:: ‘Baixo Sul da Bahia’
Projeto Quilombo Legal valorizam cultura e história de comunidades no Baixo Sul da Bahia
As equipes técnicas da Companhia de Desenvolvimento e Ação Regional (CAR) seguem o cronograma de atividades do projeto Quilombo Legal para concretizar a regularização ambiental e fundiária de 100 comunidades remanescentes de quilombos em diversas regiões do estado.
Uma equipe formada por geógrafa, socióloga e cientista social foram a campo aplicar as metodologias participativas de cartografia social e etnozoneamento, com o objetivo de valorizar o protagonismo de seis comunidades do Baixo Sul e promover o reconhecimento total de seus territórios.
Essas atividades são obrigatórias para a finalização do relatório circunstanciado, que é encaminhado à Superintendência de Desenvolvimento Agrário (SDA), da Secretaria de Desenvolvimento Rural (SDR), para viabilizar o processo de titulação das terras quilombolas.
Obras em estradas e outros investimentos aceleram crescimento do Baixo Sul da Bahia
O Baixo Sul tem se tornado um importante vetor de desenvolvimento para a Bahia e cresce em ritmo acelerado com os investimentos realizados pelo Governo do Estado na região. Obras de infraestrutura, como a recuperação dos 215 quilômetros da BA-001 e de terminais marítimos, estão dinamizando o turismo e a circulação de mercadorias.
“Se a gente fizer um somatório dos diversos investimentos em infraestrutura que estão sendo feitos no Baixo Sul, a região está recebendo recursos acima de R$ 120 milhões. Somente na BA-001, nós estamos investindo R$ 100 milhões. Durante a execução das obras, que duram até cinco anos, as empresas contratam mão de obra local, serviços, alugam áreas para canteiro de obras e compram produtos no comércio local. E sobre esses R$ 120 milhões, há o recolhimento de aproximadamente R$ 4 milhões em impostos para os municípios durante a execução dessas obras”, detalhou o secretário estadual de Infraestrutura, Marcus Cavalcanti.
Para Cavalcanti, o investimento mais importante na região é, justamente, a recuperação total da BA-001, do trecho que liga Valença e Ilhéus, onde está sendo construído o Porto Sul, cujas obras já iniciaram. “A BA-001, chegando a Ilhéus, passa também pelo Porto Sul, que já está com as obras iniciadas. Já inauguramos, inclusive, uma ponte que dá acesso rodoviário ao Porto Sul. Com isso, a gente fortalece também essa importante obra de infraestrutura para o estado da Bahia”.
Polo turístico
O secretário informa que, dos 215 quilômetros da BA-001, 118 quilômetros já estão com obras contratadas. “Esta rodovia terá sua importância ampliada com a diminuição da pandemia, uma vez que a Bahia volta a se tornar um forte destino turístico. Além de ser uma região onde se encontram muitos produtos da agricultura, o Baixo Sul é um dos grandes polos turísticos, com acesso a Morro de São Paulo, Cairu, Ituberá, Itacaré, Camamu, Maraú e Ilhéus. Com isso, a gente permite que a circulação nessa rodovia seja feita com mais segurança e rapidez”.
Valorização da piaçava garante renda para agricultores familiares do Baixo Sul da Bahia
Com um cultivo sustentável voltado para comercialização, agricultores familiares ligados à Associação de Biojoias, Pesca e Agricultura de Ituberá (Abpagi), do Baixo Sul baiano, com sede no município de Ituberá, estão garantindo renda para suas famílias com a produção da piaçava.
A vassoura da piaçava, antes vendida por R$32 a arroba beneficiada, passou para R$55. A fita da piaçava, de R$28, hoje é comercializada por R$60. O produto agora mais qualificado e valorizado é resultado dos investimentos do Governo do Estado, por meio do projeto Bahia Produtiva.
A expectativa é de aumento do faturamento, com os novos contratos que vêm sendo firmados. Nesta segunda-feira (30), por exemplo, foi entregue a primeira remessa da venda, do total de 1.800 unidades, de pentes feitos de piaçava, para construção de coberturas para o Instituto Pataxó de Etnoturismo, em Porto Seguro.
Diversificação de cultivos e tecnologia na produção aumentam rentabilidade de cooperativa baiana
Com uma atuação pautada na utilização das tecnologias e na organização da produção, a Cooperativa de Produtores Rurais de Presidente Tancredo Neves (Coopatan) está elevando significativamente os índices de produtividade, com uma produção diversificada, contribuindo para impulsionar a economia da região do Baixo Sul da Bahia.
Atualmente, os 345 associados produzem diversas variedades, entre elas, mandioca, milho, banana, pitaya, abacaxi, abacate, maracujá e palmito. Mas a cooperativa se destaca no mercado com a produção e o beneficiamento de banana-da-terra, que dá lugar ao Nego Bom e à Banana Chips, comercializados com a marca Itabaiana.
Em 2020, foram processadas 1.756 toneladas da fruta, com uma produtividade média de 33 toneladas de banana por cooperado(a). O produto entregue na cooperativa passa por um processo de higienização e controle de qualidade e recebe um selo com QR Code, que garante segurança e qualidade para o consumidor final, e que traz informações como a identificação do produtor e a área onde a banana foi colhida.
Fruticultura cresce no Baixo Sul da Bahia
Os municípios de Gandu, Teolândia, Wenceslau Guimarães, Presidente Tancredo Neves, Nova Ibiá e Piraí do Norte, no Baixo Sul da Bahia, se transformaram em Polo de Fruticultura depois da crise da lavoura cacaueira. Atualmente, frutas como graviola, abacaxi, banana prata e da terra, cacau, cupuaçu, pupunha e exóticas como rambutan, lichia e mangustão saem das plantações mantidas nas 15.530 propriedades rurais espalhadas pelos seis municípios.
Para manter as propriedades rentáveis, os agricultores se uniram a associações, cooperativas, sindicatos e vários órgãos públicos para formar o primeiro Comitê de Fruticultura do Estado da Bahia. A região também conta com o apoio de entidades como a Embrapa, Uesc e Uesb. Há 15 anos o cacau reinava absoluto nas plantações. Mas, com a crise e impulsionados pelas dificuldades enfrentadas nas lavouras cacaueiras, os produtores rurais começaram a buscar alternativas.
O presidente do Comitê de Fruticultura do Baixo Sul e Presidente do Sindicato Rural de Gandu, Renato Dias, afirma que antes os órgãos atuavam de forma isolada. Então, a ideia foi unir forças para tornar o processo mais dinâmico e eficiente. “Juntos temos maior poder de reivindicação e negociação”.
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