:: ‘Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO)’
Dia Mundial da Alimentação: Bahia celebra data com a participação da agricultura familiar
“A água é o rei dos alimentos”, embalados por esse provérbio africano, o Dia Mundial da Alimentação foi celebrado em um evento inédito, realizado no Museu de Arte Moderna da Bahia, em Salvador, nesta segunda-feira (16/10). Com o tema ‘Água é vida. Água é alimento’, o encontro foi organizado pela Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO), Programa Mundial de Alimentos (WFP), Instituto Interamericano de Cooperação para a Agricultura (IICA) e pelo Fundo Internacional de Desenvolvimento Agrícola (FIDA), em parceria com o Governo do Estado.
O evento teve o objetivo de apresentar e discutir soluções para os desafios globais relacionados à alimentação. Um dos pontos altos do evento foi a participação da agricultura familiar da Bahia, que montou um estande para a apresentação e comercialização de diversos produtos. Essa presença reforçou a importância da agricultura familiar na produção de alimentos sustentáveis, destacando a diversidade de alimentos e os resultados dos investimentos feitos pelo Governo do Estado, ao longo dos anos, que vem promovendo a sustentabilidade e o apoio às comunidades rurais.
Para o diretor-presidente da CAR, Jeandro Ribeiro a agricultura familiar desempenha um protagonismo neste cenário. “Nosso rural baiano produz alimento saudável, que constrói ambiente para que a gente possa ofertar para a população alimentos com qualidade. Hoje, o cenário da Bahia é muito melhor do que em vários outros estados em função dos investimentos que foram feitos nos últimos anos e, hoje, a gente pode começar a colher esses frutos.”
Governo da Bahia contribui com o Projeto Cacau Cabruca da FAO
A Companhia de Desenvolvimento e Ação Regional (CAR) está de braços dados com a Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO) para a preservação da Mata Atlântica. Para isso, a empresa participa da construção e do planejamento do projeto GEF Cabruca. Nesta segunda-feira (08), representantes dessas instituições, da Comissão Executiva do Plano da Lavoura Cacaueira (Ceplac) e do Ministério do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar (MDA) se reuniram com esta finalidade.
O objetivo do projeto é reduzir e reverter a degradação do bioma Mata Atlântica em paisagens produtivas da região sul da Bahia, por meio de uma gestão eficaz dos recursos naturais para criar um ambiente propício à conservação e ao uso sustentável da biodiversidade, com ênfase na cultura do cacau como suporte à subsistência das populações locais e benefícios ambientais globais.
De acordo com o diretor-presidente da CAR, Jeandro Ribeiro, nesse encontro foi apresentado o Projeto Cacau Cabruca e as formas de financiamento e execução desse Projeto, que deve ter a capacidade ampliada a partir da união de esforços das organizações envolvidas. “Apresentei as estratégias da CAR, a partir dos projetos Bahia que Produz e Alimenta e Parceiros da Mata, que chegam somando esforços. É uma construção coletiva de pautas que se enlaçam em torno do cacau cabruca, cenário de produção em que a agricultura familiar representa 80% de estabelecimentos rurais”.
ONU: em dez anos, Brasil reduziu em 50% numero de pessoas que passam fome
A Organização das Nações Unidas (ONU) afirmou nesta terça-feira que, nos últimos dez anos, o Brasil conseguiu reduzir à metade a porcentagem de sua população que sofre com a fome, cumprindo assim um dos Objetivos de Desenvolvimento do Milênio (ODM), fixados pelas Nações Unidas para 2015.
Estas são as conclusões recolhidas no relatório sobre o estado da insegurança alimentícia no mundo publicado pela Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO) e outros dois organismos da ONU: o Fundo Internacional de Desenvolvimento Agrícola (FIDA) e o Programa Mundial de Alimentos (PMA).
Os Objetivos de Desenvolvimento do Milênio são uma lista de oito pontos, estabelecidos pelas Nações Unidas em 2000, que têm o propósito de melhorar as condições de vida das pessoas no horizonte de 2015.
Assim, o documento assinala que o programa “Fome Zero” fez da fome um problema fundamental incluído na agenda política do Brasil a partir de 2003.
“Garantir que todas as pessoas comessem três vezes ao dia – como disse o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva em seu discurso de posse – se transformou em uma prioridade presidencial”, diz o relatório.
Desta maneira, nos períodos 2000-2002 e 2004-2006, a taxa de desnutrição no Brasil se reduziu de 10,7% a menos de 5%.
Segundo a ONU, o “Fome Zero” foi o primeiro passo dado para acabar com a fome e, com os anos, este enfoque ganhou impulso através do fortalecimento do marco jurídico para a segurança alimentar.
O documento assinala que esta redução da fome e da pobreza extrema tanto em zonas rurais como urbanas é o “resultado de uma ação coordenada entre o governo e a sociedade civil, mais que de uma só ação isolada”.
O programa “Fome Zero” se compõe de um sistema integrado de ações realizadas através de 19 ministérios, e aplica uma via dupla ao vincular a proteção social com políticas que fomentam o emprego, a produção familiar agrícola e a nutrição.
As políticas econômicas, diz o relatório, e os programas de proteção social, combinados ao mesmo tempo com programas para a agricultura familiar, contribuem à criação de emprego e ao aumento de salários, assim como à diminuição da fome.
Todos estes esforços realizados pelo Brasil permitiram que a pobreza se reduzisse de 24,3% a 8,4% entre 2001 e 2012, enquanto a pobreza extrema também caiu de 14% a 3,5%.
A ONU também lembra que em 2011 o Brasil introduziu novas políticas para tratar a pobreza extrema, que contemplavam uma melhora no acesso aos serviços públicos para fomentar a educação, a saúde e o emprego.
Além disso, o relatório evidencia que outro dos pilares fundamentais da política de segurança alimentar no Brasil é o Programa Nacional de Alimentação Escolar, que proporciona refeições gratuitas aos alunos das escolas públicas e do qual se beneficiaram mais de 43 milhões de crianças em 2012.
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