:: ‘fechamento de fábricas’
Azaléia fecha fábricas, mesmo recebendo incentivos fiscais do governo
A questão do fechamento da fabricas a Vulcabrás/Azaléia no Sudoeste da Bahia motivou a realização de audiência pública na Comissão de Trabalho, de Administração e Serviços Públicos da Câmara dos Deputados.A reunião contou com a presença de parlamentares e de representantes de diversos setores do governo, como por exemplo, Mauro Rodrigues, representante do Ministério do Trabalho e Emprego; Marcos Otávio Bezerra Prates –, diretor de indústrias Intensivas em Mão de Obra e Recursos Naturais da Secretaria de Desenvolvimento da Produção, representando o Ministério de Desenvolvimento, Indústria e Comércio; e Nilton Vasconcelos, Secretário da Secretaria do Trabalho, Emprego, Renda e Esporte da Bahia.
O encontro também contou com a presença de Carlos André dos Santos, representante da Central Única dos Trabalhadores; Adson Allan da Hora Brito, representante do Conselho Representativo das Instituições de Itapetinga/Bahia; Milton Cardoso, presidente da Associação Brasileira das indústrias de Calçados (Abicalçados); José Cruz Cerqueira Moura, prefeito de Itapetinga e José Gilson de Jesus, Vereador de Itapetinga.
Destacando a importância do encontro que teve como objetivo encontrar uma melhor solução para os cerca de 4 mil trabalhadores demitidos, o deputado Geraldo Simões (PT) u ontem na tribuna da Câmara dos Deputados sobre a representatividade que a indústria Vulcabrás/Azaléia já teve na região Sul da Bahia, empregando 21.000 trabalhadores em 19 fábricas, e também fez uma análise do resultado da audiência.
Wagner se reúne com Dilma e Mantega para solicitar providências contra fechamento de fábricas da Vulcabras/Azaleia na Bahia
Com agenda durante todo o dia de hoje (4), em Brasília, o governador Jaques Wagner se reuniu, hoje pela manhã, com o ministro da Fazenda, Guido Mantega, para tratar da questão da fábrica de calçados da Vulcabras/Azaleia, instalada em Itapetinga, e com 12 filiais em outros municípios baianos.
A fábrica, dona das marcas Olympikus e Azaleia, anunciou nos últimos dias o fechamento das unidades e a demissão dos funcionários por conta dos prejuízos sucessivos que vem apresentando em decorrência do aumento da competição, causado pela excessiva entrada no País de produtos importados a preços muito baixos. De acordo com Wagner, o ministro Mantega se comprometeu a estudar alternativas para o caso.
Logo mais, o governador Wagner estará reunido com a presidente Dilma Rousseff, oportunidade em que pedirá que o governo federal, por meio do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, adote medidas antidumping, como forma de proteger a indústria nacional.
Azaléia provoca ´tsunami´na economia de municípios baianos
O fechamento de 12 unidades da Vulcabras Azaleia, anunciado na última sexta-feira (30), terá um impacto devastador na economia dos seis municípios-sede das fábricas. Ao todo, foram quatro mil trabalhadores demitidos.
Na pequena Firmino Alves, na microrregião de Itabuna, o fechamento da fábrica deixará desempregada cerca de 80% da mão de obra formal da cidade.
Segundo dados do Cadastro Geral de Emprego e Desemprego (Caged), do Ministério do Trabalho, Firmino Alves tem 693 empregos formais, dos quais 570 estão na unidade da Azaleia.
Em Itororó, também na região de Itapetinga, o impacto na mercado formal é da ordem de 60%. Dos 2.068 empregos formais, 1.242 estão na indústria calçadista.
A situação não é diferente em cidades como Caatiba, Itambé, Macarani, cujas economias estão fortemente calcadas na produção de calçados.
Em Itapetinga, cidade-sede da Azaleia na Bahia, o impacto tende a ser menor, já que a matriz continua em funcionamento. (Fonte A Tarde)
´Presente da Natal´antecipado: Azaléia fecha 12 fábricas no Sudoeste da Bahia
A Vulcabras/Azaleia determinou, nesta sexta-feira, o encerramento das atividades nas suas 12 filiais situadas nas cidades de Itororó, Itambé, Macarani, Bandeira do Colônia (Distrito de Itapetinga), Rio do Meio, Firmino Alves, Caatiba e Itaiá (Distrito de Itororó), com a demissão sumária de cerca de 3.500 empregados.
Através de comunicado feito pelos gerentes locais, a Vulcabras/Azaléia informou também que os funcionários trabalharão até o dia 14 de dezembro, quando os interessados em continuar na fábrica poderão optar em trabalhar na matriz, localizada em Itapetinga.
Embora os diretores da Azaleia continuem negando, o fechamento das 12 filiais na região faz parte de um plano maior da indústria calçadista, que é o encerramento definitivo das sua atividades na Bahia, o que representará um duro golpe para a economia de Itapetinga e região. (do site Sudoeste Hoje/Itapetinga)
O deputado federal Geraldo Simões (PT/BA) criticou o comportamento da direção da Azaléia. Segundo ele, no início do ano houve uma reunião em Brasilia “e a Azaléia conseguiu novos financiamentos, isenção fiscal e maior controle na importação de calçados da China”. “Agora, sem qualquer negociação, a empresa fecha fábricas no Sudoeste da Bahia, prejudicando milhares de pessoas”.
Somente em Itororó, a Azaléia respondia por 10% dos empregos com carteira assinada da cidade.
A AZALÉIA É CRUEL!!!
Quem achava que a Azaléia cometeu uma crueldade ao fechar, sem qualquer aviso anterior, as fábricas em cinco cidades do Sul e Sudoeste da Bahia, foi uma crueldade, pode ter certeza.
Em Potiraguá, cidadezinha de cerca de 10 mil habitantes, os cerca de 400 funcionários se dirigiram para a empresa para o ultimo dia de trabalho antes das férias coletivas e para a festa de Natal (havia até uma banda contrata), quando em vez da comemoração, foram avisados do fechamento da unidade.
A crueldade não acaba ai. A empresa ofereceu a oportunidade de transferência para as fábricas que não foram fechadas, mas o funcionário que não se adaptar terá que pedir demissão, em vez de ser demitido, perdendo as “vantagens” oferecidas, como um bônus de 1000 reais.
E olhem que na propaganda a Azaléia se jacta de ser uma empresa socialmente responsável.
Se não fosse, era capaz de colocarem alguém vestido de Papai Noel entregando de presente a temida carta de demissão.
JUSTIÇA SUSPENDE DEMISSÕES NA AZALÉIA
A Azaleia tem dez dias para abrir negociação com o sindicato dos trabalhadores e definir plano de demissão que “reduza os efeitos sociais da decisão de encerrar as atividades de seis fábricas do grupo”.
A decisão judicial cobra ainda que a Azaleia Nordeste (Vulcabrás) estabeleça critérios claros para os que optarem pela continuidade na empresa e aos que escolherem pela demissão.
A empresa está proibida, ainda, de demitir ou transferir qualquer funcionário sem antes estabelecer “os termos, prazos e medidas mitigadoras da dispensa em massa com o sindicato dos trabalhadores”.
Os procuradores do Trabalho denunciaram na ação civil que a Azaleia deu apenas 24 horas para que trabalhadores decidissem entre a demissão ou serem transferidos para uma das 12 unidades que serão mantidas no centro-sul baiano. A magistrada estipulou em R$ 5 mil a multa diária por trabalhador afetado pelas “medidas abusivas” da Azaleia. (do Pimenta na Muqueca)
FECHAMENTO DE FÁBRICAS: AZALEIA CULPA CHINA E BAIXA PRODUÇÃO
A NOTA OFICIAL DA AZALÉIA
“A Vulcabras|azaleia comunica o encerramento das operações fabris nas unidades localizadas em Potiraguá, Itarantim, Maiquinique, Ibicuí, Iguaí e Itati, nesta sexta-feira, 16 de dezembro.
Aos 1.800 colaboradores oferecemos a possibilidade de transferência para as demais unidades fabris da companhia que seguirão em atividade no estado (Itapetinga, Bandeira, Itambé, Macarani, Firmino Alves, Itaia, Itororó, Rio do Meio e Caatiba), e que contam com disponibilidade de capacidade de produção. Também disponibilizaremos transporte diariamente para estas localidades.
Aos que não optarem pela transferência, concederemos uma gratificação financeira de dois salários mínimos, além do pagamento de todas as verbas rescisórias.
Compreendemos a importância da empresa enquanto atividade econômica para estas comunidades, porém esta difícil decisão se faz necessária para a manutenção das condições de operação.
Razões de ordem econômica justificam a decisão:
1. Baixo volume de produção: as seis filiais têm baixo volume de produção, o que não permite ganhos de escala para melhorar a competitividade. Nessas seis unidades eram produzidos cabedais de calçados esportivos e feito sua montagem final, utilizando componentes da matriz de Itapetinga.
2. Elevados custos logísticos: as filiais estão distantes da matriz (Itapetinga), o que onera os custos com manutenção de máquinas e equipamentos de informática, custos de conexão de dados e, sobretudo, transportes. Apenas em termos de materiais e produtos acabados, deixaremos de realizar mais de 10 mil km mensais em viagens.
3. Concorrência de calçados importados: o comportamento da taxa de câmbio amplia a concorrência de calçados importados e nossos produtos têm que disputar o desejo do consumidor brasileiro ao lado de concorrentes cujos custos não evoluem como os nossos. Depois de uma ligeira queda das importações provenientes da China com a imposição da tarifa antidumping contra o referido país, a importação voltou a crescer fortemente, com grandes indícios de fraudes (triangulação_prática considerada “comércio desleal” na qual importadores optam por enviar produtos a outros países antes de remetê-los ao Brasil, para fugir do pagamento da sobretaxa imposta pelo governo brasileiro), que foram denunciadas pela indústria calçadista ao governo no início do ano.
Em 2010, as estatísticas chinesas registraram exportações de 38 milhões de pares para o Brasil, enquanto as estatísticas brasileiras registraram a importação de meros 9 milhões de pares. Até outubro de 2.011, os produtos importados do Vietnam representavam 31% do mercado interno, o que evidencia uma concorrência predatória com os produtos fabricados no Brasil.
A produção total do estado da Bahia não será reduzida. E o complexo de Itapetinga continuará sendo a principal unidade da Vulcabras|azaleia. A Bahia é a grande produtora de componentes para nossos calçados, abastecendo as fábricas do Sergipe (Frei Paulo) e parcialmente a fábrica do Ceará (Horizonte). Além disso, é da Bahia que sai a maioria dos tênis Olympikus, dos chinelos Opanka e uma boa parte dos nossos calçados femininos (Azaleia e Dijean).
Investimos, nos últimos quatro anos, R$ 207 milhões nas fábricas da Bahia, sendo grande parte em segurança do trabalho, o que resultou recentemente na marca de acidente zero no complexo de Itapetinga.
Vale ressaltar que esta decisão não tem relação com a abertura da unidade fabril na Índia, que ainda está sendo viabilizada.
Milton Cardoso
Presidente da Vulcabras|Azaleia”
NOTA DO BLOG: Um dialogo franco e aberto de nossas lideranças, unidas, com a direção da Vulcabrás pode reverter esse quadro? Não só pode como deve, em função do impacto social do fechamento dessas fábricas nos pequenos municípios do Sudoeste Baiano.
E não é Azaléia que se jacta de ser uma empresa socialmente responsável?
SIMÕES DIZ QUE “AZALÉIA COMETE INGRATIDÃO AO FECHAR FÁBRICAS”
O deputado federal Geraldo Simões defende uma ampla mobilização para evitar que a Vulcabrás/Azaléia deve fechar as fábricas de calçados em Iguaí, Ibicuí, Itati, Potiraguá, Itarantim e Maiquinique, cidades do Sudoeste da Bahia
Simões lembra que o Governo da Bahia chegou a intermediar um aporte de R$ 64 milhões do Banco do Nordeste, para ampliar a escala de produção da empresa e reduzir custos, além de proporcionar um ICMs diferenciado para a empresa.
“Além disso, a presidenta Dilma se comprometeu a combater com rigor a entrada ilegal de calçados chineses no Brasil. A Azaléia não pode cometer essa ingratidão com Wagner e os baianos”, disse o deputado.
AZALÉIA PODE FECHAR FÁBRICAS EM SEIS CIDADES DO SUDOESTE DA BAHIA
A indústria de calçados Vulcabrás/Azaléia deve fechar as unidades de Iguaí, Ibicuí, Itati, Potiraguá, Itarantim e Maiquinique, cidades do Sudoeste da Bahia. A decisão também atinge diretamente dois mil operários, além dos familiares das pessoas que se beneficiam da fábrica.
A princípio os trabalhadores desses locais receberão o convite para se transferir para matriz em Itapetinga ou então aceitar a demissão oferecida pela fábrica.
Durante o ano de 2011, por conta da crise mundial, a Vulcabrás/Azaléia ameaçou fechar a fábrica de Itapetinga e filiais, gerando encontros e discussões para tratar da questão. A empresa também alega concorrência com produtos vindos da China, onde os encargos e a mão de obra são mais baratos.
O Governo da Bahia chegou a intermediar um aporte de R$ 64 milhões do Banco do Nordeste, para ampliar a escala de produção da empresa e reduzir custos. Lideranças políticas, empresariais e sindicalistas ainda tentarão reverter a decião da Azaléia, um verdadeiro presente de grego, numa época em que se ofertam presentes de Natal.
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