambiental ou trabalhista.
Desmatamento ilegal e trabalho análogo ao escravo infelizmente persistem e devem ser combatidos.
A mais moderna tecnologia para isso é rastreabilidade com registro de fotos e especificações usando a tecnologia “blockchain” ; e uso de QR Code; sendo praticamente impossível de ser fraudada.
E onde entra o Ministério Público ? Na fiscalização da aplicação dessa ferramenta.
Em especial no sul da Bahia, o assunto está sendo priorizado pela Promotora Aline Salvador; que vai focar na cadeia produtiva do cacau.
Reserva Serra Bonita comercializa 12 toneladas de cacau orgânico
Produto tem certificado de origem da IG Sul da Bahia
A IG Cacau Sul da Bahia os produtores da Reserva Serra Bonita, em Camacan, Sul da Bahia, fecharam uma venda de cacau orgânico com certificação de origem. Foram comercializadas 12 toneladas de cacau para o mercado nacional. O cacau orgânico sustentável preserva a Mata Atlântica e permite o sequestro de carbono. O cacau produzido na Reserva também tem certificação do IBD- Instituto de Biodinâmica, reconhecido no mercado internacional.
Transformada em Reserva Particular do Patrimônio Natural (RPPN), a Serra Bonita em Camacan, é formada por um conjunto de propriedades em área total de, aproximadamente, 2,5 mil hectares, sob a gestão do Instituto Uiraçu, e é associada ao IG e vem conquistando novos mercados, através da produção de amêndoas de qualidade, respeito ao meio ambiente e às questões trabalhistas.
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Agro.BR promove workshop sobre desafios e oportunidades para a exportação do cacau
A Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), em parceria com a Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil) e o Sistema FAEB/Senar, realizou, na quarta (30), um workshop setorial do Projeto Agro.BR para debater os desafios e as oportunidades para a exportação do cacau.
O evento contou com o apoio da Federação das Indústrias do Estado da Bahia (FIEB), do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae/BA) e com a participação de empresários rurais e especialistas para acesso a novos mercados.
Na abertura do encontro, o vice-presidente da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado da Bahia (FAEB), Guilherme Moura, afirmou que o objetivo da iniciativa é aproximar o produtor rural brasileiro do comércio exterior, proporcionando melhoria da rentabilidade do seu negócio.
“A gente sabe que se os requisitos forem cumpridos, a exportação se viabiliza. O nosso papel é auxiliar os produtores a colocarem seus produtos em nichos de mercados”.
O workshop setorial foi moderado pelo consultor do Agro.BR na Bahia, Roberto Vianna, e dividido em dois paineis. O primeiro tratou sobre o cenário do comércio internacional, análises e perfil do cacau brasileiro, além de estratégias de mercado e comercialização do cacau fino.
O consultor em Cadeias Produtivas e Data Science, Lucas Rasi, apresentou um estudo sobre a produção do cacau no mundo. “A oferta de cacau no mundo é relativamente limitada. É uma fruta que não é produzida em qualquer país, pois exige condições climáticas específicas. E 80% do cacau produzido no mundo vêm de países africanos, sendo Costa do Marfim e Gana os principais produtores”.
Projeto Alianças Produtivas e IG Cacau Sul da Bahia viabilizam acesso de agricultores familiares ao Pronaf do Banco do Brasil
Fruto de um esforço conjunto liderado pela IG Sul da Bahia Cacau Sul da Bahia, duas Cooperativas Associadas à IG -Coopercentrosul e Coopessba, Banco do Brasil, Governo do Estado da Bahia, Conderupes – Conselho Municipal de Agricultura e Pesca Sustentável de Ilhéus, Instituto Arapyaú e Instituto Conexões Sustentáveis – CONEXSUS, foi viabilizada junto ao Banco do Brasil Ilhéus a liberação de créditos de custeio e investimento em cacau advindos do PRONAF para agricultores familiares e Assentados de Reforma agrária em cinco municípios do Sul da Bahia.
Nesta segunda-feira, 29, foram assinadas em Ilhéus as seis primeiras operações de crédito para custeio e investimentos, com um valor médio de 70 mil reais. Outras catorze operações estão em análise no Banco do Brasil e outros quinze 15 produtores já solicitaram acesso ao projeto. O valor total dos financiamentos poderá chegar a 1 milhão e 400 mil reais. Essas operações envolvendo o cacau não eram realizadas há quase duas décadas. Os contratos foram assinados pelos produtores com a supervisão do Gerente Geral do Banco em Ilhéus, Euler Oliveira Paiva.
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IG Cacau Sul da Bahia destaca certificação de origem no Inova Cacau
A experiência da projeto IG Cacau Sul da Bahia foi destaque durante o Inova Cacau, realizado em Ilhéus. O encontro, promovido pelo Sebrae, teve como foco o fomento da cadeia produtiva do cacau através da produtividade, inovação, sustentabilidade e qualidade das amêndoas.
O coordenador da IG Cacau, Cristiano Sant’Ana salientou as ações desenvolvidas junto aos produtores, com destaque para cooperativas e associações de agricultores familiares na obtenção do selo distintivo da IG, que agrega valor ao cacau. O processo de certificação de origem rastreia a origem do cacau em todas as suas etapas de produção
De acordo com Cristiano o Inova Cacau é mais uma oportunidade da comunidade cacaueira e todos os entes participantes da base produtiva até o consumidor final discutirem os novos rumos do nosso cacau, procurando sempre o caminho das inovações e da sustentabilidade da cadeia produtiva.
Durante o evento, Cristiano Sant’Ana anunciou a adoção do Símbolo Indicativo de Chocolate, valido para produtos com amêndoa certificada pelo IG Cacau. Atualmente, cinco marcas, Natucoa, Bahia Cacau, Sagarana, Yrerê e Sollo Chocolates utilizam o símbolo indicativo do cacau certificado IG Sul da Bahia, que significa mais uma garantia de origem, qualidade e sustentabilidade.
A Associação Cacau Sul Bahia-iG Cacau é uma federação formada por 16 instituições representativas com um total de 3060 associados e é atualmente a mais abrangente associação da cadeia do cacau e chocolate no Sul da Bahia.
REDE POVOS DA MATA
A coordenadora da área de beneficiamento do Projeto Circuitos Agroecológico da Rede de Agroecologia Povos da Mata, Tatiane Botelho participou do Inova Bahia e relatou experiências como o Assentamento Dois Riachões, no Sul da Bahia, que é referência no processo de sustentabilidade. O Assentamento já na terceira linha de crédito com a Tabôa Fortalecimento Comunitário para estrutura de beneficiamento e fábrica de chocolate. Além disso, as amêndoas da Dois Riachões já são vendidas diretamente para chocolateiros como Amma, Dengo e Kalapa.
“A participação dos agricultores e agricultoras permite ampliar o conhecimento em toda a cadeia do cacau e empoderá-los nos temas de produção, gestão, comercialização e beneficiamento”, destaca Tatiane. “Com isso, as famílias que estão na região cacaueira, dentro da rede vem discutindo e contribuindo com a qualificação do cacau, faz parte da IG do Cacau e produz cacau orgânico certificado”, afirma.
A Rede de Agroecologia Povos da Mata é um Organismo de Avaliação da Conformidade Orgânica, credenciada ao Ministério da Agricultura e tem como um dos seus princípios a confiança, qualidade dos seus produtos e a rastreabilidade.
A Semana Inova Cacau teve o apoio do IG Cacau Sul da Bahia, SENAR, Centro de Inovação do Cacau e Ceplac.
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