
Wagner confirma permanência da Mauricio Barbosa na SSP e diz “que intrigas não demitem nem nomeiam secretários”
O governador Jaques Wagner garantiu nesta quarta-feira (20), a permanência do secretário de Segurança Pública, Maurício Barbosa (foto). “Intrigas não derrubam nem nomeiam secretários no meu governo. Maurício foi escolhido por mim e vai ser mantido pela qualidade do seu trabalho. Maurício só sai por vontade própria”, declarou Wagner.
O governador também ressaltou o trabalho realizado por Mauricio Barbosa na SSP, com ações permanentes para a redução da violência na Bahia. A confirmação da permanência do secretario foi feita durante a assinatura de duas ordens de serviço para início das obras de restauração do quartel do Corpo de Bombeiros, na Rua J. J. Seabra (Baixa dos Sapateiros), e três casarões localizados na Rua Padre Vieira (Rua do Tesouro), em Salvador.
Patrimônio preservado: aprovada a criação do Museu Frans Krajcberg
O projeto de lei para a criação da Fundação Museu Artístico Frans Krajcberg foi aprovado nesta terça-feira (19), por unanimidade, pela Assembleia Legislativa da Bahia. O projeto, de iniciativa do Governo do Estado, tem o objetivo de preservar o acervo do ambientalista polonês de 92 anos, há mais de 60 na Bahia, no município de Nova Viçosa. A nova entidade também terá um espaço em Salvador, no bairro de Ondina.
Krajcberg disse que fez a doação de todo o seu patrimônio para o Governo do Estado e explicou o porquê. “Quero que tudo o que eu fiz fique no estado da Bahia para sempre e crescendo, para lutar pela saúde do planeta. A Bahia é importante porque minha luta começou aqui, acho que deve continuar e eu estou chegando aos 92 anos”. O artista disse que mora em “um dos últimos pedaços da floresta mais linda e rica do planeta, em Nova Viçosa, que já foi incendiado quatro vezes e agora é vigiada constantemente, por ordem do Governo do Estado”.
O governador Jaques Wagner falou com Krajcberg por telefone, logo após a aprovação, ainda na Assembleia. “É com honra e satisfação que criamos a fundação que homenageia um homem que lutou pela liberdade, sofreu com a perseguição na 2ª Guerra Mundial e dedicou a sua vida à arte e ecologia. Faremos da sua obra e do prório museu motivos de orgulho para o povo baiano, além de incentivo e símbolo da educação artística e ambiental”.
Governo incentiva implantação de agroindústrias no Sul da Bahia
As associações selecionadas pelo edital de apoio a empreendimentos econômicos solidários e da agricultura familiar, uma parceria entre o Estado e a Veracel Celulose para implantação de Agroindústrias Simplificadas de Hortifruticultura, assinam termo de compromisso, nesta quarta-feira (20), às 14h, no auditório da Casa Civil do Governo da Bahia, no Centro Administrativo da Bahia (CAB), com a presença do secretário Rui Costa.
O Pacto do Descobrimento é um projeto realizado em parceria entre a Veracel Celulose e o Governo do Estado da Bahia. Um investimento de cerca de R$ 1 milhão, que vai beneficiar 960 agricultores familiares em 10 municípios dos territórios Litoral Sul e Costa do Descobrimento. Até 2015, o Pacto prevê um investimento total aproximado de R$ 9 milhões.
Com recursos do Pacto para o Desenvolvimento da Costa do Descobrimento, seis associações foram selecionadas: de Agricultores Indígenas Pataxó da Coroa Vermelha, dos Pequenos Produtores do Assentamento Luiz Inácio Lula da Silva, dos Pequenos Produtores do Vale do Jequitinhonha, Projeto Maravilha, Unida Roça do Povo e Cooperativa Mista de Agricultores e Produtores da União Baiana. Também está inserida no investimento, a aquisição de veículos utilitários e utensílios.
Jaques Wagner e Rui Costa no lançamento da ampliação do Programa Brasil sem Miséria
O governador Jaques Wagner e o secretário da Casa Civil, Rui Costa, participaram nesta terça-feira (19), no Palácio do Planalto, em Brasília, da cerimônia onde a presidenta Dilma Rousseff anunciou a ampliação do Programa Brasil sem Miséria. Ela destacou que cerca de 2,5 milhões de famílias cadastradas no Bolsa Família deixarão a extrema pobreza, sendo as últimas do programa que ainda viviam na miséria.
A partir de março, esses brasileiros vão receber complemento para alcançar a renda mínima de R$ 70 por pessoa, considerado o patamar que supera a linha da extrema pobreza. O governo alcançará o número de cerca de 22 milhões de pessoas retiradas da miséria, desde o lançamento do Plano Brasil sem miséria, em 2011.
Segundo Wagner, “nenhum país pode ser considerado desenvolvido sem erradicar a extrema pobreza, que se manifesta de múltiplas formas, além da insuficiência de renda. Por este motivo, é preciso estimular estratégias para a inclusão produtiva deste público-alvo e induzir o atendimento a quem mais necessita dele”.
Nunca mais. Nunca mais, mesmo!
CARLOS ALEXANDRE AZEVEDO (1972-2013)
Morrer aos poucos
Por Luciano Martins Costa, do OBSERVATÓRIO DA IMPRENSA
O técnico de computadores Carlos Alexandre Azevedo morreu no sábado (16/2), após ingerir uma quantidade excessiva de medicamentos. Ele sofria de depressão e apresentava quadro crônico de fobia social. Era filho do jornalista e doutor em Ciências Políticas Dermi Azevedo, que foi, entre outras atividades, repórter da Folha de S. Paulo.
Ao 40 anos, Carlos Azevedo pôs fim a uma vida atormentada, dois meses após seu pai ter publicado um livro de memórias no qual relata sua participação na resistência contra a ditadura militar. “Travessias torturadas” é o título do livro, e bem poderia ser também o título de um desses obituários em estilo literário que a Folha de S.Paulo costuma publicar. Carlos Alexandre Azevedo foi provavelmente a vítima mais jovem a ser submetida a violência por parte dos agentes da ditadura.
Ele tinha apenas um ano e oito meses quando foi arrancado de sua casa e torturado na sede do Dops paulista. Foi submetido a choques elétricos e outros sofrimentos.Seus pais, Dermi e a pedagoga Darcy Andozia Azevedo, eram acusados de dar guarida a militantes de esquerda, principalmente aos integrantes da ala progressista da igreja católica.
Dermi já estava preso na madrugada do dia 14 de janeiro de 1974, quando a equipe do delegado Sérgio Paranhos Fleury chegou à casa onde Darcy estava abrigada, em São Bernardo do Campo, levando o bebê, que havia sido retirado da residência da família. Ela havia saído em busca de ajuda para libertar o marido. Os policiais derrubaram a porta e um deles, irritado com o choro do menino, que ainda não havia sido alimentado, atirou-o ao chão, provocando ferimentos em sua cabeça.
Com a prisão de Darcy, também o bebê foi levado ao Dops, onde chegou a ser torturado com pancadas e choques elétricos. Depois de ganhar a liberdade, a família mudou várias vezes de cidade, em busca de um recomeço. Dermi e Darcy conseguiram retomar a vida e tiveram outros três filhos, mas Carlos Alexandre nunca se recuperou.
Aos 37 anos, teve reconhecida sua condição de vítima da ditadura e recebeu uma indenização, mas nunca pôde trabalhar regularmente. Aprendeu a lidar com computadores, mas vivia atormentado pelo trauma. Ainda menino, segundo relato da família, sofria alucinações nas quais ouvia o som dos trens que trafegavam na linha ferroviária atrás da sede do Dops.
Para não esquecer. O jornalista Dermi Azevedo poderia ser lembrado pelas redações dos jornais no meio das especulações sobre a renúncia do papa Bento 16. Ele é especialista em Relações Internacionais, autor de um estudo sobre a política externa do Vaticano, e doutor em Ciência Política com uma tese sobre igreja e democracia.
Poderia também ser uma fonte para a imprensa sobre a questão dos direitos humanos, à qual se dedicou durante quase toda sua vida, tendo atuado em entidades civis e organismos oficiais. Mas seu testemunho como vítima da violência do Estado autoritário é a história que precisa ser contada, principalmente quando a falta de memória da sociedade brasileira estimula um grupo de jovens a recriar a Arena, o arremedo de partido político com o qual a ditadura tentou se legitimar.
A morte de Carlos Alexandre é a coroa de espinhos numa vida de dores insuperáveis, e talvez a imposição de tortura a um bebê tenha sido o ponto mais degradante no histórico de crimes dos agentes do Dops.
A imprensa não costuma dar divulgação a casos de suicídio, por uma série controversa de motivos. No entanto, a morte de Carlos Alexandre Azevedo suplanta todos esses argumentos. Os amigos, conhecidos e ex-colegas de Dermi Azevedo foram informados da morte de seu filho pelas redes sociais, por meio de uma nota na qual o jornalista expressa como pode sua dor.
A imprensa poderia lhe fazer alguma justiça. Por exemplo, identificando os integrantes da equipe que na noite de 13 de janeiro de 1974 saiu à caça da família Azevedo. Contar que Dermi, Darcy e seu filho foram presos porque os agentes encontraram em sua casa um livro intitulado “Educação moral e cívica e escalada fascista no Brasil”, coordenado pela educadora Maria Nilde Mascellani.
Era um estudo encomendado pelo Conselho Mundial de Igrejas. Contando histórias como essa, a imprensa poderia oferecer um pouco de luz para os alienados que ainda usam as redes sociais para pedir a volta da ditadura.
Geraldo Simões quer agilidade na aprovação do projeto que cria a Ufesba
Em pronunciamento feito hoje (19) no Congresso Nacional, o deputado federal Geraldo Simões (PT/BA) destacou sua participação ao lado de várias autoridades políticas, prefeitos da região e representantes da comissão de implantação da Universidade Federal do Sul da Bahia (UFESBA), de importante reunião realizada na Câmara de Vereadores de Itabuna, quando foram debatidos os detalhes do projeto.
Na ocasião, o deputado manifestou estar muito contente em presenciar toda animação e interesse dos prefeitos da região para a implantação da UFESBA e forneceu informações sobre a tramitação do Projeto de Lei nº 2207, do qual é Relator, que cria a Universidade. “Estamos trabalhando muito para que a UFESBA esteja em pleno funcionamento em 2014”, disse.
“Para que tudo isto se torne realidade é necessário que o Congresso aprove o Projeto de Lei nº 2207 de 2011, que cria a UFESBA. Colocarei meu empenho como relator para que o Projeto seja aprovado ainda neste mês de março, na Comissão de Constituição e Justiça, para seguir sua tramitação no Senado. Aproveito para reafirmar que acompanharei sistematicamente todo este processo até que a UFESBA se encontre em pleno funcionamento”, finalizou Geraldo Simões.
10 de Ouro do Baralho do Crime é responsável por 26 homicídios
Confirmado como autor de 26 homicídios, entre maio de 2011 e janeiro deste ano, nos bairros da Jaqueira do Carneiro, da Capelinha de São Caetano e adjacências, Washington David Santos da Silva, o “Boca Mole” ou “Chupa”, de 27 anos, foi apresentado, nesta terça-feira (19), durante coletiva à imprensa, no prédio da Polícia Civil, na Piedade, pelas delegadas Heloísa Campos, diretora do Departamento de Polícia Metropolitana (Depom), e Rogéria Araújo, titular da 4ª Delegacia Territorial (DT/São Caetano).
Integrante do Baralho do Crime da Secretaria da Segurança Pública (SSP), no qual estampava a carta 10 de Ouro, “Boca Mole” portava uma metralhadora Bereta, calibre 9 mm, de fabricação italiana, e um carregador com 19 projéteis, quando foi avistado, no sábado (16), por investigadores da 4ª DT, na companhia do ladrão de bancos Evanildo da Silva, o “Gigante”. A dupla estava a bordo do veículo Ágile, branco, placa original NZL – 4248, roubado no dia 16 de janeiro, entregando drogas em pontos de venda localizados entre Cajazeiras e São Caetano.