:: ‘Arminio Fraga’

parece uma pousadinha de beira de estrada…

Uma das imagens marcantes da invasão dos índios tupinambás ao  Hotel Fazenda da Lagoa,  é a foto feita por Mauro Bittencourt, da Folha de São Paulo, em que o índio Marcelo dos Santos aparece confortavelmente num dos bangalôs do hotel, deitado na cama e assistindo televisão.

Os índios já desocuparam o local, um hotel de alto luxo, com diárias a partir de mil reais, mas antes de sair, Marcelo, o do bangalô, ainda fez graça:

-Não sei porque esse hotel é de luxo cobra tão caro, aqui nada me interessou.

Além da blague do tupinambá, a se destacar a rapidez com que a Policia Federal, com o apoio da Funai, convenceram os índios a deixar o hotel, enquanto que há dois anos propriedades de agricultores familiares vem sendo sistematicamente invadidas sem que haja a mesma agilidade por parte do poder publico.

Claro que não tem nada a ver o fato de que o luxuoso hotel tem como um dos donos o ex-presidente do  Banco Central Arminio Fraga e que a invasão  teve repercussão na mídia nacional, o que não ocorre quando as vitimas são anônimos produtores rurais.

Agência Brasil Parte do hotel de luxo do Sul da Bahia ocupado por um grupo de índios tupinambás está embargada pelo Ibama desde 2005. Segundo o  gerente executivo do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) no município baiano de Eunápolis, Antônio Marco do Nascimento, o empreendimento recebeu duas multas e teve o uso de 2 hectares embargado até que a vegetação arrancada para dar espaço a bangalôs seja recuperada.

A área embargada abriga dois dos 14 bangalôs do empreendimento. De acordo com Nascimento, o Ibama multou a Garça Azul Empreendimentos Turísticos e Imobiliários, empresa responsável pelo Hotel Fazenda da Lagoa, em R$ 90 mil: R$ 40 mil por destruir a vegetação nativa de uma área de proteção ambiental e de um trecho de 300 metros de praia pertencente à faixa de marinha; e mais R$ 50 mil por funcionar sem licença ambiental. Um dos sócios do empreendimento é o ex-presidente do Banco Central, Arminio Fraga.

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