:: ‘rio cachoeira’
Augusto Castro destaca necessidade de melhorar mobilidade ao assinar ordem de serviço da nova pontes sobre o Rio Cachoeira
“Com os engenheiros projetistas da Secretaria de Infraestrutura e Urbanismo e a secretária Sônia Fontes conseguimos contratar financiamentos que o Governo Federal, através do Ministério da Fazenda, deu o aval. Temos uma cidade com cerca de 200 mil habitantes, além das mais de 100 mil que chegam diariamente. Por isso, é preciso pensar em mobilidade e vetor de crescimento. Hoje estamos assistindo uma nova realidade”.
O comentário foi feito pelo prefeito reeleito de Itabuna, Augusto Castro (PSD), ao assinar a ordem de serviço para as obras de construção da nova ponte sobre o Rio Cachoeira, ligada à Avenida Amélia Amado, no centro, à Rua João Teles, no Bairro da Conceição. As obras têm previsão de conclusão em 12 meses com um investimento no valor de R$ 36.485.872,20.
Os recursos financeiros são provenientes da tomada de crédito internacional com o Fundo Financeiro para o Desenvolvimento da Bacia do Prata (FONPLATA), destinada a financiar o “Programa de Integração Urbana do Município de Itabuna/BA – Itabuna 2030”., com o aval do Governo Federal.
Os prefeitos passam, o Rio Cachoeira fica
Cleber Isaac Filho
O lendário Cachoeira, no sul da Bahia, tem enfrentado sérios problemas com as mudanças climáticas e a ação humana. Nos últimos anos, o rio tem sofrido com secas mais longas, o que afeta o abastecimento de água e a vida aquática. Além disso, temos visto o oposto também: chuvas fortes fora de época que provocam enchentes. As inundações que aconteceram em 2021 e 2022 são um alerta, e há uma preocupação real de que essas enchentes se repitam.
Outro problema é o desmatamento nas margens do rio, que está acelerando a erosão do solo. Isso faz com que o rio fique mais raso por causa do acúmulo de sedimentos, dificultando a navegação e piorando a qualidade da água.
Essas mudanças todas colocam a biodiversidade local em risco, com algumas espécies de peixes já sofrendo bastante. Tudo isso mostra como é urgente agir para evitar que a situação piore, especialmente com o medo de novas enchentes e os impactos diretos que elas trazem para quem vive próximo ao rio.
Diante de todos esses desafios, fica a pergunta: será que os novos prefeitos de Ilhéus e Itabuna, recentemente eleitos, já colocaram essa questão na pauta? Afinal, proteger o Rio Cachoeira e prevenir novas enchentes deveria ser uma prioridade para evitar que a história de 2021 e 2022 se repita.
GAP promove mutirão de limpeza no Rio Cachoeira
Neste sábado, dia 9 Itabuna recebe a última ação de Limpeza do GAP_ Grupo de Amigos da Praia. O ponto de encontro é às 9 horas na Praça Camacan e os Os organizadores do evento orientam que os participantes levem boné, copo ou garrafinha de água , protetor solar e usem sapato fechado.
O GAP é um ONG ambiental que atua com conservação da paisagem costeira e hoje possui 13 projetos ativos, principalmente limpeza de praias e rios. Desde 2018 já retirou toneladas de resíduos das Praias de Ilhéus e essa ação em Itabuna será marcante.
“O GAP tem ações em todo território Sul da Bahia, desde o Composta Ilhéus como as ações de emergências climáticas e humanitárias, Itabuna sempre foi nossa atenção, devido ao Rio Cachoeira esse importante patrimônio natural da cidade, por isso ingressamos até mesmo com um processo judicial para proteger o rio da superpopulação de baronesas que tanto prejuízo causa à toda comunidade”, diz Dávila Maria, doutora em genética e agrônoma, atualmente Diretora Executiva do GAP.
A programação se inicia 09:00 com aula de alongamento e lanche, depois acontece a limpeza das margens do Rio Cachoeira. Haverá doação de mudas em parceria com a Embasa e distribuição de biofertilizante, ao final, todo o resíduo será pesado, triado, e os recicláveis destinados à AACRI, Cooperativa de Reciclagem de Itabuna, entidade que tem o apoio da CVR Costa do Cacau.
Pobre Rio Cachoeira
Sione Porto
Menina, vi o Rio Cachoeira,
Belo e veloz, descer
Em busca do mar
Com seu verde e ondas vertiginosas,
E brilhar perto das margens,
Nos fazendo encantar!
Então, comigo pensava,
Quão magnífico, ó Rio Cachoeira,
Cheio de vida e amplexos,
Trazendo cardumes nas redes,
Peixes se multiplicando,
Para os pobres, alimentarem.
Menina, vi o Rio Cachoeira
Banhando as lavadeiras,
Que, após lavarem roupas tão alvas
Entoando sonoros cantos ribeirinhos,
Saíam com suas trouxas na cabeça,
Nos fazendo sonhar e sonhar.
Hoje, procuro o Rio Cachoeira,
De tanta beleza de outrora,
Mas apenas vejo sujeira
Dentro e nos seus arredores.
Povoado de garças sorrateiras,
Que triste é o Rio Cachoeira!
Será que ninguém ver o seu penar?
Antes tão absoluto e majestoso,
A deslizar nas ondas fortes,
Na sólida terra grapiúna,
Que hoje geme e sangra,
Querendo se recuperar.
Bravo Rio Cachoeira,
Estrela brilhante
Daqueles que o amam.
Certamente uma voz
Falará mais alto para salvá-lo,
E, como aquele que não foge à luta, sobreviverá!

Sione Porto
Equipes da Emasa atuam na remoção de mais de 400 m³ de entulho e lixo da cheia do Rio Cachoeira
A Gerência de Saneamento da Emasa vem atuando no trabalho de remoção do lixo e entulhos provenientes da enchente do Rio Cachoeira de as fortes chuvas que atingiram Itabuna, nos dias 24 e 25 de dezembro passados. A cheia deixou um rastro de destruição em 40% do município, fato só comparado à enchente de 1967, mas especialistas apontam que agora a devastação foi ainda maior por atingir área que não eram urbanizadas àquela época.
Nos últimos três dias as equipes da Gerência de Saneamento da Emasa recolheram cerca de 440 metros cúbicos de lixo e entulhos nos bairros Sinval Palmeira e Urbis IV. “Nosso pessoal está trabalhando com bastante afinco para devolver a cidade ao cotidiano. Tanto o presidente da Emasa, Raymundo Mendes Filho como o prefeito Augusto Castro determinaram que não economizemos esforços para ajudar Itabuna a superar esse momento tão difícil para todos”, revela o gerente de Saneamento, Tauan Sampaio.
Itabuna: fecha parceria para despoluir o rio Cachoeira
O prefeito de Itabuna, Augusto Castro (PSD), assinou Termo de Cooperação para projetos de despoluição da Bacia Hidrográfica do Rio Cachoeira envolvendo as Secretarias Municipais de Planejamento, de Agricultura e Meio Ambiente, a Empresa Municipal de Águas e Saneamento (Emasa) e o Portal Santo Agostinho.
O ato de assinatura no Gabinete do Centro Administrativo Firmino Alves na noite de quarta-feira, dia 1º, teve a participação de representantes da empresa dinamarquesa Ramboll, que atua com soluções ambientais no Brasil.
“O Rio Cachoeira é um patrimônio de Itabuna. A Emasa tem projeto pronto de expansão da cobertura do saneamento e preservação do Cachoeira. Este projeto tem três eixos centrais, prevê quatro estações de captação de esgoto em tempo seco. Ou seja, o esgoto não cairá mais no rio. Não será solução 100%, mas em torno de 60% e vai conservar o rio. Com isso, Itabuna sai na frente em capacidade operacional”, disse o prefeito Augusto Castro.
Para o prefeito de Itabuna, os outros municípios da bacia hidrográfica vão se juntar a esse projeto, com as universidades, a Associação dos Municípios da Região Cacaueira (Amurc) e o setor privado. “Quando se investe em saneamento, diminui o custo da saúde pública”, afiançou. A união das esferas público e privada nos projetos é resultado do 1º Encontro para Apresentação de Propostas de Preservação Ambiental do Rio Cachoeira, que durante dois dias ocorreu no auditório da Universidade Estadual de Santa Cruz (Uesc).
As baronesas estão de volta
As chuvas que tem caído nos últimos dias em Itabuna trouxeram de volta o fenômeno natural (ou nem tento) que assola o Rio Cachoeira nesse período: as baronesas.
Elas já ocupam o leito do rio entre a Passarela do Jegue e a Passarela do Bairro Conceição.
Um ´campo` verde, ocupado por dezenas de garças que insistem em desafiar a poluição e dar um toque de vida ao rio.
O caminho natural das baronesas são as praias do litoral ilheense, justamente no período que antecede a temporada turística, que pela primeira vez acontecerá em pleno período de pandemia.
Meu Rio Cachoeira de antigamente
Walmir Rosário || wallaw2008@outlook.com
Confesso que sou um pouco saudosista, mas quem há de resistir àquelas boas lembranças dos tempos de criança e adolescente? Poucos insensíveis, diria eu, recordando a belezas e a funcionalidade do rio Cachoeira dos anos 1950/60. A beleza plástica está quase toda registrada nas telas dos nossos artistas, com suas pedras à mostra, às vezes nem tanto, pois também serviam de “quarador” para as centenas de lavadeiras de ganho, ou de casa, que utilizavam as abundantes águas.
Labutavam, ainda, nas águas do velho Cachoeira pescadores – alguns especializados – de pitus, calambaus e camarões; peixes das mais variadas espécies, em sua maioria nobre, a exemplo de robalos, jundiás, tucunarés; os areeiros, que retiravam a areia para as construções com suas canoas e transportadas nos jegues; tipo de transporte também utilizados para levar água (de gasto e de beber) às residências que não dispunham de água encanada, artigo (melhor, serviço) raro à época. :: LEIA MAIS »