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“Brasil, Coração do Mundo, Pátria do Evangelho” é tema da 44ª Semana Espírita de Itabuna
A obra literária psicografada pelo médium espírita Francisco Cândido Xavier, “Brasil, Coração do Mundo, Pátria do Evangelho” é o tema central da 44ª Semana Espírita de Itabuna que será realizada de 25 de maio a 1º de junho de 2014 no Instituto de Cultura Espírita de Itabuna-ICEI situado a rua Allan Kardec, 101 – Jardim Italamar (em frente ao colégio CIOMF).
A novidade da programação este ano ficará por conta do show especial, um musical com a soprano paulista Andrea Bien, que acontecerá no dia 24 de maio às 20 horas, um dia antes da palestra de abertura que marcará oficialmente o início da programação.
Weber Haus representa Brasil na ´Copa do Mundo´ das cachaças
As cachaças Prata Orgânica, Orgânica Silver Brazilian Alchemy – a Camisa 8 da Seleção Brasileira de Alimentos – e o Licor de Cachaça com Amburana representarão o melhor da produção brasileira de cachaças no FET – Symposium Feines Essen + Trinken, que acontece entre os dias 15 e 16 de maio, em Munique, na Alemanha.
O evento do setor de comidas e bebidas gourmet irá homenagear o Brasil, apresentando a chefs renomados, mídia especializada e empresários a qualidade e a diversidade dos produtos nacionais. “O foco do simpósio é apresentar artigos finos, especiais, originais. E o Brasil possui uma série de produtos com esse perfil, entre eles as cachaças premium da Weber Haus”, destaca o diretor da empresa, Evandro Weber.
“O Symposium Feines Essen + Trinken pode ser considerado uma porta de entrada para um grande mercado que é extremamente exigente e aprecia novidades. A cachaça, por ser uma bebida originalmente brasileira e de sabor singular, pode se encaixar perfeitamente nesses critérios”, prevê Evandro Weber.
A ´mártir` cubana do Mais Médico vai encontrar o seu amor nos EUA
A médica cubana Ramona Rodriguez, a primeira a abandonar o programa Mais Médicos, em fevereiro deste ano, viajou para os Estados Unidos no último domingo (30). A informação foi divulgada pela Associação Médica Brasileira (AMB) nesta terça-feira (1º). Ramona, que trabalhava no município de Pacajá, no Pará, deixou o programa por discordar do repasse feito aos profissionais cubanos, na época, de US$ 400 (cerca de R$ 960). O pedido de asilo foi feito de forma independente pela médica. Ela seguiu para Miami, na Flórida, onde mora seu namorado, na manhã de ontem.
Os governo do Estados Unidos tem apoiado médicos cubanos que estão em situação instável devido ao regime político de seu país de origem. A AMB apoia a saída de Ramona do país. “Enquanto ela esteve conosco, procuramos mostrar que os médicos brasileiros nada têm contra os médicos estrangeiros. Nosso posicionamento em relação ao programa Mais Médicos está relacionado com a forma que médicos cubanos são contratados e vivem no país, com uma situação de trabalho que é análoga à escravidão”, afirmou o presidente da entidade, Florentino Cardoso.
O médico cubano, a mãe do professor e a “praga” que virou aula
Wilson Gomes
Quando, no ano passado, eu defendia a chegada de médicos cubanos, uma das ameaças mais comuns das pessoas que “debatiam em mim” (porque no Facebook é assim) consistia em desejar que alguém da minha família fosse atendido por um deles. Faz parte do padrão de ataque conservador quando você não adere ao “pega! esfola!” ou não se junta à milícia unidimensional: “está com pena de bandido, leva pra casa”, “é contra antecipação da maioridade penal, quero ver quando estuprarem alguém seu”, “gosta de médico cubanos, tomara que um deles atenda a sua mãe”.
Pois não é que aconteceu o que gentilmente me auguraram acerca dos cubanos? Camacã, 20 mil almas, tem orgulhosamente o seu “médico cubano”, um rapaz bonito e atencioso, segundo a minha mãe. Tem também e sempre teve outros médicos, brasileiros, alguns bonitos, alguns que eram atenciosos quando lá chegaram. Desde que me entendo por gente, todo médico que por lá desembarca tem por meta, além daquelas associadas ao seu mister, enriquecer. “Enricar”, no dialeto local. E isso acontece em 10 anos, em média.
Quase todos viraram fazendeiros de cacau e, basta ver como foram as últimas cinco eleições por lá, são políticos e empresários. Nada contra enricar, embora eu seja incompetente nesta área, tudo contra o que acompanha esse processo do lado da medicina: desatenção, arrogância, desprezo pela vida e o sofrimento alheios. As “histórias de médico”, em que se narram os tidos e havidos quando alguém precisou de serviços hospitalares ou atendimento de urgência, são histórias de horror, desrespeito e humilhação dos mais vulneráveis.
Pois a minha mãe adorou justamente por isso o cubano do Posto de Saúde. A cadeira para ela estava do lado da dele, houve escuta, falou-se de mãe distante e de saudades da família, tudo isso enquanto se examinava a paciente. É uma questão de eixo: acostumamo-nos todos a um eixo vertical, em que o paciente está embaixo, bem embaixo, e o doutor lá em cima (“paciente tem que ter paciência” divertem-se os profissionais de saúde); mas há mais humanidade no eixo horizontal, em que dois seres humanos, um que padece e o outro que cuida, colocam-se no mesmo nível (paciente é quem sofre, diz a etimologia).
Nem sempre a interação médico-paciente foi desse jeito no Brasil, mas a experiência com os cubanos ao menos deu a velhinhas como minha mãe a percepção de como as coisas poderiam ser diferentes. No mínimo, os cubanos do #MaisMédicos trouxeram mais civilidade, humanismo, compaixão ao atendimento clínico. No mínimo. Trouxeram mais competência? Não sei, mas com certeza a minha cidade não era um paraíso de competência médica que poderia declinar com a chegada de quem quer que fosse. Mas, como me disse Dona Maria, pelo menos (a) o médico está lá e (b) te vê. E isso certamente não é pouco.
(*) Wilson Gomes, é professor da Universidade Federal da Bahia